A Rua de Luzinhas Amarelas escrita por 1FutureWriter


Capítulo 1
A Rua de Luzinhas Amarelas


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente boa noite a quem estiver aqui.
Essa one foi feita especialmente para uma princesa, minha Cinderela.

Dedico a Maanu por dois motivos:
1º porque foi ela quem eu tirei no amigo secreto S2

2º porque coincidentemente estamos fazendo 2 anos de amizade, e acho que aquele sorteio foi generoso comigo por ter me dado a oportunidade de poder escrever algo em comemoração a esse fato.
Então, minha Blue, minha Cinderela, eu dedico essa pequena história a você e desejo do mais fundo do meu coração que você tenha um excelente ano pela frente, que seja mágico, e proveitoso, que não lhe falte as coisas boas da vida: Amor, Amizade, Sucesso, Paz e Sabedoria.

Um enorme beijo....do tamanho do mundo pra você! Love you!



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Sabe aquela época do ano em que tudo está perfeito? A temperatura está baixa o suficiente para congelar os dedos, a neve está caindo deixando a cidade mais charmosa, as pessoas andando mais elegantes, e as ruas enfeitadas com luzinhas amarelas!

Todo ano no mês de Dezembro as pessoas enfeitam suas casas para o Natal, mas é no condomínio onde eu moro que a magia realmente acontece. As mulheres, comandadas pela minha mãe, se juntam e preparam diversos tipos de comida, e se não for do jeitinho que ela quer, então não está certo. Já nós homens, ficamos encarregados de enfeitar as ruas. Penduramos luzinhas amarelas por todas as ruas do condomínio.

O contraste das luzes com a neve fica realmente muito bonito, e no final da rua na qual eu moro há um grande pinheiro que enfeitamos como uma verdadeira árvore de natal e todas as noites quando todas aquelas luzinhas são acesas eu me imagino em um castelo! É tão mágico que parece não ser real.

Falando assim pode parecer que fica tudo exageradamente enfeitado, mas há muitos anos, todos fizeram um acordo e concordaram em não enfeitar demais para o que chamasse atenção fosse justamente a simplicidade!

E neste ano eu estou particularmente mais feliz que nos outros. Depois de ter passado cinco longos anos estudando em outro país, finalmente Hermione está voltando para Londres, e eu não vejo a hora de poder abraçá-la! Não sei por quanto tempo vai ficar, nem mesmo se ela vai me reconhecer; eu mudei muito, cresci mais do que o esperado e sem falsa modéstia estou mais bonito também.

Sei que ela continua linda como sempre foi, porque Harry vive me mostrando as fotos que ela o envia. Eu até queria estar em contato também, mas sou tímido demais para isso; não consegui nem mesmo dizer o que sentia quando ela partiu. Desde criança, sempre tive uma queda por Hermione e vê-la partir foi de longe, a pior coisa que me aconteceu até hoje!

Mas saber que ela voltaria me deixou em um estado de euforia tão grande que, hoje pela manhã ao invés de ir ajudar Harry a terminar a arrumação das mesas na casa dos Lovegood para a ceia de Natal, eu preferi correr até o centro comercial e comecei a procurar como um louco o CD com sua música favorita, Skinny love. Lembro-me que quando partiu para Amsterdã ela ainda não havia conseguido comprar, e torço para que não tenha achado, porque dessa forma sei que ela vai gostar do meu presente. Acabei comprando também uma pulseira azul marinho com um pingente dourado em formato de uma nota musical, já que a música é sua maior paixão, depois dos livros, é claro!

Quando cheguei em casa, deixei os presentes devidamente embalados dentro do meu guarda roupas e fui para o lado de fora ajudar os outros.

- Por onde você andou? Te procurei por todo lugar e não achei. - Indagou Harry curioso. Ele parecia inquieto, porém, feliz.

- Depois eu explico. Mas por que essa cara de idiota?

- Engraçadinho! Eu até posso estar com essa cara no momento, mas você tem a tem sempre, é a sua marca! Além do mais estou feliz... – Ele disse debochadamente e naquele momento eu havia entendido; meu coração bateu tão acelerado que parecia querer pular para fora. - Sua irmã foi com o Gui buscar Hermione no aeroporto.

