Darkness Brought Me You escrita por moni


Capítulo 43
Capitulo 43


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas lindas! Capitulo dedicado a minha querida e linda amiga de sempre. Beatrice. Sua linda. Amei a recomendação estive na correria e só agora estou podendo agradecer o carinho. Você é demais. Te adoro.BEIJOSSSSSSSSSSSS



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/665232/chapter/43

   Pov – Daryl

   ─Vou sentir muito sua falta! – Hannah diz abraçada a Maggie. – Não sei se dou conta de tudo por lá sozinha.

   ─Claro que sim. – Maggie responde sentada na maca. – Ainda vamos nos ver. Eu volto.

   ─Não Maggie. – Hannah diz de modo natural. – Logo vai estar assumindo as coisas por aqui. – Ela olha para Beth. – Beth acho que também encontrou seu lugar e sinto que nos separamos.

   ─O mundo é agora maior que nossas paredes Hannah, precisamos nos adaptar. – Beth a abraça, depois vem até mim e me abraça. Eu e Beth desenvolvemos uma relação de proximidade diferente. Sinto como se ela fosse uma irmã mais nova. Alguém que até agora precisava de mim e do nada ganhou asas. – Se cuida Daryl e cuida delas. Brook talvez fique triste, mas ainda vamos nos encontrar. Muitas vezes eu acho.

   ─Alexandria vai ser sempre a casa de vocês, para quando precisarem.

   ─Sei disso. Parte da minha família vivi lá. – Ela me beija o rosto. É difícil deixa-las, ainda mais agora, quando Glenn se foi.

   Sinto o ódio me corroer com a lembrança. Foram tantas as coisas que vivemos, me lembro dele na pedreira, se arriscando para ir a Atlanta buscar suprimentos, sequestrado por uma gangue, enfrentando meu irmão e o Governador, tanta coisa, salvou minha vida uma dezena de vezes e por último deu a dele por nós.

   E tive que assistir, de joelhos eu apenas assisti enquanto ele nos deixava, nunca mais vai se repetir, nunca mais aquele animal vai nos tirar o direito de lutar, talvez eu morra, talvez outros de nós, mas nunca mais será daquele modo, de joelhos, humilhados.

   O que Negan nos tirou vai lhe custar caro. Um dia ele vai se ajoelhar diante daquele bastão. Um dia ele vai se render e mostrar o quanto é um covarde hipócrita.

   ─Enid devia estar aqui comigo. – Maggie diz com os olhos marejados. – Ela faz parte da família agora. Glenn... – As palavras morrem quando as lágrimas a dominam e ela sucumbi mais uma vez. – Hannah não deixe que ela pense que a abandonei.

   ─Prometo. Ela fica conosco, ao menos até que a gente tenha chance de traze-la.

   ─Diga que eu a quero aqui. Promete?

   ─Claro Maggie. Quando esse bebê nascer é aqui que ela vai estar. – Hannah aperta sua mão. Respira fundo. Tem algo que prometeu a Glenn e precisa fazer. Mesmo que seja dolorido. – Quando estávamos presos naquele carro... Maggie achamos que morreríamos ali. Todos nós. Eu não sabia...

   Agora é a vez dela chorar, Beth também chora. Me afasto delas. Sinto que esse momento é das três mulheres. Elas têm uma força que me assusta. Escuto a conversa de longe.

   ─Glenn pediu... ele pensava em você. Vocês. – Ela acaricia sua barriga. – Disse que se um de nós sobrevivesse devia dizer a você que ele te ama. Que ama esse bebê e que Hershel é um bom nome. – As duas se abraçam entregues as lágrimas. Beth soluça silenciosa. – Sinto muito. Sinto tanto.

   ─Meu bebê vai nascer Hannah. Vou fazer o impossível para isso. Fazer por ele. Aquele monstro pensa que me tirou Glenn, mas não. Ele está aqui. – Ela toca a barriga. – Fiquei com a melhor parte dele. A parte que ele mais amava e isso nada nem ninguém pode me tirar.

   ─Você é forte. Vamos fazer exatamente isso. Lutar por esse bebê. Vai parecer que estamos longe, mas vamos estar perto, vamos lutar juntas e isso nos une.

   As três voltam a se abraçar e então temos que ir. Secando lágrimas elas se afastam. Depois de conseguirem ganhar confiança Hannah volta para mim. Toco seu rosto mostrando o quanto a admiro.

