I don't belive in love escrita por CRAZY


Capítulo 18
Capitulo 18


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!!! Tá aí mais um capitulo pra vocês.
Boa leitura!!



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— Oi. – Eu disse me aproximando de León, ainda corada.

— Ai Vilu, que linda! – Angie disse antes mesmo do León responder.

— Muito linda. – León disse.

— Bom, eu já vou indo. Qualquer coisa me liga tá Vilu. – Angie disse enquanto subia as escadas.

— E então, vamos? – León perguntou.

— Claro.

Abri a porta e vi o carro de León na porta. Achei estranho, pois aquele não era o mesmo carro que ele dirigia quando fomos entregar o celular pra ele. O outro era muito mais moderno, mas tentei não pensar nisso.

No caminho não conversei muito. Eu estava muito nervosa, por mais que já estivéssemos juntos algo podia dar errado. Na verdade sou um pouco desajeitada e isso era o que mais me preocupava.

— O que foi? – Ele perguntou enquanto dirigia.

— Nada, por quê?

— Você tá tão quieta.

— Sou quieta por natureza. – Eu disse o fazendo rir.

— Eu já notei isso. Está muito nervosa?

— Eu não tô nervosa. – Eu disse e ele riu novamente.

— Claro que está, esse é o seu primeiro encontro. – Ele disse.

— Como sabe que é meu primeiro encontro?

— Se foi meio complicado você querer ficar comigo, fico imaginando com outro. – Ele disse e me fez rir. Ele estava extremamente certo.

— Ah, não foi tão difícil assim.

— Claro que não, só estava tentando conquistar uma garota que nem sequer acreditava em amor. – Ele disse irônico. Mas novamente ele tinha razão.

Depois de mais poucos minutos chegamos. Era um lugar lindo e muito chique, nunca na vida eu havia frequentado um lugar desses.

— É muito lindo aqui León! – Eu disse enquanto estrávamos no lugar e pela primeira vez me senti parte de uma corte.

— Gostou?

— Gostei, claro. É muito fino não é? – Eu disse olhando para tudo enquanto escolhíamos uma mesa.

Nos sentamos e olhei para a mesa, a primeira coisa que reparei foram os talheres, com medo de que fossem aqueles milhares de talheres, iguais aos usados no Titanic, mas não, havia apenas garfo, faca e colher.

Depois de pedir a comida ficamos conversando sobre tudo, escola, amigos, fatos bizarros...

— Você não trabalha, né Vilu. – León disse.

— Não, e você?

— Mais ou menos.

— Como assim?

— Eu faço umas coisas aí e ganho uma recompensa. – Nesse mesmo instante a comida chegou. Mas não deixei de perguntar.

— E o que você faz?

— Nada demais.

Ele era irredutível. Tudo bem, eu admito que era igual a ele, mas não tanto!  Ele estava louco para descobrir tudo logo e conseguiu, agora eu também quero saber o que ele tanto esconde mas não está sendo assim tão fácil.

Até que o telefone dele toca. Ele viu quem era e fica nervoso. Olhava para a tela do celular sem atender, provavelmente decidindo se devia mesmo fazer isso.

— Alô? Oi Raissa, o que foi? Agora? Não, eu não posso. Por que não! É, eu tô com a Vilu sim. Não Raissa, eu não vou! Se virem, mas não contem comigo nessa. Olha, eu não vou discutir com você agora, tchau. – Ele disse e desligou. Depois guardou o celular no bolso da calça novamente.

— O que aconteceu? – Perguntei.

— Nada. – Ele disse colocando o cabelo para trás. De um tempo para cá percebi que ele só faz isso quando está nervoso.

— Aconteceu alguma coisa.

— Não é nada de importante.

— Tem certeza?

Ele respirou fundo e sorriu.

— Tenho. – Ele disse e então segurou a minha mão.

Ficamos bem mais de uma hora no restaurante, mas em nenhum momento parei de pensar na conversa. Aquelas coisas que não são “nada demais” deveriam render muito dinheiro, pois León era um dos mais riquinhos do colégio. Será que essas coisas são os compromissos insuportavelmente misteriosos que ele tem? E se for, por que ele não me diz o que é?

