Eu estou olhando meu relógio, tenho estado fazendo isso por alguns minutos, o tic tac está me deixando louca, mas eu não posso parar de olhar para ele. Eu olho em direção a recepcionista. Ela apenas me dá um triste sorriso. Eu rolo meus olhos, não importa, ela não pode ver eles de qualquer maneira.

Eu bufo alto e continuo balançando minha perna para cima e para baixo como eu faço quando eu estou ficando inquieta. Eu não tenho a paciência em mim nessa manhã.

Finalmente a porta do escritório abre e uma mulher caminha de lá com os olhos abatidos, ela tem um lenço na mão.

“Você tem meu número de emergência, caso você precise de qualquer coisa”. Quinn diz suavemente para a mulher, correndo lentamente a mão para cima e para baixo nas suas costas, como se fosse para consolá-la.

Ela funga um pouco e anda na minha direção.

Quinn a observa sair antes de olhar para mim, ela gesticula para o escritório antes de andar para ele. Eu levanto e jogo a revista na mesa de café, a porta bate atrás de mim e eu vejo Quinn estremecer diante do som.

“Eu não aprecio ser avisada para esperar por 15 minutos.”. Eu a digo.

“Eu me desculpo por isso, eu tenho outros pacientes, você sabe.”. Ela responde enquanto eu me jogo no sofá.

Deus, ela apenas disse algumas palavras e eu já quero colocar uma ficar adesiva na boca dela pra ela ficar calada.

“Pare de me chamar de sua paciente.”, eu brado.

“Como você gostaria que eu te chamasse?”. Ela pergunta enquanto ela gira na sua cadeira.

“Eu não me importo, você é muito criativa nesse departamento.”. Eu digo a ela friamente.

Ela não diz nada e eu percebo que ela continua olhando nos meus olhos, mesmo atrás dos meus óculos escuros.

Eu bufo e os jogo na mesa.

Ela permanece. “Final de semana duro?”, ela pergunta enquanto ela circula para a parte da frente da mesa.

Duro foi uma atenuação.

“Você não saberia o motivo?”

Ela pega de detrás dela um tabloide com a minha cara emplastrada na capa.

Ela cegamente vira atrás. “Eu acho que não”, ela encolhe os ombros.

Eu tenciono quando ela para numa página. Eu tive que ouvir sobre isso quatro vezes desde que eu acordei nessa manhã.

“Rachel Berry foi vista em frente do Crown Bar em Los Angeles na noite de sábado. A diva estava agindo com seu habitual ego depois que fotógrafos fizeram-lhe algumas perguntas sobre seu próximo papel no cinema. Princesa Rachel desligou fotógrafos e começou a dar um chilique até que o segurança do bar teve que acompanhá-la até seu carro.". Quinn termina de ler e eu rolo meus olhos.

“Obrigado, eu já ouvi todas as versões.”

“Então é verdade?”

“Isso importa?”

Quinn fica em silêncio enquanto ela escarapita no final da mesa. Eu me irrito.

“É verdade, mas eles negligenciaram uma lista de perguntas e insultos que os fotógrafos estavam jogando em mim.”

Quinn absorve minha resposta e move-se em direção ao sofá, da mesma maneira que ela fez pelas duas últimas sessões. Ela olha para mim e descansa a cabeça na mão enquanto o cotovelo está apoiado na parte de trás do sofá.

“O que eles disseram foi mesmo tão ruim assim?”, ela pergunta curiosamente.

Eu zombo. “Ter alguém gritando todas as suas inseguranças para você com centenas de flashes na sua cara enquanto você está com uma enxaqueca horrível e ficou acordada por quase 20 horas...”

Ela olha simpaticamente para a minha situação. Eu lembro a mim mesma que ela está sendo paga para olhar desse jeito.

“É como se fosse no ensino médio, só que com câmera e privação de sono.”. Eu acrescento como uma reflexão tardia.

“Eu se– “

Ela não quer fazer isso, não hoje.

“Você sabe,”, eu mordo de volta. “Você sabe exatamente o que está fazendo. Pelo menos esses idiotas não me conhecem ou passam tempo comigo. Nós estivemos na vida uma da outra por quase 3 anos e você viu o quanto isso me afetou. Eu não era tão boa atriz na época.”

"Eu fui estúpida."

"Essa é uma desculpa patética," murmuro.

"Eu sei."

