Darkness Brought Me You escrita por moni


Capítulo 59
Bônus 5


Notas iniciais do capítulo

Oiiieeeeeee
Espero que gostem. Quarta-feira tem mais uma parte. Obrigada.



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   Pov – Jesus

   ―Como vai ser agora? – Daryl dá de ombros. – Você gosta dela. Eu vi.

   ―Quer calar a boca? Elas estão lá nos fundos.

   ―Não dá para ouvir. Foram almoçar tipo família, você fica olhando para ela todo tímido. É romântico.

   ―Jesus vá para o inferno! – Daryl é divertido, ele esconde tantos os sentimentos que ficam a mostra mesmo que ele não perceba. Só mesmo um cego para não ver que ele está doido pela tia da menina. Acho que no fundo sempre foi.

   ―Não sou bem-vindo no inferno. – Brinco e ele evita rir. – Problemas de família.

   ―Você é ridículo. Definitivamente. O que está fazendo aqui? Não tem que dar aulas de arte ninja, sei lá.

   ―Tenho. Vou fazer isso. Depois. Agora vim aqui te fazer companhia. Você precisa desabafar.

   ―Não preciso Jesus. – Daryl resmunga apertando algum parafuso com tanta raiva que aquilo nunca mais vai soltar. – Você não tem uma vida e se diverte incomodando a vida dos outros.

   Uma caminhonete estaciona na entrada da oficina. Uma garota loira salta dela, olhos azuis, rosto de anjo. Tão linda que parece um desenho de princesa. Daryl engue os olhos do que está fazendo. Fica de pé e limpa as mãos.

   ―Oi. – Ela diz a ele depois de sorrir e me deixar tonto. – Meu pai me pediu para trazer a caminhonete.

   ―Eu sei. Tinha combinado com ele. – A moça me olha um momento, depois acompanha Daryl até a caminhonete. Ele levanta o capô e olha para dentro interessado. ―Como o Hershel está?

   ―Bem. Forte como um touro. Feliz com o casamento da Maggie. Sabe que ela vai ter um bebê?

   ―Ele me disse. – Odeio ser ignorado. Os dois são bons nisso.

   ―Acha que demora? – Ela questiona. Daryl continua a mexer no motor.

   ―Vai lá Beth. Dá a partida. Vamos ver que barulho é esse que seu pai reclamou. – Ela obedece. Passa por mim e finalmente parece me ver. Sorrio, não recebo nada de volta.

   ―A garotinha não devia brincar com isso. Precisa ter idade e habilitação. Quer que eu dê a partida Daryl?

   ―Não tem nenhuma garotinha aqui. – Ela ergue os olhos e me enfrenta de modo altivo, me faz sorrir. Daryl ri se divertindo com o fora que acabo de tomar. Os dois ficam ali discutindo sobre o carro e aproveito que não tenho nada para fazer para cruzar os braços e assistir.

   Hannah surge vinda dos fundos e se senta num banco com Brook. As duas como eu assistindo.

   ―Vou ter que mandar vir a peça Beth, não fica pronto hoje. Se a peça chegar amanhã pela manhã pode vir pegar a noite.

   ―Sério. – Beth suspira.

   ―Está sozinha? – Daryl pergunta.

   ―Estou. Meu pai achou que ficava pronto hoje e eu voltava com ele.

   ―Dá um tempo pela cidade. Quando fechar eu te deixo na fazenda. – Daryl oferece. Hannah reage mesmo sem querer, flagro seu olhar levemente incomodado. Acho que meu amigo está se metendo em encrenca sem nem saber. Posso salva-lo como bom amigo, sem interesse.

   ―Acho que vou aceitar, vai me atrasar a vida, mas não tenho intensão de andar até a fazenda.

   ―Estou livre agora. Podemos ir de moto. – Ofereço, não é bem verdade, seja lá onde for a fazenda vou acabar atrasando para a próxima aula, mas sempre posso dizer que estamos exercitando paciência ou qualquer coisa sobre a arte do respeito ao mestre.

   Beth me olha um momento pensativa. Tem um ar superior que me diverte. Ela me impressiona e gosto disso.

   ―Levar crianças na moto não é proibido? – Ela devolve a provocação.

   ―Tenho capacete baby, e pode me envolver a cintura e segurar firme. Prometo não correr. – Ela faz careta.

   ―Agradeço a oferta. Prefiro esperar o Daryl fechar a loja.

