Ps:Te Odeio escrita por Follemente


Capítulo 30
Alcoolizada


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura
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A minha cabeça está doendo horrores. Alguém pode me explicar como vim parar no quarto? A última coisa de que me lembro, é de estar conversando com o João. Levanto da cama e percebo que não estou com a mesma roupa de ontem. Como troquei de roupa? Caminho para ou banheiro. Preciso de um banho. Deixo a água bater na minha cabeça e cair sobre meu corpo. Incrível como a dor de cabeça alivia com a água gelada. Alivia, mas não passa.

Faço um coque no cabelo ainda molhado, coloco uma roupa leve e vou para a cozinha tomar café. Ainda bem que hoje é sábado, imagina trabalhar com ressaca do tamanho do mundo?

Assim que chego na cozinha me deparo com o João em frente ao fogão de costas pra porta.

O que esse individuo está fazendo em casa?

Antes que eu falasse qualquer coisa ele se vira

—- Bom dia, Maria. – ele diz não tão alto, mas o suficiente pra fazer minha cabeça latejar um pouco mais.

—- Shiiu...—digo colocando um dos dedos sobre a boca – Precisa gritar? – digo sentando à mesa

—- Eu não gritei. – ele diz colocando uma jarra de suco na mesa

—- Estou com uma dor de cabeça horrível! – digo colocando uma das mãos na testa e apoiando o cotovelo na mesa

—- Ah, sabe qual o nome disso ressaca. – ele diz sentando na minha frente

O encaro

—- Ah, não me diga? – digo – Oh, João. O que você está fazendo em casa em? – pergunto cruzando os braços

—- Não que seja da sua conta. – ele da um gole no suco – Eu vou mais tarde pra empresa hoje. Tenho tempo o suficiente pra tomar café

—-Ah, que triste! – digo voltando pra minha posição anterior

Começo a tomar café.

Ficamos por alguns minutos em silêncio. Até que me lembro de alguns detalhes

—-Oh João. – digo e ele olha pra mim – Como eu fui parar no quarto ontem? – pergunto batendo com as unhas na mesa, fazendo um pequeno barulho que sei que o irrita.

—- Ué você não lembra? – ele diz dando uma mordida na torrada

Sorrio apreensiva

—- Se eu estou perguntando. – digo ainda batendo as unhas na mesa – Por que? Tem alguma coisa que eu devia lembrar? – pergunto -- É que a última coisa que me lembro, é que estávamos conversando no sofá.

Ele da um leve sorriso

—- Não. Nós não estávamos conversando – ele diz

—- Como não gente? – digo parando de bater com as unhas na mesa e cruzando os braços

—- Eu estava falando sozinho. – ele diz e eu respiro aliviada – Você, digamos que deu um “tiro” em sua própria cabeça e dormiu. – ele diz cruzando os dedos e apoiando os cotovelos sobre a mesa

—-Ah, tá. – digo – Mas então, como fui parar no quarto? – refaço a pergunta voltando a bater as unhas na mesa

—- Digamos que ontem eu estava muito bonzinho. – ele diz – Eu te levei pro quarto

Sorrio apreensiva

—- Ah, ta. É... E a minha roupa? – pergunto

Ele me encara

—-O que tem a sua roupa? – ele pergunta

—- Eu não estava com essa roupa. – digo ainda batendo as unhas na mesa

—- Para, para, para – ele diz colocando a mão por cima da minha – Ta me irritando já esse barulhinho. 

—- Como se eu me importasse. – digo – Não muda de assunto João.

—-Você realmente não estava com essa roupa. – ele diz dando outro gole em seu suco

—- Não com essa. Com a que eu acordei. – digo – Ontem quando eu cheguei, eu estava com uma roupa não estava?

—- Se você estivesse sem roupa, é que seria estranho. – ele levantando e indo em direção a pia

—- Então, com que roupa eu cheguei ontem?

Ele me encara

—- Maria você não lembra a roupa que estava ontem? – ele pergunta tirando a jarra de suco de cima da mesa e colocando na geladeira – Você estava de vestido. – ele diz

—- Então, eu acordei de camisola. E eu não sei como isso aconteceu. – digo

Ele sorri e balança a cabeça negativamente

—- Você não se lembra como aconteceu? – ele diz apoiando colocando as mãos no ferro da cadeira em que estava sentado – É tão obvio. – ele diz mordendo o lábio inferior

—- Não, não é tão obvio. – digo levantando

Ele sorri mais uma vez

—- Maria... – ele diz se aproximando – Quando eu coloquei você na cama... – ele faz uma pausa

—- Dá pra continuar? – digo cruzando os braços

Ele da um sorriso de lado

—- Quando eu coloquei você na cama... – ele da outra pausa me deixando nervosa – Você acordou. E eu sai do quarto – ele diz sorrindo e se afastando

Respiro aliviada

—- Provavelmente, você levantou trocou de roupa e voltou a dormir. – ele diz terminando de tirar a mesa – Como estava tão alcoolizada, não consegue se lembrar.

Bêbada! Nunca vou compreender a dificuldade que ele tem de falar palavras simples

—-Ah, claro! Deve te sido isso mesmo. – digo passando a mão na testa

—- Mas calma agora? – ele pergunta

—- Eu não estava nervosa. – digo cruzando os braços

—- Ah, não né? – ele diz rindo – Vai dizer que você não estava apavorada pensando na possibilidade de ter acontecido algo entre a gente?

—- Claro essa possibilidade nem passou pela minha cabeça – minto – Loucura sua achar isso

—- Loucura mesmo é você pensar isso. – ele diz – Por dois motivos. Um: eu nunca dormiria com alguém alcoolizada. Dois: a pessoa alcoolizada era você

—- Eu já disse que essa possibilidade não passou pela minha cabeça. – digo – Até mesmo porque nem com todo álcool do mundo eu dormiria com você.

—- Então estamos quites. – ele diz – Vou me arrumar – ele diz saindo da cozinha

Assim que ele sai e vou para sala. Deito-me no sofá percebendo que a dor de cabeça não foi embora. Coloco uma almofada no rosto. E acabo pegando no sono.

Acordo com o João pegando as chaves para sair. O lembro de que almoçaremos com meu pai, para contar a verdade a ele.

Ainda não sei como vou contar isso. Não deveria ser uma coisa tão difícil, mas como eu tenho uma mania de complicar tudo.


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Notas finais do capítulo

Pequeno pois vou postar a continuação na sexta... :)
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