Cold As Snow escrita por Lettie


Capítulo 39
É um segredo nosso


Notas iniciais do capítulo

Enjoy! ^^



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Kentin estava estático ao meu lado, ele estava segurando minha mão, e assim que o médico surgiu, ele começou a apertá-la, ele estava ofegante e seus olhos procuravam uma resposta, me doía o coração vê-lo assim, meu melhor amigo, meu outro irmão.

— A Sra. Smith está... Bem. – O médico disse.

Kentin soltou o ar que prendia em seu peito e relaxou os ombros.

— Porém ela precisa de uma doação de sangue urgente. – O médico diz com uma expressão meio triste por ter dado essa notícia.

Kentin larga minha mão e começa a andar de um lado para outro, ele passava a mão pelo cabelo e encarava o chão. Eu o olhei meio triste, depois me dirigi ao médico.

— Senhor... Qual o tipo de sangue da Sra. Smith?
— O sangue dela é O-, ele só recebe do mesmo tipo. – Ele suspira. – Teremos que achar alguém muito rápido para doar, ou de um anjo. – Ele coloca a mão em meu ombro. – Ajude o filho dela a se acalmar por mim?

— Claro. – Eu concordo.

— Obrigado. – Ele saiu pelo corredor.

Aproximo-me de Kentin que, ao me ver, se levanta rapidamente.

— Perguntei o tipo de sangue da sua mãe e é O-, e o médico me disse que só recebe de O-. – Eu o informo.

— Droga! – Ele resmunga. – Bendito momento para minha mãe ter um sangue raro.

Ele se senta de novo. Me aproximo.

— Hey, calma. Eu não irei descansar enquanto não achar um doador para sua mãe. – Eu olho no fundo dos seus olhos e ele sorri.

Ele me abraça.

— Eu te amo muito, sabia? - Ele diz.

Eu não poderia dizer o mesmo para ele, não sabia de que tipo de amor ele falava.

— Eu também te amo você é meu melhor amigo. – Eu falo para ele.

O mesmo me abraça mais forte.

— Venha, vamos pegar um ar puro, ir para casa, dormir e amanhã procuraremos em toda escola alguém com esse tipo de sangue. – Eu aconselho-o.

Ele se levanta e nós dois saímos do hospital.

— Mi... – Ele me chama.

— Oi. – Eu o olho.

— Não fala pra ninguém ainda ta? Só para Rosa. Não quero que isso se espalhe por toda escola, pela simples questão de que eu não quero que tenham pena de mim de novo. – Ele ri fraco. – E a situação da minha mãe é algo pessoal.

— Pode contar comigo sempre. – Eu sorrio para ele e estendo um punho.

Ele sorri e bate o seu punho no meu. Entramos no carro e ele me leva para minha casa antes de ir.

Chego em minha residência, cumprimento meu pai e a Crys, depois subo para o quarto. Chegando lá eu me sento, coloco minha mão no rosto e analiso toda situação. Ouço a porta abrir e depois fechar, escuto passos em minha direção e um peso no meu lado na cama. Eu olho para o lado e me deparo com Rosa, ela coloca uma mão nas minhas costas e me olha.

— Pela sua face, não são problemas amorosos. – Ela comenta.

— Não, não são. São problemas com a mãe do Kentin, ela está estável, porém ela precisa de uma doação de sangue urgente.

— Então é simples. – Ela tenta me animar.

— O sangue dela é O-.

— Não é mais simples. – Ela desanima.

Eu rio leve.

— Pois é amanhã eu e ele planejamos procurar alguém que posso doar sangue para a mãe dele. – Eu suspiro. – Espero encontrar, nunca o vi tão aflito. Me dói vê-lo assim, ele é muito importante pra mim, é meu melhor amigo.

Ela está me olhando com uma cara estranha.

— Certeza? – Ela arqueia uma sobrancelha.

Eu a olho.

— Absoluta. – Confirmo.

Ela expira com um pouco de força.

— O que foi? – Pergunto.

— Gostaria que você tivesse a mesma coerência em relação aos seus sentimentos sobre Castiel. – Ela explica.

— Não começa Rosalya... – Eu reclamo. -... Também queria ter essa coerência.

Ela ri, dá um tapa nas minhas costas e se levanta.

— Durma e relaxe, você precisa descansar um pouco para amanhã. – Ela me aconselha. – Boa noite, Mi.

— Boa noite, Rosa. – Eu a retribuo antes dela sair do quarto.

Ela tem razão, eu tenho que relaxar um pouco. Levanto-me e me dirijo ao banheiro para uma ducha, depois que saí do banho eu vesti uma camisola de seda cinza. Meu cabelo ainda estava molhado, eu ainda não havia o penteado. Eu saio do meu quarto para descer até a cozinha, precisava comer algo.

Chegando na cozinha, eu pego coisas para fazer um mingau de aveia, peguei: morangos, amoras, aveia e leite. Preparo meu mingau de aveia, ponho em cima do balcão e me viro para colocar os ingredientes de volta na geladeira.

— Oi.

Ouço uma voz e levo um mini-susto. A pessoa ri. Eu começo a reconhecer a voz, só podia ser o...

— Castiel? – Pergunto.

