Deadline Circus: The Second Act escrita por Arya


Capítulo 14
Porque nós podemos ser imortais.


Notas iniciais do capítulo

O título desse capítulo é simples: A música que me fez lembrar desse capítulo essas semanas todas sem postar. (Immortals - Fall Out Boys)
Bem... Boa leitura.



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Domingo, oito horas da manhã.
Inazuma, Japão.

HARRY

Ele sentou-se à mesa do Jester, colocando os pés em cima da mesa e pegando um livro que tinha na mochila. Ele ajeitou o cabelo de leve e olhou para as palavras, se concentrando.

Como se isso fosse possível quando se é do Jester.

— A Irene é uma estraga clima. — disse Yasmin se sentando ao lado e cruzando os braços, o fazendo revirar os olhos e fechar o livro para escutá-la. — Eu e o Dimitri estávamos conversando com tanta emoção e amor, e então a idiota da Irene chega e acaba com o clima.

— Ela é mais estraga clima que a Hiyo. — disse Harry e Yasmin negou, começando a falar da Hiyosume.

Após Kidou decidir seguir o caminho médico de caçadores, uma garota entrou no Jester, Hiyosume Nakada. No início, ninguém se importou, nem mesmo as mais ciumentas, Lorelai e Yasmin, afinal, talvez ela não fosse tão bonita…

E foi quando Hiyosume, uma ruiva de um belo corpo, apareceu. Além disso, a sua personalidade era tão cativante com os meninos que até Harry teve certa paixonite pela a menina de primeira. Ele a achava a melhor pessoa do mundo que, além de bonita, era gentil. Afinal, meninas bonitas e realmente gentis naquele local era uma espécie em extinção.

Bem… O que o fez não continuar com a paixonite é porque, infelizmente, Hiyosume não é o que ele imaginava.  Ela paquerava todos os meninos, fingia a personalidade gentil para atraí-los e mente muito bem. Descobriu isso quando Yasmin foi conversar com a mesma a sós, fazendo assim Hiyo mostrar o quão idiota ela consegue ser.

A ruiva acabou recebendo atenção de alguns garotos por sua “personalidade”, notavelmente dos meninos do Tramp. De acordo com o que Harry percebe Nagumo a vê como se fosse uma irmã mais nova, não importa o que ela faça ou o quão ela provoque. Hiroto e Suzuno apenas a tratam normalmente, por mais que a mimam de vez em quando. Kidou é bondoso com a mesma, mas percebe que ela é meio “falsiane”. Goenji, no início, nem ligava para a mesma, mas acabou que eles se tornaram bons amigos, mas não o bastante para Goenji ficar todo gentil como fica ao lado de Seirin. E, por fim, Dimitri, no qual a trata como todos os outros membros ou talvez até seja um pouco mais gentil por ser uma novata e a mãe ter pedido, ou subornado, para ele não a traumatizar como fez quando Yasmin entrou na DLC.

Mas Dimitri não é de cair em lábia facilmente, ele sabe ao menos que ela força um pouco a sua personalidade. Na realidade, é fácil saber quando alguém está mentindo quando a sua irmã mais nova é Irene Morozova, a pessoa com mais lábia do mundo. Ok, Dimi não sabe quando a irmã mente, mas de tanto cair na lábia da mais nova, ele aprendeu o básico para ver quando alguém tem uma grande lábia.

— Ainda bem que você percebeu depois de um dia, porque eu não aguento mais todos sendo bondosos com ela. Só porque ela é ruiva e bonita, mas beleza não é algo importante.  — resmungou Yasmin, sendo a única coisa que Harry prestou atenção.

— Por isso o seu namorado parece a Madonna queimada. — comentou Irene chegando atrás de Yasmin, com uma mochila nas mãos. Yasmin levou um susto com a aparição dela e a olhou.

— Ele é seu irmão. — Yasmin disse. — Está o chamando de feio? — Irene arqueou a sobrancelha como se a resposta fosse óbvia. — Que cruel.

