Darkness Brought Me You escrita por moni


Capítulo 2
Capitulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oiiieeee Gente linda! MUITO OBRIGADA pelo carinho de todo mundo. Nem imaginam como fico feliz. Adoro escrever sobre Daryl. espero que gostem.



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Pov – Daryl

Merle vai ser pai! Ele não liga a mínima. Não vai assumir nada, vai fingir que não está acontecendo. Assisto perplexo e sem reação Charlie e a irmã saírem logo depois dele. Demoro um longo momento em pé diante da porta sem saber bem o que faço.

Penso em ir atrás de Merle e tentar convence-lo a procurar Charlie. Ele não vai estar em condições de conversar. Abro a porta e entro. Me sento na sala. O que isso tudo quer dizer? O que eu faço com isso? Não posso ignorar como Merle.

Tem alguém com meu sangue prestes a chegar, alguém que pode ter chance de ser melhor que eu e meu irmão. Passo a mão pelo cabelo, me encosto no sofá. Encaro a besta encostada na parede. Sair e caçar um pouco é o que preciso.

Me ergo e no minuto seguinte estou do lado de fora com a besta nas costas e algumas flechas. Me enfio na mata. Nada me deixa mais livre e inteiro do que andar pela mata sem preocupações. Só meus pés sobre as folhas secas e galhos, o farfalhar das árvores sob efeito do vento e o ruído dos animais tentando se esconder.

Ergo a besta armada e caminho. Charlie não é mais responsável que Merle. Os dois são na verdade perfeitos um para o outro. Andei achando que nada os separaria. Claro que não contava com um filho. Isso realmente só podia fazer meu irmão correr mais rápido que um raio.

Hannah é diferente. Ela é responsável, delicada e honesta, séria. Vai tentar colocar juízo na cabeça da irmã, dar alguma dignidade ao bebê. É linda como o diabo. Me faz sentir um nada. Isso é verdade, mas é isso que sou.

Um nada. Um idiota sem direção que gasta o tempo e a vida à espera do dia que ela simplesmente vai parar de pulsar. Sem sonhos, só seguindo em frente. Não me orgulho disso.

Um Dixon. O sobrenome por si só já diz tudo. Perdedor. Não importa o quanto Merle tente passar por cima disso, se enganar achando que somos especiais, superiores e espertos. Somos dois perdedores e apenas isso.

Hannah não. Ela pode ser inocente e sensível demais. Pode até ser que o mundo a engula como Merle disse, mas seja como for ela vai sempre poder andar de cabeça erguida. Diferente de mim. Bem diferente. Tão diferente que odeio estar diante dela.

Olho para ela e vejo o quanto não sou nada. O quanto somos opostos e como ela é inatingível. O que ela vê quando me olha é o Merle. Bom é quase quem eu sou.

Que adiante se de vez em quando ela surge na minha mente e parece me sorrir, me chamar? É só alucinação de bêbado. Quando entrou para buscar a irmã e eu estava bêbado demais para falar, achei que era mais um desses sonhos.

Ainda bem que não disse nada. Depois a ressaca misturada a vergonha só me fez querer mergulhar em mais uma garrafa. Quem sabe depois de pegar mais um cervo ou qualquer outro animal eu não faça isso?

Minha vida é apenas isso. Um flash atrás do outro. Só pequenas memórias das coisas que vão acontecendo entre um gole e outro. Uma briga. Um ataque de riso. Um corpo nu de mulher sobre o meu. Sem rosto, sem beijo de bom dia e sinais de paixão. Só fisiológico, como comer ou ir ao banheiro. Só uma vadia qualquer que não se importe com o cheiro de álcool.

Eu tenho mesmo que me sentir pequeno perto dela. Nem sei mais falar com as pessoas. Nem sei se um dia eu soube. Algo se move na floresta. Paro com a respiração em suspenso. Faço mira. Uma marmota surge e quando tento acerta-la a flecha sai na direção errada e acaba em uma árvore.