   Ela me olha nos olhos esperando ver algum desapontamento, o que encontra é meu sorriso largo. Aponto de modo sutil Hannah e Brook, uso apenas os olhos, mas Beth é perspicaz e acompanha meu olhar.

   ―O carro vai ficar apertado, Daryl não está mais sozinho. – Ela compreende, olha para mim se sentindo vencida. Se não aceitar minha oferta vai parecer disposta a se colocar entre Daryl e Hannah e não é isso que quer e muito menos o que quer que pareça. – Vamos?

   ―Está certo. – Ela responde resignada. Daryl me olha num meio sorriso sabendo que apelei, o ingrato ainda vai ver que fiz um favor, ele quer Hannah e nem sabe lidar com isso, imagine se conseguiria lidar com ciúme e insegurança.

   Entrego um capacete a ela e subo na moto, ela coloca o capacete e se acomoda na minha garupa. Segura minha cintura sem muito ânimo. Acelero e parto antes que mude de ideia. Dirijo até os limites da cidade.

   Quando chegamos a estrada eu diminuo a velocidade, não tenho a menor ideia de onde ela quer ir.

   ―Fazenda dos Greene. – Ela me avisa como se isso fosse o bastante, continuo sem saber o que significa. – Pegue a direita. – Ela diz por fim.

   Vinte minutos de estrada e só então ela me aponta uma pequena entrada, seguimos mais uns quilômetros e então vejo a placa anunciando a fazenda Greene. Paro na porteira e ela desce.

   ―Aqui está ótimo. Obrigada.

   ―O que? – Digo sorrindo. – Guio todo esse tempo e não me oferece um mísero café? Nem vai me mostrar sua propriedade?

   ―Você forçou essa carona.

   ―Eu? Forcei você a aceitar um favor? Muito bom! Parabéns. Sua imaginação é fértil.

   ―O que? Olha eu percebi que aceitar a carona do Daryl não era boa ideia. Vi a moça e me lembrei do meu pai falando qualquer coisa que soube por aí da nova família dele. Usou isso para não me deixar escolha.

   ―Baby isso foi sua mente tentando achar uma boa desculpa para aceitar meu convite.

   ―Beth. Beth Greene. Não me chame de Baby, não sou uma garotinha. – Ela fica linda irritada, provoca qualquer coisa em mim que há muito não sentia. Sorrio e meu sorriso a desconserta. Estendo a mão.

   ―Paul, mas pode me chamar de Jesus, é como todo mundo me chama.

   ―Obrigada pela carona Paul, desculpe o transtorno e tenha um bom dia. – Ela solta minha mão presa a sua.

   ―Quanta pressa Baby. – Ela suspira.

   ―Beth.

   ―Gosto mais de Baby, eu sei que não é uma criança, foi apenas uma brincadeira que não caiu bem, por que tem esse lindo rosto de anjo, doce e inocente, já vi que não tem nem uma coisa e nem outra.

   ―Eu tenho que ir. Realmente obrigada. – Ela tenta me dar as costas, acontece que não quero me despedir ainda e seguro seu braço, ela se volta.

   ―Te pego as quatro amanhã. Você passa na oficina, pega seu carro e depois janta comigo. Até amanhã. – Beijo seu rosto e dou as costas a ela que fica imóvel e em silencio. Não gritou xingou ou negou, acho que temos um encontro. Pisco quando subo na moto e coloco o capacete. – Dorme bem Baby.

   Acelero para longe e até fazer a curva e desaparecer ela se mantem parada eu posso ver pelo retrovisor. A garota é linda e mexe comigo de um jeito que simplesmente não dá para resistir e ignorar.

   Quando chego de volta na oficina Daryl mostrava qualquer coisa numa moto para Hannah.

   ―Fala tudo que sabe dela. – Digo diante deles e Daryl franze a testa.

   ―O que?

   ―Ela é a coisinha mais linda que já vi. Quem é ela?

   ―Não sei nada demais, só que é filha de Hershel Greene. Que mora na fazenda e é boa moça, a irmã vai casar e sei lá, só isso, todo mundo gosta do pai dela. É um bom homem.

   ―O carro tem que ficar pronto até o fim da tarde e não liga para avisar. Eu vou busca-la na fazenda e jantar com ela depois. O que acha?

   ―Que dois alunos seus já estiveram aqui a sua procura. Está atrasado. É isso que acho.

