Speak now escrita por Hese


Capítulo 3
Tudo em nome da amizade


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo! Fiquei muito contente com os comentários incríveis que vocês deixaram nos capítulos anteriores.
A minha última prova é amanhã, e eu juro que vou me concentrar nessa e na minha outra fic em andamento, Begin Again, totalmente. Speak now já está toda planejada, e a maioria dos capítulos já tem seus rascunhos e uma base.



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Clove puxou uma das cadeiras para que eu me sentasse, e assim o fiz. Ela encheu um copo com água e começou a procurar por açúcar nos armários. Eu poderia dizer que ele estava na prateleira, mas eu me perdi, focando meu olhar em um ponto na parede.

Quando finalmente me entregou o copo, eu precisei forçar a água, devido ao nó incomodo na garganta. Ela se ajoelhou defronte a mim, com uma expressão preocupada. Quando ela me perguntou se eu estava bem, eu não sabia responder, mas o fiz, alegando que deveria ter sido uma baixa de pressão ou mal estar pelo álcool que ingeri na noite anterior.

Tomei mais alguns goles da água adocicada em silêncio. Clove puxou uma das cadeiras e se sentou ao meu lado, esperando, com uma paciência, que era raro de vê-la usando, por uma fala minha dizendo que estava melhor. Mas eu não disse. Não queria ir pra fora de novo, e ver Peeta e Cashmere. Eu sabia que estava sendo egoísta - por Deus, ele era meu melhor amigo, e iria se casar, no entanto, eu não tinha capacidade nem de dar parabéns.

O som animado das conversas lá fora não diminuíra, mas mesmo assim, consegui ouvir o barulho da porta da frente se abrir, e supus que Clove também, já que ela virou a cabeça em direção ao corredor juntamente comigo.

Madge entrou na cozinha afobada, mas exibindo o costumeiro sorriso.

— Estou muito atrasada? – ela perguntou, e depois de se dar conta da agitação bem às minhas costas, franziu as sobrancelhas – O que aconteceu?

— Você deveria ver por si mesma.

A porta da cozinha foi aberta, e Peeta entrou, esboçando um sorriso enorme. Aquilo me incomodou mais do que deveria. Ele logo percebeu a presença da irmã e foi abraçá-la. Ela continuava com expressão confusa, e à espera de uma explicação.

— O que aconteceu? Eu fui falar com vocês e não encontrei nenhuma das duas – Peeta alternava o olhar entre Clove e eu.

Torcia para que a cor já tivesse voltado ao meu rosto, mas nem houve tempo para que Peeta percebesse, pois Cashmere apareceu na cozinha, provavelmente atrás do noivo. Ou talvez, Peeta estivesse ofuscado demais pela felicidade para reparar em mim. Eu não queria ter de considerar aquela possibilidade.

— Aí está você – ela falou.

Ouvir sua voz com aquele tom alegre e meloso me fez sentir como se tivesse levado um soco no estômago, e logo senti o gosto amargo em minha boca. Olhei para Madge e ela parecia sentir o mesmo.

Nunca entendi o motivo do desentendimento das duas, e todas as vezes em que me lembrava de perguntar, Madge não estava disposta a responder, e nem eu a levar os tapas no lugar de Cashmere.

— Eu já não sei mais se quero descobrir o que houve – Madge sempre tentava medir as palavras desferidas a Cashmere na presença de Peeta, então não consegui encontrar uma razão para tal hostilidade.

— Mas tenho certeza que vai mudar de ideia – a noiva de meu melhor amigo estendeu a mão, exibindo o anel.

A expressão de choque foi aos poucos tomando conta do rosto da loira. Eu imaginei se tinha deixado tão óbvio o que sentia, como ela, porém, uma parte de mim pedia para que ela dissesse tudo o que estava pensando, pois sabia que seria um alívio, tanto para ela quanto pra mim.

— Sei que isso deveria ajudar, mas só me deixou mais confusa – Madge falou, empurrando a mão de Cashmere para longe.