Sorri bobamente sabendo que em pouco tempo a veria de novo. Harry e eu terminamos de arrumar tudo na casa dos Lovegood, onde seria feita a ceia, marcamos o horário de nos encontrarmos novamente e em seguida fomos para nossas respectivas casas.

É claro que, não consegui relaxar um minuto sequer, e quando Gina, minha irmã caçula, chegou, comecei a bombardeá-la com perguntas a respeito de Hermione. Com a pouca paciência que tinha, Gina me mandou calar a boca e insinuou que eu deveria tomar coragem para me declarar a ela.

Fui para o meu quarto, joguei-me na cama e fiquei a pensar no que minha irmã havia dito. Já havia se passado tanto tempo desde que ela fora embora, mas o que eu sentia ainda estava ali, tão presente quanto antes!

Perdi a noção de quanto tempo passei largado em cima da cama, e só voltei a realidade porque Fred, meu outro irmão que é gêmeo de George, entrou no quarto a procura de um desodorante.

- Você vai mesmo pra ceia vestido como um mendigo? - Ele perguntou divertido.

- Já é noite? - Fred afirmou com a cabeça enquanto mexia no guarda roupas. - Mamãe vai me matar!

- E você ainda tem dúvidas? Ah, não que deva fazer muita diferença pra você, mas...Hermione já está lá embaixo, e devo dizer que o tempo fez muito bem a ela!

Levantei de uma só vez e corri para o banheiro, fazendo com que Fred caísse na gargalhada.

- Relaxa Roniquinho, ela não vai fugir!

- Não tem graça nenhuma! - Respondi já dentro do outro cômodo.

O fato de não ter levado a roupa para o banheiro me causou um grande constrangimento. Precisei sair com uma toalha enrolada na cintura e quando voltei novamente ao quarto, Hermione estava sentada na minha cama. No mesmo instante minhas orelhas queimaram e pude perceber que suas bochechas coraram de vergonha.

- Des....desculpe Mione, não...não sabia que estava aqui.

Apesar de envergonhada, ela sorriu como se estivesse achando graça de tudo aquilo. Fui até o armário, peguei a primeira roupa que encontrei e corri novamente para o banheiro.

Quando voltei, dessa vez com roupas adequadas, pude notar que Fred realmente tinha razão. Ela estava ainda mais bonita que antes. Seus cabelos já não eram tão volumosos como sempre foram. Em seu rosto umas poucas sardas se faziam presente e seu sorriso era tão genuíno que me fazia pensar que estava na frente de um anjo.

Sem cerimônias Hermione veio me abraçar. Seu perfume ainda era o mesmo, que eu havia lhe dado em seu último aniversário em Londres, o que fez com que meu coração acelerasse ainda mais.

- Gostei da camisa! – Ela disse e somente então me dei conta que a estampa era de um de seus desenhos favoritos, Os Simpsons! Sorri em resposta e comentei que o jeitinho perfeccionista da Lisa, um dos personagens, me lembrava em muito a ela.

- Olha, desculpe mesmo sobre a toalha. Eu sempre levo a roupa comigo, mas fui com tanta pressa que acabei esquecendo.

- Tudo bem, Ron. Além disso, não vi nada demais.

- Mesmo assim...

- Vai para a ceia com essa roupa? - Ela perguntou, cortando completamente o assunto anterior.

- Se eu aparecer desse jeito do lado de fora é capaz de morrer hoje mesmo pelas mãos da minha própria mãe! - Respondi divertido arrancando-lhe um sorriso sincero. - Só coloquei essa roupa para você não precisar presenciar um Strip-tease gratuito.

- Até que não seria má ideia! - Ela falou bem baixinho, contudo, com a boa audição que sempre tive acabei escutando.

Não pude evitar que minhas orelhas queimassem com tal afirmação, e me senti um idiota por isso, entretanto, Hermione pareceu perceber e disse que esperaria eu me arrumar para então colocarmos o papo em dia.

Enquanto trocava de roupa notei que começava a nevar do lado de fora; a temperatura estava mais baixa também, então coloquei um dos vários suéteres que mamãe havia me dado de presente; ela sempre gostou de nos presentear com coisas que ela mesma tenha feito, o que não me espanta, já que somos sete irmãos e os gastos em casa são grandes.

