A final de quadribol daquele ano, não era o clássico Sonserina e Grifinória, e sim Lufa-Lufa e Corvinal. No salão principal as mesas dessas duas casas estavam agitadas, mas Lilian Evans não estava preocupada com essa agitação, mas sim com a falta de agitação entre os marotos.

–Onde está James?

Perguntou preocupada.

Os dois, James e Lilian sempre foram como cão e gato. Ela sempre deixou claro que odiava as infantilidades dele, e ele sempre fez questão de fazer infantilidades para chamar atenção dela. No entanto, desde o ano passado (6 ano) ele havia se mostrado mais maduros e os dois, graças em grande parte, a plano dos marotos (Sirius, Remo e Pedro) haviam se tornado amigos.

Sim, só amigos. É certo que eles estavam passando muito tempo juntos, e que quase se beijaram algumas vezes, mas eram só amigos. Nenhum dos dois queria estragar aquilo que estava dando certo.

–Ainda no quarto. Não quis descer.

Respondeu Pedro enquanto colocava duas torradas de uma vez na boca.

O time da Grifinória só precisava vencer por uma diferença de 300 pontos para ir para final, mesmo assim eles haviam perdido e James como capitão e apanhador estava se culpando.

Lilian bufou e seguiu em direção a Torre da Grifinória.

–James, não vai descer?

Pergunta ela entrando no dormitório dos marotos.

–Não estou a fim de vê a felicidade da Corvinal.

Gritou ele sem se da ao trabalho de sair da cama. Abro a cortina da cama dele.

James estava só com uma cueca samba canção. O quadribol havia dado a ele um corpo completamente maravilhoso. Ele cobriu-se com o lençol rapidamente.

–James não pode ficar trancado nesse dormitório pra sempre. E se eles ganharem?

–Se eles ganharam aí que não saio mesmo.

–Então porque não vai lá e torce para a lufa-lufa?

–Eu, James Potter, torcer para a lufa-lufa? Está brincando né?

Sento na cama. James assim como quase todo bruxo puro tinha um enorme preconceito da lufa-lufa, achando-a uma casa de pessoas idiotas.

–Não fale assim o chapéu seletor quase me colocou lá.

Confesso.

–Até parece.

–Ei! É verdade.

–Que bom então que ele voltou à consciência e te colocou na Grifinória.

Lilian lhe deu língua.

–Pode deitar, sei que está louca para fazer isso.

James diz afastando-se dando um lugar pra Lilian. Ela não se faz de rogada e se deita.

–Estava mesmo, amo sua cama. Eu amo a minha, mas cara você conseguiu o melhor colchão de Hogwarts.

Ela diz e James ri.

–Você precisa desce. Não pode ficar preso aqui se culpando.

–Lilian, você não gosta de quadribol por isso não entende. Aquele jogo era minha vida. Eu queria terminar Hogwarts contribuindo em alguma coisa para a historia de Hogwarts. Eu não vou ajudar a Grifinória vencer o campeonato das casas.

–Não mesmo.

–Estou falando sério.

Exclamou James.

–Desculpe.

–Devia mesmo.

Confessou James. Quando ele percebeu o que disse a encarou assustado. Ela percebeu.

–O que quer dizer com isso?

–Nada.

–Nada? Qual é? Começou tem que terminar. Por que eu deveria me desculpar.

Ele tenta se levantar da cama, mas ela o puxa de volta.

–Vamos, diga.

Ele bufou.

–Não pode esquecer que falei isso? Vivo falando besteira.

–Eu poderia esquecer, mas vi o teu olhar, por isso desembucha.

–Certo.

Silêncio.

–James!

–Eu perdi aquele pomo porque te vi com o Milles. Sei que não tem nada a ver, mas quando vi eu meio que travei e o maldito Diggory percebeu isso.

–Miles e eu não temos, e nunca vamos ter nada. Naquele dia ele foi pedir umas dicas para pedir Dorcas para sair.

–Jura?

Perguntou James esperançoso. Ele sabia que os dois eram amigos, mas não podia nao desejar que ela não tivesse nenhum garoto na vida dela.

–Juro.

Ela falou carinhosamente. James olhou naqueles olhos tão verdes que conquistaram o coração dele, e sorriu.

