I Bet My Soul escrita por QueenOfVampires


Capítulo 8
VIII


Notas iniciais do capítulo

Ooooi gente! Capítulo novo para vocês, vou nem me desculpar mais sobre a demora, a culpa nem foi minha dessa vez, o meu pc quebrou e o cara disse que levaria no máximo 15 dias... No entanto levou um mês! Pois é, o homem me enrolou por um mês! Enfim, por sorte o capítulo estava quase pronto e está aqui para vocês quentinho, acabei de terminar!
Boa leitura!



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Quando voltamos para o Kansas no dia seguinte, antes mesmo que o sol nascesse, me despedi dos irmãos na entrada da cidade, eles não pareciam certos de que eu voltaria, inclusive Castiel deixou bem claro que era contra me liberarem para voltar ao Inferno, mas convenhamos, eles nunca seriam capazes de me impedir de fazer o que planejava de qualquer jeito.

Fui caminhando pela estrada até um ponto fora do campo de visão de qualquer ser humano que pudesse estar ali e desapareci em um piscar de olhos me materializando no meio do corredor principal do Inferno em seguida.

Havia uma dúzia de demônios lá que se assustaram com minha presença, alguns pularam para trás e outros caíram no chão se encolhendo em posição fetal. Patéticos.  Marchei em direção à sala do trono, encontrando meu nerd favorito no caminho.

— Terence! – sorri ao vê-lo juntando pilhas de contratos – Bom te ver!

Ele deu um pulo no lugar e virou-se na minha direção com um olhar de puro pânico.

— R-Ravenna? O que faz aqui?

— Saudades de casa. – dei de ombros – E vim conversar com o... Papai.

— Eu temo que vossa majestade não esteja no Inferno. – ele abaixou a cabeça, como um bom cachorrinho assustado.

— Pelo amor de Lúcifer, não faça essa cara. – falei com desdenho – Não combina com você. Eu vou esperar o senhor Rei do Inferno, espero que ele não demore. – abri as portas da sala e fui em direção ao trono – Não gosto de ficar entediada... E tenho certeza que vocês também não vão gostar se isso acontecer comigo.

Ouvi o demônio sair em passos apressados pelos corredores de pedra gritando “alguém sabe onde está o maldito duende?”. Era desesperador para eles e divertido para mim, do dia para noite fui de semelhante à superior, eles temiam mais a mim do que ao seu próprio chefe!

Não chegou a passar nem uma hora e Crowley apareceu repentinamente na sala, empurrando as portas e com a face mais vermelha do que uma pimenta.

— Quanta afobação... – comentei, levantando do trono e indo até ele – Olá, Crowley.

— Ravenna. – ele ergueu uma sobrancelha – O que a traz de volta ao lar?

— Vim para terminarmos nossa conversinha do outro dia... Sabe, essa temporada com os Winchesters foi muito esclarecedora, conheci até minha mãe! – ele pareceu surpreso, então tratei de explicar – Quer dizer, o esqueleto descabeçado dela... E talvez algumas visões através de um feitiço, parecia uma senhora legal.

— Fizeram o feitiço de Reprodução de Memória Local? – ele praticamente rosnou.

— Então esse era o nome? Sim, fizemos! Aquele dia foi louco, não? – sorri e me aproximei mais – Só tinha uma pequena falha no feitiço... Não pudemos escutar sua conversinha com a tal bruxa.

Crowley pareceu mais tranquilo e aquilo me aborreceu profundamente, era a confirmação de que ele estava escondendo algo.

— Uma pena, nenhum feitiço é...

— Me diga sobre o que conversaram! – o interrompi.

— Desculpe, esse tempo com os garotos te deixou louca e mimada? Eu não vou falar nada, não te interessa. – ele jogou as palavras em mim com aquele sotaque irritante.

— É claro que me interessa, era sobre mim! – gargalhei e estirei a mão em sua direção, o jogando contra uma parede – Diga ou eu arrancarei as palavras de você.

— Pode tentar, querida. – me desafiou.

Fechei o punho e o demônio começou a ser enforcado, suas veias saltavam e seu rosto começava a ficar vermelho novamente, notei que ele tentaria escapar do corpo e o impedi, fazendo com que ele engasgasse com a própria fumaça.

— Vamos lá, papai... Não me faça te machucar. – olhei despreocupadamente para as unhas da minha mão livre e o larguei no chão – Quais eram seus planos?

— Se... Se eu contar, você me matará de qualquer jeito. – ele ofegou, tentando se levantar – Então prefiro morrer com eles.

