Servos e Humanos escrita por Ed Henrique


Capítulo 4
Aquela que resiste


Notas iniciais do capítulo

Ohayou, meus nekos. Nesse capítulo rola um...
Autor Mal: – Vai estragar a surpresa?
AB: – Mas poxa, é só uma dica. Vai ser tão... não sei o que vai ser, então decidam lendo :).
*Obs: não teve capítulo semana passada, pois ainda estava em ritmo de novo ano, então lamento.



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Apolo (Minato): Apolo era o deus da luz e do sol, na verdade, os gregos acreditavam que ele era o próprio sol, conduzindo a sua carruagem dourada e resplandecente no céu, para chegar, à noite, ao oceano onde os seus cavalos se banham, enquanto a noite prevalece. Por isso era chamado também de Febo (brilhante). Seus cabelos eram louros e seus olhos claros como o dia. Também era o deus da música, poesia, beleza masculina e da arte de atirar com o arco.



18/05/2015, uma semana depois.

Ainda era cedo, mas precisava se arrumar logo e se preparar, tinha que chegar logo na escola e a última coisa que queria era se atrasar, afinal, já estava atrasada uma semana.

Sua pele era branca, média, cabelos loiros e olhos violetas. Colocou uma saía azul listrada, camisa branca e sapatilhas.

Saiu do quarto carregando uma mochila, pois suas coisas já estavam lá embaixo. Desceu as escadas, puxou a mochila de carrinho e apagou todas as luzes da casa, parando próxima a porta, onde havia um espelho a sua direita. Olhou para o mesmo e viu como estava bonita, mandando um beijo antes de voltar a andar.

– Me aguarde. – a marca de pétala de flor brilhou em sua mão, liberando uma fragrância gostosa no ar.

Próxima parada, Tokyo.

Servos e Humanos –

Uma semana. Nem parecia que fazia tanto tempo que Naruto e Sasuke estavam na Terra. Durante esse tempo, Naruto usara a oportunidade para se aproximar de Sakura, tornando-se amigos. A garota gostava dele, era gentil e engraçado, ao contrário do amigo, que não queria nem a amizade.

Sasuke tentava se aproximar de Hinata, mas não estava nada fácil. A garota vivia se esquivando de si, fugindo de conversas, e assim era difícil, sem contar que não tinha muito tempo para passar com a garota e tentar algo, pois ela sentava ao lado de Naruto na escola, depois tinha o trabalho após a escola, para voltar para casa lá pelas seis horas da tarde, aí ficava difícil.

O apito do professor de educação física chamou a atenção dos alunos, que se juntaram na pista.

– Começando com os meninos, vocês darão duas voltas na pista para aquecer. – disse o professor Duy.

– Sim. – responderam em uni som. Os garotos se posicionaram na pista, Naruto e Sasuke ficaram na frente, junto de Sasori e alguns outros. Ruivo e moreno trocaram um olhar de ódio. Estavam assim desde quando se “conheceram”.

– Quando eu apitar podem começar. – o professor apitou e os alunos saíram em disparada.

Algumas meninas incentivavam os namorados, como o caso de Sakura, outras, os amigos, e tinha aquelas que escolhiam um alheio para gritar.

Naruto e Sasuke eram igualmente bons na corrida, então estavam em pé de igualdade, como Sasori, que chegou próximo de Sasuke, tentando bater com o ombro nele, assim o mesmo caía. Sem sucesso. Sasuke se manteve firme, tanto que lançou um olhar para o loiro, que logou entendeu. Era um olhar simples, apenas usou os olhos para apontar, mas que dizia: ele tem sorte de ser hospedeiro de Hefesto.

Tentando ultrapassar os dois, Naruto percebeu quando foi ultrapassado. O garoto era branco, do seu tamanho, mesmo uniforme de E.F. e cabelo moreno. Em um ato de exibição, ele levantou a mão direita e acenou de costas, e Naruto conseguiu ver um par de asas nela.

– De Hermes? – pensou. – Eu não vou perder mesmo.

– Hein? – por estar mais preocupado com Sasori, o moreno estranhou quando Naruto disparou, tentando alcançar quem estava na frente. Já mais próximo do garoto, percebeu que já o vira antes, na casa dos Servos, se não se enganava. Levantou sua mão direita, amostrando a marca do sol, e o garoto entendeu como um desafio.

– Lee.

– Naruto. – não fora preciso falar mais nada, o desafio, mesmo que silencioso, havia sido lançado. Infelizmente, para Naruto, vencer um Servo de Hermes em uma corrida era quase impossível, mesmo na Terra, por isso o loiro ficara em segundo, Sasuke em terceiro com Sasori logo atrás.