— Não é cruel, estou sendo realista. — disse Irene e ela retirou a mochila dos ombros e a entregou. — Dimitri mandou a entregar.

— Oh, é mesmo! — Yasmin pegou a mochila feliz. — Obrigada.

— Eu apenas fiz isso porque Dimi se ofereceu a arrumar o meu quarto por um mês assim que ele estiver melhor. — Irene falou sinceramente e olhou Harry. — Cover do Kariya.

— Cobra branca. — Harry disse e a garota deu um sorriso de canto, saindo andando tranquilamente.

Assim que Irene saiu, Carolina chegou acompanhada de Yuume, Savannah e Seirin, no qual se sentaram à mesa e pareciam tentar fazer a Carolina contar o seu encontro de ontem à noite, e logo a morena que estava falando com ele começou a fazer a mesma coisa.

Harry sussurrou brevemente “garotas” e abriu o seu livro, procurando onde tinha parado entre as páginas. Olhou o seu marcador de página, no qual era uma foto, e arregalou os olhos, não acreditando que tinha pegado aquela foto para ser o marcador. Ele pegou rapidamente e colocou no bolso do casaco, voltando a fazer o que estava fazendo.

Viu se alguma das meninas tinha notado, e suspirou de alívio ao saber que estavam entretidas demais com Carolina para dar atenção a ele.

Aquela foto revelaria muitas coisas. O motivo de ter aceitado vir para a DLC além da morte do seu antigo grupo, o que fez Victor o aceitar no grupo antes de sua “morte”, o motivo de ter saído de sua zona de conforto para vir a outro país completamente diferente.

— Ei, meu doppelganger¹ favorito. — ele escutou uma voz masculina o chamando. Logo um garoto de cabelos verdes amarrados em um rabo de cavalo, provavelmente feito pela a melhor amiga, e olhos amarelos se sentou a mesa e em sua frente.

Falando dos motivos…

— Sou o único que você tem. — brincou Harry amassando de leve a ponta da página que parou e fechando, apenas para marcar onde estava. O de cabelos verdes se apoiou um pouco para frente.

—Isso diminui a concorrência e a escolha é mais rápida e fácil. — disse o garoto sorridente. Harry cruzou os braços, o olhando.

E então Harry não escutou mais o que o garoto falava. Pensava em seu pai contando a história de sua mãe o deixando no meio da noite, apenas com um envelope de divórcio assinado por ela e uma carta. Tinha fugido com outro homem para o Japão.

Um homem que ela amava mais.

Seu pai comentou depois de anos que a mãe tinha tido um filho com o outro antes de morrer em um trágico acidente de carro junto ao seu atual marido da época, deixando uma criança indefesa sozinha.

O motivo de ter vindo para o Japão foi esse. Para encontrar o irmão mais novo e cuidar dele.

— Então eu vou ter um encontro com a Irene. — a frase o fez sair de seus devaneios e o olhar surpreso. — Por isso eu quero emprestados os CDs daquela banda que você tem para escutar e saber a letra no show, apenas para não ficar de fora. Pode me emprestar?

Harry sorriu de leve e afirmou com a cabeça. Kariya sorriu e pulou a mesa e o abraçou fortemente, como uma criança ao ver seus pais depois deles voltarem do trabalho.

— Obrigado. — disse o soltando. — Você deve ser meu irmão. E não é só porque temos quase a mesma aparência.

Harry deu um sorriso de canto e olhou Kariya dar de costas ao mesmo, comentando que pegaria depois os CDs com ele e indo em direção a sua mesa.

— Ah, você não faz ideia dos motivos a mais. — sussurrou baixo para nenhuma das meninas escutarem, o que foi bem sucedido.

Olhou cada uma e sorriu, voltando a prestar atenção nelas, no qual começaram ao pedir para tentar convencer Carolina a contar.