— Querida, Peeta me pediu em casamento - Cashmere não pareceu ter a intenção de jogar aquilo na cara da futura cunhada, ela realmente estava feliz em anunciar o noivado, e ouvir aquilo doeu, porque era como se a realidade tivesse sido empurrada pela minha garganta.

Peeta olhou carinhosamente para Cashmere, que retribuiu o olhar, com um sorriso verdadeiramente lindo.

Madge perdeu toda animação com qual estava poucos minutos atrás. Ela olhou para mim, compreensiva, mas eu duvidava que sentisse metade do que eu sentia naquele momento.

Eu tinha dito poucas palavras desde a chegada de Madge, e realmente não me entusiasmei em fazê-lo quando todos acarretaram uma conversa sobre um assunto que eu não tinha noção alguma. Não saberia dizer quanto tempo demorou até a cozinha ficasse em silêncio, mas quando levantei a cabeça, percebi que todos olhavam para mim.

Tive vergonha de perguntar do que eles falavam, mas felizmente - ou não -, Cashmere me poupou disso, repetindo a pergunta.

— E quanto a você? Clove me disse que se sentiu mal.

Minha primeira reação foi olhar para Clove e rezar para que ela entendesse a pergunta que se formou em minha mente: Por que falou justo com ela? Mas ela estava virada em outra direção.

— Não foi nada - dei de ombros - Vocês dois deveriam voltar pra lá. Duvido que todos já tenham dado os parabéns ao casal.

Cashmere concordou, puxando Peeta pelo braço. Ele me olhou, e pela primeira vez, eu fiz o mesmo. Implorei mentalmente para que ele discordasse de mim e se sentasse ao meu lado, mas quando ele não o fez, abaixei a cabeça, e tomei todo o resto do conteúdo do copo em minhas mãos em um gole só.

Depois que os dois saíram, Clove se virou para mim, e murmurou um "uau".

— Agora podemos dizer que esse dia foi totalmente uma surpresa - ela falou.

Eu sorri de lado, tentando ver a parte divertida da situação, como Clove estava fazendo, mas não fui capaz. Eu sabia que logo ela comentaria sobre meu estado, então me pus de pé, ignorando a sensação de fraqueza que me atingiu quando o fiz.

Pedi licença para ir ao banheiro, e Madge deu um passo para o lado, liberando o caminho até o corredor. Clove me olhava da mesma forma que uma mãe fazia com um filho, e o famoso "conversaremos mais tarde" estava implícito ali.

Eu odiava o fato de ela me conhecer tão bem.

Depois de lavar o rosto, tirando a pouca maquiagem que usava, eu respirei fundo. Me sentia, em parte, pronta para finalmente demonstrar toda a alegria que eu sabia que Peeta merecia. De dentro da minha bolsa, tirei a máscara para cílios e uma batom qualquer, guardado lá há tempos.

Sai do banheiro, e não encontrei mais ninguém dentro da casa, exceto pelos poucos adolescentes usufruindo do bom sinal de wifi que conseguiam na sala.

Voltei para o quintal, e a primeira pessoa que vi foi Peeta. O abracei e sussurrei um "estou feliz por você" em seu ouvido. Ele sorriu como se estivesse esperando por aquelas palavras, e me levou até a mesa que dividia com Clove, Madge e Cashmere.

Todos estavam almoçando, e eu até cheguei a arrumar meu prato, mas todas as cervejas que eu tomei finalmente pareceram surtir o efeito, e meu estômago se revirou. Mesmo que tudo ali parecesse delicioso, recusei tudo que me ofereceram, mas quando até Cashmere me perguntou se eu estava me sentindo bem - pela segunda vez- eu percebi que não estava agindo normalmente.

Aceitei o salgadinho que ela me ofereceu de bom grado, e por alguns instantes senti que todo o mal estar tinha ido embora, e me deliciei com o gosto. Mas durou poucos instantes, e assim que terminei de comer me senti estufada, e minha cara não deve ter sido das melhores, pois Cashmere pareceu realmente arrependida de ter me dado aquilo para comer, e pediu desculpas.

