Christmas Special - Never is Too Late escrita por RayssaE


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente: FELIZ NATAL, PESSOAL! :D
Essa one deveria ter sido postada ontem, mas o dia foi corrido pra caramba. Mesmo assim, cá está ela, e é meu presente de natal pra vocês. Agradeçam a Helena (sarfatagron), pois estou atendendo a um pedido dela. Ones, nesse momento, não estavam na minha cabeça, por estar tentando voltar minhas atenções pra MtB. Mas aproveitando o pedido e todo o amor de vocês por Never is Too Late, além das ideias da minha amiga Mari, cá está essa pequena historinha pra fazer o natal de vocês melhor :3

Obrigada por me acompanharem e me darem tanta felicidade. Vocês, sim, são um presente de natal ♥



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Roma – Itália.

Sorrir. Sorrir havia se tornado algo constante na vida de Quinn Fabray há algum tempo atrás e ali, naquele momento, não era diferente.

Da cozinha, onde estava recheando o peru de natal, Fabray observava tudo que acontecia na sala e era como se aquele sorriso estivesse fixado em seu rosto. Não havia como não estar. Não quando, de longe, tudo que podia ver era sua esposa e seus três filhos rindo juntos enquanto terminavam de arrumar a sala e colocar mais alguns (muitos) enfeites na enorme árvore que ocupava o canto do cômodo.

- Eu quero pôr a estrela, mama! – exclamou Sarah.

- Eu também quero! Eu também quero! – repetiu um animado Arthur.

- Okay, eu sou só uma, não posso levantar os dois ao mesmo tempo – explicou Rachel.

- Mami, vem ajudar a mama, por favor – disse uma Sarah mandona, com toda a pose diva herdada da mãe.

- Eu estou ocupada, filha. Jos, ajuda sua mãe com seus irmãos, por favor? – pediu Quinn ao filho mais velho.

- Mama, eu não sou tão alto assim – respondeu Joseph.

- Nem sua mãe, mas ela consegue – brincou a loira, arrancando risadas dos filhos e uma careta da esposa.

Quinn Fabray e Rachel Berry estavam juntas há quinze anos, casadas há doze. O que deveria ser apenas uma temporada em Roma, tornou-se bem mais que isso. Resolveram erradicarem-se na Itália, onde desenvolveram o amor, novas carreiras e construíram uma família.

Namoraram durante três anos, até Quinn decidir que queria mais e dessa vez não perderia tempo. Casaram-se durante um pôr do sol na praia de Sperlonga, na Costa Ulysses, em uma cerimônia privada, com apenas os amigos e família.

Após dois anos de casada, resolveram, em comum acordo, que era hora de começar a família. Rachel estava há todo vapor nos palcos italianos, levando Quinn a ser a primeira das duas a engravidar. De uma inseminação, onde os óvulos das duas foram misturados, nasceu Joseph Berry-Fabray. O filho mais velho era fisicamente, uma clara mistura de ambos. Os cabelos loiros contrastavam em perfeição com os olhos chocolate. E em termos de personalidade, era um Fabray assumido, com todo o charme herdado de Quinn.

Cinco anos depois do nascimento de Joseph e após produzir e dirigir seu primeiro espetáculo (depois de se aposentar dos palcos), Rachel decidiu que estava mais do que na hora de utilizar os óvulos congelados e aumentar a família. Da gravidez da morena, nasceram Sarah e Arthur Berry-Fabray. Ao contrário de Joseph, Sarah e Arthur nasceram com os cabelos escuros, puxados de Rachel, e os olhos avelã de Quinn que, segundo a morena, seriam a perdição de muitos meninos e meninas no futuro. Sarah era, claramente, uma diva igual a Rachel, fazia birra por tudo, já Arthur era um garotinho extremamente ativo, mas que sabia seus momentos.

- Q, nós não precisamos mesmo ir buscar o pessoal? – perguntou Rachel, aproximando-se da esposa na cozinha.

- Não, baby. Santana ligou e disse que eles pegariam dois táxis no aeroporto, afinal, não caberia todo mundo no nosso carro mesmo – respondeu a loira.