    Maggie e Beth assistem nossa partida com os olhos marejados, antes de ir Rick e Mich se aproximam.

   ─Vamos conseguir aliados, vamos organizar um plano, até lá vamos fazer parecer que aceitamos o jogo dele, se bater no nosso portão então entregam o que for preciso, se cruzarem com ele ou seus homens não reagem. Apenas se curvam. Vamos nos vingar. – Rick tem agora olhos mortos, sua expressão é um tanto vazia, distante. Tudo que nos fazia vivos está agora em suspenso enquanto esperamos o dia de lutar.

   ─Vou manter tudo em ordem até chegarem. Hannah vai organizar o nosso povo, Carl e Judy ficam comigo até voltar. – Aviso antes de apertar sua mão, ele olha para o filho, ninguém tem mais sede de vingança do que aquele garoto, seu olhar agora é sombrio, assustador, ele não teme nada. Carl é só guerra.

   Rick pensa em dizer qualquer coisa, mas desiste e apenas o abraça. Depois entramos todos no trailer e partimos. Abe dirigindo calado. Todos calados, falta uma parte de nós. Falta Glenn, ele torna tudo vazio.

   A viagem é tranquila. Miseravelmente tranquila. Nada para nos fazer descontar a fúria, nada para nos tirar da letargia da perda. Penso em Brook, no modo como deve estar assustada, tudo saiu do controle, tudo ganhou novos rumos.

   Está escuro quando Tobin nos abre o portão, sua expressão de preocupação é visível, tem alivio também, aquelas pessoas precisam de nós para as decisões mais básicas.

   ─Onde está Brook? – Pergunto sem tempo para explicações.

   ─Com o padre. – Tobin avisa olhando para dentro do trailer sem entender o que está acontecendo. Saí de moto, ela ficou no caminho e isso foi há uma eternidade, quando éramos outras pessoas.

   ─Abe, junte a comunidade na igreja. – Hannah pede enquanto se apressa a caminhar comigo em direção a igreja. Precisamos os dois de Brook só ela pode trazer de volta alguma luz as trevas em que mergulhamos.

   Hannah abre a porta da igreja, entramos juntos. O padre está diante do pequeno altar rezando, Brook está sentada olhando sua boneca, os olhos baixos, Judy deitada no cesto a seu lado, as duas estão silenciosas e perdidas, tristes, meu coração dói só de pensar o que passa em sua cabeça.

   Sinto que ela não tem qualquer esperança de nos ver, nem mesmo ergueu a cabeça para ter certeza de quem chegou.

   ─Brook. – Hannah chama. Ela se ergue apressada, nos vê, primeiro os olhos se enchem de lágrimas e depois um sorriso a domina. Ela corre, cheia de vida e amor, linda, saudável e ninguém vai tirar isso dela, nem mesmo uma folha de alface que pertence a Brooklyn vai parar nas mãos daquele assassino covarde e preguiçoso, ele vai entender a nova ordem mundial muito em breve.

   Hannah a abraça, as duas choram, espero minha vez, basta vê-las juntas e meu coração já se aquieta de algum modo. Sem forças para falar ela solta Hannah para me abraçar. Beijo seu rosto, sinto o cheiro que vem dela e que reconheço em qualquer lugar. Minha pequena garotinha.

   ─Tio! – Ela soluça. – Pensei que não voltavam mais. – Me ergo com ela nos braços. Odeio esse mundo, odeio que ela não pode ser feliz.

   ─Desculpe Brooklyn. Sentimos muito. Coisas aconteceram. – Ela encontra meus olhos.

   ─Alguém morreu? – Troco um olhar com Hannah. O que é certo? Até onde podemos ir sem ser apenas para assusta-la. Hannah acaricia seu rosto. Beija sua testa.

   ─Sinto muito querida. Perdemos Glenn. – Ela fica muda. Se encosta em meu ombro, as lágrimas escorrem. Padre Gabriel se espanta, nos olha chocado.

   ─Vou ver a Maggie. – Ele tenta caminhar. Hannah segura seu braço.

   ─Ela não está padre, Maggie e Beth ficaram em Hilltop, onde um médico pode cuidar dela, o bebê está bem. Eles têm mais recursos. Ela não teve escolha. Acho que voltar traria mais dor a ela.

   ─Sim. Enid. Alguém já disse a ela? – Isso é outro problema, o casal vinha assumindo a responsabilidade por ela. Agora...

