Under the Mistletoe escrita por Aomine Daiko


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Bem... faz muito tempo que não posto algo aqui em KnB. Bateu uma saudadezinha.
Boa leitura.



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24 de Dezembro, Londres – Inglaterra.

Tudo estava iluminado, realmente iluminado, o jovem modelo estava encantado com a beleza que as ruas de Londres ganharam. Sorriu ao ver uma criança passar correndo de outra criança, ambas rindo alto, não muito longe estavam dois adultos os observando enquanto caminhavam pelo mesmo caminho que fazia ao lado de seu melhor amigo.

Seu nome era Ryouta Kise, um modelo japonês que vinha fazendo bastante fama no mundo da moda; o amigo que lhe acompanhava se chamava Daiki Aomine, também um japonês que, com sua ajuda, se tornara um grande ator mundial. Haviam decidido passar o Natal juntos em Londres já que ambos estavam trabalhando na cidade e suas famílias estavam no Japão. Não fazia tanto tempo que haviam se visto, mas o mais velho julgava aquele tempo o suficiente para sentir saudade do menor.

Aomine olhou para Kise e notou o quão vermelho estava seu rosto, foi então que reparou na falta de um cachecol em seu pescoço. Por que aquele loiro tinha sempre de ser tão desligado? Retirou seu próprio cachecol e colocou-o ao redor do pescoço do menor, que o encarou surpreso.

- Vai acabar pegando um resfriado, idiota – falou baixo enquanto levantava o zíper de sua blusa para que tampasse mais seu pescoço e nariz, colocando as mãos nos bolsos em seguida.

- Obrigado, Aominecchi – o menor riu fraco e passou um braço pelo de Aomine, abraçando-o para andarem mais juntos. – Acha que vai estar cheio? – Perguntou tentando disfarçar o ato, usando o frio como desculpa para tocar no maior.

- Talvez – deu de ombros e sorriu fraco olhando para o caminho que fariam. E então viraram na rua do parque que iriam naquela noite, estava vazia e realmente linda. Ao longe podiam ver a roda gigante, que combinava com a iluminação da rua principal, quase tudo azul, a não ser pelas árvores com flores rosadas e lâmpadas amarelas. – Que lindo...

- Realmente! – O menor exclamou animado enquanto apertava o braço do amigo. – Que tal esperarmos um pouco para ir? Queria comer alguma coisa...

- Então podemos comprar alguma coisa naquele café que tem no fim da rua e ficar num desses bancos – disse o ator apontando para os bancos ao longo da rua.

- Siiim! Eu quero chocolate quente – falou o mais novo com um largo sorriso e Aomine riu. Caminharam mais um pouco até chegar ao dito café e Aomine comprou dois chocolates quentes e alguns bolinhos quentes com recheio de chocolate.

- Aqui, senhor. Boa noite e boas festas – disse o atendente o entregando a comida após Aomine pagar.

- O mesmo para o senhor e bom trabalho – o atendente acenou e então foi até o modelo. – Vamos? Comprei doces de chocolate, como gosta.

- Ah, você é o melhor, Aominecchi! – Kise riu pegando seu chocolate e seguindo o maior pela rua. – Vamos parar aqui, não tem barulho e ainda está perto da roda gigante – sorriu apontando para um dos bancos. Aomine concordou e sentou-se, deixando o pacote com os bolinhos ao seu lado e o loiro sentou ao seu lado, com os bolinhos entre ambos.

- Hum, está bom! – Sorriu apontando para o chocolate quente após prová-lo. – E então, como foi a conferência?

- Ah, até que foi bem. Mostraram-me as roupas que vou usar no desfile, essas coisas. Meio cansativo, mas divertido – suspirou parando para dar um gole em sua bebida, Aomine continuou observando-o por algum tempo, achava-o lindo, desde a época em que eram estudantes no Japão. Talvez não chegasse ao amor, mas sabia que alimentava alguma coisa pelo loiro, porém tinha muito medo de perder sua amizade se revelasse seus sentimentos ao modelo.

Afinal nem tinha certeza do que sentia.

- Vou tentar ir te ver no dia – sorriu tomando um gole de seu chocolate, sentindo um alívio absurdo com a temperatura do líquido.

- Ok... e as gravações? – Perguntou Kise olhando para o maior.

- Voltam dia três. Depois vamos gravar alguns dias e viajaremos para a Grécia. Se já estiver livre, pode ir conosco, que tal? – Kise acenou com um largo sorriso nos lábios e então fez sinal de V com os dedos para confirmar.

- Nada mais digno que o lugar dos deuses para um deus como eu – sorriu orgulhoso.