–Se eu soubesse que poderia te fazer perder aquele pomo teria falado com ele em outro momento.

–Tudo bem.

Na verdade James não estava preso dentro do quarto por não ter conseguido o pomo, o que ele não queria era vê Lilian e Miles. O que ele não queria era vê a felicidade daquele idiota por ter a garota mais incrível do castelo.

–Sei que somos amigos, só amigos, mesmo assim não consigo evitar essa sensação ruim quando te vejo conversando com outros garotos.

Confessou.

–Sinto a mesma coisa em relação a sua legião de fãs.

Falou Lilian revirando os olhos. James sorriu, a ruiva ao seu lado sempre tivera ódio das ‘maronetes’ que o perseguiam por todo castelo e o cantavam toda hora.

–Agora eu sei como você se sentia quando eu vivia correndo atrás de você, fazendo aquelas cantadas ridículas.

–Eu gostava das suas cantadas, por mais ridículas que elas eram. No fim dia, eu sempre morria de rir lembrando –me delas.

James a olhou com curiosidade.

–Nunca percebi isso, já que toda vez que eu as fazia você me batia, mas já que gosta vou voltar a fazer.

–Por favor, não.

–Foi você que pediu. “Se você fosse um basilisco eu não me importaria de morrer só para olhar em teus olhos”

–Merlim! O que aconteceu com aquelas “gata, como faz para entrar no seu departamento de mistérios?”.

–Eu amadureci Lilian. “a varinha escolhe o bruxo, mas meu coração escolheu você”

–Qual é James você fazia mais o estilo: “nem exiperliarmus faz minha varinha cair quando estou perto de você” ou “Uau, quando eu disse Accio gata, não achei que funcionaria”, ou melhor, “gata, não sou hipogrifo, mas se quiser te levo na alturas”

Lilian comenta relembrando algumas da cantadas que James usou nela.

–Eu amadureci Lilian, quando vai perceber?

Diz ele um pouco magoado por ela ainda acreditar o quanto ele mudou.

–Eu percebi. Tanto que estou aqui no seu quarto, na sua cama, conversando com você.

Lilian responde ficando de lado e o encarando com um enorme sorriso. James sorriu, e lutou contra seu corpo para não puxá-la para um beijo, mas não faria isso. Tinha demorado muito tempo para que ele conseguisse conquista-la mesmo que fosse como uma amiga.

–Eu amadureci por você.

Confessou o moreno, sem conseguir encarar aqueles olhos verdes.

–Não devia ter feito isso por mim, mas fico feliz mesmo assim. Se eu tivesse que passar mais um ano com o antigo você com toda certeza teria me matado.

–Eu não era tão ruim assim.

Defendeu-se James.

–Claro que não! Só não me deixava em paz um instante.

–Eu só queria poder te chamar de Lily.

–Sabe, isso é engraçado porque agora que simplesmente não importo se você me chamar de Lily, você só me trata por Lilian.

James passou as mãos pelos seus cabelos rebeldes. Coçou a testa nervoso, imaginando se devia contar para a ruiva na sua frente que tinha ouvido uma conversa dela com a Lene na qual ela (Lily) havia confessado gostar da forma como ele (James) pronunciava o nome dela inteiro.

–Acho que me acostumei a te chamar de Lilian.

Mentiu James. Lilian sorriu, agradecendo-se mentalmente pelo costume adquirido pelo amigo.

–Estou com fome.

–Não tomou café?

–Não, vim aqui te chamar.

–Vou colocar uma roupa e vamos.

–James, já passou do horário.

–Lilian, eu posso ter amadurecido, mas ainda sou um maroto.

Diz ele levantando-se da cama. Foi preciso muito esforço de Lilian para não ficar admirando o corpo de James, mas ela conseguiu.

...

O castelo estava vazio, o jogo provavelmente já havia começado, tanto James quanto Lilian, surpreendeu-se, o tempo passava muito rápido quando os dois estavam juntos.

James andou ao lado da Lilian calmamente a guiando pelos corredores até a cozinha do castelo, a caminhada estranhamente foi em silêncio, os dois pareciam nervosos e sem jeito principalmente quando James arrumou coragem e agarrou a mão de Lilian.