   ―Eu sei. Hannah não quer subir com a Brook para conhecer? Posso ensinar sua garotinha alguns golpes, de graça. Tenho uma classe Junior.

   ―Cinco minutos. Já estou fechando. – Daryl avisa e sinto que está com ciúme. Já ela só está mesmo assustada e Brook também parece com medo.

   ―Vamos lá. Vão gostar. Cinco minutos é tempo o bastante para darem uma olhadinha. Seria bom para Brook. É um bom exercício e ajuda a socializar com outras crianças. Tenho duas garotinhas.

   Brook sussurra no ouvido da tia que balança a cabeça concordando.

   ―Daryl eu não demoro. Só enquanto fecha a loja. – Hannah promete e ele afirma.

   ―Já devolvo suas garotas. E se falar com o pai da Beth fala bem de mim.

   ―Quer que minta por você? – Daryl pergunta e ignoro.

   As duas olham tudo muito silenciosas, meus alunos ainda a minha espera. Mando que corram para se aquecer enquanto mostro as salas e as duas me acompanham.

   ―Quando quiser vir será um prazer Brook. – Digo me abaixando para olhar para o par de olhos azuis assustados. Ela balança a cabeça concordando. Beijo seu rosto. – ótimo.

   ―Obrigada Jesus. Talvez ela venha. Pode ser bom. – Hannah diz olhando para o chão. – Melhor a gente ir.

   ―Daryl é um bom homem. Sozinho demais, é bom estarem com ele agora, ele precisa que cuidem dele. Hannah me olha um longo momento, talvez quisesse fazer alguma pergunta, mas escuta o motor da caminhonete e apenas balança a cabeça descendo com Brook.

   Assim que fico sozinho o rosto de Beth me invade a mente. Que garota incrível. Vai ser bom vê-la de novo. Será que ela vai me encontrar? A ideia me faz sorrir.

   ―Já aquecemos Jesus. – Um dos meus alunos avisa e resignado eu sigo para a aula.

   Pov – Hannah

   Daryl dirige direto para casa, Brook e eu sentados ao lado em silencio. Fico pensando se Beth é algo dele, no começo achei que sim, mas depois ela pareceu estar flertando com Jesus e Daryl não pareceu bravo ou com ciúme.

   Isso não é da minha conta. Eu nem devia pensar a respeito, criar pensamentos desse tipo só vão me machucar. Ele estaciona, Brook desce correndo abraçada a Lyn, está cansada, com fome e precisando de um banho, não acho que vou algum dia ser capaz de tirar as manchas de graxa de suas roupas, mas ela se divertiu.

   ―Agora você vai tomar um banho e eu vou preparar algo para comermos. – Olho para Daryl. – Tudo bem?

   ―Está em casa Hannah. – Ele diz com os olhos fixos em mim. Meu coração salta, não sei mais como controlar isso, não estava nos meus planos sentir mais que gratidão.

   Depois de tudo que vivi quando achei que nenhum homem podia mais me interessar de nenhum modo eu fico me sentindo desse modo, não sei bem se ele percebe, ás vezes parece que sim, que Daryl percebe meus sentimentos e por isso ficamos nesse clima cheio de tensão. Outras acho que não, que ele não se dá conta do que me provoca.

   Não importa, seja como for ele não é para mim. Daryl não é mais o mesmo. Agora tem uma vida boa, amigos, dinheiro, teto e sou só um problema que ele arrumou. Um tipo de peso que vem junto com sua necessidade de cuidar da sobrinha.

   Quando me lembro do modo como eu o tratava, das coisas que pensava dele e não fazia o menor esforço de esconder me admira que ele se quer fale comigo. Daryl Dixon devia me odiar.

    Cozinho legumes, tempero verduras e preparo alguns hambúrgueres, depois apronto a mesa e logo o cheiro os convida. Daryl entra logo depois de Brook e os dois se acomodam.

   ―Está quase pronto. Vou tomar um banho e sirvo em seguida. Pode ser? – Eles afirmam. – Brook você fica com seu tio? – Os olhos dela seguem para ele. Pelo menos ela já sabe que ele é seu tio apesar de não chama-lo assim. É apenas Daryl. Acho que ele gostaria de ouvir. Ela afirma e deixo a cozinha apressada.

   Quando os encontro estão conversando sobre carros, ela quer saber como os carros quebram e por que ele sabe consertar. Fico escutando a conversa enquanto sirvo a comida.