Vou busca-la. Está bastante claro que hoje não vou acertar nada. Caminho para casa e me atiro na cama pensando no quanto é difícil dormir sóbrio. No quanto é ainda mais difícil dizer não para todas aquelas outras coisas que Merle vive me oferecendo em dias como o de hoje. Acontece que odeio aquelas porcarias que ele consome como se fosse remédio.

Estou sempre mergulhado até o pescoço na lama, mas sempre achando que um dia saio dela. Não hoje, um dia.

Escuto uma coisa ou outro caindo no meio da madrugada logo depois da moto estacionar na porta. Merle está de volta. Pela manhã, depois da pior noite de sono eu o encontro na sala. Estirado no sofá. É estranho não acordar de ressaca. Acendo um cigarro e sigo para cozinha. Reviro armários e geladeira. Pego uma cerveja. Não tem mesmo mais nada.

O dinheiro que fiz consertando umas motos umas semanas atrás está no fim. Merle vai começar com essa história de traficar com ele. Não sou desses, não sei e não quero aprender a fazer isso.

Faço muita merda com a minha vida, mas não quero fazer o mesmo com a vida dos outros.

─Cassete a porra da minha cabeça está tinindo! – Merle se senta. Vasculha os bolsos. Pega um comprimido em um deles e enfia na boca. Fico de pé olhando para ele. Ele faz um gesto pedindo minha garrafa. Entrego e ele dá uns goles. – O que? – Ele grita e logo fecha os olhos. – Porra!

─Vou sair. Ver se acho algo por aí. Estou sem dinheiro. – Merle vasculha mais os bolsos. Tira um maço de notas e joga sobre a mesinha da sala.

─Não precisa ir se humilhar para esses imbecis. Isso é dinheiro e de onde esse saiu pode vir muito mais.

─No que se enfiou Merle?

─A mocinha está preocupada?

─Merle, está lembrado do que a Charlie disse ontem? – Ele fica de pé, demora um momento para se equilibrar.

─Nunca mais fala dessa vadia para mim. – Me ameaça decidido. Sinto vergonha.

─Merle ela vai ter um filho.

─E daí? – Ele diz com uma mão em meu ombro. – Quer que a peça em casamento maninho? É isso que você faria não é mesmo? – Ele ri de mim. Fico incomodado. – Pediria qualquer vadia que te acenasse com uma historinha dessas. Você é mesmo um otário. No fundo seu sonho é viver uma dessas vidas burguesas de subúrbio. Tenho muito a te ensinar ainda.

─Vai ignorar isso? É a Charlie.

─É mais uma vadia. É boa na cama. Aquela boca faz coisas que um rapazinho como você nem imagina. – Ele gargalha. – Mas como ela tem um monte por aí. Então ela que se foda.

─A criança...

─Não tem criança! – Ele grita me empurrando. – Chega! Não fala mais nela, não fala mais disso. Fica longe daquelas irmãs.

Merle some para o quarto. Olho as notas sobre o móvel. Que merda ele anda fazendo afinal?

Continuo de pé, ali, perdido e sem conseguir parar de pensar nela. Hannah e tudo que vai ter que fazer. Charlie não vai facilitar. De jeito nenhum.

Os dias se seguem sem que saiba o que fazer. Não encontro mais as irmãs Steel, Merle não toca mais no assunto. A fofoca se espalha quando o tempo começa a passar.

Nada parece mudar, Merle ainda não se importa. Ao menos é o que parece. São quatro meses que não se fala em outra coisa na cidade. Encontro Merle no bar. Ele está debruçado no balcão, um copo na mão e olhos turvos.

─A vadia está desfilando aquela barriga pela cidade. Passei por ela hoje, aqui na frente. Com aquela irmãzinha dela. A vadia anda pela noite, a irmã atrás dela tirando de bares e boates. Sempre me caçando.

─Nem tudo é sobre você Merle. – Ele me olha irritado, dá um sorriso torto. – Você não é o centro do universo Merle. Seu filho deve ser.

Seu nojo por minhas palavras é evidente. Me levanto e deixo meu irmão ali. Vou até a casa de Charlie. Quem sabe posso ajudar de algum modo? A velha caminhonete que Hannah dirige está parada na porta e decido esperar. Ela vai ficar furiosa se me encontrar e não estou aqui por ela.