Lilian sentiu-se estranha quando com o toque da mão de James, mas sempre que ele tocava em qualquer parte do corpo dela Lilian sentia uma pequena corrente elétrica atravessando no local.

Na cozinha os elfos os trataram como se fossem reis, quando Lilian soltou a mão de James para agarrar duas torradas que um dos elfos a ofereceram James assustou-se, ele queria as mãos dela para sempre, a sensação de entrelaçar os dedos nos dela era maravilhosa.

Lilian o olhou com um sorriso enorme, enquanto passava geleia nas torradas.

–Você quer assistir o jogo?

Perguntou ela. James não percebeu, mas fez um careta arrancando mais risos da ruiva.

–Que tal uma partida de xadrez bruxo?

Desafiou James. Lilian não conseguia ganhar dele.

...

–Xeque- mate!

Gritou Lilian de felicidade.

–Haha, você perdeu James. Perdeu.

James fez cara feia. Ela deve ter dado alguma poção para ele, não era possível que isso tivesse acontecendo. Ele nunca perdia, nunca.

Lilian estava feliz, finalmente tinha ganhado de James. Levantou e começou a fazer sua dança da vitória.

–O que é isso?

James perguntou gargalhando.

–Minha dança da vitória.

Respondeu Lilian como se fosse óbvio.

–Merlim se eu soubesse que você faria tinha deixado ganhar antes.

–Deixado ganhar? Como se você fosse capaz de um ato desses.

James queria responder alguma coisa, mas a dança de Lilian ainda estava na cabeça dele.

–Não ria da minha dança da vitória.

Lilian falou em um tom bravo, mas o sorriso no rosto desmentia seu tom.

–Quando eu precisar fazer um patrono essa com toda certeza vai ser a minha lembrança.

James comentou ainda rindo. Lilian sentou-se ao lado dele rindo também.

–Você é um idiota, James.

James encarou os olhos de Lilian e quase, quase, respondeu: “Seu idiota”, mas não disse nada, só a respondeu com um sorriso.

–Mais uma partida?

Perguntou James.

–Sim, mas vamos deixar mais interessante.

–Qual sua ideia?

–Uma aposta, que tal?

–Tudo bem. 10 galeões?

–Não, se eu ganhar quero morder sua bochecha.

–Morder minha bochecha?

James perguntou curioso.

–Sim. Algum problema?

Sim. A bochecha fica perto da boca, e provavelmente eu não irei conseguir me controlar.

–Nenhum, mas porque a bochecha? Tenho outras partes mais mordíveis.

Disse James com um riso, fingindo não se importar.

–Porque sim.

Respondeu Lilian. Sem querer admitir que na noite anterior tinha sonhado morder a bochecha dele.

–Se eu ganhar o que ganho?

–A decisão é sua, James.

–E se eu quiser um encontro?

James fechou os olhos ele não acreditava que tinha tido coragem de perguntar isso.

–Quer que eu arme um encontro com você? Qual das meninas você que eu convide.

Perguntou Lilian tentando não deixar transparecer o ciúme que sentia.

–Não quero que me arranje um encontro, quero um encontro com você.

O coração de Lilian bateu forte aliviado.

–Eu sempre cumpro minhas apostas, Potter.

Ela concorda evitando sorrir.

...

James e Lilian olhavam para o tabuleiro. Os dois tinham duas peças, as mesmas peças. A rainha e um peão.

–Acho que isso é um empate.

James determina.

–Acho que sim.

Lilian concorda.

–Acho que devemos jogar mais uma. Para saber quem vence a aposta.

–Empate quer dizer que os dois ganham, dessa forma tanto eu posso morder tua bochecha, quanto você vai me levar para um encontro.

Lilian argumentou.

–Ótimo. Vamos para o encontro.

–Mas a visita para Hogsmeade é só próxima semana.

James sorriu.

–Eu sou um maroto. Vou a Hogsmeade quando quiser.

Falou ele com orgulho.

–Tenho uma reputação a zelar, James.

–Eu também tinha, mas você estragou me transformando nesse garoto sério.

Lilian gargalhou.

–Lilian você me deu um pouco de seriedade, me deixe devolver o favor.