Saímos do restaurante e esperamos um dos homens buscarem o carro.

— E então, o que achou? – León perguntou enquanto esperávamos.

— Ótimo.

— Só ótimo?

— Ótimo, maravilhoso, espetacular. Mais alguma coisa? – Eu disse e ele riu.

— Você só era assim comigo e eu não entendia o por quê?

— Acho que era porque eu me sentia mais segura.

— Ninguém nunca imaginou que a garotinha tímida e quieta fosse muito, muito mais que aquilo. – Ele disse se aproximando.

— Eu também não.

E então ele me beijou. Eu ainda não estava muito acostumada com aquilo, se é que um dia vou me acostumar. O coração dispara. Sempre. Todas as vezes.

Logo o carro chegou. O caminho foi silencioso, as ruas estavam pouco movimentadas, escuras, só os postes iluminavam. O rádio estava ligado e eu adorava escutar música olhando para as ruas, principalmente a noite. Eu simplesmente entrava em transe.

De repente León freou o carro no meio da rua. Não haviam faróis vermelhos e nem um cachorro atravessando a rua.

— O que foi? – Perguntei assustada. León aumentou o volume do rádio. Ele novamente parecia nervoso.

— Temos uma notícia de emergência. O banco central estava sendo assaltado, os ladrões estavam levando tudo quando a policia chegou. Então um tiroteio começou e dois jovens que estavam ajudando a polícia morreram. É melhor não passar por lá, o trânsito está terrível na região. Mais tarde falaremos mais sobre o ocorrido.— Disse o locutor.

León desligou o rádio e ficou pálido. Não se movia.

— León, Você tá bem?

Ele não respondeu. Pegou o celular e ligou imediatamente para alguém.

— Jeff, o que aconteceu? Tá brincando? Não pode ser. E o que vamos fazer? Amanhã cedo? Tá certo, amanhã eu te vejo. Avisa o pessoal que eu já sei de tudo. Tchau.

Ele desligou, saiu do meio da rua e estacionou o carro. Ele estava ofegante, desesperado.

— León você tá bem?

— Não.

— O que eu posso fazer?

— Nada.

— O que tá acontecendo?

— Eu deveria ter ido, nada disso estaria acontecendo.

— Nada disso o que?

— Eu vou te levar pra casa. – Ele disse prestes a dar partida no carro.

— Não vai não. – Eu disse segurando o braço dele. – Não vou pra lugar nenhum sem entender o que está acontecendo.

— Eu não posso te dizer.

— Por que não?

— Por que não.

— Você não confia em mim?

— Não é isso. Eu confio, mas eles não.

— Eles quem?

— Vamos embora.

— León!

— Me desculpa, mas eu não vou te dizer nada.

— Eu sabia que ia dar nisso. Onde eu estava com a cabeça? – Eu disse sentindo meus olhos encherem de água.

— O que tá dizendo.

— Eu não aguento mais esses seus segredinhos León! Eu não aguento mais te ver estranho comigo, escondendo as coisas de mim. Tem sempre alguma coisa a mais, e você não me conta nada! Eu te contei tudo! Te contei uma coisa que eu nunca tive coragem de contar e agora você vem com isso?

— Eu tô te protegendo Vilu! – Ele disse se aproximando.

— Não, você não está! Você só está escondendo as coisas de mim.

— Violetta se eu te contar você vai se arrepender e eu também.

— Eu fui muito idiota mesmo. Eu nem deveria estar aqui com você.

— Não Violetta! Pra ser sincero eu nunca poderia me envolver com você, eles não aprovam isso. – Novamente “eles”.

— Então por que está fazendo isso?

— Por que é impossível eu não me envolver! Você é importante demais pra mim, não posso ficar longe!

— Então acho melhor você ir se acostumando. – Eu disse e saí do carro.

Cansei de tudo isso.


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Notas finais do capítulo

:( O que acharam??? Comentem!!



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