– Vocês... correm rápido demais. – disse Hidan, arfando, quando enfim chegou.

– Estamos acostumados. – falou Naruto, tentando normalizar a respiração. – E o Shikamaru? – procurou em volta, não o achando.

– Ele nunca corre, é preguiçoso demais para isso.

– Podem descansar meninos, é a vez das garotas. – com a ordem do professor, alguns foram arrastando-se para as arquibancadas, dando espaço para as meninas. Quando todas já se posicionaram, o professor apitou, fazendo com que elas saíssem em disparada. Algumas eram rápidas, como o caso de Sakura, que estava lá na frente, outras nem tanto, como Hinata, que era uma das últimas.

Sasuke torcia para a Hyuuga, mas ela era péssima em esportes. Naruto torcia para Sakura, e Sasori não gostava nada daquilo.

– Pode parar de gritar o nome da minha namorada?

– Ela é minha amiga. Algum problema eu torcer pela minha amiga? – perguntou de volta.

– Acontece que eu tenho sérias dúvidas do que vocês consideram amigas. – falou, olhando para Sasuke também.

– Poderiam falar um pouco mais baixo, ou não falar? – a voz atrás deles chamou a atenção para um garoto. – Suas vozes estão retirando minha concentração.

– Ninguém te chamou na conversa, Shino. – disse Sasori. Shino aparentava ser só um humano comum: pele branca, média estatura, cabelo moreno e um óculos preto em seu rosto. Os garotos já haviam familiarizado com os rostos da maioria dos alunos da sala, mas Shino não era um dos que se destacava mais.

– Eu só pedi para falar mais baixo.

– Os incomodados que se mudem. – falou.

– Você tem muita sorte – fez menção de retirar o óculos – de eu não poder te transformar em pedra!

– Sei. – virou-se para frente.



Na hora do intervalo, quase todos estavam reunidos para comerem juntos, e com quase todos, digo a maioria deles: Sakura, Hinata, Temari, Ino, Gaara, Sasori, Tenten, Neji e agora Naruto e Sasuke. Nem todos da casa sentavam juntos, preferiam aproveitar o tempo para ficarem com os amigos da escola, como o caso de Hidan e Matsuri.

– Você tem que ser mais rápida, Hinata. – falou Ino, após conversarem sobre a aula de E.F. – Tanto na corrida quanto no amor.

– Ino, sabe que eu não penso em namorar. – a Hyuuga falou.

– Affs, que desperdício. – pensou o Uchiha, mas claro que isso não significava que desistiria.

– Poxa, Hina, eu poderia arrumar um namorado lindo para você. – a loira fez bico. – Me diz, você gosta de morenos, – apontou para Sasuke – loiro, – agora para Naruto – ou ruivo. – apontou para Gaara.

– Loiros. – se deu conta que falou sem pensar, e o moreno revirou os olhos. Ela mal falava consigo, não tinha intenção de namorar, e ainda gostava de loiros? Assim fica difícil Apolo. Sim, Apolo. Já que ele também é o deus a beleza masculina poderia dar uma força, né? – Digo...

– Já disse. Pode deixar isso comigo, vou arrumar o loiro mais bonito para você, afinal, sou ótima nisso, e em moda.

– Fala isso, mas está sozinha. – falou Sasuke, fitando-a.

– Porque quer. – disse Temari. – Pretendente é o que não falta. – olhou especificamente para Gaara, que a fuzilou com os olhos.

– E vocês? – olhou para os garotos. – Tirando Neji e Tenten que estão no chove e não molha, vocês pretendem arrumar alguém? Posso desenrolar para vocês.

– Ino. – Neji e Tenten disseram juntos, corando por isso.

– Licença. – Hinata levantou da mesa, seguindo para algum lugar.

– Eu... er... eu já volto. – o loiro levantou da mesa, seguindo-a.

– Que lindos. – disse Ino.

– Você precisa de um namorado urgente, Ino, assim deixa o dos outros. – falou Temari, olhando para Gaara, de novo.

A Hyuuga, enquanto andava, seguia para o pátio, não sabendo que era vigiada. O pátio era no centro da escola, então era aberto para que, não importando de qual direção você viesse, pudesse entrar nele. A garota foi para um banco e sentou-se, fechando os olhos para respirar um pouco.

Não havia se cansado tanto na educação física, mas estava cansada agora, como se suas forças estivessem sendo drenadas uma a uma de si.