"Eu pensei que você teria mudado depois que você ficou grávida e deu a sua filha, mas você só continuou sendo a líder de torcida cabeça fria. "

Ela leva alguns segundos para que minhas palavras a afundem, talvez ela se sente genuinamente arrependida ou talvez ela apenas está revivendo seus dias de glória.

"Era tudo que eu sabia."

Eu rolo meus olhos quando eu inclino a cabeça para trás, cruzando os braços sobre o peito. Lamento não ter aprendido a dormir com os olhos abertos, a habilidade viria a calhar quase em todas as sessões, eu tenho certeza.

"Bem, você vai me perdoar se eu estou relutante em acreditar que você é alguém que eu posso confiar agora. Você pode ter enganado o resto do Glee Clube, mas eu não penso nem por um segundo que você não iria colocar-se antes de alguém se ela vier a cair."

Eu nem sequer tenho que pensar sobre isso, eu sei que ela iria colocar-se antes de qualquer coisa.

"Eu coloquei o meu bebê antes de mim", ela oferece suavemente, como se isso lhe desse um passe livre ou algo assim.

Golpe baixo, Fabray. Golpe baixo.

Ela possivelmente não possa saber o quanto de um fusível ela acabou de iluminar. Eu quase me sinto mal sobre o quão surpreendida ela está prestes a ser. Quase.

"Sim, para que você pudesse se juntar as Cheerios e esperar que seus pais te amassem de novo. Você teria sido uma boa mãe, mas você foi apenas egoísta e queria sua vida de volta."

"Havia um elogio em algum lugar lá?"

Há uma sugestão de um sorriso em seus lábios. Ela está se divertindo. Se eu pudesse dar um tapa nela e ainda evitar a acusação de agressão, isso já teria sido feito. Algo me diz que minhas palavras estão prestes a arder-lhe muito mais e pior do que qualquer marca de uma mão persistente em sua bochecha.

"Deve ser um sentimento caloroso que se obtém quando você pensa sobre o seu bebê com alguém que não pode nem mesmo amar a primogênita dela."

Ela recua: "Nós podemos falar sobre qualquer coisa que seu coração deseja, mas ela está fora dos limites."

"Quem, Beth? Por que não? Ela é minha meia-irmã e depois de tudo, se me lembro corretamente, você que trouxe o assunto."

Eu vejo humor no fato de que Beth está de alguma forma relacionada a mim e tenho certeza que isso conduz Quinn para subir numa parede e pensar sobre isso.

"Por favor."

Suplicar parece diferente em Quinn Fabray do que eu imaginava que seria. Ela parece um pouco patética, e seus olhos nunca foram tão brilhantes. De repente, eu gostaria que Quinn me tratasse como um paciente normal. Eu me pergunto se as sessões gravadas em vídeo poderiam ser adquiridas.

"Você faz terapia familiar também? Talvez possamos ter uma reunião de família.". Eu rio com o pensamento do desastre que seria.

"Isso é aonde você quer chegar? Isto não é sobre mim, isso é sobre Shelby ter abandonado você, não é?"

"Eu não sei, é Doutora? Estou simplesmente apenas expressando meus sentimentos."

Eu não preciso olhar para ela para sentir seus olhos se estreitarem em fendas. Meu sorriso preguiçoso me faz sentir como o gato Cheshire, eu me sinto mal e todos os tipos de crueldade que podem ser encaixados aqui. Vingança nunca foi tão doce. Ela leva o seu tempo antes de vir para cima de mim com alguma resposta educada que pode impressionar algumas pessoas, mas só me faz bocejar.

"Parece-me que você está usando a criança como um bode expiatório para como sua própria mãe te tratou."

Análise original, Dra. Eu poderia usar esse maldito sofá como um bode expiatório para saber como minha mãe me tratou. Eu rio em voz alta quando eu me imagino puxando um Tom Cruise em seu sofá perfeitamente branco. A idéia se transforma em conspiração séria quando eu percebo que ela só poderia medicar-me se eu lhe mostrasse o quão louco que eu poderia ser. Talvez toda essa experiência seria muito mais suportável com alguns Xanax bombeamento através de mim.

"Se você diz, mas você sabe tão bem quanto eu o que se sente ao ter um pai virando as costas para você," eu finalmente respondo. Vamos ver onde isso nos leva.

Deixe-me corrigir, seus olhos não são brilhantes. Eles estão molhados.

E eu vejo que já atingi um nervo.

"Meu pai era cruel e intolerante, mas eu não sou nada como esse homem."

Desculpa, mas não concordo.

