I miss... A lot of things. escrita por Limiar da Lâmina


Capítulo 1
Agora o jogo é outro.


Notas iniciais do capítulo

Leia ouvindo : https://www.youtube.com/watch?v=RB-RcX5DS5A

BOA LEITURA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/665544/chapter/1

“Mais uma manhã, outra simples manhã”. O mesmo Sol, a mesma Lua, as mesmas estrelas, o mesmo céu. Obviamente intercalando as nuvens e suas cores, mas não deixa de ser o mesmo. As estradas da floresta parecem sempre ser as mesmas também, mas quem sabe se eu não estou dando as voltas várias e várias vezes?

A brisa então, nunca mudou! Mas... Tem algo que não é a mesma coisa. O sentimento, e o principal: A companhia.

“Venha logo, Wirt.” – Dizia a voz doce e mandona, sempre me dando ordens. Era a passarinha azul cujo sempre me guiou pelos fins da floresta.

“Ah Beatrice... Não dá.” – Sentei ao lado de uma arvore, onde apoiei meu corpo mole e desanimado. Senti um peso adicional no meu ombro e quando pude perceber era a mesma. Eu não estava bem, nada bem, e Beatrice sabia o porquê. Então apenas adormeceu no meu ombro direito. É estranho sentir falta de uma perturbação, de um retardamento, de uma pedrinha no sapato, ou melhor, dizendo, sentir falta de um pirralhinho. Por que sentir falta? É porque eu nunca mais senti isso. É se sentir... Incompleto? Sinto falta do que eu era antes. Sinto falta das brincadeiras, das piadas bobas, da sua infantilidade para responder ou perguntar algo. Da minha raiva passageira, das brigas em que ele nunca entendia e via tudo pelo lado positivo. Não só sentir falta do meu irmão, mas sentir falta do que eu era quando estava com ele.

Às vezes penso que eu nunca servi, e que eu não era o que ele precisava. Sinto-me preso, mas eu era o único refúgio, o único abrigo, a única escolha. Mas agora, o jogo é diferente. É como se as florestas fossem o meu único abrigo. Um abrigo sem saída, que me mantinha trancado e não permitia minha fuga.

Ah... Tudo é monótono por aqui. Parece até um paraíso contrariado para almas perdidas como eu. E almas perdidas como eu, são livres”. Não demorou muito para Wirt cair em um sono, tentando inúmeras vezes fugir do que ele na verdade, chamava de pesadelo sem fim.

***

No hospital, Greg se encontrava sentado com seu companheiro de sangue frio em frente a uma maca, que segurava um corpo fragilizado de um adolescente com cabelos castanhos e ao seu lado um chapéu vermelho incrivelmente pontudo.

E era isso o restante dos dias e das noites. É incrível a inocência de uma criança, mas é triste ela pensar que ainda havia esperanças. Triste não... Era engraçado.

Wirt, quando você vai acordar?” – O menor cutucava o corpo adormecido, sem reações e sem resposta – “ Tudo bem, eu posso esperar mais alguns dias.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I miss... A lot of things." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.