Carpe Diem escrita por Naslir


Capítulo 1
Capítulo 1 - Me vê uma coxinha aí moça!


Notas iniciais do capítulo

Olá e sejam bem-vindos à fanfic que estarei postando por agora :D Como não tinha de ser diferente, a fic pertence à categoria Grand Chase e será escrita de um jeito diferente do que o que vocês estão acostumados a ver na minha conta. Vão achar que eu sou novata aqui nesta categoria BUT OH HELL NO. Eu só estou de volta agora porque tem gente que adora me forçar de vez em quando. Bem, espero que gostem, boa leitura :)



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- Sejam muito bem-vindos à escola PSD!

Aquilo ali, isso, bem ali mesmo, é uma excursão para conhecer a mais nova escola da região. Ela já era renomada e já possuía títulos, sua popularidade estava lá em cima com "A nova metodologia de ensino fará seus filhos conseguirem o primeiro lugar nos vestibulares!". Era o que constava no slogan da grande placa que ficava na esquina próxima ao colégio.

- Aqui, onde só possuímos o colegial, há os melhores professores. Treinados fora do país, eles adquiriram conhecimento inigualável provindo das sociedades Maias! - a mulher loira, supostamente uma das comandantes daquele negocio todo, falava e falava e falava. Ia mostrando o pátio, cantina e algumas salas ainda com cheiro de tinta fresca.

- Com licença moça, mas a sigla PSD é Perca Seu Dinheiro ou é mais uma daquelas palavras em latim complicadas? - desembestou um garoto que estava no meio daquela gente.

- Olha aqui mocinho, o senhorio não está em condições de perguntar tamanha...

- E a senhora parece que não está em condições de ficar em pé. Esse salto nessas perninhas finas de velha, não sei não eim... - o menino levou um tabefe na parte de trás da cabeça de uma garota mais velha que estava do seu lado - Autch!

- Desculpe moça, ele veio de um chiqueiro.

- É o que parece. - falou a loira bufando e arrumando o seu blaizer amarelo que deve ter sido comprado num brechó de quinta categoria - Continuando...

- Você não tinha nada que ter falado lá moleque. - dessa vez quem falou foi a garota, com um tique na sobrancelha e a feição claramente alterada.

- Oshi Elesis, ta chato. Como você quer que eu fique quieto com essa mulher velha falando bos... AI!

- Não é você que vai estudar aqui pirralho!

O pequeno caiu com tudo no chão, rachando o concreto abaixo dele. A outra estralou os dedos e virou as costas.

E esse amor de brutamontes, chamado Elesis, era uma guria de uns 1,65 metros de altura, uns 16 anos, ruiva que nem bunda de neném depois que nasce e cheia de machucados nas pernas desnudas, sem dúvidas fruto de batalhas épicas do passado. Mas a menina não era de se jogar fora

- V-você está bem menino?... - disse um grupinho que estava fazendo a excursão chegando perto da pessoa nocauteada ali no chão.

- Bem como alguém que acaba de fazer sexo! - ele levantou a cabeça sangrando e fez sinal de positivo com o dedão.

- Levanta logo daí ô Elsword.

Elsword era irmão dessa outra ali. Uma versão menor, mas com o mesmo cabelo de fósforo. A diferença era que não tinha peitos.

A excursão durou mais uns 15 minutos, por ai. Acabou com todos na secretaria fazendo a matrícula, tirando dúvidas, assediando algumas estagiárias desavisadas, isso em particular Elsword que acabou tendo a orelha puxada pela irmã mais velha. As aulas começariam no dia seguinte, tendo em vista a "Grande nova educação que trará aos seus filhos um futuro brilhante!".

Por volta das cinco da tarde, Elesis e Elsword voltavam para casa, dando uma pequena parada na sorveteria onde o menino foi punido novamente por suas "travessuras para maiores de idade".

- Eu já não te falei pra parar de ficar levantando saias ô guri?!