"Você não é?! Você abandonou Beth assim como o seu pai te abandonou. Que tal isso para uma psicanálise, Dra.? Eu estou pronta para meu doutorado, você não acha?"

"Eu acho que isso é você tentando se vingar de mim, ou você está desejando ter uma reação irritada de mim. Isso não tem nada a ver com ela."

Talvez. Na verdade, ela está mais errada do que ela está certa. Isto tem tudo a ver com essa criança, não apenas pelas razões Dra. Fabray está assumindo.

"Ela tem tudo o que eu nunca tive", eu digo a ela, é surpreendentemente fácil agir como uma irmã ciumenta.

Eu me pergunto como eu teria me saído se eu tivesse que dividir os holofotes com uma irmã na vida real, enquanto eu estava crescendo.

Ela zomba: "Então você guarda rancor de uma criança de 10 anos que não tinha controle sobre uma situação em que ela foi colocada?"

"Não, eu guardo rancor de você."

"Por que isso?"

Oh Dra., deixe-me contar de quantas maneiras eu poderia fazer isso. Eu queria confiar em Lauren o suficiente para manter o controle de minhas razões para odiar Quinn Fabray, assim, faria essa recapitulação muito mais fácil para nós duas. E isso poderia levar menos tempo se eu pudesse listar os motivos em um pedaço de papel.

"Bem, deixando de lado o fato de que você me torturou incansavelmente na escola, você de alguma forma conseguiu levar a semelhança mais próxima de uma mãe, que eu tinha afastado de mim, para que seu erro pudesse ter uma vida que você claramente não se sentiu capaz de dar a ela. "

“Ela não é um erro.”

Eu não penso assim também. Mas eu não posso fazer nada, além de ouvir o tremor em sua voz.

"Então, você e Noah discutiram a concepção dela enquanto você estava namorando o melhor amigo dele? Engraçado, eu não me lembro de isso acontecer dessa maneira."

"O que aconteceu entre Noah e eu nunca deveria ter acontecido, sim, você está certa. Mas eu nunca me arrependi de trazê-la ao mundo e você nunca vai me ouvir referir-se a ela como um erro."

Boa resposta. Se ao menos eu ainda me importasse com estrelas douradas. Nós poderíamos ter adicionado uma no gráfico dela. Aposto que ela é uma pessoa de gráfico, que terapeuta não sai com o pensamento de um gráfico limpo e nítido que mutila a estabilidade emocional e faz as pessoas terem segundos pensamentos sobre si mesmos.

“Então você não se arrepende de ter dado ela? É isso o que você está dizendo?”

“Rachel, eu estou realmente tentando aqui.”

Eu a darei isso. Ela está realmente tentando, mas ela está tentando mais ainda evitar o nome da filha dela e isso é tão óbvio quanto o B que está em seu pulso esquerdo. Eu me pergunto se ela percebeu que ela o tocou 10 vezes nos últimos minutos. Uma prova do quanto eu estou entediada.

“Você vai ter que tentar muito mais do que você tem tentado”. Eu a digo enquanto eu trilho meus olhos do pulso para seus olhos.

“O que seria provar para você?”. Ela pergunta faiscando. Eu estou vendo uma aprendiz de Sue Sylvester em algum lugar?

Eu dou de ombros. “Apenas estou tendo um bom entendimento sobre o tipo de pessoa que você é agora”, e eu nesse momento ajo indiferente estudando minhas cutículas. Lauren precisa agendar um horário pra mim. “Você parece a mesma vadia egoísta que eu conheci no ensino médio”, a indiferença por trás da minha voz me assusta um pouco, eu me pergunto se ela está com medo da pessoa a qual ela me fez tornar.

“Eu não me arrependo de tê-la trazido ao mundo como eu disse, mas eu me arrependo por desistir da criança todos os dias da minha vida, eu sabia o quão egoísta eu era e eu queria mantê-la comigo mais do que qualquer coisa. Eu tive que entrega-la porque eu estava muito apegada. Ela merece alguém que a trataria de uma maneira que eu nunca faria naquela idade. Era melhor ela viver infernos longe de mim e da terra dos sonhos que Puck e eu pensamos que poderíamos viver.”

Já a ouvi bancar a vítima o suficiente. Eu sou a única que pode fazer isso por aqui.

“Oh, você é tão cheia de merdas.”

“Como?”

Sua cabeça se inclina, é uma espécie de agradável, e agora eu me sinto mal por dar-lhe esse momento tão difícil. O show tem que continuar. Queixo para cima, Rachel. Você precisa ser desafiadora.