— Onde deve estar Lorelai? — disse Carolina ao perceber que a “Poste” do grupo não estava no local.

Savannah os olhou maliciosamente.

— Aproveitando o noivo, é claro.

Elas começaram a rir do comentário de Sam, mas logo as risadas pararam quando Yuri apareceu no local. O albino ia ficar no lugar da mãe até encontrarmos uma pista de onde ela estava.

— Jester e Irene Morozova. — Harry engoliu em seco e as meninas já fizeram cara de que fizeram algo errado. Ele seu uma breve olhada a Irene, que já tinha se levantado. — Na minha sala, agora. Principalmente essa coisa que eu infelizmente tenho que chamar de irmã.

Savannah olhou todos e se levantou primeiro que qualquer um da mesa.

— Yasmin, mande mensagem a Lori. Acho que vamos ter uma missão.

***

Domingo, oito e dez da manhã.
Inazuma, Japão.

LORELAI

Ao ver a mensagem de texto, Lorelai se sentou na cama, pegando a blusa do namorado e colocando. Olhou Nagumo ainda dormindo e pegou um short caído no chão, colocando. Até a mesma terminar de tomar café da manhã, aquela roupa servia.

— Aonde você vai? — ela sentiu uma mão rapidamente a envolvendo e a fazendo deitar novamente.

— Trabalhar.

Nagumo a puxou para mais perto dele e a garota ficou em cima do mesmo, deitada. A mesma teve que se ajeitar por conta de ser maior que ele, assim conseguindo deitar em seu tórax. O garoto sorriu e pensou um pouco a olhando, fazendo-a ficar meio confusa. Por fim, ele sorri e bagunça de leve o cabelo da mesma.

— Eu comecei a gostar de você quando fizemos competição de arroto.    — comentou Nagumo e Lorelai caiu na gargalhada. — Você me venceu, e eu fiquei com a ideia de: “Essa é a mulher que eu quero para a minha vida toda”. 

Lorelai parou de rir e o olhou, apoiando o queixo no peito do ruivo.

— Porque eu arrotei tão alto que fez o rugido de Aslan ser um miado de gato?   — perguntou e Nagumo afirmou.  Ela pensou um pouco.  — Eu acho que comecei a gostar de você quando fugimos do aniversário de quinze anos da Haruna, corremos por Inazuma todo e só paramos quando finalmente chegamos a casa. Você me deu o seu tênis e andou descalço pela a rua porque os meus saltos estavam machucando os meus pés. 

— E depois eu os usei para tentar não deixar o clima sem graça.  — disse Nagumo se lembrando da cena e Lorelai riu.  — Lhe conquistei com o meu andar sexy, aposto.

Lorelai caiu na risada e afirmou de leve, recebendo um beijo na bochecha. Eles olharam o horário e se levantaram, ficando sentados e fazendo uma breve careta por terem que levantar.

— Vamos prometer uma coisa.   — começou Lorelai levantando o dedo mindinho. O ruivo a olhou.   — Não importa o que aconteça nós iremos nos amar como se fosse à primeira vez. Forte, intensamente e que nos faz ficar cada vez feliz só de ouvir o nome da pessoa.

Nagumo deu um breve sorriso de canto, levando seu dedo mindinho a encontro de Salazar, prometendo aquilo.

— Acredite, eu fico feliz em apenas acordar e pensar em você ser a minha namorada. — disse Nagumo e Lorelai sorriu de canto.

— Eu sei.  — ela disse e Nagumo riu, bagunçando o cabelo da mesma. Ambos se levantaram ao mesmo tempo e seguiram para lugares diferentes da casa para se arrumarem.

***

Domingo, oito e meia da manhã.
Inazuma, Japão.

SEIRIN

Ela estava sentada no enorme sofá que tinha na sala do chefe. Yuri encarava a irmã como se ela tivesse matado alguém, o que não seja surpresa.