Rodei o pingente do meu cordão de um lado para o outro, desejando que ela fosse pelo menos um poucos mais mimada, como aparentava algumas vezes, porque assim pelo menos seria mais fácil odiá-la.

Sua personalidade me deixava confusa. Obviamente, eu não a conhecia tão bem quanto Peeta, e talvez por isso não conseguia compreender a razão de ela agir tão docilmente em alguns momentos e tão mimada em outros.

Por todo o nosso tempo restante na festa, eu agi de forma automática, correspondendo aos sorrisos lançados à mim, e murmurando afirmações.

Madge nos levou de volta, lá por volta das cinco, e mesmo que o sol não tivesse se posto ainda, o caminho demorou uns quarenta minutos, e quando ela nos deixou na porta de nosso prédio, o céu tinha uma coloração alaranjada.

— Obrigada pela carona - falei para ela quando desci do carro. A loira jogou um beijo no ar, e assim que eu fechei a porta, ela acenou para Clove.

Não vi quando Madge foi embora, pois me virei de costas, indo em direção as escadas. Pulei de dois em dois degraus para alcançar Clove, que já estava dentro do prédio. Ela procurava pelas chaves enquanto subia as escadas. Passei na sua frente e tomei a bolsa de suas mãos, tendo consciência do quanto ela demoraria se eu não intervisse.

Cheguei primeiro na porta do apartamento, ansiosa para me deixar ser acolhida pela atmosfera conhecida no lugar. Sem paciência para esperar Clove, abri a porta, e a deixei destrancada para que ela pudesse entrar.

Meus saltos foram jogados em algum canto do corredor no caminho até meu quarto. Empurrei a porta com minhas costas, e quando estava finalmente sozinha, no escuro do meu quarto, respirei fundo.

Peeta amava Cashmere, e ele estava feliz com ela. Sendo sua melhor amiga, eu deveria sentir o mesmo, sabendo que ele iria se casar com a mulher que ele acredita ser o amor de sua vida.

Então, porque mesmo repetindo essa frase o caminho todo na minha cabeça, ainda parecia tão difícil ficar feliz por Peeta?

Eu estava cansada, no entanto parecia cedo demais para dormir, e um banho pareceu ser a melhor opção no momento. Tirei meu vestido e joguei-o sobre a cama, e segui até o banheiro do meu quarto.

Depois de longos minutos debaixo da água fria, vesti um pijama de malha, de um tamanho maior que o meu. Encontrei Clove na sala, também com outras roupas, assistindo algum programa de comédia qualquer.

Sentei-me em umas das poltronas, e puxei meus pés para cima. Clove se virou sorrindo. O celular dela apitou sobre a cômoda ao seu lado, e ela se esticou para pegar.

— É o Peeta – sua testa se franziu, enquanto ela lia curiosa o que pensei ser uma mensagem.

— O que foi?

— Ele disse que não consegue falar com você – Clove revirou os olhos, ciente meu hábito de colocar o celular no silencioso –Disse que é importante.

Dei de ombros, se havia algo maior que sua proposta à Cashmere, eu não tinha certeza se queria saber.

Murmurei que ligaria para Peeta mais tarde, e Clove bloqueou o celular, colocando na cômoda novamente. Ela, percebendo meu incômodo, tentou iniciar uma conversa sobre a família de Peeta, e sobre como havia achado eles encantadores. Sorri, concordando com ela. A partir disso, engatamos em várias outras conversar, que quase me fizeram esquecer o incômodo crescente dentro de mim.

Não sei quanto tempo passamos na sala aquela noite, mas quando resolvemos dormir, já eram quase duas da manhã. Clove foi para seu quarto, e eu fiquei sozinha por uns momentos. Não sentia vontade de me deitar, mas meus olhos pesavam, até que eu me rendi, e fui me arrastando até meu quarto.

Meu celular estava sobre minha cama, e sua tela piscava, indicando novas mensagens. Eu até considerei lê-las, mas me deitei na cama, e pus meu celular debaixo do travesseiro, ignorando as ocasionais vibrações de novas mensagens chegando.

