Por Ela eu Faço Tudo escrita por Soluço a lenda


Capítulo 12
Um doador


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, tudo bem com vocês, desculpem pela demora, ficou difícil de escrever, já que voltamos as aulas né? Ma saqui estou trazendo pra vocês o penúltimo capitulo dessa história, eu sei que todos vocês estão loucos pra ler esse capitulo então vamos lá, boa leitura pra vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/664097/chapter/12

— Eu sinto muito Soluço – Disse o doutor Turner – A pressão dela caiu para quatro, a cada minuto ela piora...sem um coração novo, ela não vai aguentar – Disse o doutor Turner e Soluço encara o chão.

— Então tá...pega o meu – Disse Soluço.

— O que? – Perguntou ele.

— Você me ouviu, pega o meu coração e coloca na Astrid – Disse Soluço.

— Ah cara, para com isso – Disse Cabeça-dura enquanto todos encararam Soluço – Você pirou de vez!

— Não está falando sério – Disse o doutor Turner.

— Claro que é sério, é muito sério! – Disse Soluço.

— Caramba – Murmurou Heather vendo a atitude de Soluço.

— Mas você vai estar morto – Disse Cabeça-dura.

— E a Astrid viva – Respondeu Soluço.

— Você não pode fazer isso – Disse Jéssica.

— É o único jeito.

— Não, fisicamente não dá pra fazer!

— Dá sim, eu mesmo me mato, você só tem que me abrir e pegar o meu coração.

— Cara, isso é loucura! – Respondeu Cabeça-dura.

— Soluço, tem muitas incertezas, o tipo sanguíneo de vocês, os tecidos... – Explicou o doutor Turner.

— Não, nós dois fizemos exames, meu tipo sanguíneo é B+ também, talvez eu seja o único do País que seja esse tipo sanguíneo, o meu coração vai servir sim! – Respondeu Soluço.

— Não, é muito arriscado – Disse ele.

— É? E se eu estiver no chão morto? Não vai pegar meu coração e colocar nela pra salvar sua vida? Vai deixar duas pessoas morrerem? – Perguntou Soluço.

— Quer saber? Acho que o Soluço está certo – Respondeu Heather.

— Tá, mas e sua mãe? E a Astrid? Como ela ficaria sem você? – Perguntou um dos médicos.

— Eu sou o namorado dela, é meu dever garantir o melhor pra ela, eu estou disposto a morrer por ela – Respondeu Soluço – E eu sei que ela faria o mesmo por mim.

— Soluço, eu sei que o que aconteceu com ela foi ruim, mas se matar não vai resolver nada, você fez tudo o que pode, talvez seja melhor aceitar – Disse Cabeça-dura o encarando.

— Aceitar? Aceitar o que?! – Perguntou Soluço.

— Que a Astrid vai morrer – Respondeu o doutor Turner.

— Não! Eu não vou aceitar! NUNCA! Pra você ela é só mais uma paciente, mas pra mim...ela sempre foi uma boa pessoa, ela é engraçada, atlética, forte...eu estou implorando doutor! – Respondeu Soluço com os olhos marejados.

— Eu gostaria de ajudar Soluço, mas isso é...antiético.

— Idai! Ninguém liga, eu não ligo! – Disse Soluço tirando a arma do bolso – Mas a Astrid vai viver! Talvez vocês não tenham percebido até agora! EU VOU FAZER O QUE FOR PRECISO PRA ELA VIVER! – Gritou Soluço.

— E o que vai fazer? Atirar em mim se eu não fazer a cirurgia? – Perguntou ele.

— Não, eu mesmo me mato – Disse Soluço apontando a arma para a sua cabeça – Esse é o motivo de tudo, ela precisa de um doador, alguém tem que morrer pra ela poder viver! E esse alguém sou eu! – Respondeu Soluço e o doutor Turner se aproximou dele o encarou nos olhos.

— Tudo bem – Respondeu ele.

— Tudo bem o que? – Perguntou Melequento.

— Eu faço se é isso que quer – Respondeu ele.

— Você não vai deixar ele se matar assim! Vai?! – Perguntou Melequento.