Uma coisa que Seirin aprendeu sobre um Morozov em toda a sua experiência na DLC é que não é surpresa se um Morozov matou alguém. A surpresa é o fato de nenhum deles ter matado alguém, além de vampiros.

— Porque você nasceu? — perguntou Yuri, num tom extremamente irritado. Irene, na qual estava sentada em uma poltrona ao lado do sofá, feita de couro, deu uma olhada normal a ele e cruzou as pernas.

— Nossos pais não usaram camisinha direito. — disse Irene. — Na realidade, para ter quatro filhos, acho que eles não gostavam muito de camisinha ou outros métodos contraceptivos.

Seirin viu Yasmin segurar o riso após quase o soltar, e depois olhou um Yuri a olhando mortalmente.

— Apenas diga que você não vai. — disse Yuri estendendo um papel e colocando na mesa. Seirin o olhou por curiosidade, vendo que era um recado dizendo que ela aceitava a proposta de ir à próxima missão dos caçadores especiais.

— Wow!— exclamou Seirin a garota. — É uma boa escolha.

Yuri pigarreou e Seirin se calou.

— Eu vou. — ela disse ao irmão. — Eu preciso saber mais sobre tudo que aconteceu com o nosso pai, e compreender. E essa missão me fará entender tudo.

— Desde quando você quer entender as coisas ou as pessoas? — disse Yuri e Irene pareceu ter sido atingida por um soco, mas não perdeu a compostura de rainha das najas.

— E o que nós temos a ver com o assunto da Irene ir à missão? — perguntou Savannah e Yuri a entregou um envelope, o abrindo e lendo o que tinha em uma folha. — Eu sei que a Yasmin vai, mas isso não…

— Dimitri ia me matar se eu fosse sozinha com o “irresponsável” do Yerik, nossa tia e o resto, por isso estou indo eu com a Yasmin. E quem é q o Dimi mais confia e que se dispõe a ir comigo? Essa coisa aí. Contra a minha vontade, mas é aquilo… Um mal necessário. — disse Irene.

Yuri negou com a cabeça.

— Irene, nosso pai disse para não nos vingar. Então… Por favor, não faça isso na intenção de querer matar Takuya em nome do nosso pai.

Irene respirou fundo.

— Eu não quero me vingar. — disse Irene seriamente. — Apenas, por favor, me deixe ir.

Yuri engoliu em seco e revirou os olhos.

— Se a Yasmin vai… — a morena sorriu e fez joinha para a Irene, que revirou os olhos. — Está liberada, Morozov. O resto fica aqui.

Irene se levantou e saiu sem se despedir, abrindo a porta para sair. Na frente da porta, pode ver Joshua a esperando. Ela trocou uma breve palavra com ele e fechou a porta atrás de si, provavelmente começando a andar para longe da sala.

Yuri as olhou.

— Eu odeio os meus pais. — ele olhou Savannah. — A missão de vocês é a que vocês já esperavam: Ir atrás de Violetta. — sorriu de canto entregando a Seirin um envelope com algumas folhas e um gravador de voz. — Greed estará esperando vocês na porta da DLC.

A porta se abriu fortemente com Lorelai entrando que nem um furacão, toda descabelada e suada, parecendo que veio correndo.

Seirin deu uma gargalhada alta assim como todos do Jester e Yuri respirou fundo.

— Desculpe o atraso, eu acabei dormindo demais. — disse Lorelai. Ela olhou o Yuri. — Então, eu perdi muita coisa?

— Apenas vão.

Todos se levantaram ao mesmo tempo e saíram assim Seirin fez o mesmo, pegando o braço de Lorelai e começando a explicar tudo que aconteceu no momento.

***

Domingo,cinco para as nove da manhã.
Inazuma, Japão.

SLOTH/VICTOR

O garoto respirou fundo e olhou para Violetta amarrada em uma cadeira e presa no porão com ele e Saligia, que aparentava ler alguma coisa no celular.

