Darkness Heiress escrita por HannahHell


Capítulo 12
Capítulo 12:Feriado


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora! As aulas começaram e eu levei um tempão para organizar meu tempo, mas agora eu já me organizei. E vou procurar escrever mais rápido.



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As semanas foram passando lenta e tediosamente, com Harry, Rony e Hermione evitando Catherine o máximo que podiam. Não que a morena ligasse, afinal eles não eram seus alunos e ela sinceramente não dava a mínima para o que eles pensavam sobre ela.

As reuniões com seus alunos mais talentosos iam muito bem e, eles se mostravam muito úteis tanto em conseguir informações quanto em manipular. Era interessante como algumas pessoas simplesmente nasciam para algo. E como outras sabiam usar esse talento inato para seu ganho pessoal.

Mas havia chegado as férias de Natal. A maior parte dos alunos foram para casa, assim como quase todos os professores, incluindo Catherine Riddle.

A neve caía do lado de fora, mas o interior da pequena casa estava numa temperatura amena e agradável. A dona da casa passava os olhos rapidamente por algumas folhas de papel de aspecto antigo e fazia anotações a todo momento num caderno de capa de couro verde.

Seus cabelos negros e ondulados estavam presos num coque frouxo preso por um lápis e alguns fios caíam por seu rosto, mas não afetavam sua leitura. Estava sentada no chão da sala de estar rodeada por pergaminhos, papéis, plantas, livros, diários e até mesmo gravadores, a sua frente estavam três cadernos iguais aquele em que ela fazia anotações.

No meio de uma frase seu braço esquerdo estremeceu e com isso sua letra caprichosa ficou tremida, a mão direita parou de procurar por algo e a morena se viu obrigada a olhar o braço esquerdo com mais atenção. A área do pulso e antebraço estavam ardendo até mesmo queimando e ela sabia exatamente o que isso queria dizer. Murmurou algumas palavras e tudo que ela estava estudando desapareceu.

“O que você quer agora, papai?” Catherine murmurou para o nada antes de desaparecer.

Eram altas horas da noite quando Cath apareceu no jardim da Toca, a grande maioria das luzes estavam apagadas, com a exceção das luzes do andar de baixo. Havia alguém acordado, ela sorriu e caminhou lentamente até a porta, dando três batidas ritmadas.

“Quem é?” a voz de Ronald Weasley soou do outro lado da porta.

“Meia noite já é hora das crianças dormirem, Weasley” ela respondeu.

“Catherine?” a porta se abriu e ela pode ver a expressão surpresa no rosto do ruivo “é você mesma?”

“O que você acha?” ela rolou os olhos entediada e ele abriu mais a porta para deixá-la entrar “sua mãe está acordada?”.

“Está, por que?”

“Assuntos da Ordem, vá chamá-la”.

Rony assentiu com a cabeça e foi para a sala de estar chamar a mãe enquanto Catherine se dirigia para a cozinha.

“Achei que você estivesse morando no Beco Diagonal” ela comentou ao parar na porta e ouviu o barulho de um capo quebrando.

“Achei que você estaria matando ou raptando alguém uma hora dessas” Fred respondeu e se virou para encará-la ignorando o copo quebrado no chão.

“Aparentemente Belatrix Lestrange está fazendo um bom trabalho” ela deu de ombros e apoiou o corpo no portal.

“O Olivaras não foi trabalho dela” ele apoiou o corpo na bancada e cruzou os braços na altura do peito “me disseram que quem o capturou não deixou nenhuma pista. Lestrange não é tão cuidadosa”.

“Realmente”

“Sabe quem é cuidadosa assim?” ela apenas arqueou uma sobrancelha para demonstrar interesse “você”.

Ela apenas o encarou sem dizer nada por alguns instantes “onde quer chegar?”

“Você era minha amiga, Catherine, só quero saber como eu nunca vi quem você realmente era antes” ela pegou a varinha do bolso e consertou o copo deixando-o dentro da pia.

“Você mesmo disse. Eu sou muito cuidadosa”.

“O que você veio fazer aqui, Catherine?”

“Assuntos da ordem, Fred” ela deu um sorriso de lado “não lhe diz respeito”.

“Catherine” a voz da senhora Weasley chamou a atenção dos dois jovens e a morena se virou para ver a senhora “o que te trás aqui?”

“Voldemort” ela rolou os olhos “onde o senhor Weasley está?”

“Aqui” o homem caminhou na direção deles e parou do lado da mulher.

“Tem algum lugar que podemos conversar sem sermos ouvidos?” a garota fez um movimento quase imperceptível na direção de Fred e olhou para a parede onde Rony estava escondido escutando a conversa.

“O que de tão importante você tem a falar que eu não posso ouvir? Eu também sou da Ordem, Catherine” Fred comentou.

“Certo” ela deu um passo para trás “entrem e fechem a porta” lançou mais um olhar na direção de Rony e esperou o casal Weasley entrar e fechar a porta. A morena tirou a varinha que estava no bolso esquerdo e murmurou algo na direção da porta.

“Você é canhota agora?” Fred indagou observando a garota guardar a varinha novamente.

