The Lightwood-Bane Chronicles escrita por Giovana Cobe
Notas iniciais do capítulo
Primeiro é curtinho e fofinho, só pra começar!
Alec subiu as escadas do apartamento vagarosamente. Ele tinha saído em uma missão simples com o parabatai, mas acabou que a definição de “simples” de Jace não se enquadrava com a definição de Alec. Quando eles se viram rodeados por demônios que, apesar de fracos, estavam em grande número, Alec se viu tentado a derrubar Jace e deixá-lo de isca enquanto fugia de volta para a família. Mas, claramente, não o fez. Por isso agora estava completamente dolorido enquanto os iratzes faziam efeito. Ele só havia passado no instituto pra trocar de roupa e veio pra casa, no Brooklyn.
Sentia-se exausto. Todos os dias ele se perguntava como os pais conseguiram manter-se firmes com os deveres de caçadores de sombras e cuidar de três crianças — quatro quando Jace chegou ao instituto.
E pensar que isso foi a mais de uma década atrás...
Ao ver a porta do loft ele se lembrou de como os pais aguentavam todo o trabalho: Alec abriria a porta, veria seu filho sorrindo, o homem que amava o esperando (a não ser que estivesse fazendo algum trabalho louco para mundanos estranhos) e, com sorte, haveria jantar pronto. Ele torcia para que tivesse.
— Chegueee- — Alec abriu a porta e sentiu toda a cena de família feliz que tinha imaginado se rachando. — MAGNUS!
O loft estava uma zona de guerra. Literalmente. Haviam travesseiros empilhados de um lado da sala, o sofá estava deitado do outro, metade dos livros que deveriam estar nas prateleiras estavam no chão, e Alec não se arriscou a olhar a cozinha por medo do que iria encontrar.
Max, em toda sua habilidade de criança warlock de quatro anos de idade, havia aprendido a lançar faíscas roxas nos últimos dias, e a animação de Magnus era clara. Tão clara que arrumou um campo de guerra para brincar com o filho.
— Hey! Amor! — Magnus sorriu saindo de trás do sofá derrubado, usando um capacete verde que provavelmente era da segunda guerra mundial.
Alec lançou um olhar desaprovador e o feiticeiro tentou começar a explicar quando uma faísca roxa voou em suas costas.
— AHA! TE PEGUEI, PAPAI! — pulando por cima das almofadas estava Max, correndo em direção a seus pais, o suor brilhando sobre a pele azul escura — Oi papai Alec.
Ele ergueu os braços pra Alec que não conseguiu resistir e deixou toda a irritação pra trás e o pegou no colo sorrindo.
— Então, soube que você derrotou seu pai já umas 15 vezes? É verdade?
— EI! CALUNIA! — Magnus apontou um dos dedos pro filho e lançou uma faísca azul, a qual Max prontamente pegou com a mão, absorvendo a magia — Mas não posso negar que ele é bom. Claro, filho do alto feiticeiro do Brooklyn!
— Vocês se divertiram, blueberry? — Alec apenas ignorou enquanto Magnus aumentava a si mesmo, enchendo o pescoço gordinho do pequeno com beijos que faziam Max rir. Ele estava acostumado a ignorar os monólogos de Jace sobre como ele é demais.
— Uhum, uhum, uhum! Mas sentimos ‘sodades’ de você, pai.
Alec sorriu com a afirmação, levantando as sobrancelhas e olhou pra Magnus.
— É mesmo?
— Você nem imagina o quanto — Magnus selou os lábios dele nos de Alec rapidamente e Max fez um som de nojo que fez os pais rirem — Quero ver o quanto dura esse seu nojo. Sendo meu filho...
Alec tapou os ouvidos de Max, uma das mãos sobre uma das orelhas e empurrando a outra contra o seu peito, fazendo com que o pequeno chifre do garoto pressionasse o peito do pai.
— Magnus, olhe o mau-exemplo!
— Eu tenho histórias piores e você sabe...
— Por favor, vamos manter as histórias do Peru em segredo por enquanto — ambos riram e Max lutou pra se desvencilhar da mão de Alec.
— Pai, vamos pedir yasoba! — o garoto por algum motivo tinha aprendido a falar yasoba no lugar de yakisoba, e eles lutavam para fazê-lo aprender o correto. Porém, dessa vez, Alec apenas deixou passar.
— Doce ilusão a minha que haveria algo pronto, aliais...
Antes que Alec pudesse se virar para encarar a cozinha, Magnus mexeu uma das mãos, claramente criando um feitiço de disfarce, fazendo com que a cozinha parecesse estar em perfeito estado.
— Melhor você não entrar na cozinha por enquanto — Magnus sorriu culpado pela segunda vez da noite.
— Nós comemos churros! — Max bateu palmas animado e só aí Alec notou que a camisa preta do garoto estava manchada com doce e que havia farinha no cabelo dele.
— Acho que o seu cabelo comeu também, rapazinho. Você precisa tomar um banho. — O garoto pareceu desanimar, fazendo um biquinho com os lábios — Vamos, te dou banho de espumas na banheira com o Sr. Pato!
— Tio Jace não gosta do Sr. Pato!
Ambos Alec e Magnus não conseguiram não gargalhar.
— É verdade, mas seu tio é meio — Alec girou o dedo indicador perto da orelha — E é o papai que vai brincar com o Sr. Pato, né? — Max assentiu sorrindo, mostrando os dentinhos de leite que tinham terminado de nascer há alguns meses — E enquanto isso, o pai Magnus vai arrumar a casa, pedir o jantar e tirar esse chapéu estranho, não é pai?
Magnus automaticamente tirou o capacete e o jogou de lado como se nunca o tivesse colocado.
— Isso mesmo.
Alec podia não ter a família perfeita, que o espera em casa com jantar na mesa e a casa arrumada, mas ele tinha melhor. Um filho que amava e que o orgulhava a cada dia, fazendo-o se sentir o homem mais sortudo do mundo. Tinha também a outra criança da casa, a de 400 anos de idade que cismava em decorações temáticas, bagunçava a casa com a mesma frequência que arrumava trabalhos estranhos, planejava viagens potencialmente perigosas, dava festas que às vezes duravam dias — nessas ocasiões, Max ficava com alguém de confiança: Maia, Lily, Catarina, ou na pior das hipóteses, no instituto, onde Jace podia infiltrar as loucuras dele no sobrinho — e por ultimo, mas não menos importante: fazia Alec se sentir o mais amado ao fim do dia.
Não, Alec não tinha nada do que reclamar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que gostem! Sou apaixonada pelo pequeno Max >