   ―Brooklyn gosta de carros. – Daryl me avisa. – Mas prefere motos. Como Merle.

   ―Vou ter uma quando crescer.

   ―Apenas se eu não puder evitar. – Aviso e ela faz bico. Depois começa a comer. – Amanhã vai para a escola. O que acha?

   ―E depois da escola. Onde que eu vou?

   ―Onde quer ir? – Pergunto sem saber bem onde ela quer chegar.

   ―Aqui. Com ele. Que cuida da gente e não entra ninguém ruim aqui. Viu que ele tem uma arma de caçador? – Ela aponta a besta que pode ver do seu lugar à mesa. Está encostada numa parede na sala.

   ―É para cá que vai voltar Brooklyn.

   ―Para sempre? – Ela pergunta a ele. Daryl toca seus cabelos, logo se afasta.

   ―Espero que sim. – Ele responde para minha surpresa. Não que eu ache que estou incluída nos planos, mas mesmo ela me parece surpresa que ele queira que fique.

   Voltamos a ficar em silencio, depois do jantar Brook está com sono, ela sempre dormiu cedo e não tem sido fácil esses dias, essa noite dormiu na sala, no sofá junto comigo. Daryl numa poltrona.

   ―Vou lavar a louça e colocar você na cama. – Aviso a Brook.

   ―Pode ir eu lavo. Cozinhou então eu lavo. – Fico surpresa. Pensava nele como um machista que acha que mulheres tem obrigações domésticas e me repreendo por pensar assim.

   ―Obrigada.

   Brook não demora a pegar no sono, depois que dorme eu penso em me deitar, mas sinto medo, medo de dormir e ter pesadelos, de gritar e assusta-la, de reviver mesmo que em sonho aqueles momentos dolorosos, de todos os modos.

   Deixo o quarto, a casa está silenciosa, vejo pela vidraça que Daryl está na varanda e sigo até ele. Quero ficar perto dele, quero que ele goste de mim. Que cuide de mim. Não consigo evitar sentir essas coisas.

   Ele não se move para me olhar. Atira o cigarro para longe e continua entretido olhando a noite.

   ―Acha que ela vai ficar bem na escola?

   ―Brook é corajosa, muito mais que eu, ela se refaz rápido. Foi assim quando perdemos Charlie.

   ―É diferente. Ela tinha você. A mãe verdadeira dela.

   ―Não quero tomar o lugar de Charlotte.

   ―O lugar de tia? É isso, só uma tia. Mesmo a Charlie sabia disso, ela me disse que ficaria com ela por sua causa, te agradeci mentalmente por ser tão forte, Brook só existe por sua causa.

   ―Não tenho como negar isso. Ela não queria... Passou. Ela está aqui conosco.

   ―Está. Desculpe Hannah. – Olho para ele surpresa. Balanço a cabeça em negação. Não sei o que ele acha que tem que se desculpar. – Se não tivesse sido tão covarde não teria acontecido nada. Eu devia estar cuidando de vocês. Não fiz isso e ficou em risco.

   ―Não tem culpa. Não mesmo.

   ―Era para eu ter ido vê-las naquele noite. Eu sabia que era aniversário dela e desisti. Não quis chegar e estragar tudo. Achei que me receberia mal e criaria um problema na festa da menina. Se tivesse ido...

   ―Que bobagem. Não teria evitado nada, ficaria um pouco, eu permitiria. Depois iria embora antes de todos e... – Fecho meus olhos. – Não quero pensar mais nisso. Só posso agradecer. Eu não sei como estaria suportando tudo isso sem você.

   Ficamos novamente em silencio, lado a lado e sinto segurança, mas não apenas isso, sinto meu coração batendo tão forte que tenho medo que ele escute.

   ―A moça. Beth, são amigos? – Me arrependo, só por que me deu abrigo não posso me sentir no direito de questiona-lo sobre isso. Daryl finalmente me olha. Parece surpreso, só sendo muito idiota para não perceber o teor da minha pergunta.

   ―Beth é uma boa moça. Filha de um conhecido, não somos amigos, nem qualquer outra coisa, nunca. Só cordiais.

   ―Desculpe. Não é da minha conta.

   ―Disse que era sozinho e não menti.

   ―Não estava desconfiando, só... – Não tenho o que dizer. Não sem admitir que senti ciúme.