***

Mesmo que eu tivesse dormido pesadamente devido aos comprimidos que tomara no meio da madrugada, eu me senti exausta na manhã seguinte, quando me levantei para trabalhar. Nem mesmo o banho gelado que tomei fora suficiente para dissipar toda aquela sensação de cansaço.

Fiquei um pouco decepcionada quando não encontrei Clove, apenas um bilhete explicando que ela teve de ir mais cedo para o trabalho.

Com uma fome repentina, me dei conta que não comi desde que chegamos na tarde do dia anterior. Ataquei o nosso estoque de pãezinhos integrais, que era a coisa mais prática e que causaria menos bagunça. Quando me senti satisfeita, percebi que estava atrasada.

O estúdio no qual trabalhava ficava na área da Union Square, localizada no coração de São Francisco, e mesmo que não demorasse mais do que uns vinte minutos para chegar lá do meu apartamento em Noe Valley, aquela era uma das localidades favoritas dos turistas, que chegavam em qualquer parte do ano, ou seja, uma total confusão.

Peguei a mesma bolsa que usara para trabalhar poucos dias antes, aproveitando que a maioria de minhas coisas ainda estavam nela, e joguei uma das barrinhas de cereal de Clove dentro. Pus a alça em minha boca, usando uma das mãos para trancar a porta, e limpando a livre na minha calça jeans clara.

Depois de me despedir do senhora que encontrei nas escadas, segui para meu Kia Sportage estacionado em frente ao prédio. Eu não me preocupava em deixá-lo na rua, era um bairro tranquilo e eu não corria nenhum risco.

Joguei minha bolsa no banco do carona, e segui o meu caminho costumeiro até o trabalho.

Quando finalmente cheguei no estúdio, haviam poucos clientes me esperando, mas admito que não era aquilo que me preocupava. Olhei para os lados, à procura de Cinna,e suspirei aliviada quando não o vi na recepção nem no corredor.

— Ele já está com a primeira cliente - Annie falou, sem tirar os olhos do computador. Eu me assustei, mas me controlei para não dar um grito.

— Ele quem, criatura?

— Cinna. De quem mais você estaria se escondendo? - ela sorriu inocentemente. Seus olhos foram parar no meu café comprado a pouco em uma das Starbucks perto do estúdio.

— Pode ficar, não vou poder tomá-lo depois que Cinna arrancar minha cabeça mesmo.

Deixei o copo no balcão, e segui pelo corredor. Annie se inclinou, e gritou um agradecimento, dizendo algo sobre ir com toda certeza em meu funeral.

Depois de entrar no estúdio, joguei minha bolsa sobre a pequena poltrona, me aproximando de Cinna, que posicionava a câmera em frente à um fundo branco, decorado com flores e lacinhos. Naquele dia, eu faria fotos para o primeiro aniversário de uma adorável garotinha.

Os poucos anos de experiência que eu tinha me ensinaram a ter paciência com os clientes, e por mais que os pais da criança parecessem simpáticos, a mãe era totalmente perfeccionista. Seria capaz de cancelar tudo o que planejara conosco apenas por meu atraso. Então, mesmo que Cinna acabasse comigo mais tarde, tudo o que eu poderia fazer era agradecer por ele ter organizado as coisas para mim.

De soslaio, me pus ao seu lado, depositando um beijo castro em sua bochecha. Ele não se afetou, e continuou ajeitando as lentes da câmera.

— Está atrasada.

— Eu sei - respondi, tirando meu casaco. Cinna deu um passo para o lado, e eu entendi a deixa para terminar de ajeitar o equipamento - Mas se você está aqui, quebrando essa árvore, não está tão bravo comigo.

Me inclinei, observando o foco, e por minha visão periférica, vi ele cruzando os braços, permitindo que um sorriso leve se apossasse de seus lábios.

— Não abuse da sorte, garota.