Violetta o olhava fixadamente com um susto misturado com um pequeno sentimento que Sloth não conseguia definir. Isso era estranho, já que aparentava que todos da DLC tiveram a mesma reação desde que tirou a máscara. Não queria ficar sem ela, mas como a mesma quebrou na luta contra Dimitri, ele não irá usar. Sem falar que Takuya disse que também não era necessário, já que agora todos viram o seu rosto.

— Quem diria que isso ia acontecer no futuro. — disse Violetta calmamente e Sloth sentiu uma leve dor ao escutar a voz da mesma pela a primeira vez, naquele exato momento. Quando ia abrir a boca para falar algo, Saligia o interrompeu:

— “O futuro é onde o caos apenas faz parte da diversão, onde nada é certo é tudo pode se tornar nada em apenas um segundo.” — disse o mais alto de modo misterioso. Violetta arqueou a sobrancelha. — O que foi? Essa é a melhor fanfic que tem, em minha opinião.

Sloth deu um breve riso e Violetta revirou os olhos.

— Teoria do Caos? Irene aprendeu o básico do português para conseguir ler, e ainda pediu ajuda a pessoa que ela mais odeia pedir algo. — disse Violetta.

— Essa mesmo. — disse Saligia, mostrando a tela do celular com a capa da fanfic.

Sloth olhou Violetta.

— Quem é Victor? — perguntou Sloth a olhando nos olhos. Violetta o olhou pensando no que ia responder, mas ao tentar falar, o barulho da porta abriu e Takuya entrou na sala.

— Não é necessário fazer perguntas idiotas, Sloth. — disse Takuya e o moreno revirou os olhos, mas acabou que obedeceu.

Ele olhou Takuya, no qual seus olhos ficaram vermelhos. O mesmo sentiu um deja vu passando por ele naquele momento, como se tivesse visto esse mesmo olhar em algum lugar, entretanto, ao tentar lembrar, algo soou dentro de sua cabeça e começou a fazê-lo ter altas dores de cabeça.

— Saia daqui. Vá vigiar a porta, provavelmente Greed está vindo para cá junto aos caçadores.

E assim, ele se levantou do lado de Saligia e saiu normalmente do quarto. Portanto olhou para Takuya e sorriu de canto.

— Se você estiver escondendo algo de mim, saiba que com um soco eu quebro você todo. — disse o moreno, fechando a porta e indo em direção à entrada do local.

Ele parou por um segundo e escutou um grito de dor, voltando a andar. Ao abrir a porta de onde eles ficavam, o mesmo respirou fundo, sentindo novamente uma dor de cabeça agonizante.

Momentos onde tudo pegava fogo, pessoas queimadas e cenas assim passavam por sua cabeça. Mas não fez muito efeito, já que ele não sabia exatamente o que significavam, e então assim esqueceu-se de tudo que o poderia deixar curioso com o passar de minutos.

— Takuya mandou dizer que iremos fazer o plano B. — disse uma voz feminina. Victor olhou para trás, vendo a pequena Wrath com os olhos vermelhos e com um sorriso de felicidade.

— Qual é Plano B?

***

Domingo, nove da manhã.
Inazuma, Japão.

YUUME

Ela sorriu com o beijo rápido de Suzuno quando o mesmo chegou até a rosada e a abraçou por um tempo. Yuume observou, abraçada com seu namorado, Savannah ainda conversar sobre algo com Yuri, no qual aparentava explicar com palavras difíceis e elaboradas, no qual fazia a menina não entender exatamente o que ele dizia.

—Eu soube de Victor. — disse Suzuno e Yuume respirou pesadamente. — Se quiser conversar…

— Eu não quero falar disso. Não agora. — disse Yuume o olhando e o mesmo mordeu o lábio de leve. — Eu tenho medo de começar a falar e chorar por…

— Ter chorado tanto por algo que não aconteceu? — perguntou Suzuno e Yuume afirmou. — Ele está vivo, é o que importa, não?