— Ah, por favor, eu não te mataria! – revirei os olhos.

— Oh, sim... Porque você tem uma parte humana, certo? – ele deu um sorriso fraco – Sabe, isso é ruim para você... Tenho certeza que nesse exato momento os seus amiguinhos humanos estão planejando como trazer à tona sua bondade, senso de justiça e blá blá blá...

— Eu não vou pender para o lado deles, eu não estou nem ligando para aqueles vermes. Estou fazendo isso por mim!

— Continue pensando assim e quem sabe um dia se convença de que é verdade.

O empurrei contra a parede novamente.

— Responda o que te perguntei e deixe de conversa mole.

— Oh, certo... Não era nada demais... Só estava combinando o que faríamos caso você descobrisse a verdade cedo demais, apenas outro feitiço de memória...

— Mentira! – apertei seu pescoço com mais força.

— Não faz diferença nenhuma, acha que eu nunca fui torturado antes? Isso aqui é o Inferno! Faça o que quiser comigo, eu não vou falar nada. – Crowley forçou um sorriso – Eu não tenho medo de você, nem de Abaddon e nem de ninguém.

Pior que era verdade. Ouvira histórias circulando pelos corredores do Inferno, Crowley foi o que mais apanhou antes de chegar onde estava, humilhado, despedaçado e esquartejado, creio que não era capaz de causá-lo mais dor do que já sentira antes, pelo menos não naquele momento.

— Veremos se continua com essa coragem toda da próxima vez que nos virmos.

Saí da sala fechando a porta atrás de mim, sumindo e aparecendo no Kansas em menos de um segundo, no mesmo lugar em que os irmãos me deixaram mais cedo. Certo, eles não me deixaram ver onde era o bunker, mas eu poderia rastrear!

Só que não!

De náusea a dor de cabeça, tudo de ruim me atingiu e cheguei a ficar com o rosto dormente tentando rastrear a localização daquele maldito bunker, o negócio era realmente irrastreável e à prova de qualquer criatura.

Bom trabalho, cães, fizeram algo certo pelo menos uma vez na vida. Só o que me sobrou de opção foi chamar o anjo.

— Castieeeeel... – murmurei de má vontade e nada aconteceu, então tive que ser mais insistente – Castiel? Castiel, Castiel, Castiel? CAS-TIEL! CAAASTIEEEEEEEL! CAS...

— O que é? – ele apareceu na minha frente – Não fique gritando meu nome por aí!

— Ah, você veio! – sorri para ele – Não consigo chegar no bunker.

— É claro que não, ninguém consegue a menos que saiba chegar lá. – me falou como se fosse óbvio.

— Achei que eu era exceção.

— Nenhuma criatura é. – ele me segurou pelo braço e me teletransportou até a porta do lugar, voar com um anjo era engraçado, as asas faziam o vento voar em todas as direções e parecia até que a gravidade não existia – Entre.

Ele indicou uma grande porta de ferro, aproveitei para dar uma olhada pelo lado de fora que ainda não tinha visto, até para sair no dia anterior à caminho de Casper, eles me vendaram, enfim, era um baita lugar velho e pouco atrativo.

— Olha quem voltou! – escutei a voz de Dean assim que eu e o anjo descemos as escadas que levavam à primeira sala – Achei que nos abandonaria.

— A falta de confiança de vocês em mim é decepcionante. – sorri para ele – Adivinha só?

Sam, que tinha acabado de chegar no ambiente, pareceu mais interessado, assim como o irmão e perguntou antes que eu pudesse prosseguir:

— Conseguiu algo?

— Não! O Crowley não falou nada, tenho que descobrir como torturá-lo... O que realmente o atinge, seu ponto fraco! – comecei a andar de um lado para o outro.

— Acho difícil ter algo que o atinja... – Dean cruzou os braços e encostou na mesa – Poderíamos chantageá-lo com seus ossos, mas não sabemos onde ele os esconde... Sabemos? – olhou sugestivamente para mim.

— Não, nem sabia que ele tinha os próprios ossos guardados... Que espertinho.

— Eu já volto. – Castiel falou e sumiu no mesmo segundo.

— Ok... – Sam respondeu olhando confuso para o lugar de onde o anjo tinha sumido – E eu vou comprar alguma coisa para comermos.

O irmão mais novo olhou para Dean, que jogou a chave do Impala para ele, e foi em direção a garagem me deixando sozinha com o loiro. Ele deu a volta na mesa e sentou, puxando uma garrafa de cerveja e um livro para perto.