   ─Tenho certeza que o Carl deve ter ido fazer isso Gabriel. – Aviso ao padre. – Temos coisas para conversar. – Comunico quando os primeiros moradores começam a chegar.

   ─Daryl. – Carl entra com Enid de olhos vermelhos. Brooklyn ainda grudada em meu pescoço. – Vamos ficar na reunião. – Ele diz firme, com medo que o mande embora. Infelizmente não podemos abrir mão de nem mais um homem e é exatamente isso que ele é. Um homem.

   ─Aqui na frente Carl, representando seu pai. – Eu o convido. Ele não fica orgulhoso, não demonstra nada além da frieza distante que apresenta desde o momento em que ficamos diante do monstro.

   A senhora Riggs entra encolhida como de costume. Os olhos preocupados que lança para Brook e logo depois Judy demonstram o quanto ainda ama sua antiga profissão.

   ─Senhora Riggs, preciso da sua colaboração, será que pode levar Brook e Judy para minha casa? – Hannah pede. – Não demoramos, depois alguém explica tudo para a senhora.

   ─Claro. – Tento colocar Brook no chão, a velha professora erguendo Judy do cestinho ainda quietinha.

   ─Chegamos logo Brook, cada um tem um trabalho, o seu é ajudar a senhora Riggs com a Judith. Onde está minha corajosa sobrinha?

   ─Aqui Tio Daryl, eu vou. – Ela se solta de mim e se aproxima da senhora Riggs, acena para Hannah e nos deixa. Nessa altura a pequena igreja está completa. Quase todos os moradores estão ali.

   Hannah se coloca na frente do grupo, é tão forte. Tão decidida, era só um animalzinho ferido e acuado, agora é um tigre, um predador capaz de tudo para sobreviver.

   ─As coisas saíram do controle. O grupo que fomos destruir. Os homens que se intitulam os salvadores e que pretendíamos exterminar antes que chegassem aqui já sabiam de nós. – O grupo começa um burburinho. – Eles são um número muito maior do que o que acreditávamos, mais letais também. Tem um líder psicótico.

   ─Onde estão os outros? O que aconteceu? – As perguntas começam a surgir.

   ─Fomos todos rendidos lá fora, saímos separados, vocês sabem. Acabamos todos juntos depois de emboscadas bem planejadas. De joelhos. Maggie quase perdendo o bebê. O homem surgiu. Exige que façamos o mesmo que as outras comunidades. Metade de tudo que é nosso.

   ─Aceitaram?

   ─Glenn está morto! – Ela anuncia firme, muito mais do que eu poderia fazer. Meu coração volta a doer só de ouvir. – Assassinado na frente de todos nós, cinquenta homens a nossa volta, nos colocaram de joelhos. O que ele não sabe, o que jamais desconfiou é que um Alexandrino não se ajoelha duas vezes.

   Ela inflama e encoraja a todos. Faz isso tão bem quanto Rick. Sinto o grupo se aprumar.

   ─Ele usou um bastão que chama de Lucille. Jamais vi nada tão cruel, horrendo, mas o fato é que isso só nos torna mais fortes e mais unidos. Vamos para uma guerra. Hilltop vai conosco. Rick foi ao encontro de outra comunidade. Mais pessoas para lutar conosco. Não um corpo a corpo estúpido, uma luta inteligente.

   ─Podemos vence-los? – Alguém questiona. – Ou vamos apenas morrer nessa batalha sem chance de sobrevida, porque posso trabalhar para alguém, sempre foi assim.

   ─Jeremy. – Ela ergue os olhos e encontra o homem no fundo. – Fique a vontade para ir ao encontro dele servir como seu escravo. Não sei se vamos vencer, o que sei é que vamos lutar. Se alguém aqui prefere servi-lo é fácil, os portões de Alexandria não são uma prisão. Somos livres, é por isso que lutamos, é por isso que sobrevivemos, matamos, fugimos, perdemos pessoas, vimos todo tipo de dor, vencemos os mortos. Agora é escolha de cada um. Se ficar então é porque quer mais do que uma vida de escravidão e medo. Ele tortura seus próprios soldados, escraviza, humilha.

   ─Vamos lutar. – Rosita garante.

   ─Vamos enfiar aquele bastão no rabo daquele filho da puta! – Abraham continua com seu jeito grosseiro de falar.

   ─Até Rick voltar seguimos nossas vidas. Nós vamos organizar nossas armas, juntar forças. Rosita, Sasha e Abraham vão treinar todos que tiverem condições de lutar. Até nosso plano estar definido aceitamos os desmandos desse homem, se ele bater em nossos portões vamos recebe-lo como se ele fosse bem-vindo. Tudo a seu tempo. Por essa noite tentem descansar. Amanhã começamos nossa batalha.