Ele me deu as costas, e poucos segundos depois de sair da sala, a mãe da bebê que eu iria fotografar, saiu do quartinho ao lado do cenário, com a filha já vestida com a roupa combinando com o tema escolhido.



***

Não sabia se era por causa do meu atraso, ou por todos os clientes que atendi, mas o dia passou rapidamente, e logo Cinna me dispensava para a hora de almoço.

Arrumava minhas coisas, que acabaram se espalhando em um canto do estúdio no decorrer da manhã, quando ele me chamou para almoçar junto dele e Annie. A ideia não era nem um pouco ruim, mas Peeta me ligou instantes depois, me convidando para o mesmo. Não aceitaria, mas quando ele falou que seria apenas nós dois, mudei de ideia.

Cinna pareceu entender, e saiu com Annie, deixando o trabalho de fechar o lugar comigo.

Peeta sugerira um restaurante no shopping próximo ao estúdio, e eu concordei. Eu cheguei primeiro, por motivos óbvios, e não me importei. Rumei até o segundo piso, onde minha livraria favorita ficava escondida entre lojas maiores. Aquele lugar era meu refúgio, com a decoração aconchegante e confortável, e as caixas de som espalhadas por todos os cantos, tocando músicas da jovem guarda.

Mas quando Peeta chegou, acompanhado de Cashmere, eu desejei ter demorado mais, ao menos o suficiente para não ter de presenciar o beijo de despedida deles. Eu passava as mãos pelas prateleiras de cor escura, e observando atentamente os títulos dos livros ali dispostos, quando Peeta despejou a notícia em mim.

— Você deve estar brincando comigo – falei totalmente incrédula. Peeta me olhou confuso, e ignorei, assim como fiz com as outras que me olharam pelo tom de voz elevado. Mesmo que elas estivessem certas, uma livraria deveria ser lugar de silêncio, eu não pude me controlar. - Como assim vocês vão se casar daqui a quatro meses?!

— Katniss, fale baixo – ele falou, mas parecia se divertir com minha reação. Eu não estava achando nem um pouco divertido, minha vontade era bater com o livro em mãos na sua cabeça até que algum juízo entrasse nela.

— Vocês só podem ser loucos. Não faz nem uma semana que você pediu ela em casamento.

— Eu sei, também parece loucura para mim, mas Cashmere parece tão animada com tudo isso.

— Vocês namoraram por seis meses antes de ficarem noivos, isso já não é normal. Sabe que a maioria das pessoas ficam noivas por mais do que apenas quatro meses antes de casar, não é? Mas pra que adiar o inevitável, não é mesmo? – fui totalmente cínica, e Peeta preferiu me ignorar do que responder.

— E tem mais uma coisa – ele começou gentilmente.

— Juro que se você me disse que Cashmere está grávida eu vomito aqui mesmo – fiz uma careta somente com a possibilidade de tal.

Peeta pegou o livro de minhas mãos como se imaginasse o que eu pretendia fazer com ele, mas eu ainda tinha no mínimo sessenta livros à minha frente que seriam bem úteis caso eu precisasse.

— Eu sei que Cashmere que deveria escolher, mas você é uma pessoa muito especial pra mim - fechei os olhos. Já tinha uma ideia da onde ele queria chegar. Não faça isso, não faça isso— E quero que você esteja já comigo no dia, mas não apenas como uma convidada. Então, Katniss Everdeen, aceita ser minha madrinha?

Peeta riu, e eu teria feito o mesmo, em outra situação, em outras circunstâncias.

O meu orgulho piscava em alerta vermelho, me dizendo para recusar. Mas diante do olhar do meu melhor amigo, a parte que carregava carinhosamente a vida que passamos juntos, não deixava que eu o fizesse. Deixei que essas duas partes brigassem e decidissem por mim, e assim aconteceu.

Sorri, e deixei que o sim escapasse de meus lábios, sem sentimento nenhum.


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Notas finais do capítulo

Playlist de speak now: https://open.spotify.com/user/heloisefmm/playlist/78hZXsptXGJgLUALXqfEQq



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