–Vai devolver o favor me transformando em uma marota?

–Sim.

...

–Uau. Então é assim um encontro com James Potter.

James a tinha levado para estação de trem, e a deixou lá sozinha. Quando voltou estava com uma cesta de comida, e um pano.

–Na verdade eu queria te levar para passear em todas as lojas, mas não podemos correr o risco de sermos pegos. Você tem uma reputação a zelar. E só vem gente nessa estação no inicio do ano letivo, e nas férias.

–Você conhece tudo por aqui, não é mesmo?

–Eu e os marotos já andamos por todo canto.

Confessou ele com um sorriso.

–As garotas comentam.

Diz ela com ciúmes, lembrando-se das conversas das garotas sobre como James era gato, uma delicia, como ele beijava bem...

–Não foi assim que conhecemos canto, foi fazendo marotagens mesmo. Você pode não ter percebido, mas nós gostamos de bagunça. Além disso, as garotas podem até comentar, mas também aumentam e muito.

–Elas aumentam?

Perguntou Lilian sem acreditar. James só acenou com a cabeça.

–Em que elas aumentaram, por exemplo.

Lilian perguntou enquanto tentava parecer desinteressada.

–Eu não fiz metade do que elas falaram. Nem peguei metade das que dizem que peguei. De verdade. Sei que não nenhum santo, mas já ouvi varias garotas anunciando que ficou comigo, mas isso nunca aconteceu. Ao que parece ficar comigo aumenta a popularidade e elas inventam para serem ‘vistas’.

James explicou omitindo a parte que não dormiu com nenhuma delas.

–E porque nunca desmentiu ninguém?

–Porque isso é triste. Elas pensam que precisam ‘ficar’ com um garoto para serem vistas, quando na verdade só precisam ser elas mesmas. Eu só não queria estragar o sonho de ninguém. Além do mais, tanto eu quanto ela sabemos que nada aconteceu.

–É incrível como você sempre consegue me surpreender.

Lilian declarou. James riu triste.

–É fácil surpreender você, Lilian, pois sempre pensa o pior de mim.

–Isso não é verdade.

Defendeu-se Lilian colocando as mãos sobre as do James.

–Não precisa mentir para que eu não me sinta mal...

–James, deixa de bancar o estupido, não combina com você. É verdade que por muito tempo eu sempre esperei o pior de você, mas isso mudou desde o momento em que nos conhecemos de verdade. Então não me venha com esse papo. Se eu digo que tu tens a capacidade de me surpreender não significa que te tenho lá embaixo. Quer dizer que quando penso que conheço todos os lados, você me mostra outro. Acho que poderia passar a vida inteira ao seu lado e mesmo assim não teria a capacidade de conhecer todos os seus lados.

Lilian respondeu encarando os olhos castanhos esverdeados de James. Se um dia ela tivesse um filho queria que ele nascesse com aqueles olhos. Todos amavam os olhos verdes dela, mas no fundo, ela sempre preferiu os olhos de James Potter, mesmo eles estando escondidos atrás dos óculos.

–Digo o mesmo sobre você. Quando penso que te conheço você faz aquela dança ridícula.

James comenta descontraindo.

–Ei! Meu pai sempre dizia que uma pessoa feliz de verdade sempre deve ter uma dança para as vitórias.

–Não estou reclamando, na verdade adorei, sempre vou lembrar-me daquele momento. Sempre.

–Até parece aposto que quando você tiver velho não vai nem lembrar o nome da sua esposa, imagine minha dança.

–Eu posso até esquecer o nome da minha esposa, mas aí a chamo de querida, mesmo assim nunca vou esquecer sua dancinha. Já disse ela vai ser o pensamento que terei em mente quando fizer um patrono.

James sorriu. Na verdade o que ele queria realmente responder era que sempre lembraria o nome dela, assim como sempre se lembraria da dança.

–Você é um idiota.

Lilian exclamou tentando controlar seu coração que batia em um ritmo acelerado.

–Acho que devíamos voltar ao castelo. O jogo já deve ter acabado.

James comentou. Ele estava nervoso.

–Para que tanta pressa? Seus encontros sempre terminam assim ou eu que sou chata?

