Escola Mundial/São Paulo

— Tudo bem, eu vou com você. – respondeu Fernanda dando um meio sorriso, Simon logo abraçou a amiga contente.

Jaime encarou os outros anjos-cupidos que também observavam a cena desapontados, Marco mal conseguia esconder sua frustação, nem ele mesmo conseguia entender o que estava sentindo por Fernanda, era algo tão forte e verdadeiro, como ele podia sentir sentimentos tão fortes por uma pessoa em tão pouco tempo?

— Entrem na sala por favor. – ordenou a professora de Português, todos entraram rapidamente.

— Ah não aula de português, ninguém merece. – esbravejou Vick fazendo os colegas rirem sem que a professora notasse.

A turma estava bastante animada com o baile anual, enquanto as meninas estavam preocupadas com quem as convidaria, os meninos estavam mais preocupados com as comidas que teriam por lá.

— Ai meninas, quem será que o Vinicius vai convidar para o baile? – indagou Marcelina puxando o assunto.

— É mesmo Marce, quem será a sortuda esse ano? Tomara que ele me convide. – falou Valéria suspirando.

— Vinicius? Quem é esse menino? – indagou Thalyta curiosa quase toda as meninas a encararam surpresas.

— O que? Como assim você não conhece o Vinicius Albuquerque? O gato mais incrível dessa escola! – falou Marcelina chocada.

Thalyta revirou os olhos e começou a escutar o que a professora explicava, ignorando totalmente as bolinhas de papel que Filipe jogava na garota, seja quem for esse Vinicius Albuquerque não importava, devia ser apenas mais um play boy metido e cheio de futilidades.

(...)

Recreio... 

João Vitor, Luan, Eduardo e Marco estavam andando pelos arredores do colégio em busca de uma garota que os interessasse, ambos queriam escolher logo seu par e acabar com todo suspense.

— Porque cada um de nós não convida uma garota da nossa sala? – sugeriu Eduardo, Luan logo concordou com o amigo.

— Mais na nossa sala só tem meninas frescas e bobas. – falou João Vitor com desdém, o resto dos meninos reviraram os olhos.

Foi quando de repente João Vitor reparou em uma garota cheia de estilo discutindo com mais duas garotas, os meninos logo se aproximaram curiosos para ver do que se tratava a confusão.

— Vocês são um bando de patricinhas mesmo. – gritou uma morena de mechas verdes para as outras duas colegas.

A roqueira de mechas verdes saiu irritada, sendo seguida por João Vitor que havia se encantado pela garota e estava disposto a convidar ela para o baile, o restante dos meninos ficaram junto das outras duas garotas

— Nossa que confusão. – comentou Eduardo de uma forma engraçada as meninas riram. – Prazer eu sou o Eduardo, e esses são meus amigos: Luan e Marco, estudamos no primeiro ano. – disse o rapaz educado.

— Prazer, eu me chamo Érica. – apresentou-se educadamente.

— Eu me chamo Vitória, nos duas estudamos no nono ano. – disse Vitória sorrindo para os garotos.

Luan saiu apressado a procura de Denise, e os quatro restantes engataram um papo bem animado, Kelson e Batista observavam tudo de longe bastante enciumados, depois de um tempo conversando, Eduardo encarou Érica e sorriu para a mesma.

— Então? Você já tem par para o baile? – indagou o garoto sorrindo, Érica apenas negou com a cabeça.

— Seria muito indelicado se um garoto que acabou de te conhecer te convidasse para o baile? – perguntou Eduardo mandando uma indireta.

— Bom eu não sei, porque nem um garoto que eu acabei de conhecer me convidou para o baile. – disse Érica entrando na brincadeira.

— Não seja por isso, você aceita ir ao baile comigo? – perguntou Eduardo finalmente, fazendo Vitória sorrir para a amiga.

— E você Vitória aceita ir ao baile comigo? – perguntou Marco antes mesmo que Érica respondesse a pergunta de Eduardo.

As duas se entreolharam confusas, ambas sabiam perfeitamente bem com quem elas realmente queriam ir, mais será que Batista e Kelson também queriam ir com elas? Nessas horas a insegurança fala mais alto, e tanto Eduardo quanto Marco eram garotos legais.