“Você não pode nem dizer o nome dela”. Eu finalmente paro de patinar ao redor da notável e muito dolorosa verdade.

“Cristo, Rachel! É porque é doloroso pra caralho!”

“O que é? Dar a única coisa que o seu coração frio foi capaz de amar ou é muito doloroso admitir que, no fundo, você ainda não é melhor que o seu pai?”

Eu cruzei a linha. Talvez três. Mas é a única maneira de levá-la a ver que ela está perdendo. Eu não estou fazendo isso por ela, eu estou fazendo isso pela filha dela.

“E quem diabos é você para julgar meus motivos na, possivelmente, decisão mais difícil da minha vida? Se alguém tem um coração frio, esse alguém é você. Não me surpreende sua mãe querer ter nada a ver com você.”

“Aah, aí está minha garota. Senti sua falta.”. Eu lhe dou um sorriso que poderia dar calafrios em alguém.

Foi só uma questão de tempo antes que ela ressurgisse. Eu me recuso a aceitar o que ela falou seriamente, pelo menos agora. Ela parece arrependida pelo menos pela explosão não profissional dela.

“Isso faz você feliz? Obter o resultado que você tem querido todo o tempo? Você está ganhando alguma coisa com isso agora?”. Ela enxuga algo de seu olho antes que eu possa confirmar se era ou não uma lágrima.

“Você quer saber o motivo real do meu ressentimento por você, Quinn? Honestamente?”, eu me inclino para frente como se eu estivesse para lhe dizer um segredo colossal, e, então, magneticamente, ela se inclina para a frente em antecipação. “É porque debaixo de todo esse seu exterior você continua dando a mínima para alguém que não seja você”.

“Você já disse isso.”. Ela faz um backup, pensando que ela escapou de um discurso prolixo de mim. Ela não tem ideia.

“E vou continuar a lembra-la até que chegue a sua linda cabecinha e você responda as cartas da sua filha.”

“Como você-“

“Você sabe, eu posso ser a maior cadela de Hollywood, mas você estava certa no outro dia. É uma mascara e assim as pessoas não vão me prejudicar realmente. Eu nunca os deixarei ver a garota vulnerável do ensino médio que levou e ainda leva crítica e que prefere tratar mal alguém de fora do que deixa-los chegar muito perto. Mas quando uma criança de dez anos escreve pra mim e me chama de sua irmã mais velha, quando ela quer nada mais do que me encontrar, e apesar de cada coisa horrível que ela ouviu, ela me diz que está orgulhosa de quem eu sou, eu posso deixar de fazer o que eu estava fazendo rápido o suficiente, a fim de atender essa menina. Que, aliás não é nada como a mãe que ela está desesperadamente aguardando um reconhecimento.”

“Como você se atreve-“

Ela está certa. Como eu ouso?! Meus apagões de raiva tendem a me colocar em mais problemas do que eu gostaria de confessar, mas eu estou muito longe do ponto de retorno. Ela só vai pensar que eu sou uma cadela se eu terminar agora, eu prefiro terminar e deixar que ela pense que eu sou uma cadela e ponto.

“Não, como você se atreve. Você tem ideia de como foi difícil para mim explicar a uma criança de dez anos o quanto sua mãe verdadeira a ama?! Você não aprendeu qualquer coisa de quando Shelby voltou para a minha vida durante o ensino médio? Você não viu o quanto me esmagou quando eu soube que minha mãe estava ao meu alcance, mas que ela não seria a pessoa que eu precisava que ela fosse? Você sabe que Beth tem uma foto de você na fronha dela? Ela ainda tem seu cobertor do hospital também. Ela disse que ela está lhe escrevendo quase uma vez por mês e ela ainda ouvir de você. Cristo, ela tem a mãe que eu nunca tive e eu tomei o primeiro vôo para encontrá-la. Por favor, me diga o que você tem de tão ocupado que você não pode escrever uma carta, você tem medo de que ela não vai ter orgulho de você? Que ela vai se decepcionar? Será que ela escrever-lhe e dizer-lhe que ela pega uma carona para a escola, porque ela gosta de cantar e de vestidos diferentemente dos outros? Porque ela faz, agora eu não posso imaginar alguém que escolheria alguém por estas razões. Você pode?”

“Já chega.”

“Ela é sua-“

Quinn está de pé antes que eu possa piscar e por um segundo eu estou com medo. Seu rosto está vermelho, seus olhos estão arregalados e brilhosos.