- Já, mas é que levantar a sua não tem graça. Porque toda vez que eu tento fazer isso - Elsword levantou a saia da irmã e recebeu um socão na cara. Parou uns dois metros dali - Acontece isso - dava pra ver que seu nariz tinha saído do lugar.

- POR ISSO TO FALANDO PRA PARAR CARALHO! - Elesis disse enquanto batia a porta de casa e trancando-a logo depois. - Pai! Chegamos!

- Ô PAI, A ELESIS TA ME BATENDO DE NOVO! - ele subiu correndo a escada.

- Você às vezes merece isso.

Era o pai de ambos. Um homem grande e desgastado pelo tempo, tempo o qual foi preenchido por prováveis guerras.

- Fez sua matrícula na PSD querida?

- Yep, feita e amanhã já começam as aulas. - a ruiva sentou numa cadeira a inclinando para trás e colocando os pés em cima da mesa.

- Ótimo! - seu pai empurrou seus pés da mesa. - Agora jantar e dormir.

- Aha, a Elesis vai ter de dormir cedo porque estuda num colégio chato! - ria Elsword.

- Ei Elsword, olha pra cá. - ele virou a cabeça. Elesis arrancou o próprio sutiã e o esticou como um estilingue e o lançou direto na cara do irmão - Sutiã mega ataque!

- AI QUE MERDA! SUTIÃ DE PEITO PEQUENO! - e saiu correndo com aquele negocio vermelho.- Fedelho - a menina com "peitos pequenos" ajeitou o cabelo num coque. - Vou fazer uma comida rápida pra vocês.

A cozinha da família não era grande coisa, mas aconchegante o bastante para três pessoas. Elesis fazia uma comida bem básica, sendo a única mulher da casa, e tendo dois preguiçosos, ela que tinha de fazer a maior parte das coisas. Só não era divertido na hora de limpar o banheiro, ela ainda tinha lembranças daquelas revistas.

- Quem sabe um bom banho não me faça relaxar um pouco.

Isso foi dito logo depois do jantar e da limpeza diária, louças e afins.

Ao tirar a roupa seus seios ficaram à mostra. O que o babaca do irmão falou era uma baita mentira. É claro que não eram aquela coisa, tipo os daquelas dançarinas de streep, mas eram fartos. Não enormes, nem pequenininhos... Ah, vocês entenderam.

Ela se deitou na banheira de água quente cheia de espumas e suspirou. Descansou por uns instantes e começou a se lavar, bem naquele exato lugar... E estava bom, ela gostava daquilo e demonstrava, suspirando de leve. Ela era muito sensível na orelha.

- Adoro isso... - tirou a escova dali e ouviu uma risada - Pelas Deusas... - Elesis se levantou e olhou para a pia. Lá estava uma câmera, escondida entre toalhas, muito mal escondida na verdade.

- ELSWORD!

- Ih fudeu!

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O dia amanheceu chuvoso e frio em setembro, era outono, então era de se esperar que o dia estivesse daquele jeito.

Nossa ruiva acordou no horário, se arrumou e desceu para comer alguma coisa, vale dizer que ela foi muito corajosa para acordar com disposição, porque nós todos sabemos o quão difícil é acordar num dia desses. Sei que muito de vocês voltariam para debaixo das cobertas e ligariam o Netflix para terminar de assistir aquela série que está em alta, que não necessariamente é boa.

Além de seu café da manhã, Elesis deixou pronto o do irmão e do pai já que ela sabia que se não o fizesse, os dois não comeriam nada por pura preguiça de preparar a comida por eles mesmos. Então ela preparou um lanche para mais tarde e saiu.

- E aqui vamos nós... - suspirou. Primeiros dias sempre deixam qualquer um meio nervoso e agoniado, ela não estava diferente daquilo. Enquanto caminhava para o metrô, muitas coisas passavam naquela cabeça vermelha. "Será que vão ser diferentes daqueles que já conheço de antigas escolas?"

