Leiam o capítulo ouvindo: Wide Awake - Kate Perry

PDV Violetta

Sabe quando te dizem que tudo pode melhorar e não tem que ver sempre de um ponto de vista ruim, estou tentando ver a situação desse jeito. Minha escuridão foi causada por um tiro no estômago e, agora estou nesse lugar imundo com uma feia hemorragia interna e nem sei se irei conseguir sair daqui viva, pensamentos positivos Violetta!

"Olha só quem acordou" - ouço uma voz de homem - "Sabe o por que de estar aqui?".
"N-não sei".
"Então, eu vou te contar a história que acho que seu namorado não lhe contou" - diz.
"Que história?" - sorriu.
"A família Vargas é composta por gente importante, isso é verdade, mas é só uma máscara. Nem tudo é o que parece ser, Violetta"
"Como sabe o meu nome?" - pergunto baixinho.
"Preciso saber cada detalhe do meu inimigo, principalmente se o grande León Vargas sente algo por você" - responde - "Mas, voltando a história, toda família tem algo que os mantém ligados mesmo que não queiram, isso é o que acontece com os poderosos Vargas dos quais consegue tudo quer, sabe o por quê?"
"Porque são influentes" - chuto.
"Não, porque todos com inteligência suficiente temem eles, por serem da máfia que matam sem dó e nem piedade" - aperto o meu estômago tentando estancar o sangue - "Compreende?".
"Não é impossível, ele não seria capaz" - não pode ser, ele não pode ser esse tipo de pessoa.
"No entanto, tudo é verdade e você está aqui porquê o único modo de atingir León é você" - era muito para mim processar.
"Então, eu faço parte dessa vingança?"
"Sim, você é o foco principal" - engulo em seco.
"O que pretende fazer comigo além de me deixar com uma hemorragia interna profunda?"
"Tudo isso depende do seu namorado se você sai daqui com vida ou não"

Um rapaz mais novo cochichou no ouvido do seu chefe e, logo o chefe do qual descobri se chama de Clemont me entregou o celular e me ordenou ligar para o León.

"Isso é uma armadilha?" - questiono.
"Talvez, mas você poderá sair daqui viva se fizer tudo corretamente".

Salvar ou deixar o homem que eu amo sofrer? Sinceramente, estou confusa e com raiva porque se ele for mesmo da máfia, eu não sei o que eu irei fazer.

"Não, eu não vou deixar que isso aconteça, pode fazer o que quiser"
"Foi você que pediu" - ele pegou uma faca e se aproximou de mim me fazendo me encolher.

Havia uma frase da Stephenie Meyer no livro Crepúsculo: "A morte é fácil, tranquila, já a vida é mais difícil", até certo tempo diria que isso é um absurdo, mas hoje concordo plenamente.
Fecho os olhos esperando a dor ou algo perto disso, mas nada acontece. Abro os olhos e vejo o León dando uma surra no Clemont o fazendo sangrar, logo a visão da briga é bloqueada pelo rapaz do qual conheci no bar... Tomás era o nome dele, eu acho. Ele me pegou no colo e me levou até o carro, antes que meu cérebro caísse na inconsciência ouço a voz do León pedindo para eu ficar acordada, ignoro por causa da dor e o abraço antes de apagar. Novamente.

PDV León

Levo-a até a base da nossa família, uma mansão bem longe da cidade e escondida. Mando para Gery ir até ala hospitalar preparar tudo e chamar o médico.
A culpa é minha, não deveria ter me envolvido com ela agora eles sabem como atingir, merda! Beijo o topo da sua cabeça e pego o elevador indo até ala. Coloco-a na maca, cuidadosamente, logo vejo a Gery chegar com Dr. Mason, um grande amigo da família.