   ―Devia ter te apresentado a ela. Só que eu não sou bom com pessoas. Não sei direito como agir. Você sabe quem eu era, essas coisas todas são novas para mim.

   ―Não sei como pode dizer isso. É bom com pessoas sim. Percebeu o que eu precisava, me recebeu aqui, tem cuidado de mim e da Brook. Dormiu numa poltrona.

   ―Eu sei que sua intenção é apenas proteger sua sobrinha, que apenas sou parte do pacote, mas lida bem com isso, não guardou magoas do passado.

   ―Está errada. – Ele diz. – Não é parte de um pacote. Eu... – Tudo fica difícil para ele. Percebo que quer dizer algo, meu coração descompassa com a possibilidade, minha boca fica seca. – Melhor entrar Hannah.

   ―O que queria dizer?

   ―Olha eu não sei lidar com nada disso. Então só... – Ele aponta a porta, depois deixa o braço cair ao longo do corpo com um ar cansado.

   ―Quero ficar aqui com você.

   ―Não está em perigo. Pode ir dormir. A casa é segura. – Ele não entendeu, ou é só seu jeito de me dispensar. Sou mesmo uma boba por sonhar.

   ―Eu sei que estou segura. Não era por isso que queria ficar aqui com você. Mas já entendi. Vou te deixar em paz, isso é... Nossa! – Meu rosto queima de vergonha. Dou uns passos meio atordoados tentando me afastar, mas então sinto sua mão me envolver a cintura, me puxar de encontro a ele num movimento firme, mas não agressivo e meu corpo se cola ao dele. Antes que perceba qualquer coisa seus lábios estão sobre os meus e dou espaço para o beijo acontecer.

   Não é doce e romântico. É cheio de fúria e desejo. Suas mãos apertam meu quadril, ele me encosta de encontro a pilastra, passo meus braços por seus ombros, meus dedos mergulham em seus cabelos e tudo em mim fica vivo.

   Uma de suas mãos descem por minha coxa. Ele se encaixa mais em mim. Se afasta dos meus lábios e desce os seus por meu pescoço deixando um caminho de brasa a me queimar, movo meu corpo de encontro ao seu como se precisasse senti-lo ainda mais.

   Ele volta a me beijar daquele jeito intenso, marcando minha pele com as mãos que me percorrem, deixo um gemido de prazer escapar e isso é novo para mim.

   Quando parece que não tem mais volta ele se afasta. Me olha assustado e perdido e só quero voltar para seus braços.

   ―Eu não devia ter feito isso, não deve pensar que eu... não é por isso que está aqui.

   ―Eu sei.

   ―Sou um bruto, um bicho do mato que não sabe fazer de outro jeito, não vai mais acontecer. Não tenha medo.

   ―Não tenho. Daryl eu queria isso, gostei, não me assustou. Eu sinto o mesmo. Acho... não sei se sente algo. Eu estou gostando de você.

   Conto a ele para sua completa surpresa. Mais uma vez tento passar quando não obtenho nenhuma resposta. Ele me segura de novo.

   ―Hannah. Não sei como fazer isso. Sou grosseiro.

   ―Eu te ensino. – Eu não quero perde-lo. Não quero perder a única chance de ser feliz. Ele é bom. De todos os modos. E nunca senti nada igual. Meu coração parece que vai explodir. – Gostei desse jeito, se for assim eu gosto, não me importo.

   Sem dizer nada ele volta a me beijar, dessa vez é mais delicado, suas mãos não me aprisionam, mas acariciam. Depois com cuidado ele se afasta. Será que gosta? Que me quer? Tantas perguntas.

   ―Tente dormir. As coisas... aos poucos, se for mesmo isso que quer. Vamos...

   ―Posso só ficar aqui? Não precisa me beijar se não quiser. – Daryl ri.

   ―Se é justamente por que quero te beijar que estou te mandando entrar.

   ―Ah! Isso é bom. – Sorrio. Podemos ir com calma, ele tem razão, eu nem sei se estou pronta, se todas aquelas coisas ruins que me aconteceram não vão dominar minha mente na hora, é mesmo melhor eu ir. – Boa noite. – Fico na ponta dos pés e beijo seus lábios. Ele fica surpreso, tão surpreso que não consegue esconder, depois eu passo por ele e entro. Quando me deito tenho certeza que não vou ter sonhos ruins, Daryl vai ocupar minha mente, ele e seus beijos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada
BEIJOSS



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