Tudo era tão injusto. Elena sempre teria Stefan e Damon aos seus pés, sempre ficando com Stefan e deixando Damon de segundo plano. Ele merecia mais que isso. Merecia alguém que gostasse dele tanto quanto ele gostava dela. Bonnie entendia o que queriam dizer com amor mútuo.

Damon sempre deixava Elena para primeiro plano, mas isso não queria dizer que ele não se envolvia com outras mulheres. Como Bonnie.

Já na primeira vez que se falaram, se beijaram. Bonnie simplesmente se derreteu quando conheceu aquele homem incrivelmente belo que flertou com ela.

Quando descobriu que ele era um vampiro só se sentiu mais atraída ainda a ele. Então ele começou a demonstrar indícios de bondade. Os ajudando quando tinham um problema e salvando a vida de Bonnie diversas vezes.

E ao longo do tempo Damon criou um afeto por Bonnie, a quem sempre se referia com diversos apelidos carinhosos. Era como se sua mente simplesmente começasse a colocar a imagem da ruiva na sua cabeça no lugar da de Elena.

Ele não estava substituindo Elena, ainda a amava, porém com uma menor intensidade. Não, com aquele desejo vivido de estar com ela e tê-la para si. Sentimento que estava se tornando frequente em relação a sua baixinha.

Que se aproximava mais dele a cada dia. Sempre com o seu jeito desinibido e com os olhos castanhos inocentes. Lhe lançando olhares de lado e sorrisos que agora eram compreendidos e retribuídos.

Alguns não compreendiam a conexão dos dois e a vontade de estarem juntos. Seus amigos não precisavam entender o porquê de estarem juntos, nem o que os mantinham unidos. Apenas precisavam entender que eles estavam desse modo por livre e espontânea vontade e que gostavam um do outro. Que todas as suas diferenças os mantinham unidos.

Não que não conseguissem perceber isso. Qualquer um que os visse a um raio de um quilometro conseguiria ver ou sentir o que um transmitia ao outro. A melhor parte de Damon se revelava quando ele estava com ela e apesar de negar até a sua morte, ela era o seu ponto fraco. Ela sempre faria ele amolecer.

Ninguém poderia descrever os sentimentos que um nutria pelo outro, eram complexos demais. Bonnie sempre se sentira atraída pelo sobrenatural e pela morte, Damon escondia a sua alma a através de uma barreira formada por rochas para que ninguém pudesse ver o que ele realmente sentia.

E Bonnie com toda a sua inocência derrubou a barreira que ele criara para si, sempre vendo o melhor do vampiro. Ele já tentara a afastar diversas vezes, sempre se arrependendo por tê-la tratado mal ou feito algo que possa tê-la magoado. Bonnie não só trazia a melhor parte de Damon como ela era o seu melhor.

Quando eles finalmente ficaram juntos, podiam ver Bonnie sorrindo bobamente e apaixonadamente para todos e Damon tentando conter qualquer emoção que poderia demonstrar por estar com a sua ruivinha. Os seus verdadeiros sorrisos e o seu verdadeiro eu era apenas reservado a ela. Ainda não estava pronto para deixar a barreira que separava sua alma do mundo cair. Bonnie era a única que tinha acesso livre a ela, apesar de nem um dos dois terem sequer noção disso.

Bonnie tagarelava por horas com as suas amigas sobre o que ela e Damon faziam e como ele a tratava. Nem Elena nem Meredith duvidavam, Bonnie sempre trazia o melhor das pessoas, com o seu jeito inocente, extrovertido e desinibido. Como uma pequena gatinha.

Damon gostava de comparar a voz da sua pequena a de um rouxinol, um pequeno e belo pássaro.

–Meu pequeno pássaro ruivo.

Era como ele a chamava.