Não demora e a vejo deixar a casa num uniforme do Walmart. Aprendi seus horários depois de uma vez que fui comprar flechas e dei de cara com ela. Durou cinco minutos nosso encontro, foi constrangedor e aprendi a nunca ir quando ela está lá.

Quando o carro dobra a rua eu ligo o meu e paro na porta da casa das irmãs. O velho Steel não era lá grande coisa, mas cuidou das filhas quando a mulher deu no pé. Ele era bom para elas. Terminava as noites no bar, mas nunca deixou as garotas sozinhas.

Charlie não era grande coisa, mas ainda era melhor do que se tornou depois da morte do pai. Parece que tomou seu lugar. Bato na porta. Ela se abre um minuto depois. Charlie me olha surpresa.

A barriga está grande, não me admira que Merle esteja tão furioso. Não tem como negar sua gravidez.

─Recado do irmãozinho pequeno Dixon?

─Não. Ele não sabe que estou aqui. Esperei sua irmã sair.

─Fez bem. – Ela me dá espaço para entrar. –Já tenho problemas demais com ela. Hannah odeia vocês, como se tivessem me desvirtuado. – Ouvir que ela me odeia machuca um pouco. Não demonstro.

─E você como está?

─Gravida. É uma menina. – Sorrio com a notícia. Merle vai ficar com mais raiva quando descobrir. – Ainda não tem nome, Hannah comprou umas roupinhas, de vez em quando eu me canso, saio por aí, ela me caça. Sei lá, não pude tirar, mas... Não é que eu não goste dela.

Charlie toca a barriga, se senta meio desajeitada. Faço o mesmo me sentindo um invasor.

─O que vai ser? Digo depois que ele... ela chegar?

─Sinto como se essa criança estivesse roubando minha vida. Hannah nunca vai me deixar entrega-la. Acho que quando olhar para ela pode ser que mude de ideia. Não sou nenhuma santa, você sabe.

─Precisa de alguma coisa?

─Uísque?

─Alguma outra coisa? – Ela ri.

─Merle tem razão, tem um cara bom aí dentro.

─Ele faz parecer que é um crime.

─Talvez seja. – Me ponho de pé.

─Posso vir as vezes? Quando ela não estiver?

─Vai ser bom te ver. – Afirmo. Caminho para porta com ela em meu encalço.

─Achei que deixaria a cidade. As pessoas comentam.

─É o sonho da Hannah. Me recuso. Merle não vai me tirar da minha cidade. Ele que vá para o inferno, essa é a vergonha dele, não minha.

─Seria se ele pudesse sentir isso.

Aceno e deixo a casa, me sinto um pouco melhor, Charlie sóbria é um pouco diferente. Não conto a Merle minha visita. Não adianta. Ele não se importa. Minhas visitas são raras. Não tenho muito a dizer a Charlie. Nem a oferecer, mas continuo a ir vez ou outra ver como andas as coisas para ela.

Merle se enfia cada vez mais no mundo das drogas. Começa a ficar dias fora. Quando ele não está não bebo. No fundo ele me faz mais mal que bem. Acontece que não sei ficar sozinho e Merle é tudo que tenho.

Somos filhos da violência e do abandono. Crescemos debaixo de todo tipo de agressão. Criados por um canalha. Minha mãe saiu de cena de modo grandioso. Na porcaria de um incêndio. Bêbada demais para abrir os olhos quando o cigarro escorregou de sua mão e colocou fogo em tudo.

Me lembro de correr atrás da confusão dos carros de bombeiro, as sirenes enlouquecendo os garotos do bairro, de ficar confuso quando descobri que o barulho vinha da minha casa.

Vi o corpo sendo levado coberto numa maca, alguém comentar que ela estava carbonizada. Me lembro de tentar desesperadamente chorar. Não consegui. Não parecia ser minha história. Não parecia ser comigo.

O que sei é que depois disso o inferno me engoliu.

Merle some por um mês, quando volta não faz qualquer comentário. O bebê pode chegar a qualquer momento. Quero contar a ele. Não sei como fazer isso.