Chegando a sala todos me esperavam, Gui com Fleur, Percy com Audrey, Fred, George, Gina, e até Carlinhos que chegara há poucos dias da Romênia. Todos soltaram um "finalmente" em coro quando apareci.

- Pensamos que a donzela não ficaria pronta nunca! - Disse George divertido.

- Deixem o irmão de vocês em paz, não vêem que ele está nervoso com a chegada da Hermione? - Falou minha mãe em tom de deboche fazendo com que todos caíssem na gargalhada, inclusive Percy, o mais chato dos irmãos.

- Mãe! - Exclamei.

- Querido, todos sabemos que sempre teve os pneus arriados por essa menina. - Ela depositou a mão em meu ombro e me olhou nos olhos. - Não deixe a oportunidade passar novamente, tudo bem? Além do mais, faço muito gosto; Hermione é uma menina de ouro!

- Se depender do Rony, Hermione fica solteira para o resto da vida, é medroso demais! - Gina falou enquanto eu lançava-lhe um olhar semicerrado.

- Podemos dar uma forcinha, Roniquinho... - Foi a vez de Gui entrar na conversa. - Mas só depois que eu estiver de estômago cheio porque no momento ele está roncando de fome!

- Tem razão, tem toda a razão. Vamos logo, ou o senhor Lovegood vai começar com suas loucuras antes da meia noite. Venham meninos, me ajudem a carregar essas comidas. - Pediu minha mãe.

Do lado de fora todas as luzinhas amarelas já tinham sido ligadas, deixando a noite ainda mais bonita com o cair da neve.

Os Lovegood haviam cedido a casa para que a ceia fosse feita; os Longbotton contribuíram com dinheiro para comprar os enfeites extras; os Potter se encarregaram de fornecer toda a bebida; os Granger e nós Weasley ficamos responsáveis pela comida.

Uma grande mesa havia sido montada na sala do senhor Xenofilio, e graças a enorme lareira acesa a temperatura estava bem agradável. Havia muita comida, bem mais que o normal. Os mais velhos sentaram-se próximos uns dos outros, assim como os mais novos. Hermione sentou entre Harry e eu, o que fez com que Fred soltasse algumas piadinhas durante o jantar.

O que ninguém esperava era que naquele momento a campainha tocasse. Todos imaginaram ser algum parente de Luna que chegara de surpresa, contudo, quem realmente apareceu diante de nós foi ninguém menos que Draco Malfoy, acompanhado de Astoria Greengrass, sua namorada. Em uma das mãos o loiro carregava uma sacola com duas garrafas do melhor vinho que conhecíamos.

- Podemos cear com vocês? - Ele pediu educadamente.

- Claro que sim, queridos! Entrem, entrem, está muito frio do lado de fora. - Disse minha mãe.

Draco e Harry olharam-se seriamente, mas nenhum dos dois destratou o outro. Ambos nunca foram chegados quando crianças, e confesso que eu também não fazia questão de me aproximar, mas ele era amigo de Gina e foi graças a sua ajuda que minha irmã entrou para a faculdade, e conseguiu um ótimo emprego nas empresas Malfoy. Astoria já era conhecida por todos. Ela, Luna e Hermione sempre estudaram juntas, mas foi na época da faculdade que mostrou interesse por ele.

A meia noite todos brindamos a chegada do Natal com o vinho que Draco havia trazido. Nevile, que era o mais fraco para bebidas, ficou rindo a toa com apenas uma taça, contava piadas sem graça e ria sem parar.

Terminado o jantar, os mais velhos permaneceram na mesa, Percy foi para a casa da sogra, Gui para a casa da noiva, Fred, George e Carlinhos foram encontrar uns amigos, Draco e Astoria foram embora e o restante dos jovens foram para a sala relembrar os tempos em que éramos crianças e jogávamos Mortal Kombat. Harry queria mudar de assunto, alegando que preferia saber mais sobre a viagem de Hermione, mas todos nós sabíamos que na verdade ele não queria admitir que sempre perdia para Gina e Neville. Luna apenas ria das coisas que eram faladas e Hermione observava tudo com muita atenção, e eu, bem...para mim o que importava era estar na presença dela.