— Depois que morrer, por que não? – Perguntou ele.

— Doutor, se fizer isso, está acabado – Disse um dos médicos.

— O que vão fazer? Me processar? Tirar minha licença? Isso ainda é um hospital, se tem um coração disponível, eu não vou desperdiçar, Jéssica, vamos para a cirurgia – Falou ele indo em direção a sala de cirurgia.

Enquanto isso, em um hospital não muito longe dali, um helicóptero acaba de chegar com o corpo da mulher que havia sido atropelada, ela havia sofrido morte cerebral, mas as outras partes do corpo estavam bem aproveitáveis.

— O que temos aqui? – Perguntou o médico encarregado entrando na sala onde a mulher estava sendo operada.

— Doadora feminina, fígado e rins utilizáveis – Respondeu a enfermeira.

— E os pulmões? – Perguntou ele.

— Ok.

— Coração?

— O coração está bem – Respondeu ela.

— Ótimo, tipo sanguíneo?

— B+ - Respondeu ela.

Enquanto isso, no hospital, Soluço estava escrevendo em um papel o seu testamento enquanto todos os outros ficaram sentados vendo ele escrever, ainda tentando aceitar o fato de que ele ia se matar.

— Certo, terminei, meu testamento diz que eu estou deixando o meu coração para a Astrid e quero duas testemunhas para assinar – Disse Soluço.

— Eu não vou assinar isso e nem vou ver você se matar – Respondeu Cabeça-dura.

— É, e nem eu – Respondeu Melequento.

— O quanto antes assinarem, mais cedo vão pra casa – Respondeu Soluço e todos ficaram em silencio.

— Tá bom, eu assino – Respondeu Heather quebrando o silencio.

— Eu também – Respondeu Perna-de-peixe.

Soluço entregou o seu testamento e ambos o assinaram de bom grado enquanto o resto ficou em silencio.

— Então, agora você vai entrar ali e se matar? – Perguntou Perna-de-peixe.

— É, só uma coisa me deteria – Respondeu Soluço.

— O que? – Perguntou ele.

— Se o Melequento for B+ - Respondeu ele rindo.

— Não! Sem essa! Eu sou O+, juro por Deus! – Respondeu Melequento e todos riram.

Soluço pegou o seu testamento e começou a caminhar em direção a sala de cirurgia, mas antes, para e olha para trás, encarando todos que estavam lá.

— Foi um prazer conhecer vocês – Disse ele voltando a andar em direção a sala de cirurgia.

Antes de ir pra lá, Soluço para no quarto onde Astrid estava, ele vê que Jéssica estava monitorando tudo e entra na sala.

— Posso falar com ela? – Perguntou Soluço.

— Claro – Respondeu ela deixando eles a sós.

Soluço se aproxima de Astrid, que estava dormindo profundamente, ele para na sua frente e admira sua face por um tempo, ela parecia tão calma, tão tranquila, tão em paz, isso apertou um pouco o coração de Soluço, mas ele tinha que se despedir.

— Astrid – Chamou ele e com um pouco de dificuldade, Astrid abre os seus olhos azuis cor de céu, os olhos que Soluço tanto amava, Soluço sorri ao ver Astrid consciente.

— Oi Soluço, você conseguiu? Conseguiu um coração pra mim? – Perguntou ela com dificuldade.

— É, nós conseguimos um – Respondeu ele e Astrid sorri ao ouvir isso – Astrid, eu preciso falar algumas coisas pra você.

— Fala – Pediu ela.

— Astrid, minha mãe te ama, ela te trata como sua filha e...eu quero que você a trate como sua mãe, ela vai tomar conta de você, sempre pode contar com ela, diga que a ama, que ela foi a mãe que você nunca teve – Disse Soluço com os olhos marejados.

— Tudo bem, eu digo – Respondeu Astrid.

— Eu...tem vários homens legais por ai Astrid, gente de bem, com dinheiro, e que te farão muito mais feliz do que eu te faria – Disse Soluço enxugando as lagrimas de seu rosto.

