Nicalysson e Mared escrita por ludiangelo
Danny ficou observando enquanto eu lhe contava a história, ele parecia tão inocente, me senti mal por contar-lhe, não queria meter ele na história, não era seguro, muito menos correto.
Ao final, ele suspirou.
- Deve ser estranho descobrir que o cara que você ama é teu irmão- disse ele.- Graças a deus eu não amo ninguem e conheço meus pais.
Ouvir alguem se refirir apenas a um deus agora era novo para mim, senti meu coração dar um nó.
- Não ama ninguem?- Perguntei.
- Amar é estranho- afirmou ele.- Eu só tenho 10 anos, tenho o que viver ainda, antes de amar.
- Você tem sorte, pequenino- disse eu, mesmo que fosse estranho chamá-lo de pequenino sendo que ele deveria ter poucos centímetros a menos que eu.
Ele sorriu.
- Sorte por que?- Perguntou.
- Amar dói- admiti.
- Não quer dizer que o seu amor dói? Porque, muito mais do que ser incorrespondido, é impossível.
- Você fala bonito pra quem nunca amou.
Ele suspirou.
- Não é preciso amar para filosofar- disse ele.- Hey, eu quero ser filósofo sabia? Acha que vou me dar bem?
Eu fiz que sim.
- Se tornará uma lenda- prometi e ele sorriu.
- Espero que sim- murmurou.
Eu me virei de costas para ele, deitada.
- Obrigada Danny- murmurei e fechei os olhos.
- De nada... hum.
Eu adormeci e tive um sonho estranho, nele estavam Nico, Dérick e Pyter. Dérick estava encostado numa parede preta que não era possível de se ver, seus cabelos loiros estavam radiantes, e eu tive a leve impressao de que ele olhava direitamente para mim. Pyter e Nico batalhavam e discutiam ao mesmo tempo, sem vacilar nenhum instante. Nico arfou e jogou a espada de Pyter longe, colocando a sua em seu pescoço. Pyter recuou e Nico cuspiu em seu rosto, o que fez Pyter dissolver em pó. O que foi isso? pensei.
- Já chega, não é, Nico?- Perguntou Dérick, me espantou o modo como ele se dirigiu a Nico, pois ele sempre se dirigia como Di Angelo.
- Eu preciso matá-lo com minhas próprias mãos- disse Nico.- Aly não devia ter matado-o, agora tenho que achar ele nesse maldito Rio Styx.
- Ela o matou porque te ama Nico- disse Dérick.- Você tem muita sorte.
- É...- murmurou ele.- Argh, que raiva.
- O quê houve?
- Eu odeio estar aqui, quero chorar, mas não posso, quero tocar Aly, mas não posso, quero falar com ela, mas adivinha, não posso!
- Pode ver Bianca- disse Dérick.
Nico suspirou.
- Não consigo encontrá-la no rio também- disse Nico.
- Que estranho- disse Dérick.
- Vamos- disse Nico.- Não posso mais perder tempo Dérick.
- Será que Aly vai conseguir?
- Eu não sei, mas agora que eu sei que foi tudo culpa de Pyter, eu nem sei oquê... argh.
- Certo- disse Dérick.- Vamos- concordou, e os dois desapareceram na escuridão, tornando meus sonhos negros.
Acordei suando frio e arfando, com Danny dormindo como uma pedra sentado ao canto da cabana, eu sorri, ele era completamente o oposto de Nico, o sono de Nico era tão leve quanto uma pena.
Abri minha cabana e sai, fechando-a em seguida.
- Aly!- Disse Mariana ao me ver acordada.- Você dorme muito!
Eu sorri.
- Eu não- disse eu.- Pelo jeito foi você quem dormiu pouco- ela estava com o cabelo loiro todo bagunçado e olheras enormes, Fred deu uma risada, e eu também.- Onde estão Percy e Annabeth?
- Dormindo- disse Mariana.
- Dormindo...- repetiu Fred.- Será?- Mais risadas.
- O que tem na sua cabana Aly?- Perguntou Mariana.
- Ah, é só o Danny que ainda está dormindo- quando me toquei, era tarde, eu tinha falado uma besteira enorme.
- Danny?- Perguntou Fred, Mariana estreitou os olhos e se levantou, andando rápidamente até minha cabana e a abrindo com desgosto.
- Um garoto- disse ela.- ALYSSON SWORD.
- E... eu posso explicar!- Disse eu.- Mari, ele só tem 10 anos!
- Ele não tem cara de ter 10.
Danny abriu os olhos.
- Estão falando de mim pelas costas?- Perguntou ele.- Que feio- ele se levantou.- Prazer, meu nome é Tophi, Danny Tophi, com licença para matar, brincadeirinha.
Eu olhei para Mari com cara de, viu? Ela suspirou.
- Ok- disse ela.- 10 anos.
- 10 anos o quê?- Perguntou Danny.
- Nada- murmurei.- Hey, Danny, acho melhor você voltar pra casa.
- Eu não quero- disse ele emburrado.- Ninguem gosta de mim lá, e eu cheguei a conclusão de que sou adotado.
- Por que?- Perguntei.
- Meus pais são loiros- disse ele.- E eles não gostam de mim porque eu sou muito problemático.
- Problemático tipo como?- Perguntou Fred com curiosidade.
- Eu tenho dislexia e hiperatividade- disse ele olhando pro chão.
Eu, Mariana e Fred trocamos olhares angústiados.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
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