Era natal e após um convite (e chantagem emocional) de Rachel, os amigos resolveram viajar até a Itália para que pudessem comemorar juntos. O resto da família (lê-se: os pais de Rachel e a mãe de Quinn) resolveram embarcar em um cruzeiro e sair um pouco da rotina.

- Vai ser bom receber todo mundo – disse Berry, abraçando a cintura da loira.

- Vai sim. Sarah e Arthur sentem falta da Nina e do Ale...

A manhã ainda estava no seu início, mal passava das 10h, horário que, segundo Santana, eles deviam estar chegando. Mal o casal calou-se, a campainha soou. Um pequeno Arthur correu em direção a porta, pulando por cima do que estivesse em seu caminho, e esticando-se na ponta dos pés, abriu a porta.

- Ninaaaaa! – exclamou ele feliz ao abrir a porta e dar de cara com a filha de Jesse, que segurava-lhe a mão.

E então a bagunça estava feita. Nina soltou a mão do pai, agarrando-se ao pescoço de Arthur, ao mesmo tempo que Alejandro, o Pierce-Lopez caçula, entrava correndo e abraçava-se a Sarah. Rachel e Brittany riram da animação dos filhos. Todos começaram a entrar e se abraçarem, a fim de matar as saudades.

- Fabray, eu estou vendo o jeito que seu filho está olhando pra minha garotinha, é melhor ele manter as calças no lugar – disse Santana, implicando com Quinn e fazendo Joseph corar de vergonha por ter sido pego.

Santana falava de Caroline, sua filha do meio. Era de conhecimento geral que Joseph nutria uma paixonite pela garota, mesmo ambos só tendo 10 anos. Sempre que a família Pierce-Lopez vinha a Itália, ou a família Berry-Fabray voltava a NY, era a mesma coisa. Santana implicando com o garoto, deixando não só ele, mas também sua própria filha, envergonhada.

- Jess, eu estava com tanta saudades de você! – Rachel abraçou-se ao amigo com os olhos marejados – Eu sinto tanto sua falta. E dessa princesinha linda – disse pegando Nina nos braços – Já fazem o quê? 5 meses?

- Mais ou menos isso, Rachel. Viemos aqui logo que conseguimos a guarda dessa boneca – respondeu Timothy, esposo de Jesse.

- Tia Q, qual a senha da wifi? – perguntou Stella, a filha mais velha de Santana e Brittany, do lugar onde já havia se jogado no sofá.

Em alguns minutos a casa havia se tornado uma bagunça, mas não havia nada que deixasse aquele grupo mais feliz do que estarem todos juntos.

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- Como estão as coisas no departamento, San? – perguntou Quinn, após um gole do seu café.

A tarde, após deixaram tudo pronto para a ceia, todos se espalharam pela enorme casa. Quinn e Santana conversavam na sala; Rachel, Brittany e Jesse riam alegremente no terraço; Timothy brincava com os mais novos; Stella não largava seu celular; e Joseph e Caroline conversavam entre si em um local próximo a árvore.

- Tudo se resume a papelada – respondeu a latina – Sinto falta da ação, claro. Mas o dinheiro e o tempo que eu tenho pros meus filhos, sempre será a melhor opção.

Santana havia se tornado capitã do departamento de homicídios da polícia de NY, seis anos atrás, decidindo assim, finalmente engravidar (Alejandro foi responsável por fechar a fábrica Pierce-Lopez). Brittany havia se tornado uma das empresárias mais bem sucedidas dos EUA, com uma franquia de estúdios de dança para crianças, jovens e adultos, além de assessorar diversos artistas, o que lhe deu tempo para engravidar das duas primeiras vezes. Uma delas (a de Stella), descoberta três meses após as amigas se mudarem para Roma.

- Eu te entendo bem – sorriu Quinn – Não me arrependerei nunca do tempo que passei vendo meus filhos crescerem.

- Hey Matusalém – Santana implicou chamando Tim, marido de Jesse – Senta aqui com a gente. As crianças não vão fugir.

- Para com isso, San. O Tim só é mais velho que a gente... O que? Três anos? – disse Quinn, defendendo o homem que já se juntava a elas.

