A garota do cabelo azul escrita por PunkOfPiltover


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Estou adorando, seriamente, a reação de todos, principalmente com Rachel! Hahaha. Mas não se irritem com ela, embora eu aprecie muuito Amberpricefield, eu juuro que essa é uma fanfic Pricefield, e Rachel não vai atrapalhar nada, ela só vai ser o combustível para o ship ;) E peço perdão novamente pela demora, dessa vez estou sem meu notebook e anda sendo complicado escrever. Tentarei resolver o mais breve possível, mas pode haver mais demoras! Não me odeiem >: Aqui está, para matar vossas curiosidades!



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Um resumo do dia anterior pode-se focar apenas em Chloe. Ela ficou tão chapada que precisou dormir na casa de Rachel para não despertar ainda mais a fúria de Joyce. Eu não havia aprovado nada a ideia, mas Rachel estava decidida a me provocar usando Chloe, e eu sabia que não poderia colocar a punk na minha casa, Kate tinha a chave de lá! O que ela pensaria?

E no fim fora melhor dessa forma, pois logo de manhã acordei com Joyce na minha porta. Kate havia contado sobre o ‘’sequestro’’ que sofri no dia passado, temendo sobre o que havia acontecido, e Joyce por algum motivo imaginou que encontraria Chloe comigo. Chloe estaria duplamente encrencada se fosse vista em casa. Provavelmente Joyce saberia que ela estava chapada, e... Pensasse que Chloe estava me arrastando nessa também! Eu não queria estar perto para ver a cena. Provavelmente na casa de Rachel Joyce não iria procurá-la, ao menos era o que eu esperava. Antes de sair, Joyce me deixou um aviso para tomar cuidado com os hábitos de Chloe, e não me deixar ser influenciada por eles, de preferência não participando mais das festinhas noturnas dela, nunca acabava bem. Talvez Joyce soubesse do hábito de fumar maconha da punk, mas se recusava a admitir. Isso me partia o coração, por que Chloe era tão má com Joyce, afinal?

Suspirei ao parar para lembrar de tudo o que acontecera. Senti um calafrio ao lembrar das palavras de Rachel. Aquilo não era o que eu queria. Eu não queria me aproveitar de uma Chloe chapada demais para talvez até se lembrar de alguma coisa que acontecera. E não queria ver Rachel o fazendo. Me assustei com uma voz ao meu lado enquanto eu queimava meus neurônios pensando na saída. Era Kate. Estava meio estranha.

— Hey Max, você parece um pouco distraída hoje. Aconteceu alguma coisa?

Abri um sorriso amarelo. De forma alguma Kate poderia saber daquilo.

— Ah, não é nada. Eu dormi muito pouco, sabe como é, provas chegando.

Ela não pareceu convencida, e discretamente engoli a seco.

— Você ficou chateada por eu ter contado o que houve para Joyce?

Ela baixou o olhar. E eu travei no lugar. E mesmo assim ela percebeu. E suspirou, parecendo... Desapontada? E logo voltou a falar antes que eu desse alguma resposta.

— Eu precisei, Max. Elas não são boas companhias. Você tem todo um futuro pela frente, é uma ótima fotógrafa. Não pode se deixar influenciar pelo que elas fazem.

Ela estava séria. Há muito tempo eu não ouvia Kate, tão tímida e recuada, falar daquela maneira quase como uma ordem. E saiu sem esperar uma resposta. Por que todos estavam me falando aquilo? Parecia mesmo que eu, tão hipster, nerd e careta como sou, iria de repente aparecer chapada e largar de tudo o que eu estava fazendo. Até parece que... As duas eram exatamente iguais a mim no passado. Será? Que as duas realmente agiam dessa forma e de repente começaram a se drogar e largar sua vida para festas noturnas? Congelei com essa possibilidade. O que houve? Por quê? Eu precisava saber mais sobre elas. E Joyce era a pessoa perfeita para recorrer.

Me arrumei para o curso e suspirei com as olheiras que me encaravam de volta. Parece que eu teria de me acostumar com elas. As pessoas ao redor pareciam notar algo diferente, eu estava recebendo mais atenção do que deveria, e muitos cochichavam coisas que eu não podia ouvir, mas se tratando de quem eram, eu sabia que não era coisa boa. Eu não me importei e assisti à aula normalmente. Ao fim, vi um bilhete cair na minha mesa. Quando o abri, arregalei os olhos.

‘’Max lésbica pecadora. Ainda por cima com duas garotas. O que Kate Marsh diria disso? Oh, espere, ela é tão vadia quanto Max. As duas darão as mãos para ir para o inferno juntas’’

Bufei diante do bilhete. Sério? Em pleno século que estávamos? Aquilo era ridículo. Amassei o bilhete e saí com passos pesados da sala. Kate não me seguiu como costumava fazer, provavelmente ainda estava apreensiva com aquilo tudo, e eu também não estava me importando muito no momento.