“Ela não é minha filha! Ela é, ela é filha da Shelby”. Ela termina suavemente, seus músculos relaxam. “Eu dei minha filha quando eu tinha 16 anos e eu não tenho o direito de está na vida dela.”

“Não é como se ela fosse começar a chamar você de mamãe. Ela só quer te conhecer. Ela quer saber o porquê de você a ter nomeado ‘Beth’. Ela quer saber se você gosta de cantar tanto quanto ela. Ela quer saber como os avós reais dela são. Ela só quer saber se vocês têm as mesmas coisas em comum.”

“Eu não posso.”

“De quê você tem tanto medo? Honestamente.”

“Eu só- eu não posso. Eu sinto muito, Rachel. Eu acho que seria melhor se nós terminássemos a sessão de hoje agora.” Ela apressadamente limpa suas bochechas antes que lágrimas possam se fazer presentes. Eu quero pressionar, mas eu sei que se eu continuar, há uma grande chance de que ela salte de sua janela do 19° andar. Eu não quero sangue em minhas mãos, é ruim para minha imagem.

Eu estou sem palavras. Eu penso em dar-lhe algum tipo de esperança, deixando-a ter algum pedaço de sua filha, mesmo que ela não queira isso. No fundo, eu estou esperando que ela vá voltar aos seus sentidos e perceber quanto tempo ela está desperdiçando em incerteza. Eu sei do que ela tem medo. É a mesma coisa que eu estava com medo quando eu sonhava acordada sobre algum dia encontrar com minha mãe. Eu sei de um fato. É a mesma coisa dos devaneios de Beth. E ela é a razão de eu decidir abrir minha boca.

"Ela ama você, Quinn. Eu sei que você está com medo de que ela vai te odiar por você não estar em sua vida mais cedo, mas eu posso te dizer, não há um odioso osso em seu corpo. Ela tem um olhar que te deixaria com vergonha, todavia.".Eu dou de ombros, com a mão na maçaneta da porta, prestes a sair: "E se você mudou tanto quanto você diz que tem feito, bem, então eu acho que você está machucando-a mais por ficar longe."

Eu vejo a recepcionista me olhando, provavelmente confusa sobre o porquê eu já ter terminado a sessão, e eu dou-lhe o fantasma de um sorriso. Ela praticamente deixa cair a caneca de café enquanto eu passo por ela. Eu olho para as escadas e sinto minhas panturrilhas como se estivessem queimando do treino rigoroso que estava apenas sob há cerca de 30 minutos. Eu noto que o elevador já está se dirigindo para baixo, não há mal algum em esperar alguns segundos extras hoje. As chances de Quinn sair depois de mim são aproximadamente as mesmas de Kurt anunciando que ele era hétero.

“Rachel, espera”

Claro.

Eu me viro e toco meu dedo indicador no meu braço ao passo que ele cruza com o outro sobre o meu peito, eu não estou me divertindo. De alguma forma, Quinn conseguiu superar todas as expectativas e fez me questionar a sexualidade de Kurt, ao mesmo tempo, ao mesmo tempo que eu esperava ela vir até mim. Ah, se a porta do elevador abrisse mais cedo... Os olhos de Quinn estavam de repente mais vermelhos do que os de um estudante de faculdade.

"O que você quer?" eu pergunto.

"Eu só queria dizer obrigado."

Eu examino, ela está sem fôlego. Naturalmente. Dou-lhe um aceno de cabeça firme e o elevador chega. Eu sinto que eu não tenho sido dramática o suficiente hoje. Eu entro no elevador vazio e pressione o botão Lobby.

O momento é crucial.

"Eu não fiz isso por você", eu digo a ela.

Seus olhos se fecham quando ela olha para baixo, assim como o espaço entre as portas do elevador se torna cada vez menor. Ela parecia muito vulnerável para eu ficar por aqui e confortá-la, ela provavelmente poderia usar o tempo sozinha de qualquer maneira. Além disso, não vamos esquecer que ela tecnicamente foi a única a me chutar para fora de seu escritório hoje.

Eu estaria mentindo se eu dissesse que toda a meia hora não foi uma montanha-russa de emoções, de fato era mais difícil do que qualquer papel que eu já tive de interpretar. Mas ninguém jamais saberia o quanto isso me afetou porque por trás desses óculos de sol, eu estava segura.

Eu podia respirar com confiança novamente.

E eu não era a vulnerável Rachel Berry que Quinn Fabray tirou vantagens em todos esses anos atrás.