— Sabe quem daria um jeito rapidinho naquele projeto de demônio? – perguntei, sentando de frente para ele.

— Quem? – Dean questionou sem tirar os olhos do livro, fingindo que estava realmente lendo.

— Lúcifer.

O Winchester engasgou e acabou cuspindo cerveja em cima do livro, ficou tossindo e me olhando como se eu fosse louca.

— Você não... Você não está mesmo considerando usar Lúcifer, está?

— Foi uma sugestão, calma. – ri do seu pânico – Por que vocês levam tudo à sério?

— Porque você é louca e pode fazer o que quiser! – ele se inclinou sobre a mesa – Isso é uma péssima ideia, se Lúcifer te ver, vai te matar no mesmo segundo! Ele odeia humanos, despreza os demônios... Consegue sequer imaginar o que ele deve sentir por Anticristos?

— Ou ele poderia me ver como aliada! – insisti – Sabe que quando Lúcifer está por perto, nós ficamos mais fortes... Estou ligada diretamente à ele, sou fruto de sua queda.

— Você não vai atrás de Lúcifer! – Dean fechou o livro e apontou o dedo para mim – Nem que pra isso eu tenha que... Que...

— Boa sorte em achar algo para me deter.

— Eu tenha que mandar o Cass te matar enquanto você dorme! – ele falou com incerteza e eu gargalhei.

— Olha, como eu sou “boazinha” não irei atrás do titio Luci, mas pare de achar que pode fazer algo contra mim... Está passando vergonha, Winchester. – levantei e fui em direção ao meu quarto.

Pretendia ficar lá até o Alce voltar, mas aconteceu o seguinte: ele não voltou. Passaram-se horas e o grandalhão não deu notícias, Dean tentava ligar para ele mas não obtinha respostas, chamava por Castiel e o mesmo também não mandava nem um sinal de fumaça.

— Você não consegue encontrá-lo? – o loiro me perguntou pela milésima vez.

— Não sou um radar, nem um cão farejador! Estou tentando, mas ele parece bloqueado! – rosnei em resposta.

— Droga... CASS! — gritou em plenos pulmões enquanto andava de um lado para o outro na cozinha – Traga agora mesmo esse seu traseiro alado para cá! O Sam sumiu!

Tentei ignorar a gritaria para me concentrar no Alce, mas parecia ter um muro ao seu redor, como se fosse o próprio bunker... Mas sabíamos que ele não estava lá.

— Dean? – o chamei quando notei alguma coisa surgir em minhas ideias – Existem outros bunkers como esse?

— Acho que não... Os Homens das Letras foram extintos há décadas, não acho que exista outro lugar como esse hoje em dia. Por quê?

— Toda vez que tento encontrar o Sam, sinto o mesmo que senti quando tentei encontrar o bunker... – expliquei – Então, você disse que não existe outro lugar como esse hoje em dia... E se quem o levou, provavelmente Abaddon, foi para outra época?

Son of a bitch... – Dean jogou os braços para cima, percebendo o que eu quis dizer – Ela o levou para o bunker do passado?

— Se realmente foi a ruiva que o sequestrou... É uma possibilidade, ela conhece o feitiço de viagem no tempo.

— Quer saber? Não vou esperar a boa vontade do Cass, vou procurar os ingredientes e, se preciso, vou buscar o meu irmão sozinho. – Dean saiu irritado e voltou segundos depois – O Sam saiu com minha baby.

— Tem um monte de carros na garagem! – falei como se fosse óbvio.

— Mas...

— Você vai mesmo perder tempo com um carro? – o encarei.

— Não é só um carro! – ele me deu as costas e saiu marchando.

Fui em direção à sala que os rapazes usaram para me prender e comecei a fuçar os arquivos que haviam lá atrás de algo que pudesse me ajudar à chegar em Lúcifer. Certo, eu sei que tinha dito que não iria atrás dele e poderia estar ajudando a encontrar o Sam... Mas sempre mantive minhas prioridades em primeiro lugar, não era como se eu realmente fosse sozinha atrás do arcanjo caído, porém, pretendia ter o conhecimento caso precisasse.

Ah, a quem eu estava querendo enganar? É óbvio que eu estava louca para ir até a jaula de Lúcifer, com ou sem companhia.


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Notas finais do capítulo

É isso aí povo, espero que tenham gostado. Se teve algum erro que deixei passar, me avisem por favor.
Aguardo comentários sobre as treeeeetaaas.
Beijos e até mais!



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