   O grupo se dispersa sem mais qualquer questão. A maior parte deles determinados a vencer. O padre nos observa quando sobramos apenas nós.

   ─Eu vou lutar. Por nós, por esse lugar e por Glenn. Sinto muito o que passaram.

   ─Obrigado Gabriel. – Eu digo antes de dar as costas a ele. Caminhamos para casa sozinhos.

   ─Tenho que falar com a Enid. – Hannah me diz abatida. – Ela está sempre perdendo tudo.

   ─Todos estamos. Glenn era meu irmão. Muito mais que Merle.

   ─Eu sei. – Ela diz com a voz embargada.

   ─Ela deve estar lá em casa. Carl veio na frente ver Judy. Ele está sedento. Sinto medo. Até Rick chegar toda atenção sobre ele.

   ─Sim. Carl é uma bomba relógio difícil de conter.

   Enid está com Carl sentada na varanda, ele nina a irmã, os dois silenciosos. Ela fica de pé quando nos vê.

   ─Maggie quer que vá ficar com ela Enid. Só que não pode ser agora, sabe disso.

   ─Talvez eu não queira ir. – Ela diz abatida, secando lágrimas que escorrem sem sua autorização.

  ─Então fica. Aqui na minha casa. Carl vai com você buscar suas coisas. Não é um convite, é assim que vai ser, quer ser livre e independente, Maggie passava os dias correndo atrás de você, não tenho tempo para isso. Então vai me ajudar. Todo mundo vai trabalhar em conjunto para vencermos isso.

   Hannah mostra mais uma vez toda sua força, deixa a garota sem espaço para rebater.

   ─Carl. Eu coloco a Judith na cama. Você vai com a Enid buscar as coisas dela e uma muda de roupa para você e Judy. Vão passar essa noite aqui. Não demorem. Enid dorme no quarto com Brook e você no outro quarto.

   Ela pega Judy do colo dele e segue para dentro, os dois obedecem calados. A senhora Riggs está na sala com Brook em seu colo. Fica de pé quando chegamos.

   ─Obrigado senhora. – Eu digo cansado de tudo.

   ─Não tenho mais idade para lutar, isso é o mínimo que posso fazer. Brook e Judy podem contar comigo. Cuido delas sempre que for preciso.

   Hannah a abraça em gratidão depois se despede e subimos, Judy toma um rápido banho e logo está com sono. Eu a arrumo no cesto ao lado de nossa cama. Brook se deita no meio.

   Quem pode dizer não a ela? Queria um tempo com Hannah em meus braços, mas depois de tanto tempo longe da pequena não podemos expulsa-la.

   Quando nos deitamos ela fica silenciosa. Suspira olhando para o teto.

   ─Quando vou ver a Beth?

   ─Logo meu amor.

   ─A Judith vai morar aqui tio? – Ela me questiona se virando de lado, coloca as mãozinhas sob a bochecha, me olha atenta e inocente. A coisa mais preciosa que esse mundo já criou.

   ─Não. Amanhã o pai dela está de volta.

   ─Ah! Quero dormir um pouco aqui, posso? Eu senti saudade. – Ela se vira para Hannah. – De você também tia. Muito. – Ela abraça Hannah. – Ficava querendo abraçar assim e você não chegava.

   Hannah alisa seus cabelos. Beija sua testa, os olhos marejados.

   ─Senti muito sua falta meu anjo. Te amo. Dorme. Amanhã vamos passar o dia juntas.

   ─Boa noite. – Ela beija a tia, depois me beija o rosto. – Vou lá dar um beijo na Judy. – Ela desce da cama, vai até o lado de Hannah onde o cesto está sob um móvel colado a cama. Beija a garotinha. – Deixa eu dormir aqui tia, do lado dela?

   Hannah se afasta dela. Judy e Brook ficam lado a lado e antes que pensemos estão as duas dormindo. Hannah vem para meus braços.

   ─É tudo que precisava. – Ela diz depois de um longo suspiro. – Seus braços.

   ─Seu corpo! – Digo a ela. – Seu cheiro. Senti sua falta.

   ─Como está o ombro? – Ela pergunta beijando meu peito.

   ─Vai estar pronto quando chegar a hora. Não se preocupe. Estou bem. Vamos ver se conseguimos dormir.