Nossos olhares se cruzaram por questão de segundos e disfarçadamente fui até onde ela estava e sentei-me ao seu lado.

- Tenho uma coisa pra você! - Eu disse calmamente, tentando ao máximo não chamar a atenção dos outros. Ela sorriu discretamente e respondeu que também tinha algo pra mim.

A conversa dos outros parecia tão empolgante que ninguém notou quando saímos. Hermione apesar de estar bem agasalhada agarrou-se em meu braço enquanto andávamos na rua. Do lado de fora o chão já estava praticamente todo branco por causa da neve.

- O que eu mais gosto do nosso natal são essas luzinhas amarelas! - Ela disse delicadamente. - É diferente de tudo o que eu já vi, além do mais faz com que eu me sinta em casa.

- Você está em casa. Aqui sempre será seu lar! - Ela agarrou-se ainda mais em mim.

Minha casa ficava de frente para a casa de Harry, no final da rua. Não era tão grande quanto a de Luna, mas era bem aconchegante, e apesar de sermos em sete irmãos, apenas Gina, os gêmeos e eu morávamos ali. Percy já era casado, Gui morava sozinho, e Carlinhos vivia viajando. Não havia ninguém, exceto nós dois. Levei-a até o meu quarto, que ficava no andar de cima, peguei os dois embrulhos e entreguei-lhe. O primeiro a ser aberto foi o CD. Seus olhos brilharam ao notar que sua música favorita estava ali.

- Como se lembrou disso? - Questionou emocionada. Apenas dei de ombros em sinal de resposta.

Depois de abrir o segundo presente pude perceber uma lágrima solitária escorrer por seu olho direito e enxuguei-a com o polegar. Era tão visível que ela havia ficado feliz que meu peito encheu-se de alegria.

- Coloca pra mim? - Pediu ela, estendendo a pulseira no ar. - Mesmo sem muito jeito pra isso, fiz o que ela pediu, e nossa, como havia ficado bonito o azul e o dourado em contraste com sua pele clara.

- Prontinho Cinderela!

- Que eu me lembre, o que é colocado na Cinderela é um sapatinho de cristal, e não uma pulseira com uma nota musical.

- Bem...cada Cinderela com seu objeto pessoal! - Ela sorriu divertida.

- Acho que agora é minha vez, não é? - Ela perguntou um pouco mais séria. - Mas eu queria que fôssemos até o porão.

- O porão? - Indaguei surpreso. - Mas...não poderia ser aqui mesmo?

- É que eu queria lembrar dos nossos tempos de criança, quando brincávamos lá. Era como o nosso quartel general!

- Eu sei, mas...é que agora está mudado, não tem mais todo aquele espaço vazio. - Respondi vacilante.

- Não tem problema, só quero ir até lá.

- Tem certeza?

- Ronald Weasley! Está escondendo alguma coisa? Se for um cadáver eu não vou ajudar a enterrar!

- Não é nada disso. - Respondi direto, coçando um pouco a nuca. - Tá, tudo bem, vamos até lá!

Fomos descendo as escadas em direção ao lugar. Estava praticamente do mesmo jeito que sempre fora, com uma única diferença: Agora havia um piano de caldas bem no centro da pequena sala. Por estar coberto, ela não conseguiu discernir o que havia ali, até o momento em que eu o descobri.

Hermione parecia estar num estado de choque. Olhava incrédula para o instrumento musical que sempre amou, mas que nunca havia aprendido a tocar.

- De...de quem é? - Perguntou.

- Meu... - E antes que pudesse me encher de perguntas, eu preferi abrir logo o jogo e contar tudo. - Sei que sempre foi um dos seus sonhos, e quando foi embora eu precisava de alguma coisa que fizesse eu me lembrar de você, então com o dinheiro que eu tinha guardado acabei comprando ele. No início eu era um total desastre, mas então comecei a fazer umas aulas, e aprendi algumas coisas.

- Tudo isso por minha causa? - Tornou a questionar.

- Sempre foi muito importante pra mim, Mione. - Peguei em suas mãos e olhei em seus olhos. - Muito mais do que possa imaginar. Só que sempre fui idiota demais para assumir meus sentimentos.

