Esme Cullen - A História - Short Fic escrita por Ditto


Capítulo 13
Capítulo 12




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Um pequeno caixão branco era enterrado e Esme segurou o choro. Uma lápide nova em cima declarava quem estava ali:

Johnny Platt

1921-1921

Um pequeno anjo que iluminou a Terra

Esme voltou sozinha de volta para a pensão, tinha se desligado totalmente do cargo de professora. Não conseguia suportar a dor de ver crianças e saber que não teria mais a sua em casa. Johnny já não estava mais ali e nunca mais estaria.

A dor no peito apertava. O que ela devia fazer agora? O que Deus esperava que ela fizesse agora? A sua única felicidade fora levada embora e agora ela já não tinha mais nada. Absolutamente nada.

Esme se encolheu na cama e desejou morrer, nunca tinha desejado tanto morrer. A dor a consumia e ela não via propósito em viver. Por que viveria? Tudo o que amava ia embora mesmo. Johnny, sua única felicidade tinha ido embora.

— Esme, posso entrar? – Dona Dina disse batendo na porta.

— Vai embora! – gritou com as lágrimas abafando a voz.

— Vai ficar melhor filha. Você sobreviveu a morte do marido não? Vai sair dessa.

— Eu fugi do meu marido! Ele não morreu! Deve estar aí bebendo o vagabundo.

— O quê? – Dona Dina perguntou assustada – o que você está falando?

— Isso que você ouviu – disse Esme raivosa – eu larguei ele. Larguei aquele maldito. E agora a única coisa importante para mim se foi.

O rosto de Dona Dina endureceu rapidamente.

— Você não pode ficar aqui. Tem que ir embora. Minha pensão não aceita moças mal faladas. Eu me identifiquei com você quando disse que o marido morreu na guerra e agora diz que isso é uma mentira? Quem é você afinal!?

— Eu sou mesmo Esme Platt.

— Você tem que ir embora. Você precisa ir embora – respondeu brava a senhora.

— Muito bem! Eu vou! Você é tão mesquinha e presa nesses falsos bons costumes quanto todos os outros! Não preciso de você! Não preciso de ninguém!

Esme saiu com suas malas e as largou em frente a igreja, imaginou que o padre pudesse doar suas poucas roupas para alguém necessitado.

Agora, sem lar nem ninguém Esme tinha tomado uma decisão, estava cheia de tudo. Não precisava mais sofrer, não precisava de mais nada. Não tinha por que estar viva, quem sentiria sua falta se morresse? Ela poderia finalmente descansar e se encontrar com Johnny, seu pequeno anjo...

Esme andou devagar aproveitando a última brisa de ar que sentiria. Andou até sair dos limites da cidade, ficou em cima de uma ponte e encarou o rio com aguas caudalosas abaixo. Era ali, ali que a pobre vida de Esme Platt acabaria.

— Adeus... – murmurou para o vento – logo estarei com você meu pequeno Johnny.

Esme abriu os braços e se soltou no ar, logo sentiu que estava caindo e ficou em paz. Ia morrer, toda a dor ia acabar e ela seria feliz. Quem sabe agora seria feliz...


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