─O que está escondendo? – Pergunto quando o vejo remexer uma gaveta.

─Esconder não é bem a palavra. – Ele me mostra um maço grande de notas. – Tem uma boa grana aqui. Só estou guardando.

─Sei. Quanto tem aí?

─Dois mil dólares. Que acha de pegar a estrada?

─Sair da cidade?

─É. Ganhar o mundo. Esse lugar já deu.

─Merle é uma menina. – Ele fica me olhando calado. – O bebê. – Ele sabe do que estou falando. – Está para nascer eu acho.

─O que tenho com isso?

─Não pensa em ver o bebê? Não sente falta da Charlie?

─Mandei ficar longe. Anda atrás daquelas duas?

Nego, não sou bom nisso, ele me olha perturbado. Ri quando encaro o chão.

─Fui umas vezes ver a Charlie. Elas têm dificuldade. Só a irmã dela está trabalhando e elas tem contas, esse dinheiro aí. Podia...

─Quer que dê dinheiro a ela? O que tem nessa cabeça? Não aprende nada? O dinheiro tem destino. Fica longe delas eu já disse. Sabia que ela estava há dois dias enchendo a cara com o Tom e o Jimmy? Todo mundo viu.

Charlie tem seus defeitos, mas isso não apaga a responsabilidade dele. Suspiro.

─Uma parte do dinheiro. Metade já seria o bastante.

Merle ri. Depois pega algumas notas no pacote. Me entrega.

─Trezentos dólares. São seus, faça o que quiser. – Eu pego, não é limpo, mas ele vai beber tudo mesmo. – A vadia não serviu nem para fazer um macho! Vamos lá, essa noite é por minha conta.

Eu o sigo. Me odeio por ser tão sem direção, mas eu apenas o sigo, como faço a vida toda e não tenho nenhum orgulho disso.

─Olha aí o papai do ano! – Jack Anderson provoca assim que entramos, pelo que sei foi namorado de Charlie, um idiota metido a valente que a agrediu uma vez antes dela larga-lo para ficar com Merle. Uma rixa começou entre eles desde então.

─Quem sabe o bastardo não é seu? – Merle responde parando diante dele. Os amigos de Jack ficam de pé a sua volta. Mas que merda. Já vi que a coisa vai engrossar.

─Não gosto de restos, isso é com você. – Jack provoca. Merle se irrita, sinto pelo modo como enche o peito se preparando para a confusão.

─Chamo a polícia se começarem uma briga dentro do meu bar! – Stanley grita de trás do balcão. Os dois frente a frente se estudando.

─Me manda uma garrafa Stanley. – Merle pede querendo provar sua superioridade. Nos sentamos numa pequena mesa. Dois ou três caras vem apertar a mão de Merle.

Depois de secarmos metade da garrafa Merle vai conversar com alguém numa mesa reservada. O homem com ele não parece ser da cidade, nunca o vi. Já sei que é problema. Jack não tira o olho e acho que Merle subestima sua inteligência.

Quando a garrafa seca finalmente já não estou mais tão ligado em Jack ou mesmo Merle. A visão fica um tanto turva. O vai e vem das pessoas e a música se misturam em minha mente e esse é o melhor jeito de viver. Amortecido pela vida.

Merle toca meu ombro, depois caminha para o balcão, joga algumas notas sobre ele e fico de pé, deixamos o bar juntos. Do lado de fora, assim que piso na calçada sinto uma mão pesada em meu rosto.

Vejo Jack e mais dois caras batendo em Merle que tenta se esquivar e devolver, me atiro na briga. Troco socos, chutes e sou derrubado. Recebo um chute na boca do estomago que me traz de volta a realidade.

Tudo silencia quando uma arma engatilha e para a minha surpresa é Merle quem a empunha.

─Acho que ninguém vai chorar muito por nenhum de vocês. Então é bom não tocarem mais nele. – Os amigos de Jack perdem o companheirismo e correm para longe. Jack cambaleia um pouco com as mãos para cima em sinal de rendição.