Hermione pigarreou tentando segurar o que estava estampado em seu rosto, soltou uma das mãos e colocou-a em um dos bolsos do casaco que usava. Tirou dele um embrulho e me entregou. Abri e vi que era um porta retratos dobrável, com duas fotos nossas, uma de quando éramos crianças, e outra que deve ter sido provavelmente a última que tiramos juntos antes de ela partir.

- Repare em um detalhe! - Ela disse empolgada. Procurei pelas duas fotos e notei que havia uma data. Olhei para ela sem entender, e acabei sendo retribuído com um revirar de olhos.

- Nos conhecemos no dia doze de novembro, quando tínhamos onze anos, e nesse mesmo dia tiramos a nossa primeira foto juntos. Doze anos depois, nesse mesmo dia, tiramos nossa última foto juntos antes de eu ir embora. Doze de novembro é a nossa data!

Sorri para ela e agradeci pelo presente. Em resposta Hermione me abraçou e pediu que eu tocasse alguma música para ela no piano. Não tive como recusar tal pedido, então convidei-a para sentar-se ao meu lado no banquinho. Havia alguns dias que não praticava, mas não estava assim tão enferrujado que não pudesse tocar uma das minhas preferidas, Nocturno de Chopin.

Enquanto dedilhava as teclas do instrumento, notei que ela sequer piscava. Estava concentrada demais na melodia para falar ou fazer alguma coisa, então somente aproveitava o momento. Depois de terminar a canção, Hermione ainda me olhava. Tinha a cabeça apoiada em uma das mãos e seus olhos estavam marejados.

Sem que eu esperasse ela puxou meu suéter com a mão que estava livre para mais perto e me beijou. Acredito que tenha levado cerca de dois segundos para processar o que estava acontecendo, mas no momento em que o fiz senti algo explodindo dentro de mim. Colei ainda mais nossos corpos intensificando o beijo. Seus lábios eram tão macios e doces como eu nunca havia provado antes. Era uma sensação tão boa que percorria o meu corpo que pretendia não larga-la tão cedo, mas a falta do ar se fez presente e então Hermione interrompeu o gesto.

- Me...deixe...respirar! - Ela disse com a voz ofegante, mas com nossas testas ainda coladas.

- Isso é mesmo real, ou está acontecendo apenas na minha cabeça?

- É claro que está acontecendo na sua cabeça, mas por que não seria real? - Ela perguntou, afastando nossos rostos.

- Bom, pra começar, você é Hermione Granger! A melhor em tudo, a mais bonita das garotas, a mais inteligente, e a mais exigente também!

- E você é o Ronald Weasley, o mais engraçado, desastrado, teimoso e implicante ruivo que eu conheço, mas foi por quem eu me apaixonei!

- Você... se apaixonou por mim? - Hermione novamente revirou os olhos, mas ao mesmo tempo sorriu.

- Não se diminua por achar que não é o melhor em nada. Você é muito mais do que possa imaginar, só precisa entender isso!

- E por que nunca me disse nada?

- Bom, porque eu esperava que você tivesse coragem pra me dizer o que sentia. Eu sempre soube, Ron. Achei que todo esse tempo longe faria com que eu te tirasse do meu coração, mas quando te vi novamente, todo o sentimento reascendeu dentro de mim.

- E mais uma vez, eu fui um idiota!

- Você só teve medo de estragar a nossa amizade.

- Se antes eu tivesse falado, talvez agora fosse tudo diferente.

Hermione segurou meu rosto com as duas mãos e me olhou intensamente.

- Eu não quero que pense no que poderia ter sido, e sim que pense no que será daqui para frente. Eu vim para ficar, Ron. Não pretendo mais voltar para Amsterdã!

Então, tomado pela euforia que ardia dentro de mim, coloquei-a sentada em meu colo e colei novamente nossos lábios, dessa vez em um beijo calmo e tranquilo onde pude passar-lhe todo aquele sentimento acumulado de anos que, há poucos minutos eu havia descoberto ser recíproco.


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Notas finais do capítulo

Então é isso....Espero que tenha gostado.
E aos demais que estiveram por aqui, obrigada por ter lido ^^



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