- Eu sei. Mas olha essa cara de velho acabado dele – brincou a latina.

- Não esquenta, Quinn. Eu já estou acostumado com essa latina chata – respondeu o outro – Ela está com inveja do meu charme.

- Ah, claro que estou! Eu adoraria ter essa barba e esses cabelos brancos...

Os três riram e então engataram uma conversa, enquanto observavam Arthur, Sarah, Nina e Alejandro em uma brincadeira sem sentido qualquer, mas que os fazia rir.

No terraço, os outros três adultos conversavam alegres.

- Os críticos já estão falando em levar seu novo espetáculo para a Broadway, Rach – disse Jesse.

- Bom, é sempre uma opção. Quem sabe uma temporada curta. Podíamos pegar a época que as crianças estão de férias... – planejava a morena, já sorrindo – Mas não vamos falar de trabalho. Me diz: a Nina já se acostumou a escola nova?

- Ela está se adaptando aos poucos, sabe? – respondeu o homem – Mas com o tempo eu sei que vai dar tudo certo.

- Britt, e a Stella? Ainda na fase rebelde? – questionou Rachel a amiga loira.

- Ainda pergunta?! Olha praquela garota, ela não larga o celular – bufou e riu em seguida – Eu acho que ela está de namorinho com uma garota da turma dela, sabe? Mas ela tem medo que a San assuste a pobre coitada... – os três riram.

- Por que será, não é?! O Jos traumatiza sempre que a San aparece, e olha que ele e a Car só tem uma paixonitizinha infantil – disse Rachel, ganhando acenos positivos dos demais.

Em seguida, os três voltaram para a parte de dentro da casa. Brittany jogou-se ao lado de Santana e Jesse fez o mesmo com Tim, já Rachel sentou no colo da esposa e beijou-lhe a bochecha.

- O que vocês estão conversando? – perguntou Jesse.

- Jesus estava nos falando como você é ruim de cama – respondeu Santana.

- HA! Muito engraçada, Satã – sorriu irônico, causando risadas nos amigos.

- Estávamos lembrando das crianças alguns anos atrás. Estamos mesmo ficando velhos... – disse Quinn – Nossos garotinhos estão cada dia maiores.

- Ah, não, não, Q! Nada disso. Eles continuam sendo meus bebês – disse Rachel, fazendo um bico fofo.

- Se for observar pelo tamanho, você é tão bebê quanto eles, Berry – brincou Santana, levando um tapa da morena logo em seguida – Hey Fabray, segura seu anão!

- Isso é pra você aprender, Lopez – riu Quinn.

________________________________________

- Está tudo pronto, pessoal – anunciou Quinn aos amigos.

Era noite e estavam todos reunidos na enorme sala, esperando que a loira terminasse os últimos detalhes da ceia. As crianças brincavam, os adultos conversavam, Stella não largava o celular, tudo em sua normalidade...

Após o anuncio todos se dirigiram a sala de jantar da casa e começaram a ocupar seus lugares na enorme mesa que ocupava o cômodo e onde as mais diversas comidas estavam dispostas, tudo preparado a esmo por Quinn que, com o passar dos anos, havia se tornado a “chef” da família.

Depois de todos tomarem seus lugares e servirem-se, Quinn levantou-se de seu lugar na cabeceira da mesa, com sua taça em mãos e pediu um pouco de atenção.

- Primeiramente, eu queria agradecer a vocês, queridos amigos, por terem atravessado o oceano para tornarem esse natal possível... – começou.

- Mami, então quer dizer que só basta eu entrar no mar para ver a Nina e o Ale a qualquer hora pra gente brincar?! – perguntou Arthur, interrompendo a loira, e causando risos nos demais.

- Não é bem assim, filho. Mas a mamãe te explica isso outra hora, okay? – pediu e recebeu um aceno positivo do garotinho – Continuando... Obrigada por tornarem essa reunião possível. Vocês são para mim e Rachel, uma bela definição de família. Vocês foram essenciais, de suas próprias maneiras, para que hoje nós estivéssemos juntas. Tudo que construímos, todos nós, ao longo desses 15 anos, só fortificou esse laço criado através das amizades mais estranhas e do amor mais puro. Todas essas crianças aqui – indicou todos os filhos – Elas vão manter nossa amizade, nossa cumplicidade, nosso amor, como legado. Eles são nossos frutos e vão levar para nossos netos, bisnetos e o que seja, todo o sentimento que cultivamos ao longo de todo esse tempo. Hoje eu brindo a nós e a eles. Feliz natal!