— Como assim Soluço? Eu não tô entendendo – Respondeu Astrid.

— Logo vai tudo se esclarecer...mas eu quero que saiba que...eu te amo Astrid, eu te amo muito, por você eu faço tudo e me desculpe por não conseguir ser um namorado melhor pra você – Disse Soluço pegando a mão de Astrid – Eu vou estar sempre com você Astrid, sempre estarei no seu coração – Disse ele deixando as lagrimas escorrerem em seu rosto e em seguida beijando a testa de sua amada.

Soluço sai do quarto e se dirige para a sala de cirurgia, enquanto isso, em outro hospital, onde Rebeca também trabalhava, todos ficaram sabendo da história de Soluço e estavam torcendo para que ele conseguisse um coração para a sua amada.

Um dos médicos estava na recepção fazendo o relatório, quando chega um fax pra ele, ele pega o fax e o lê, no faz dizia:

Doadora feminina, jovem, mais ou menos 25 ou 30 anos.

Aproveitável os rins, fígado, pulmões e coração.

Tipo Sanguíneo: B+

— Oh Meu Deus – Disse ele com os olhos arregalados.

Ele pula o balcão e sai correndo do hospital o mais rápido que conseguia.

Enquanto isso, no hospital, o doutor Turner, Jéssica e outro médico esperavam Soluço na sala de cirurgia, eles estavam nervosos meio nervosos, apenas esperando que aquilo acabasse logo.

— Muito bem, vamos lá – Disse Soluço entrando na sala e tirando a arma do bolso.

Soluço se senta na cama e pega uma bala que estava no bolso e tira o cartucho que estava na arma, ao tirar, eles percebem que a arma estava descarregada.

— Espera um pouco, quer dizer que esse tempo todo a arma não estava carregada? – Perguntou o médico.

— É, eu sou um mentiroso, nunca pensei em matar ninguém além de mim – Respondeu ele carregando a arma.

Enquanto isso, o médico que estava no outro hospital chegou correndo até o hospital onde Soluço estava.

— Senhorita Pein! – Gritou ele se aproximando de Rebeca, que também estava no local – Não vai acreditar nisso!

— O que? – Perguntou ela.

— Achamos um compatível, B+, o único tipo em todo o país – Respondeu ele entregando o fax para Rebeca.

— Meu Deus – Murmurou ela animada.

Dentro do hospital, Jéssica pegou algumas toalhas limpas e as deixou ali perto, sabia que o que ia acontecer ali ia fazer muita sujeira, Soluço respirou fundo e deitou na cama e o doutor Turner fechou a porta.

— Lá vou eu – Falou Soluço apontando a arma para a sua cabeça.

Fora do hospital, Rebeca correu na direção de Valka, que estava conversando com alguns policiais.

— Senhora Strondus, temos boas notícias – Disse Rebeca.

Dentro do hospital, Todos estavam encarando Soluço esperando ele puxar o gatilho, Soluço aperta os olhos e puxa o gatilho. Mas não acontece nada.

— Ah, que droga, eu esqueci de destravar a arma – Falou ele tremulo soltando a trava.

Fora do hospital, Valka leu todo o fax que havia sido enviado e arregala os olhos ao ver o que estava escrito.

— O helicóptero estará aqui com o coração em 15 minutos – Falou o médico que havia trazido o fax.

— Meu deus – Disse Valka correndo para a entrada do hospital.

Dentro do hospital, Soluço apontou a arma novamente para a sua cabeça.

— SOLUÇO! – Gritou Valka se aproximando da entrada do hospital.

Soluço respirou fundo e fechou os olhos, prestes a puxar o gatilho.

— Soluço, nós temos um doador! – Gritou Valka desesperadamente na entrada do hospital.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Meu Deus, esse final foi tenso, e agora? Será que é tarde demais? O Soluço puxou o gatilho? Eu sei que eu deixei todos vocês tensos pra caramba, mas logo, vocês saberão o que aconteceu no último capitulo dessa história, comentem ai o que acharam e nos vemos em breve, até mais meus leitores :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por Ela eu Faço Tudo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.