— Nós aceitamos! – pronunciaram as duas ao mesmo tempo.

(...)

 João Vitor estava no jardim da escola comemorando mentalmente Larissa ter aceitado seu convite para o baile, afinal, ela não era patricinha e isso já o encantava, foi quando de repente ele sentiu um corpo se chocar contra o seu, o garoto revirou os olhos ao ver de quem se tratava.

( Coloquem: https://youtu.be/8xg3vE8Ie_E ) 

— Ah Caramba, tinha que ser você né? Desastrada! – reclamou João Vitor para Denise, que apenas fingiu que não havia se magoado.

— Me deixa em paz por favor, você que estava distraído e não olhou por onde andava. – retrucou Denise de uma forma calma.

— Sabe porque eu estava distraído? Porque eu já tenho um par, e você? alguém já te convidou? – perguntou João Vitor curioso.

— Não, ninguém me convidou ainda, e se quiser zoar da minha cara por isso fique á vontade eu não ligo. – respondeu Denise sincera.

— Não vou te zoar por causa disso, afinal, eu nem acho essa história de par tão importante assim. – Falou João Vitor sendo franco.

— Eu também não acho isso importante, e se eu for ao baile sem um par? Ou melhor, e se ninguém me convidar para baile? Que importância isso tem? Não acho que devemos julgar ou zoar de alguém por causa disso. – comentou Denise confiante em suas palavras.

— Você pensa muita coisa né? Se eu não te conhece iria jurar que você realmente não se importa com essa história de baile. – falou João Vitor a encarando. – mais como te conheço sei que no fundo você quer que alguém a convide.

— Quem disse que você me conhece? Você acha que me conhece, afinal, você é aquele tipo de pessoa que sai julgando as pessoas que você nem conhece por completo. – falou Denise em tom de reprovação.

— Eu sei muito bem quem você é Denise Medeiros, você é a garota esquisita que sonha em ser popular. – argumentou João Vitor.

— Você realmente acha que eu sou assim? Está enganado, engraçado né? Nós conhecemos desde que tínhamos 11 anos, sempre estudamos nas mesmas escolas, e mesmo assim você não me conhece nem um pouco, só acha que me conhece. – falou Denise meio triste.

— E você me conhece? Eu acho que não, nossos pais são amantes Denise, por culpa do seu pai meus pais se separaram! – gritou João Vitor de repente tocando no assunto que os dois mais odiavam.

— Ele não é o meu pai, não fala que ele é meu pai! – gritou Denise completamente descontrolada e nervosa.

João Vitor estranhou o comportamento da garota, mais os dois logo foram interrompidos pelo grito de Luan que se aproximava dos amigos com uma expressão de insatisfação no rosto, afinal, o que seu melhor amigo estava fazendo naquele jardim a sós com Denise?

— O que vocês dois estavam fazendo? Te procurei por toda parte João Vitor. – disse Luan ao se aproximar dos dois.

— Estamos brigando como sempre Luan. – respondeu Denise com desdém encarando João Vitor, que se sentiu constrangido.

— Será que a gente pode conversar a sós Nise? – indagou Luan meio envergonhado, a garota sorriu e assentiu com a cabeça.

— Pensei que você estava me procurando Luan. – comentou João Vitor incomodado, mesmo sem entender porque estava se sentindo assim.

— Calma, preciso falar com a Nise primeiro, na verdade, acho que vou direto ao ponto: Você aceita ir ao baile comigo Nise? – perguntou Luan sorrindo e encarando os olhos da garota.

— Claro que aceito. – respondeu Denise entusiasmada e abraçou o amigo, enquanto João Vitor se retirava impaciente.

(...)

Pov Mari

É sério isso? Eu não acreditava no que estava vendo, juro que pensei que ia rolar algo entre João Vitor e Denise, afff! Porque essas garotas sempre tem um amigo chato que atrapalha tudo? Caramba!

— É Mari, até agora nenhuma alma-gêmea foi com seu devido par. – disse Niel frustrado, nós estávamos sentados em uma grama do jardim.