–Lilian Evans, chata, é uma coisa que você não é.

–Não é o que parece.

–Eu não quis... Droga! Sou um babaca. Eu não quero ir, achei que você queria ir.

–Porque eu iria querer ir se ainda não cumpriu com sua aposta?

–Acho que já estou pagando minha aposta.

James comentou como se fosse obvio.

–Não, vim a esse encontro é minha parte da aposta. A sua é trazer sua bochecha para mais perto da minha boca.

Lilian corou assim que percebeu o que tinha falado. Não tinha saído assim na sua cabeça.

–Ah, é verdade.

James lembrou-se. Lilian puxou suas mãos que estavam em cima da de James há tempos. Os dois haviam se esquecido delas ali, de tão natural que parecia elas estarem juntas.

Com as mãos livros puxou carinhosamente o rosto de James em direção a sua boca. Fechou os olhos e mordeu a bochecha do maroto, da mesma forma como acontecera no sonho que tivera na noite anterior.

A respiração de James estava pesada, ele não acreditava no que estava acontecendo. Quando ela o largou, a testa dela encostou-se ao seu ouvido e ele percebeu que a respiração dela também estava pesada.

James tentou se aguentar, tentou se segurar, e uma vez na vida controlar seu corpo, mas ela estava muito perto, ele não conseguiu e antes que se desse conta virou-se ficando cara a cara com Lilian e a puxando para um beijo.

Lilian nunca imaginou que o beijo de James fosse tão gostoso. Assim, como nunca imaginou o quanto seu corpo parecia desejar beija-lo. O beijo era quente, forte, maravilhosa.

Quando os dois separam-se ficaram algum tempo em silêncio recuperando o fôlego. Lilian estava com as pernas bambas e sentia-se molhada. Merlim! Um beijo dele e, ela já estava se sentindo com as pernas bambas.

James estava maravilhado. Não importa o quanto um sonho seja maravilhoso a realidade é sempre melhor. Durante sete anos ele imaginou como seria beijar Lilian Evans, e Merlim, era uma delicia.

–Lilian. Desculpa. Eu não consegui...

James tentou se desculpa por ter beijado ela, mas Lilian o calou com um beijo. Não foi bem um beijo foi mais um selinho acompanhado de um puxão no lábio inferior. James entendeu o recado e sorriu apaixonadamente para a ruiva de olhos verdes na sua frente. E, os dois beijaram-se novamente.

...

Já era noite. James estava deitado no chão. Lilian estava deitada com a cabeça no abdômen do moreno.

–Não que eu esteja reclamando, mas o que é isso?

James perguntou. Lilian sorriu.

–Está parecendo uma garota, Potter. Beijamo-nos há uns cinco minutos, e já quer ter A conversa.

–Cinco minutos? Foi a tarde toda. Meus lábios ainda estão inchados.

James comentou um pouco magoado. Lilian deitou-se de bruços ao lado de James.

–Não seja convencido James.

–Não estou sendo, se eu fosse convencido teria dito que Lilian Evans passou a tarde inteira aproveitando cada pedacinho meu.

–Idiota.

Disse ela revirando os olhos.

–Mas o que é isso? Vamos continuar amigos e fingimos que essa tarde nunca aconteceu ou começamos a ter algo sério?

–Porque não podemos continuar sendo amigos, lembrar-se dessa tarde e ter algo sério?

James deu um selinho em Lilian.

–Quer saber não quero algo sério com você. Na verdade, não quero ter algo com você. Eu quero namorar contigo Lilian. Sou apaixonado por você. Sempre fui. E, sempre serei.

Lilian gargalhou. James a olhou sem entender. Ele havia se declarado e ela estava rindo?

–Pensei que não gostava mais de mim. Achei que estava gostando de mim, apenas como uma amiga. Tinha desistido de você...

–Porque você achou isso? Quando você me quis?

Como assim ela desistiu dele? James perguntou-se.

–Sei lá, em algum momento eu simplesmente me vi apaixonada por você, mas não sabia se ainda olhava para mim como uma mulher e não só como uma amiga, então as meninas falaram para eu fazer coisas que nenhum homem resistiria, e, você resistiu.

–Que situações?