Logo que cheguei à cafeteria, Joyce rapidamente pareceu notar que havia algo errado. Fosse minha cara nada amigável, ou o fato de que Kate não havia vindo trabalhar comigo, ela logo se aproximou para fazer perguntas. E vi nelas a oportunidade perfeita de tirar minhas dúvidas.

— Diga-me Joyce... Como eram Chloe e Rachel no passado?

Joyce travou, surpresa. E logo abaixou o olhar, tristemente. Ela hesitou, por tanto tempo que quase pedi para que ela deixasse de lado, mas ela me cortou, começando a falar.

— Chloe era uma menina tão alegre... Com o pai. Ela sonhava em cursar algo que a permitisse fazer várias viagens. ‘’Eu irei conhecer o melhor lugar para tirar nós três desse fim de mundo!’’ ela dizia toda vez. Até que... Um dia ele veio me buscar no serviço. No caminho houve um acidente. Foi uma morte instantânea. Talvez Chloe me culpe por isso até hoje. E quando soube que eu estava prestes a me casar novamente, ela se rebelou totalmente. Más companhias, tatuagem, cabelo azul, maconha... Ela era outra pessoa. E conheceu Rachel. Garota muito bonita inteligente e educada. Queria ser modelo, a cidade toda a admirava. Mas era aventureira e gostava do errado, rapidamente se embalou nas coisas que Chloe fazia. Agora provavelmente planejam sumir daqui sozinhas algum dia. E eu não quero, nunca, que você acabe fazendo o mesmo, Max.

Ela me olhou com aquele olhar que sufocava. Eu não sabia o que fazer. E felizmente, ou não, a porta da cafeteria abriu com um estrondo. Era Chloe. Estava com olheiras horríveis. Mas o humor sarcástico matinal não mudou.

— Que clima é esse? Eu fiquei uma noite fora só, não morri nem nada.

Joyce ignorou aquilo e se afastou novamente. Chloe deu de ombros e veio na minha direção, abrindo um sorriso. Havia algo diferente no brilho do olhar dela que me deixava um pouco desconfortável. Eu me sentia uma presa no brilho predatório que ela me enviava. E cheguei a dar um pequeno pulo quando ela riu e achou que era uma boa ideia despentear ainda mais meu cabelo com uma das mãos. Droga, Chloe!

— Fica calma, super Max. Eu vim me desculpar pela noite passada. Eu não queria te impactar daquela forma logo de cara, mas eu me deixei levar, como sempre. Como prova da minha desculpa, eu pago meu chocolate hoje. Mas é pra você, não deixa Joyce saber disso.

E terminando a fala, ela deixou alguns trocados na mesa. Sem opções, sem direito a perguntas, eu fui fazer o chocolate. Eu queria tanto perguntar sobre o passado, perguntar sobre porque ela havia mudado tanto. Ela era como eu, sonhava em fazer algo bom, e agora não está nem na universidade mais, por quê? Engoli as perguntas e respirei fundo, caminhando para entregar o chocolate para ela novamente. Ela inspecionou o copo e sentiu falta do desenho que eu sempre fazia. Eu me encolhi quando ela franziu a testa em confusão e logo me olhou. E inesperadamente ela se aproximou. Minhas pernas ficaram molengas com o beijo na bochecha que eu recebi, e provavelmente eu fiquei corada, já que ela se afastou rindo.

— Eu te espero para outro momento de diversão. Sem maconha dessa vez, eu prometo. Quero estar bem sóbria para ver com meus próprios olhos tudo o que Rachel falou de você sobre a noite passada. Até mais tarde, Max.

Tudo o que Rachel falou... O que Rachel havia falado?! Eu travei em alerta e Chloe saiu rindo. Pouco depois, olhei para Joyce e ela estava me olhando com aquele olhar preocupado que me partia o coração. Logo em seguida senti meu celular vibrar e o peguei, olhando para a mensagem nova, incrédula. Era Rachel.

‘’Você parece que não vai sair do lugar, então eu vou te dar uma ajudinha porque isso é divertido pra caramba. Você vai me agradecer algum dia, Maxine.’’

O que ela queria dizer com aquilo? Ela realmente não me deixaria em paz? Eu suspirei. Nunca esperei que minha vida seria tão bagunçada vindo para uma cidade tão pequena e parada localizada no fim do mundo. 


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Notas finais do capítulo

Opa, que encrenca será que Rachel anda aprontando? :o Até o próximo, galera ^^



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