Balanço a cabeça ainda meio tonto, depois fico de pé e encaro o dois.

─Calma ai Merle. Aquela vagabunda não merece a gente se matando.

─Agora acha isso? – Merle ri. – Corre antes que mude de ideia e fica longe.

Jack se põe a correr pela rua escura. Some e encaro Merle, depois a arma. Ele faz careta, me olha com seu costumeiro desde.

─Salvei esse seu rostinho lindo de ficar deformado. Não reclama e vamos embora.

Caminho para o carro. Passo a mão pelo rosto e tem sangue. Cuspo no asfalto. Que merda. Dirijo para casa todo ferrado como de costume. Amanhã vai tudo doer e o olho vai estar roxo.

Não erro e pela manhã parece que um trem passou sobre mim. Sou eu sempre a me ferrar nessas merdas que o Merle se mete. Quando o encontro ele está colocando uma mochila nas costas.

─Onde vai?

─Vou ficar uns dias fora. Se vira aí. – Ele aperta minha mão. Ri de se dobrar como sempre. – Cara você tá feio para cassete.

Penso em não ir ver Charlie, mas se o bebê nascer é bom ela ter algum dinheiro. Mais uma vez paro o carro na esquina e fico esperando Hannah sair. Demora dessa vez. Quando sai está apressada.

Os cabelos castanhos e lisos presos num rabo. Ela é sempre tão bonita. Sorrio e a boca machucada dói. Praguejo mentalmente.

Paro na porta das irmãs quando o carro some, bato na porta. Quando ela se abre Charlie parece péssima. Tem uma mão nas costas como se sentisse dor.

─Porra! No que se enfiou?

─Nada demais. – Digo entrando, ela vem com dificuldade até o sofá, se senta e me olha. Não sento, não sei direito o que fazer, encaro a barriga.

─Brooklyn. – Ela diz do nada.

─Ahm?

─Brooklyn, o nome da coisinha aqui.

─Brooklyn? – Não parece nome de bebê, mas não tenho nada com isso.

─Não tinha certeza até Hannah ter quase um ataque. Ela odiou, achei tão divertido que decidi na hora.

Tiro as notas do bolso e estendo a ela. Charlie pega meio surpresa.

─Eu sei que não é muito, mas deve ajudar, é para a Brooklyn! ─Sorrio ao pronunciar.

─Foi ele que mandou? – Acho que ela gosta do meu irmão, ele podia ao menos tentar, já passou da idade de tentar, eu não perderia a chance.

─Mais ou menos, ele me deu e sabe que eu daria a você, então sim. Foi o Merle.

─Canalha estúpido. Odeio seu irmão. Sabe disso?

─Eu sei.

─Falou que é uma menina? Disse que vem aqui as vezes?

─Merle se faz de durão, mas eu disse e ele ficou calado. – Minto deliberadamente, não vou dizer a ela os detalhes, os nomes que ele e os cafajestes dão a ela.

─Vai ajudar um pouco. – Ela diz contando as notas. – Hannah vai resmungar menos. – Ela deixa as notas sobre o móvel. – Odeio ela no meu pé. Odeio mal conseguir andar. Não vejo a hora de tudo isso acabar.

─Acabar? – Ter um filho não devia ser o começo?

─Entendeu. Essa parte de mantê-la na barriga. Falta um mês mais ou menos, mas o médico acha que pode se adiantar por que eu...

─Bebê e fuma, além do resto todo.

─Só quando meu carrasco se distrai. Hannah é determinada. Ao menos sobre me infernizar.

─Eu volto. Vou tentar conseguir mais dinheiro Charlie. Quando o Merle voltar.

─Voltar?

─Ele viajou, não me pergunte, não sei das confusões dele.

─É você é o irmão bonzinho de coração puro.

Deixo Charlie e caminho para a porta, tenho vontade de perguntar da irmã, como vão as coisas para ela, mas o que Charlie diria? Ela é como Merle, só olha para si, aposto que nem se dá conta do esforço da irmã.


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Notas finais do capítulo

Deve ter mais uns dois capitulos e então o apocalipse chega.
BEIJOSSSSSSSSSSSSS