   ─Não consigo fechar os olhos. – Ela confessa o que eu também sinto. Balanço a cabeça.

   ─Vamos superar isso como superamos tudo. É assim que somos, fomos forjados para resistir ao calor e ao gelo, nada pode destruir isso Hannah. Nada!

   ─Tenho pressa. E medo dessa pressa. – Ela me conta e concordo. – Daryl, eu te amo. Aquela promessa que fizemos. Brook ainda é tudo que importa, ainda tem que seguir em frente sem mim.

   ─Hoje não Hannah. – Peço com medo de sucumbir a angustia. – Apenas fica aqui em meus braços.

   Eu a beijo, um longo beijo, deixo que seus lábios cravem seu sabor em mim. Me impregne dela para os dias angustiantes que virão. É tudo que nos resta, depois nos deixamos cair na escuridão de um sono sem sonhos, pela manhã nos envolvemos em cuidar de quatro crianças. Enid e Carl não são mais do que isso, mesmo que desejem ser.

   A senhora Riggs vem ficar com as duas pequenas, o resto de nós tem trabalho a fazer. Alexandria ferve, pessoas treinando, arrumando, organizando, tudo que precisamos é de coragem. Isso temos de sobra.

   Rick não retorna, a ideia de que algo deu errado domina meus pensamentos, procuro pensar que ele está apenas se esforçando para convencer novos aliados, na manhã seguinte o trabalho é tão árduo quanto o dia anterior. No meio da tarde deixamos o trabalho para passar um tempo com Brook.

   Em algum momento vamos ter que mais uma vez deixa-la para lutar. Passeamos com ela pelas ruas de Alexandria, seguimos em direção aos portões quando Rosita grita que Rick se aproxima acompanhado. Seu rosto perplexo sobre o muro combina com o olhar surpreso de Eugene se aproximando para abrir o portão.

   Os portões se abrem, primeiro vejo Rick e Michonne, logo depois três homens vestindo um tipo de armadura que protege o peito, os braços e as pernas. Junto deles um homem alto, negro, de cabelos compridos, traz um cajado consigo.

   ─Quem são tia? – Brook pergunta.

   ─Amigos. – Ela responde. Para minha completa surpresa saindo de trás do homem do cajado e caminhando elegante um tigre adulto explica a surpresa absoluta que os rostos de Rosita e Eugene não escondem.

   ─Que lindo! – Brook corre em direção ao animal.

   ─Brook! – Hannah grita, puxo minha besta das costas imaginando o cenário. Michonne toca a espada, tudo acontece num segundo e paralisa quando Brook envolve o pescoço do animal que simplesmente aceita o contato. O homem do cajado se posiciona para proteger o bicho.

   ─Oi tigre eu te vi na televisão! -  Brook diz acariciando o animal que estranhamente se comporta como um gato doméstico.

   ─Shiva é o nome dele. – O homem diz tranquilo. – E garotinha ele gosta de você.

   ─Você gosta de mim Shiva? Que lindo! Tia posso ficar com ele? – Hannah está ainda paralisada. Sem fala. – Posso tio?

   ─Fiquem calmos. Shiva não vai feri-la. Ele gostou dela. – O homem está tranquilo. Troco um olhar com Rick. Que merda é essa de uma porra de um tigre pelas ruas de Alexandria?

   ─Está tudo bem. Esse é Ezequiel. Ele veio conhecer Alexandria. Talvez fechar um acordo.

   ─Brook, venha até aqui anjo. – Hannah usa um tom calmo, eu ainda mantenho a Besta em posição, mesmo assistindo a relação carinhosa entre aquele animal monumental e uma garotinha.

   ─Já volto Shiva, vou lá falar com a minha tia. Tão bonitinho. – Essa garotinha é mesmo filha daquele maldito do meu irmão. Como se atraca com um tigre e o chama de bonitinho? Ela saltita de volta, o tigre tenta acompanha-la.

   ─Vem aqui Shiva. – Ezequiel o chama. O tigre retorna preguiçoso.

   ─Vamos conhecer Alexandria e nos reunir na casa da Maggie. – Rick diz triste. Não é mais a casa de Maggie. Não é mais a casa de Glenn é só mais uma casa vazia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo tem mais Beth e Jesus. Estou adorando esse casal. Shippando muito hahahahahah Não esperava que iria gostar tanto de escrever sobre eles.
BEIJOSSSSSSSSSS



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Darkness Brought Me You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.