— Mas ele não reconhece ninguém. Ele enfiou uma adaga na barriga de um de seus melhores amigos e… — Yuume respirou fundo. Sentia que ia começar a chorar. — Desculpe.

— Eu entendo. Você gostava dele do mesmo modo que… Nagumo ama a Lorelai. — disse Suzuno a soltando e cruzando os braços.

Yuume o olhou.

— Eu gosto de você agora. — disse Yuume e o garoto sorriu de canto.

— Eu sei, mas… Talvez não tanto quanto ele.

Ela revirou os olhos e cruzou os braços. Novamente, eles iam brigar por conta de Victor Hugo Salazar. Yuume estava cansada de sempre repetir que gostava do albino, e Suzuno parecia não acreditar.

— Eu amava Victor, ele foi o meu primeiro amor. Não irei mentir. — disse Yuume. — Mas Suzuno, a vida não é algo como novela. Nem sempre você fica com o seu primeiro amor. — ela disse chegando mais perto do mesmo e segurando uma de suas mãos. — Se o primeiro amor não deu certo, talvez o segundo dê. E talvez seja tão marcante quanto o primeiro.

Suzuno soltou a mão da mesma. No momento que ele ia se pronunciar Savannah a chamou para entrar na van. Ela fez sinal que já estava indo e deu um leve beijo na bochecha de Suzuno, saindo na direção do automóvel.

Ao entrar nele, se sentou ao lado de Savannah na frente e respirou fundo.

— E o que Yuri disse? — perguntou Yuume, olhando Greed ao seu lado fazendo linguagem de sinal.

— Ele me lembrou de que uma de nós tem que contar ao Benjamin sobre Victor. — disse Savannah dando partida na van. — A Irene poderia falar, mas ela não é a pessoa mais calorosa.

— E as outras meninas do grupo? E o Joshua, claro. —perguntou Carolina. 

— Joshua é quase a versão masculina e ruiva da Irene, o mesmo estrago que daria com a Irene, iria dar com o Joshua. — disse Seirin à Carolina. — Mey e Lisa disseram que iam acabar estressando Benjamin e as outras estão com medo de falar, sem falar que não sabem como consolá-lo.

— É apenas dizer que o irmão dele está vivo, não se lembra de nada e está do lado do Takuya. — comentou Carolina cruzando as pernas. — Lorelai poderia falar. São irmãos.

— Se eu acabar no meio de uma casa incendiada, juro que irei bater na sua cara por ter tido essa ideia. — disse Lorelai e todos riram. Greed falou algo em linguagem de sinal que fez Lorelai dar um breve riso.

Yuume, assim como todos os outros, não entendeu a piada do mesmo. Então ela apenas se limitou a um breve sorriso.

— E o meu namorado não vai queimar a outra parte da cara por conta disso! — disse Yasmin e ela olhou a hora. — Para onde estamos indo?

— Estou apenas seguindo o mapa que o Greed fez. — disse Savannah.

Savannah parou o carro no sinal e Lorelai olhou Greed, que apenas começou a fazer sinais rapidamente e parecia centrado. No momento, Lorelai colocou a mão no bolso parecendo verificar se estava armada.

— Estamos indo ao esconderijo de Takuya.

***

Domingo, nove e dez da manhã.
Inazuma, Japão.

DIMITRI

— Como você ainda está vivo sendo irmão da Irene? — perguntou Ally. — Qual é o seu segredo para aturá-la durante todo esse tempo? Ela conseguiu me tirar do sério na primeira semana em Macao, e eu acho que sou uma das pessoas mais pacientes que o Pierrot tem.

Dimitri deu um breve riso da garota e voltou a comer a gelatina do hospital.

— Nem eu sei como aturo. — disse Dimitri. — Essa gelatina é boa.

Ally deu um breve riso e se sentou na cama.

— Mas porque você está aqui? — perguntou Dimitri. — Não me venha dizer que está porque me adora e me considera um amigo seu. Não tivemos tantos diálogos.