— Eu sei disso Niel, o Jaime resolveu ser DJ da festa justamente para fazer alguma coisa para que as almas-gêmeas dancem juntas. – respondi meio triste, meu love não vai nem dançar.

— Entendo, e você Mari? Eeeer... agente podia ir para o baile juntos você não acha? – perguntou Niel sorrindo para mim.

— Ficou maluco? Se esqueceu que somos irmãos? As pessoas vão achar estranho irmos juntos. – comentei nervosa, eu e ele juntos?

— Oh deixa de bobagem, ninguém vai estranhar, se esqueceu que até o amor épico são dois irmãos? Então, eu nem estou afim de ir para esse baile, só vou ser você for comigo. – declarou Niel, fiquei surpresa com a última frase, será que... não pense nisso Mari.

— Combinado então. – falei dando de ombros e sorrindo para ele que sorriu de volta, sai dali o mais rápido possível.

Caminhei pelos corredores da escola naturalmente, logo pude ouvir o sinal tocar, apressei o passo e logo cheguei em frente a sala, onde dei de cara com o bobão do Edy encarando a paisagem.

— BUUUUUUUM! – gritei alto dando um susto no mesmo, Edy colocou a mão no coração devido ao susto, cai na gargalhada.

— Engraçadinha. – falou Edy meio desanimado, dei um soco em seu braço fazendo o mesmo me encarar irritado.

— Qual é o seu problema? – perguntou ele massageando o ombro que eu tinha batido. – por acaso ficou mais louca que o normal?

— Não seu bocó, apenas não aguento ficar olhando pra essa sua cara de pateta, fala logo, o que você tem? – perguntei curiosa e preocupada. – não que eu me importe contigo. – menti orgulhosa.

— É que eu... eu... eu... nada não esquece, e você? Já tem par para o baile? – perguntou Edy me encarando de uma forma estranha.

— Ah, eu vou com o Niel, sabe como é né? O amor da minha vida vai ser Dj, no caso o Jaime, então vou com o Niel. – respondi naturalmente.

— A Lana me convidou Mari, achei estranho porque todos nós somos irmãos aqui, porém será bom ir com ela. – disse Edy com um falso sorriso.

— Eu não perguntei com quem você vai para o baile pateta, agora sai da frente que eu quero entrar pra sala. – falei rude dando o empurrão naquele imbecil, ele resmungou algumas coisas e eu fingi não ligar.

Sentei na minha carteira e logo o restante dos alunos entraram, Lana passou a aula inteira trocando bilhetinhos com Edy, será que está rolando algo entre eles? Depois eu descubro, não que me importe, mais sempre é bom saber, durante a aula percebi que Amanda estava meio triste.

— Você sabe com quem a Amanda vai para o baile? – perguntou Edy cutucando as minhas costas, me virei e sussurrei.

— Eu não sei se ela já tem par, só posso te garantir que ela não vai com Arthur, devido a tal história do passado. – respondi baixinho.

— Me parece que o Jorge quer convidar ela. – falou Edy me falando sobre o papo dos meninos. – ele vai convidar ela agora.

Me virei para a frente e percebi que Jorge caminhava em direção a Amanda, bom não devo ficar triste, até porque já era de se esperar que ela não iria com o Arthur, um dia vou descobrir qual é esse tal rancor do passado.

— 3..2..1... – falei baixinho junto com Edy, e logo nos dois ouvimos Jorge perguntar a Amanda se ela queria ir ao baile com ele.

Eu, Edy e Niel como sentávamos um atrás do outro começamos gritar juntos mandando Amanda aceitar, logo a turma toda estrou no pique e começaram a gritar, deixando ela vermelha de vergonha.

— Aceita! Aceita! Aceita! – gritávamos todos como se aquele fosse um pedido de casamento muito romântico.

— Eu aceito. – falou Amanda vermelha que nem um pimentão, os alunos aplaudiram comemorando.

Porém, logo a professora estraga prazeres chegou colocando ordem na sala, espero que nesse baile tenha bastante confusão e barraco, afinal, é isso que me interessa, pelo visto eu vou aprontar bastante por lá, puxei uma folha do me caderno e escrevi um bilhete para Edy:

“ Os humanos que nós aguardem pateta!

(Baile Anual) hahahahahahaha! “