- Feliz natal! – todos responderam em uníssono.

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O jantar havia sido encerrado há algum tempo e agora todos estavam reunidos, novamente, na sala de estar. As crianças já se divertiam com seus presentes, assim como Joseph e Caroline. Stella estava no terraço e falava ao telefone, com um sorriso que não cabia no rosto.

- Preciso descobrir quem anda causando tantos sorrisinhos na minha garotinha – bufou Santana, do sofá de onde estava observando a filha mais velha.

- Você não vai fazer coisa nenhuma – disse Brittany – Stella está com 15 anos, San. Ela não vai ser sua bebezinha para sempre. Deixe-a se descobrir. Nós a criamos bem e eu sei que quando for a hora, ela virá até nós.

A latina apenas bufou, fazendo Quinn rir, e antes que pudesse retrucar a filha voltou a sala com um sorriso apaixonado e sentou-se, voltando a mexer no celular.

- Vai rindo, Fabray. Espera chegar a tua vez – implicou Santana, fazendo com que a loira parasse de rir imediatamente.

- Minha Sarah ainda é uma menininha – devolveu.

- Okay, parem vocês duas. Vocês são mães protetoras, a gente já entendeu – disse Rachel.

- Tudo bem, tudo bem. Deixa eu aproveitar o momento pra te dar seu presente, amor – sorriu Quinn, se levantando em seguida e saindo da sala. A loira voltou minutos depois, de mãos vazias.

- Você não ia pegar meu presente? – questionou a morena.

- Sabe Rach... – começou – Há 15 anos, eu pensei ter te perdido. Mas hoje cá estamos nós, casadas e com 3 crianças lindas completando nossa vida e que são a representação não só do nosso amor, mas da segunda chance que você me deu. E eu te amo tanto por isso!

- Eu também te amo, querida – disse a morena, já emocionada.

- Eu pensei, pensei, pensei e decidi que seu presente, não é realmente seu. Provavelmente, se você aceita-lo, eu serei quem vai ficar mais feliz.

- Quinn, eu não estou entendendo...

A loira se aproximou da esposa, sob os olhares atentos dos amigos, dos filhos e sobrinhos tortos (até Stella havia desgrudado do celular), e ajoelhou-se na frente dela.

- Eu queria, muito... – disse abrindo uma caixinha e revelando um anel de ouro branco com uma pequena pedrinha de diamante em cima, algo extremamente sutil – Que você aceitasse casar comigo de novo. Será que 12 anos já é tempo suficiente para renovarmos nossos votos?!

Rachel, que estava de boca aberta e chorando desde que a esposa abrira a caixinha, jogou-se contra os braços dela, fazendo com que as duas caíssem no chão.

- Claro que eu aceito! Eu sempre vou aceitar. Eu casaria com você todos os dias da minha vida, meu amor! – respondeu emocionada para logo em seguida beijar os lábios da loira.

Todos começaram a bater palmas e gritar animados. Os pequenos podiam não entender muito bem, mas refletiam a felicidade dos demais, rindo e batendo palminhas animadas.

Quinn e Rachel estavam abraçadas, ainda no chão, e a morena chorava emocionada. Quinn, como sempre, era uma caixinha de surpresas. E nada a fazia mais feliz que ter dado uma segunda chance aquela mulher.

As duas foram tiradas de sua pequena bolha com o grito de Santana:

- MONTINHO!

E antes que pudessem perceber, Quinn e Rachel eram esmagadas pelos filhos, amigos, sobrinhos... Irritar-se com aquilo? Impossível. O importante era compartilhar aquela felicidade com as pessoas quem realmente importavam.

Sorrir. Porque não importava quanto tempo passasse, quais caminhos e destinos fossem traçados, enquanto estivessem juntos, enquanto fossem uma só família, sorrir era lei.


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