“Sempre fui” ela o encarou “mas eu também sempre fui destra. Algumas pessoas têm essa habilidade”

“Por que você nunca usou a varinha com a mãe esquerda antes?”

“Temos assuntos mais importantes a discutir” ela mudou o assunto e olhou para os adultos “Voldemort planeja um ataque contra vocês”.

“Como?” Arthur deu um passo na direção dela e Molly apenas cobriu a boca.

“Esta noite, fui chamada para uma reunião e um dos tópicos foi um ataque aos principais integrantes da ordem. É uma tática clássica, eles não vão atacar para matá-los e sim desestabilizar, mas se houver mortes para eles é melhor”.

“Você fala como se não fosse um deles” Fred desdenhou.

“Isso por que eu não sou.” Ela deu um sorriso de lado e o encarou “há muito mais neste mundo do que preto e branco, bem e mal, ódio e amor, pais e filhos. Tantas coisas que você não faz idéia e, principalmente, coisas que você não consegue ver, mesmo que estejam bem na sua frente”.

“O que você quer dizer com isso?”

“Quando será o ataque?” Molly perguntou interrompendo-os.

“Não sei, não definiram uma data. Calculo que ficarão à espreita, aguardando o melhor momento. Se precisarem sair de casa, aconselho que levem mais membros da ordem junto e não notifiquem o Ministério para não alertar quem ele tem infiltrado por lá”

“Certo” Arthur concordou solene “precisaremos ir ao Beco Diagonal amanhã ou depois para comprar os presentes. O que sugere?”

“Levem o maior número de pessoas possível, os comensais não atacarão se a vantagem numérica estiver com vocês”.

“Você poderia vir conosco?” a sra Weasley indagou, mesmo que ela não gostasse de ver uma garota tão nova bem no meio de uma guerra tão perigosa como aquela, ela sabia que ter Catherine do seu lado numa batalha era uma vantagem.

“Desculpe, mas não posso assumir este risco” ela explicou “vocês precisam de gente infiltrada no campo inimigo”.

“Olivaras não era do campo inimigo”.

“Se lhe interessa tanto, ele está vivo e até que bem, comparado com alguns outros prisioneiros de Voldemort” ela lançou um olhar desafiador para Fred.

“Você assiste não é? Às torturas” ele se aproximou olhando-a nos olhos “você gosta do que vê? Da dor, da agonia?”

Ela deu um sorriso de lado que fez um arrepio percorrer a espinha do ruivo “gosto” ela moveu os lábios lentamente sem produzir nenhum som, de modo que só ele recebeu a resposta.

Ele piscou lentamente e saiu da cozinha sem dizer mais nenhuma palavra.

“O que você falou para ele?” Arthur perguntou intrigado. E a Morena o encarou com o mesmo sorriso que lançara para o jovem.

“A verdade” ela se dirigiu para a porta dos fundos da casa “Tomem cuidado,  Voldemort pode perder quantos peões ele quiser.Dumbledore não possui este luxo” anunciou antes de sair fechando silenciosamente a porta atrás de si.

Com um pequeno estalo Catherine apareceu em sua casa. A temperatura ainda estava agradável e tudo estava exatamente como ela havia deixado. Ela murmurou as palavras de antes e os papeis de antes apareceram no chão e ela se sentou pegando um dos cadernos de capa verde e checando onde sua linha de raciocínio havia parado.

Depois de várias anotações olhou para o anel roxo em seu dedo e chamou Samantha.

“Sam” ela cumprimentou com um aceno quando a garota apareceu na sua frente.

“Catherine” a jovem correspondeu o aceno “em que posso ser útil?”

“Sobre aquela coisa que lhe disse alguns meses atrás, como vai a investigação?”

“Não tão bem, fui algumas vezes até o local, mas aquele homem é muito paranóico, precisarei de mais alguns meses para conseguir me infiltrar” ela explicou.

“Certo. Samanta, cuide para que a mansão esteja pronta para a minha chegada”

“Você fará aquilo?” Sam parecia espantada “mas essa não era a parte avançada do plano? Ainda estamos na metade”

“Imprevistos chegaram” Catherine anotou algo no caderno com a mão direita e pegou um pequeno gravador com a esquerda “não posso ter mais distrações”.

“A mansão estará pronta”

“Avise John, diga a ele para adiantar o plano, quero tudo pronto para que eu possa colocar a próxima fase em breve” Catherine instruiu e Sam apenas concordou com a cabeça.

“Boa noite, Catherine.” A garota murmurou antes de desaparecer.

Os olhos escuros de Catherine percorreram a sala e pararam numa pequena fola de pergaminho onde havia a imagem de uma corrente de ouro cujo pingente era uma grande pedra azul. Um sorriso de lado despontou nos lábios da garota.

“Boa noite” comentou em deboche rindo sozinha “realmente uma boa noite”.


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Notas finais do capítulo

esse é um dos caps que eu mais queria escrever, mas acho que ele não ficou tão bom quanto eu esperava, enfim.
espero que gostem. e não se esqueçam das reviews *-*