– Será que é só preocupação? – pensou. Cinco dias se passaram desde que Naruto e Sasuke chegaram tarde em casa, porém, não ficara sabendo de ninguém desaparecido, ninguém morto, e se perguntava se eles esconderam o corpo ou trabalhavam muito bem para não deixar rastros.

– Hinata. – a voz a chamou, e surpreendeu-se ao virar e ver Naruto sentado do seu lado a encarando. Não ouvira nem um barulhinho sequer dele chegando ali, quanto mais sentando de frente para si com uma perna em cada lado do banco.

– N-Naruto?

– Hinata, eu te fiz alguma coisa? – perguntou, e ela estranhou a pergunta.

– N-não. – respondeu.

– Você parece mais longe, não conversa comigo direito, então quero saber se te fiz algo.

– Não é isso. Eu só estou um pouco nervosa por não nos conhecermos direito. – disse. Mentira. Não era o que ele fez, mas o que ele faria.

– Ah, que bom, pensei que tinha feito algo. – respirou aliviado. – Sabe, Hinata, – olhou nos olhos dela – você é... diferente.

– Diferente? – ela desviou o olhar, entretanto, ele pôs a mão no queixo dela e levantou seu rosto, fazendo seus olhares ficarem conectados.

– Um diferente bom, especial! – disse. Em um impulso, chegou cada vez mais perto dela, e quando já estava perto o suficiente para sentir um a respiração do outro, beijou-a.

Hinata não resistiu. Quando estavam ainda se olhando, fora como se estivesse sendo hipnotizada. Como se aqueles olhos azuis como o mar tivessem alguma mágica, e na verdade tinham.

Não. Não podia beijá-lo, mas não conseguia parar. Tinha que ser forte e se lembrar de que ele era algum assassino ou algo do tipo... será? Será que não entendeu errado? Como alguém tão bonito, mesmo sabendo que não podia julgar um livro pela capa, poderia ser alguma espécie de assassino cruel e sanguinário? Sem contar que ele era gentil, parecia um pouco bobo e não entendia muito bem as matérias, mas, mesmo assim, se esforçava.

Era isso mesmo? Entendera errado? Naruto e Sasuke, especialmente Naruto, eram boas pessoas.

E ele. O que estava fazendo? Por que beijara Hinata, afinal? Por que ela o ignorava tanto? Por que sua beleza não funcionava com ela, era isso? Apenas arrogância por ter sido rejeitado?

“– Seu Talento faz com que as mulheres gostem de você, mas seu beijo as faz se apaixonar!”

Lembrou-se de uma fala de Sasuke.

Ainda tinha isso, Sasuke quem gostava de Hinata, e não si, não podia beijá-la como ainda fazia e trair a confiança dele. Mas era bom. Tão bom a ponto de parecer que aquele beijo era proibido, e talvez fosse. Não a estava beijando por ela o ignorar, mas porque ela o atraía.

Estava tão concentrado no beijo que nem percebera que estava sendo observado. Abaixara sua guarda, afinal, em um beijo, você não precisava pensar, certo? Apenas aproveitar o momento. E foi o que fizeram até a falta de ar bater a porta de ambos e se afastarem.

– Eu... – as palavras fugiram da boca da perolada. Não sabia se estava feliz, envergonhada ou simplesmente corada, afinal, fora seu primeiro beijo. – Eu...

– Hinata...

– Eu tenho que ir. – a garota se levantou e saiu correndo, largando o garoto ali sozinho, atônico. Não a beijara para fazê-la se apaixonar por si, a beijara por quê... por que a beijara?

– Ela resistiu? – perguntou baixo.

– Naruto. – um dos olhos que o observava decidiu se revelar.

– Essa voz? – virou-se para trás. – Shion?

– Como vai meu loiro? – foi até ele, abraçando-o.

– Há quanto tempo. – disse ele, retribuindo. – Eu não te vejo... – parou

– Desde que eu vim para a Terra e nós terminamos? É. Eu também vim para o Japão, apesar de estar em outra cidade, mas aí Karin me falou que você estava aqui. – apontou para uma das amigas atrás de si. – Karin, esse é o Naruto. Naruto, Karin. – a ruiva estendeu a mão.

– Prazer.

– Igualmente.

– E essa...

– Matsuri? – estranhou. – Também a conhece?

– Uhum.

– Pera, Shion. Como a Karin me conhecia?

– Nos conhecemos na outra cidade que eu estava, mas aí ela se mudou para cá. – disse. – Eu contei sobre você para ela.

– A Matsuri viu a marca no seu amigo e me contou, aí contei para a Shion.