James perguntou sentindo-se um idiota. Como assim Lilian estava tentando conquista-lo e ele não havia percebido?

–Bom – ela estava corada- lembra-se quando adoeci a mais ou menos um mês e você foi ao meu quarto e me encontrou na cama só de calcinha e sutiã?

James lembrava-se bem, enquanto conversava com ela tinha em mente a visão da sua vó fazendo o numero dois para não perder a compostura e tentar agarra-la. Finalmente quando voltou para o seu dormitório passou quatro horas dentro do banheiro tomando um banho de água bem gelada e ‘aliviando-se’.

–Aquilo era uma tentativa de... Sabe por quantos dias acordei ‘daquele jeito’ por ter sonhado com você daquele jeito? Tem ideia do que tive que pensar para não... Merlim, Lilian.

Lilian sorriu.

–Sabe o quanto fiquei triste por não ter me agarrado? Foi nesse dia que desisti... foi quando percebi que não me queria como mais que sua amiga.

–Eu não queria era estragar nossa amizade. Demorei sete anos pra conseguir ter uma conversa civilizado contigo, tive medo de colocar tudo a perder.

–James eu estava com uma calcinha rendada preta, e um sutiã rendado preto. Se a calcinha da garota e o sutiã dela combinam você foi escolhido.

Explicou ela.

–Primeiro: Eu me lembro da sua roupa. Acredite não consigo esquecer. Segundo: Como é que eu vou saber o que significa esses detalhes?

–Nenhuma das suas ‘maronetes’ te ensinaram?

Lilian falou a contragosto.

–E porque elas me ensinariam essas coisas se tenho você.

–Você pode ser um babaca James, mas com toda certeza tem lábia.

Lilian comentou rindo.

–Além de tentar só de roupas intimas o que mais fez para me conquistar?

James perguntou curioso.

–Comece a ir com mais frequência ao seu quarto, deita na sua cama. Jogar charme, ficar sozinha com você...

–Sou muito idiota... Espera! Mas você ainda faz todas essas coisas. Não tinha desistido?

–Tinha, mas gosto de ficar sozinha com você, percebi que quanto menos pessoas, ao seu redor, menos idiota você se torna. Acho que fosse tem algum tipo de complexo que te faz querer se aparecer. E, a sua cama é extremamente maravilhosa.

James rir e a beija.

–Ainda não acredito que você me queria todo esse tempo. E, que eu consegui resistir a você.

–Você não deveria, mas conseguiu.

Lilian comentou rindo.

–Juro que nunca mais vou resistir aos seus encantos Lilian Evans.

James prometeu beijando Lilian. Não demorou muito para que ele estivesse em cima dela.

–Acho que me enganei. Não será sua dança meu pensamento para o patrono. Vai ser esse momento. Nunca me senti tão feliz quanto hoje.

James declarou. Lilian o encarou surpresa.

–Sabe por que não realizei o patrono na aula de Defesa Contra Artes das Trevas?

Lilian perguntou. Todos haviam ficado surpresos porque ela havia se recusado, e , inclusive perdido 30 pontos para a Grifinória por ter se recusado a realizar o patrono.

–Não.

Lilian empurrou James para o lado com cuidado, e pegou sua varinha.

–Expecto Patrono!

E uma corça prateada ‘saiu’ da varinha de Lilian. James olhou a corça até que ela sumisse. Depois, seu olhar recaiu sobre a ruiva.

–Você não realizou o patrono porque eu realizei antes de você e, o meu era um cervo...

–Eu amo você, James. Eu estava treinando para fazer um patrono corpóreo antes da última aula antes do feriado de fim de ano, mas eu não estava conseguido. Tentei pensar nos meus pais, nos meus melhores momentos com as garotas... Não dava certo, então, do nada, pensei em uma das suas cantadas, e eu consegui. Quando vi aquele cervo pela sala, eu percebi que estava completamente apaixonada por você. Passei o feriado todo pensando nisso, mandei uma carta para as garotas pedindo ajuda, e elas me falaram para realizar um plano para vê se você ainda gostava de mim.

–Eu amo você Lilian, mas do que achei que seria possível amar uma pessoa.

James declarou a puxando para mais um beijo. Ele nunca se cansaria daqueles lábios.