Ally respirou fundo e amarrou o volumoso cabelo ruivo em um elástico que parecia que ia arrebentar a qualquer momento. Dimitri analisava bem as pessoas, e esse gesto ele indicava nervosismo.  

— Eu gostaria de lhe pedir algo. — disse Ally calmamente e Dimitri colocou uma colher da gelatina na boca. — É que, mesmo evoluindo tanto desde que fui a Macao até agora, eu ainda acho que estou sendo deixada para trás. Se não fosse Matatagi, talvez eu tivesse morrido ontem, sem falar que não é a primeira vez que me sinto um “peso morto” no time.

Dimitri a olhou. Já tinha entendido o que ela queria pedir.

— Você luta melhor que muitos caçadores. — disse Dimitri após engolir a gelatina. — Sei disso porque, em Macao, filmavam os treinos. E se você quer se treinada por alguém, você está pedindo para a pessoa errada.

— De luta, o seu estilo é igual ao meu. — disse Ally e o loiro continuou a comer a sua preciosa gelatina. — Além de katanas, você usa adagas. Mas usamos o mesmo tipo de pistola e você e bem forte fisicamente, e eu até mesmo consigo ser forte, mas não o suficiente.

Dimitri a olhou e respirou fundo.

— Eu estou machucado, não irei a ensinar tão cedo. — ele disse e Ally sussurrou que ela o esperava. — Ally...

— Não negue, por favor! — disse a ruiva. — Uma aula, se você não quiser mais, eu não irei mais insistir.

Dimitri a olhou e respirou fundo. Tinha que ser do grupo da Irene...

— Ok. — disse Dimitri e Ally a olhou, surpresa e feliz. — Mas apenas com uma condição.

Ally o olhou sorrindo e logo parou, com o sorriso passando para uma cara séria. Ele deu um breve riso da cara da mesma e terminou de comer a gelatina.

***

Domingo, nove e vinte da manhã.
Inazuma, Japão.

CAROLINA

Ela apenas estava seguindo os seus membros no meio de uma área deserta de Inazuma, provavelmente um ótimo esconderijo de vampiros. Tinham estacionado a minivan em um local acessível para se algo ruim acontecesse e eles precisassem fugir, por mais que eles não iriam fugir sem a Violetta.

A morena sorriu de canto olhando todos. Tinha se passado tanto tempo desde que ela tinha entrado nesse grupo.

— Carolina. — chamou Harry. — Pode me contar como foi o encontro com Kidou realmente, até porque, fui eu que o convenci de tentar ser um pouco romântico com a namorada e a levar em um encontro.

Carolina soltou um breve sorriso de felicidade e olhou Harry, mas logo retirou o sorriso.

— Nós... — ela chegou mais perto de Harry e sussurrou algo para o mesmo, que fez a boca do mesmo abrir. Assim que terminou, voltou a andar ao lado dele normalmente.

— Então valeu a pena. — disse Harry e Carolina afirmou. — O quarto ficou danificado?

— Ei, vocês! — disse Savannah e os dois pararam. — Prestem atenção na missão. — ela disse séria e Carolina arqueou a sobrancelha. Savannah era do tipo de conversar sobre comida enquanto estava na missão, e agora ela estava chamando a atenção de todos. — E eu quero saber da fofoca depois.

As meninas soltaram um riso e Harry fez o mesmo, cruzando os braços. Greed as olhou e fez alguns gestos, que fez Lorelai rir.

— Ele disse “Eu também quero saber. Vampiros gostam de fofoca.”. — disse Lorelai e Carolina riu.

— Mas disso ele não pode saber. Não somos tão íntimos.

— Aparentemente, alguém teve a primeira vez. — cantarolou Seirin baixo, fazendo Carolina a chutar de leve.

Logo Greed parou de andar e arregalou os olhos, correndo rapidamente. Carolina observou o mesmo assim que todos começaram a correr atrás do vampiro mudo, e olhou para uma grande nuvem de poeira como se algo tivesse desabado há um tempo.