– Uma Serva? – perguntou em grego, mas elas pareceram não entender. – Shion. – falou, já imaginando o que a ex poderia ter feito.

– Eu não contei, elas descobriram. – respondeu no mesmo idioma dele.

– Servas de Afrodite não sabem fazer poções do esquecimento? – perguntou.

– Não queria ficar enganando minhas amigas.

– Podem falar em japonês? – perguntou Matsuri.

– Eu... – a marca de ambos brilhou, e Naruto odiou aquele momento. – Nós...

– Está esperando o que, Naruto? – a voz de Sasuke foi ouvida e o mesmo correu até o loiro, surpreendendo-se ao ver Shion. – Você vem?

– Servas de Afrodite não lutam, lembra? – perguntou a loira.

– Então vamos logo, Naruto.

– Conversamos depois, Shion. – disse Naruto, seguindo Sasuke. Teriam que matar o próximo tempo de aula, contudo, estudar era um hobby ali, não seu real objetivo.

No caminho, enquanto corriam pelas ruas fora do alcance da barreira, Naruto vira e mexe olhava para Sasuke. A culpa era tão grande que já o estava consumindo.

– Ei, Sasuke.

– Agora não, dobe, temos que nos concentrar. – falou.

– É importante.

– Então fala.

– Eu beijei a Hinata. – confessou.

– O quê? – o moreno parou e o loiro o ultrapassou, parando também. – Por que você fez isso? Não sabe que eu quem estou a fim dela? Pensei que você gostasse da Sakura.

– Eu gosto, mas aconteceu.

– Como assim, aconteceu? Você a beijou. Me enganou dizendo que gostava da Sakura e beijou a garota de quem eu gostava!

– Não é hora para drama, teme, tem um monstro a solta por aí.

– Vamos conversar depois! – falou, voltando a correr. Viraram em uma rua, onde puderam ver um garoto parado de frente a um monstro. O garoto não se movia, mesmo que o monstro, um dragão terrestre de classe A, fosse na direção dele. – Barreira. – invocou-a, para logo em seguida suas roupas de luta. Com a barreira já os cercando, tomaram um impulso maior, indo na direção do monstro que parou de se mover. Estranhamente, o monstro pareceu virar pedra, e o garoto a frente dele colocou alguma coisa nos olhos.

– Vocês demoraram, Servos. – falou a voz conhecida para eles, e o dono dela teve que se virar para que eles o visse, pois seu capuz o tampava.

– Shino, você também é um Servo? – perguntou Naruto.

– Não. – disse Sasuke, entrando em posição.

– O Sasuke está certo. – disse. – Não sou um Servo, mas também não sou humano.

– Então? – estranhou o loiro.

– Um semimonstro. – retirou o óculos, olhando-os. Seus olhos era brancos, sem íris.

– Então é nosso inimigo. – Sasuke correu na direção do garoto, pulando para lhe acertar um chute, mas antes que pudesse acertá-lo, algo saiu do capuz de Shino, abaixando-o e segurando a perna de Sasuke.

– Sasuke. – Naruto correu na direção dele, mas Shino jogou um amigo em cima do outro. – Não saía assim, Sasuke.

– Me solta, Naruto. – soltou-se do amigo, saindo de cima dele.

– Não sabe de quem ele é filho só pelo cabelo? – perguntou o loiro, levantando-se. O moreno parou para reparar, e abaixou a cabeça quando se deu conta. – Isso mesmo, filho da Medusa.

– Na verdade, ela seria minha avó ou algo mais distante, mas é por aí. – colocou o capuz. – Não vim lutar com vocês, e sim parar o monstro aqui. – apontou para o dragão petrificado atrás de si.

– Você é um monstro, mesmo que pela metade, e minha missão é acabar com você. – correu na direção dele, evitando olhar para ele. Tentou acerta-lhe um soco, mas seu braço foi parado por outra cobra.

– Então o que seu deus diz sobre matar humanos? – perguntou ele. – Se prometer não me atacar, minhas cobras não vão se manifestar. Elas sentem a sua vontade de me fazer mal, então se se controlar elas desaparecem.

– Não quero ouvir sugestões de... – um soco acertou o rosto do moreno, derrubando-o no chão. Ele tentou se levantar, mas um pé foi colocado sobre sua barriga e o forçou no chão.

– Já chega, Sasuke. – falou Naruto. – Eu beijei a Hinata sem querer e você tá aí todo irritadinho e não raciocinando direito.

– Saí de cima de mim, Naruto.