"Ela vai ficar bem, León" - tenta me tranqüilizar - "Quando acabar, eu o chamo"

Respiro fundo pesadamente. Dou um beijo na sua testa e subo para o quarto que eu tinha aqui, tomo banho deixando a água lavar o sangue do meu corpo. Provavelmente, ela sabe sobre mim e me odeia, mas não posso fazer nada, Vilu está certa sobre me odiar e quiser me afastar dela.
Dou um murro na parede sinto a mão arder, porém esse não é o pior dos meus problemas. Pego a toalha e a enrolo na cintura, fecho o registro e volto para o meu quarto. Visto a cueca boxer, calça jeans e uma camiseta preta além de calçar os meus tênis. Saio do quarto e dou de cara com a Gery com uma cara nada boa.

"O doutor está chamando" - avisa mal humorada.

Ignoro seu humor habitual, pego elevador e aperto G1, logo estou na ala hospitalar. O médico dá um sorriso para mim e pede para eu me aproximar.

"Ela está bem só tem que ficar de repouso por um tempo para que os pontos não abrem" - explica.
"Obrigado" - a olho.
"Ela está dormindo, você sabe que terá que contar toda a verdade"
"Sim, só tenho receio do que pode acontecer a seguir"
"A senhorita Violetta tem você, eu sei que a ajudará entender toda essa história" - disse - "Boa sorte, meu filho" - bateu de leve nas minhas costas.

Vou até a Vilu e sento na cadeira perto dela, pego sua mão e sinto um aperto. Olho-a e a mesma estava com um sorriso no rosto o que me alegra.

"Oi" - disse.
"Oi Vilu, você está bem?" - pergunto preocupado.
"Vou superar" - olha para mim e vê a minha mão - "O que aconteceu?"
"Nada com que tenha que se preocupar" - acaricio o seu rosto.
"Sabe que dessa vez teremos que conversar?"
"Sei, Violetta" - suspiro pesadamente.
"Olha para mim" - pede e segura o meu rosto - "Não vou te julgar ou sei lá o que se passa na sua cabeça, só quero ouvir sua versão e, depois só terei duas opções ficar aqui você não me importando com que sua família diga ou sair pela porta da frente e com isso sair da sua vida".
"É disse que tenho medo" - sussurro.

Ouço passos e vejo o Tomás com uma cara nada boa, ele nos encarou e se aproximou bem devagar.

"Tomás?!"
"Os pais de vocês dois chegaram e não estão com um humor ótimo"
"Espera, meus pais estão metidos nessa?" -olhou para gente e ficamos calados - "Ótimo, maior parte da minha vivi cercada de mentiras"
"Vou te explicar tudo, mas para eles chegarem cedo alguma coisa está errada"
"Vai lá, eu vou ficar bem" - disse.

Respiro fundo. Dou um beijo no seu rosto, olho para o Tomás seriamente e pego o elevador parando no térreo. Encontro a Gery limpando as armas e, os meus pais conversava com o Sr e a Sra. Castillo.

"O que fazem aqui?" - questiono.
"Ela sabe?" - pergunta a Angeles.
"Em partes, sim" - respondo cruzando os braços.
"Ótimo, porque ela vai para os negócios"
"Não, vocês não podem fazer isso com ela"

[Enquanto isso]

PDV Violetta

O Tomás ficava me encarando, minha cabeça estava completamente confusa sobre tudo.

"E aí como se sente?" - pergunta.
"Não sei está tudo confuso"
"Compreendendo" - arqueio a sobrancelha - "Não vai achando que León e eu fomos assim"
"Então?"
"Nossos pais fazem parte da máfia, certamente, trabalho para o León, sua família e a dele são poderosas e temidas e odiadas" - pausou - "Aprendemos a fazer parte dos negócios da família aos 14 anos e não há escolha, está no nosso sangue"
"O León se pudesse escolher, escolheria diferente?" - pergunto curiosa.
"Por você, sim" - engulo em seco.
"É o meu destino fazer parte disso?"
"Sinceramente?" - assinto - "Se você quer ficar com León, o único jeito é fazer parte do nosso mundo, do contrário conhecendo o meu chefe e o mesmo sabe que tu quase morreu por causa dele, não existirá mais você e ele"

Ficar com o homem que sou apaixonada e ser parte da máfia ou voltar a minha vida antiga sem me importar com os meus sentimentos por ele?