- Ó, claro, Afrodite! - Riu bagunçando o cabelo do menor, que lhe mostrou a língua para então colocar um bolinho na boca, arrepiando-se quando o recheio de chocolate derreteu em sua boca. Suspirou e olhou ao redor enquanto mastigava.

- Faz tanto tempo que não vejo o pessoal... nem meus parentes – Kise suspirou e encarou Aomine, que olhou para baixo, encarando as próprias mãos.

- Nem eu, sinto falta deles – Aomine olhou para a London Eye e então encarou Kise. – Melhor irmos, ou podemos não conseguir um lugar.

- Ok – Kise se levantou e passou a caminhar ao lado de Aomine; conversavam sobre várias coisas durante o caminho, poucas eram realmente importantes. Mas o assunto principal era como estavam felizes por seu trabalho ter coincidido o local e data. – Ai, Aominecchi, espera um pouco – Kise parou no meio do caminho, abaixo de um poste de luz. – Vou pegar minhas luvas, estou morrendo de frio.

- Ok – Aomine observou enquanto Kise mexia em sua bolsa. O viu pegar as luvas e começar a colocar, foi nesse momento que Aomine olhou para cima e viu algo que chamou a sua atenção. Preso ao poste estava um pequeno galho de árvore de visgo. Havia algumas folhas e quatro frutinhas presas no centro. Sentiu seu rosto corar instantaneamente.

Ao olhar para baixo, viu que Kise também encarava a planta e, lentamente, o loiro o encarou. Ficaram em silêncio por algum tempo, como não haviam notado aquilo ali? Aomine olhou ao redor e notou que em todos os postes de luz havia visgos. Apenas não havia reparado.

Voltou a encarar Kise e notou que o modelo parecia um tanto perdido. Não sabia muito sobre a vida amorosa de Kise, não costumavam conversar sobre. Não sabia se ele tinha alguém, mas... mas e se aquilo fosse um sinal? Deu um passo para frente e viu Kise arregalar os olhos e o encarar.

- Aominecchi? – Kise sussurrou parecendo ficar ainda mais perdido.

- Ryouta, eu... – Aomine parou bem próximo ao loiro, seus corpos quase se encostavam; e então segurou o rosto corado entre as mãos frias e suspirou, deixando sua testa encostar a de Kise com cuidado. – Eu gosto de você... – Assim que as palavras saíram de seus lábios, Aomine notou o quão nervoso estava com aquela declaração e quão óbvio eram seus sentimentos pelo loiro.

Para sua surpresa, Kise segurou seu rosto também e, antes que pudesse falar qualquer outra coisa, sentiu os lábios frios de Kise tocarem os seus também frios. Aomine sentiu seu corpo estremecer e fechou os olhos contendo um suspiro. Moveu os lábios lentamente, sentindo a textura dos lábios de Kise. Aos poucos o beijo evoluía até que suas línguas se conheciam numa dança calma e até tímida.

Não demorou muito e já haviam separado os lábios. Kise olhou nos olhos de Aomine e sorriu.

- Eu também... – murmurou. Aomine arregalou os olhos, o que fez com que Kise começasse a rir. – Nós devemos comer a fruta agora. Dizem que o casal que beijar abaixo de um visgo com frutas e comer, cada um, uma fruta, jamais vai se separar.

- Ah é? – Aomine sorriu e ficou na ponta dos pés para pegar duas frutinhas. Entregou uma à Kise e ficou com a outra. Riram um pouco nervosos e então comeram a fruta. – Eu espero que você nunca se separe de mim, então.

Kise riu e abraçou Aomine com carinho.

- Quem sabe depois de alguns encontros... – Aomine olhou para o loiro com as sobrancelhas arqueadas e Kise riu. – Aominecchi... eu realmente gosto de você, mas sabe que não podemos assumir nada assim tão rápido sem conhecer os outros lados um do outro.

- Eu sei, eu sei... – Aomine sorriu e beijou a testa do loiro. – Mas eu posso te beijar mais?

- Pode – Kise riu quando Aomine passou a dar selos rápidos em seus lábios.

- Hey, vamos! Não quero perder a vista.

- Ok, ok...

Aomine sorriu observando sua mão unida à mão de Kise. Talvez aquele não fosse o melhor Natal de sua vida, talvez não fosse o início de um futuro ao lado do loiro... mas, com certeza, aquela era uma felicidade que jamais se esqueceria.


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Notas finais do capítulo

Well... é isso aí.
Feliz Natal e Feliz Ano Novo, gente.
Beijos.