– Ela fugiu depois do beijo, o que significa que meu Talento de beijar as garotas não funciona com ela, então sinto muito por beijar a garota que você gosta, mas pare de agir como um idiota e atacar os outros! – disse.

– Tudo isso por uma garota? – perguntou Shino.

– Você deveria entender, afinal, sua antepassada foi amaldiçoada por ser bonita e conquistar o coração de vários homens, ganhando a inveja de Atena, não?

– Semimonstros são diferentes. – colocou o óculos e as cobras sumiram, fazendo seu cabelo voltar ao normal. – Eu só sou meio amaldiçoado. Minha maldição é que não posso olhar para nenhuma mulher ou a transformo em pedra, não funciona em homens. – explicou. – Por isso disse que não queria lutar contra vocês, estou em desvantagem em vários sentidos.

– Vai ficar com o pé em cima de mim o dia todo? – Sasuke perguntou sarcástico e Naruto retirou. Quando o moreno se levantou, acertou um soco no rosto do amigo, deixando-os quites. – Quites.

– Pode ser. – alisou o local. – E então, como funciona para vocês semimonstros? Existe uma casa de semimonstros, um lugar de treinamento como nós?

– Um programa de proteção. – falou sarcástico. – Nós só vivemos. Alguns com medo de que um Servo tente nos matar, – olhou para Sasuke – e outros apenas tentavam viver normalmente.

– E os que agem como monstros? – perguntou Sasuke, sério. – Ou vai dizer que todos são bonzinhos?

– Claro que não, ou todos os Servos são? – Naruto e Sasuke lembraram-se do Servo que atacou-os. – Então ninguém é perfeito.

– Que tal uma trégua? Você não é nosso inimigo, nós não somos o seu. – propôs Naruto.

– Por mim tudo bem. – disse.

– Sasuke.

– Por mim também. – cruzou os braços, virando o rosto.

– Ótimo, então somos todos amigos, certo? – sorriu.

– Não força. – Sasuke e Shino disseram juntos.

– Mas admito que fiquei surpreso em descobrir que monstros tinham semimonstros. – confessou Sasuke.

– Claro, porque todos conhecem a força de Hércules ou como Perseus matou minha antepassada, mas ninguém fala sobre os semimonstros. – falou.

Servos e Humanos –

– Eu não esperava encontrar aquela garota depois de tanto tempo. – disse Shion, misturando alguns líquidos. Estava em uma sala qualquer, onde se trancara com as amigas, assim não precisaria invocar sua barreira, só invocar seus itens.

– Já se conheciam? – perguntou Matsuri.

– Nos esbarramos.

– Mais importante, o que está fazendo? – Karin perguntou. – Deveríamos estar na aula.

– É só uma poção do desamor. – terminou, dando para ambas beberem. – Podem beber. – estranhando, as duas o fizeram sem contestar. – Ela faz com que você não se apaixone por alguém, no caso, quando eu a fiz estava pensando no Naruto, só para garantir que vocês não se apaixonarão por ele.

– Porque nos apaixonaríamos por ele? Eu prefiro o amigo. – confessou a ruiva.

– Vai por mim, diferente dos outros Servos, se você beijar o Naruto irá se apaixonar por ele. – disse.

– Mas a Hinata não pareceu se apaixonar por ele, pelo contrário, ela fugiu após beijá-lo. – falou Matsuri.

– Não sei o que houve, mas eu preciso ficar de olho nele. – disse, guardando todas as suas coisas. – Eu só preciso garantir que ela não entrará no meu caminho, assim posso conquistar o Naruto de novo.

Servos e Humanos –

Já era noite, a hora perfeita para si. A hora que poderia agir melhor e sem ser vista.

Pegou sua flecha e mirou bem. Só haviam duas pessoas ali, uma do lado da outra, e seu tiro precisava ser certeiro, como sempre era. Calculou o próximo passo que o homem daria, sempre acertava os homens, lhe dava mais prazer, então soltou a flecha, e acertou-lhe as nádegas: certeiro, como sempre era.

O homem não sentira nada, apenas parou e girou sua acompanhante, prendendo-a perto de si pela cintura e a beijando. A mulher ao seu lado parecera surpresa de inicio, mas correspondeu ao beijo, colocando seus braços sobre o pescoço do homem, futuramente seu namorado.

– Hunf. – suspirou. – Ser cúpido é tão chato! – falou. Pulou do prédio de onde estava e suas asas se abriram, voando para algum lugar, em busca de mais um casal.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo teremos um pouco de tretas, nekos. Nada é tão bom que não possa piorar.



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