Daí então se repreendeu mexendo a cabeça por estar entrando num clichê tão absurdo. Ela detesta clichês, acha isso nojento e sem propósito. Bonito foi ela se atrapalhando na hora de passar pelas catracas, a culpa foi dela mesma que fica pensando bobagens.

Outro clichê que ela se pegou participando foi o da menina na janela do metrô olhando para o horizonte.

- Aaaah que merda! - falou relativamente alto e enterrou a cabeça dos joelhos, ficando em uma posição semi-fetal, se é que isso existe. Pelo visto a guria chamou bastante atenção com essa ação inesperada. Levantou o rosto, já um pouco vermelho pela vergonha alheia - O que foi?! - isso foi ela gritando para um grupo que a observava, esse grupo se assustou e viraram a cabeça como quem diz "Não vi nada, sou apenas um idiota que estava olhando para o lugar errado na hora errada".

E finalmente chegou na tal escola. A PSD era relativamente grande, com um pátio na frente e vários pontos de encontro distribuídos pelo resto da escola.

No caminho para sua sala, que ela já tinha visto com antecedência para não ficar rodando pela escola e passar vergonha, via-se a separação de salas: primeiro, segundo e terceiro ano. Ela estava no segundo ano.

- Ei moça, você sabe onde eu posso encontrar um pedaço de coxinha? - foi uma voz masculina que a abordou, com uma mão grande, mas leve no ombro de Elesis a fez virar bruscamente já em modo de ataque, metendo-lhe uma pisadela bem no pé do pobre coitado. Obviamente, ele gritou.

- COXINHA É O QUE VOCÊ VAI VIRAR SE FIZER ISSO DE NOVO.

- Ave credo ruivinha, perdeu o senso de humor ou o quê?! - o rapaz gritou. Ele caiu no chão e segurou o pé, com a cara mais bonita se comparada com bosta seca.

- Porra Ercnard, vai achar o que fazer vai - disse Elesis com uma mão no peito, sentindo o coração acelerado devido ao susto.

- Ercnard meu pau, cê sabe que eu odeio que me chamem pelo primeiro nome.

- Tabom "Sieghart" - disse fazendo sinal de aspas com os dedos - O que diabos você tá fazendo aqui? Achei que não deixavam mendigos entrarem na PSD.

- Poxa priminha, a gente não se vê desde o Natal passado e é assim que você me trata? - o rapaz fez um biquinho, e Elesis o deu um soquinho amigável no braço. - Doeu...

Ercnard Sieghart é um rapaz alto, cabelos negros bagunçados, olhos prateados e beirando a idade dos 19. Era primo de Elesis e não tinha nada a ver com a garota, nem fisicamente nem de personalidade.

- Mas por que se transferiu pra cá logo no terceiro ano?

- Então... - Sieghart levou uma mão para trás da cabeça e era clara a sua cara envergonhada - Eu to no segundo ainda.

Elesis desatou a rir, acabou até por se dobrar

- Bem feito seu vagabundo! - e continuava a rir.

- Ha ha ha, to achando bem graçado também. - revirou os olhos. - Seus tios acharam muito engraçado me transferir pra um colégio mais difícil. - e coçou novamente a parte de trás da cabeça.

- Achei bom, assim te forçam a estudar e virar gente. - Elesis ajeitou sua mochila e olhou para o alto da sala em que estavam.

- Opa, sua sala é essa ai?

- Sala 101... Parece que sim né.

- Então vamos entrar para o nosso primeiro dia de aula, ruivinha! - o moreno sorriu de orelha à orelha e passou um braço em torno da cintura da menina, a empurrando para dentro da sala.

- Eu não mereço isso...

- Qual é, vai ser divertido! - riu-se enquanto a garota reclamava. Entraram na sala.


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Notas finais do capítulo

Muito bem, é isso ai é espero que tenha ficado de um tamanho agradável, capítulos grandes sempre são legais. Pelo menos pra mim eles são :v Valeu ai por lerem, digam o que acharam :D



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