Me viro e me deparo com o cristão na minha frente.

— O próprio. - Ele ri.

— O-O que você está fazendo aqui? – Questiono.

— Vim dormir aqui. – Ele responde.

— H-H-H-Hã? – Eu travo.

— Seu irmão me convidou para dormir aqui hoje, ele sabe tocar bateria, e eu estava passando as partituras para o mesmo, então ele sugeriu que eu dormisse aqui. – Ele explica.

— Ah, e está aqui desde quando? – Pergunto.

— Desde o começo da tarde, mas você estava fora... Posso saber onde estava?

— E realmente lhe interessa? – Eu dou uma “patada” nele.

Ouço passos e depois uma mão na minha cintura.

— Muito. – Ele sussurra no meu ouvido.

— E-Estava com o Kentin no hospital por motivos pessoais. – Respondo.

— Kentin? – Sua voz me soava meio raivosa.

— Sim, qual o problema? – Eu o olho.

Ele fica na minha frente e morde o lábio antes de responder.

—... Nenhum. – Ele responde.

Eu abro um sorriso nos lábios e me aproximo de seu ouvido.

— Não parece, bebê.

Meu lábios haviam tocado de leve sua orelha, que o mesmo com o ato deu uma pequena encolhida. Passo ao seu lado e ele me puxa pela cintura me fazendo ficar nariz com nariz nele.

— Sou eu quem provoco aqui. – Ele sorri.

— Não mais. – Sorrio também.

— Senti sua falta. – Suas bochechas coram de leve.

Depois apenas sinto uma mão passar pela minha nuca e seus lábios contra os meus, ele me beijava de uma maneira totalmente apaixonante, ele acariciava meus cabelos com uma mão e a outra acariciava meu rosto. Senti ele sorri enquanto nos beijávamos.

Quando ele me soltou, eu estava com as bochechas queimando e ele estava com as bochechas vermelhas.

— Desculpa... – Ele desvia o olhar.

Não acreditei que ele estava me pedindo desculpas, ele estava envergonhado, como assim?

Eu me aproximei dele e dei um selinho no mesmo.

— Também senti sua falta. – Sussurro.

Ele sorri timidamente.

— Sempre quis ouvir você falar que sentia minha falta. – Ele fala ainda tímido.

Eu rio.

— Eu só queria que você me explicasse o porquê de você não ter falado mais comigo. – Ele cruza os braços.

— Bom... – Eu tento começar. – Eu vi você todo “coisa” com a Diabr... Debrah. Estava de chamego, ela te beijava e tudo mais... E depois eu ainda vi vocês se beijando apaixonadamente na biblioteca. – Na ultima parte eu baixo a cabeça.

— Eu e a Debrah? Ha ha! – Ele ri alto. – Nunca que eu ficaria com ela de novo. – Ele continua rindo.

— De... Novo? – Arqueio uma sobrancelha.

— Infelizmente sim, eu já fui namorado dela, e me arrependo. No começo ela parecia uma pessoa dócil, mas na verdade só me queria para faze sucesso no seu fracasso de carreira. – Ele solta um riso.

Eu balancei a cabeça negativamente com um sorriso na cara.

— Você não aprende mesmo não é? – Pergunto enquanto me aproximo.

Eu fico na ponta dos dedos e dou um selinho nele, ele sorri.

— Podemos manter isso entre nós por enquanto? – Peço.

Ele resmunga.

— Mas por quê? – Ele faz bico.

— Não faça esse bico, se não eu posso fazer algo. – Cruzo os braços e olho para ele com um ar engraçado.

Ele continua e eu o beijo de novo. Estávamos juntos, nos beijando na cozinha, quando escutamos passos vindos da escada.

— Deve ser meu irmão. – Eu sussurro. – Rápido, pega uma tigela e coloca mingau de aveia pra você. – Ordeno.

Ele faz o que eu pedi e senta do meu lado para comer o cereal. Meu irmão chega na cozinha esfregando os olhos.

— Castiel, anda logo, eu estou querendo dormir e não quero deixar isso para depois. – Ele reclama.

— Desculpa, é que pedi para sua irmã fazer um mingau de aveia para mim também. – Ele inventa uma desculpa.

Eu sorrio para meu irmão sem mostrar os dentes, pois estava com comida na boca.

— Ela cozinha muito bem mesmo. – Meu irmão me elogia. – Então me diz onde está as partituras que eu tiro uma cópia para mim.

— Estão na minha mochila, no bolso da frente em uma pasta preta. – Ele explica.

Valeu. – Ele agradece e se retira.

Depois que ele bate a porta do quarto, eu me manifesto.

— Quase fomos pegos. – Reclamo e bato em seu braço.

— Mas não fomos. – Ele sorri.

Terminamos de comer o cereal e depois subimos juntos.

— Boa noite, Mi. – Ele se aproxima e me dá um selinho.

— Boa noite, Cassy. – Sorrio e ele morde o lábio.

— Terá volta. – Ele avisa.

— Estarei esperando. – Provoco.

Entro no meu quarto e me deito na cama para ir dormir, antes de dormir eu pego Snow para dar um grande abraço.

Eu beijei o Castiel, Snow! – Sussurro para ele antes de dormir.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Mereço coments? *-*



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