Assim que eles chegaram ao local, eles viram uma casa desabada e com uma mulher amarrada em uma cadeira, na frente dela. Seus braços estavam atados, a boca tampada e suas pernas amarradas nos dois pés da cadeira que estava sentada. O cabelo azulado da mulher fez com que Carolina e todos terem a certeza que era Violetta, e pelo o gesto que fez tentando se soltar, chegaram à conclusão que ela estava viva.

O Jester correu até a mesma, enquanto Greed já tinha ido à frente de todos. Lorelai pegou uma faca que tinha em seu bolso enquanto Seirin retirava a fita isolante que tinha em sua boca.

— Vão para o DLC agora, ligue para alguém tirar todos de uma vez por todas de lá ou se prepararem! Eles mudaram o rumo de tudo, mudaram o plano. — disse e Greed a olhou. Lorelai a soltou rapidamente da cadeira, no qual fez a mulher se levantar com dificuldade e com a ajuda de Harry.  — Ele enganou a todos, até mesmo a Greed sobre o que iriam fazer após me raptarem. — ela parou para tomar fôlego. — Eles vão atacar a DLC.  

***

Domingo, nove e meia da manhã.
Inazuma, Japão.

HIROTO

— Oi Savannah. — disse Hiroto saindo do banheiro da DLC, lavando as suas mãos e com o celular segurado pelo o ombro. — Como vai?

— Hiroto! Todos tem que sair agora da DLC, ou se prepararem. — gritou Savannah, parecendo desesperada.  

— O que houve? — perguntou.

— A DLC vai ser atacada a qualquer momento. — disse a canadense por telefone. 

Hiroto terminou de lavar as mãos e segurou o telefone melhor, saindo do banheiro. Olhou para fora e a primeira coisa que viu foi um homem alto com os olhos vermelhos sorrindo de leve para ele. Era Gluttony, se a sua memória não estivesse ruim.

— Tarde demais. — disse Hiroto a namorada. 


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Notas finais do capítulo

Doppelganger: É uma lenda germânica que fala da existência de uma criatura, que tem a capacidade de se transformar em um “clone perfeito” da pessoa, uma cópia idêntica, imitando inclusive características emocionais mais profundas.
Esse capítulo era para sair romântico e com lutas, mas eu preferi o deixar assim, porque o outro já vai ser realmente meio violento então... Esse capítulo foi meio que mostrando um pouco de algumas depois de um tempo, ficou algo aleatório.
Savannah ficou sem aparecer, mas pra quem viu o spoiler que botei hoje, já sabe q ela vai ter uma cena somente dela e super fofinha. *-*
E eu tenho muitos motivos por ter acabado demorando para postar, dois deles são a escola e o PC quebrado.
tumblr: http://dl-circus.tumblr.com/
Música do capítulo:https://www.youtube.com/watch?v=MhMr6dq8sQU
O próximo capítulo não vai demorar para sair, eu acho. Mas se demorar, tenham fé que eu vou postar, juro mesmo.
O próximo capítulo ainda vai ter foco no Jester, mas também no Pierrot. E falando em Pierrot... O q vcs acham q foi a condição de Dimitri pra dar aulas a Ally de luta?
E para quem não entendeu a parte do Harry e o spoiler meio indiretamente direto: Esperem até o próximo, ou o próximo do próximo.
Bem... Eu falarei a curiosidade no tumblr pq eu acho q o Nyah vai cortar... Então...
Foi mal qualquer erro, e eu tbm vou tentar responder todos os comentários a partir de agr msm com o pouco tempo. Eu juro, leio todos.
E ah, Dark! Eu adoro saber que você gostou da fanfic e bem vinda. >.< E tbm eu tentarei revisar, é que tem vezes que não tenho muito tempo ou não reparo. Peço desculpas por isso.
XOXO



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