Histories of a Maximoff escrita por Cookie


Capítulo 14
Questions game


Notas iniciais do capítulo

Yep. We're finally back!
Voltamos antes do final das férias! (para alguns, um dia antes...mas a intenção é o que conta!)
Ao invés de enrolar, vou deixar que leiam o capítulo! Boa leitura!

Música do capítulo: Castle - Halsey
Tradução do título: Jogo de perguntas



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/663559/chapter/14

Após a nossa conversa, Pietro escreveu um bilhete para o Erik, avisando que iríamos sair com uns amigos que reencontramos e almoçaríamos fora, voltando apenas à noite. Enquanto isso, eu pegava um mapa da cidade para turistas e traçava o caminho para o armazém com um marcador. Para o nosso azar, o armazém era fora dos limites urbanos da cidade, mas acho que conseguiríamos nos virar quando saíssemos dos mesmos.

Pietro e eu não podíamos dirigir em Sokovia, já que só tínhamos dezesseis anos. Portanto, ao invés de alugar um carro, tivemos que nos contentar com bicicletas. Pedalamos por quase duas horas até chegarmos ao limite urbano da cidade. Agora dificultava. À nossa frente eram apenas florestas e montanhas...

Minhas pernas doíam. Parecia que elas seriam rasgadas ao meio. Não aguentando mais a dor, peço a Pietro que pare por cinco minutos. Desço da bicicleta e a encosto em uma das árvores ao meu redor. Imediatamente desabo no chão.

“É isso que dá não fazer exercícios” dizia uma vozinha chata na minha cabeça.

Calada” eu respondo.

—Você está bem? – pergunta meu irmão. Ele não parecia nem um pouco afetado com o exercício. Era como se ele andasse horas seguidas de bicicleta todos os dias.

—Não. – eu respondo – Minhas pernas estão me matando! É como se um trator tivesse passado por cima delas...

—Exagerada...

—Como é possível que você não esteja com dor?

—Sei lá. – ele se senta ao meu lado, tomando água de uma das garrafas que trouxemos – Por incrível que pareça, eu só estou com fome! – ele me oferece a garrafa. Alegremente, eu a aceito.

—Acha que já estamos próximos?

—Já saímos da cidade...então...acho que sim. – eu reviro os olhos – Alguma ideia do que vamos encontrar lá?

—Nenhuma. E você?

—Nenhuma também. – Pietro franze o cenho – Só tem uma coisa que está me deixando com a pulga atrás da orelha: por que a polícia guardou algumas partes das ruínas do prédio? Já faz seis anos! O protocolo da polícia implica que eles guardem esse tipo de coisa por até seis meses para que os antigos donos as resgatem. Eles não guardariam por seis anos. Muito menos guardariam fora da cidade!

—Espera um pouco, como é que você sabe disso?

—Digamos apenas que eu e os meninos fomos detidos pela polícia uma quantidade razoável de vezes...

—Você já foi preso? – não sei por qual motivo eu soava tão surpresa. Era previsível esse fato.

—Não exatamente. Fui apenas detido na delegacia até que o Erik fosse me buscar e pagasse uma multa. Mas sempre que isso acontecia era por causa de algo como uma pichação ou “excesso sonoro” nas festas que eu ia. Nunca fiz nada sério.

—Acho que nós dois somos delinquentes.

—Concordo. – nos olhamos e desatamos a rir. Quando finalmente paramos, me sinto mais relaxada – Pronta para continuar?

—Vamos logo antes que eu decida voltar para a cidade e roubar um carro... – Pietro sorri e se levanta. Logo em seguida, me ajuda a levantar. Subimos em nossas bicicletas e continuamos nosso caminho.

[x]

Ao chegarmos ao “armazém”, nos surpreendemos ao ver que ele parecia muito mais uma fortaleza. O lugar parecia uma antiga mansão que havia sido reformada recentemente para abrigar seja lá o que eles esconderam lá dentro. Havia vários guardas armados circundando o perímetro. Quando eu digo “armados” eu quero dizer “pistolas com silenciadores, rifles, snipers no telhado, cães de guarda que batiam na minha cintura, entre vários outros”.

—Por que tem tanta segurança em um armazém policial? – sussurro para Pietro. Estávamos escondidos atrás de uma moita.

—Eu acho que isso não é a polícia. – ele aponta para um dos agentes mais próximos – Esses uniformes não são policiais. Tem algum símbolo nos ombros deles...se eu conseguisse ver... – seja lá qual fosse o símbolo, Pietro não pôde ver, já que, no segundo seguinte, dois canos metálicos são pressionados na parte de trás de nossas cabeças.

—кто ты? (Quem são vocês?)— pergunta o homem em...russo? Ele sabe que em Sokovia falamos sérvio, né?

—Мы катались на велосипедах. (Nós estávamos andando de bicicleta.) — responde Pietro, também em russo. Desde quando meu irmão fala russo? – мы потерялись. (Acabamos nos perdendo.)

медленно встаньте на ноги и поднимите руки вверх. (Levantem-se devagar e coloquem as mãos para cima.) — fazemos como ele mandou. Outros dois soldados aparecem por trás dele e nos escoltam até o interior do que, eu duvidava, fosse um armazém da polícia.

[x]

Uma vez dentro do “armazém”, os agentes nos amarraram em cadeiras e nos deixaram sozinhos em uma sala. Até pensei em usar meus poderes para que escapássemos, mas ficamos sozinhos por apenas uns trinta segundos. Um loiro de estatura mediana e com braços musculosos entrou na sala. Ele segurava um tablet.

—Então... – ele nos encara – Vão me dizer o que estão fazendo aqui? – antes que meu irmão pudesse dizer alguma coisa, resolvi entrar no jogo dele de antes.

—Мы катались на велосипедах. (Nós estávamos andando de bicicleta) – eu digo - мы потерялись. (Acabamos nos perdendo)

—Primeiramente, eu sei que vocês falam a minha língua. Но если вы хотите, чтобы этот разговор шел по-русски, я тоже могу это сделать ... (Mas se quiser que essa conversa seja em russo, posso ir por esse caminho também...)

—Se você também fala russo, sabe o que eu acabei de dizer. Nós estávamos andando de bicicleta e acabamos nos perdendo. Se quiser procurar por onde estávamos, tenho certeza de que vai encontrar nossas bicicletas. – ele suspira e encara o tablet.

—Vocês são Wanda e Pietro Maximoff. Gêmeos. Costumavam morar no prédio cujas ruínas estamos guardando. Seus pais morreram no acidente com os mísseis que destruiu o prédio. Foram adotados por Erik Lensherr e levados para os Estados Unidos. A garota ali – ele aponta para mim – foi internada no Centro de Reabilitação Psicológica St. Mary. Saiu de lá há cerca de três meses. Ele – dessa vez ele aponta para Pietro – foi apreendido múltiplas vezes por pichações e, em um caso – ele encara o tablet com ar risonho – roubo de uma pizza?

Eu honestamente não sabia se ria da expressão dele ou se encarava meu irmão. Que tipo de pessoa é presa por roubo de pizza? Resolvi por apenas engolir a risada e fingir que já sabia dessa história.

—Como sabe de tudo isso?

—A SHIELD sabe de tudo. – o nome da agência me era familiar. Onde eu havia o escutado antes? - A única coisa que não sabemos é o porquê de estarem aqui.

—Então vocês não sabem de tudo. – o loiro sorri sarcasticamente.

—Olha garota, eu estou sendo bonzinho. Só estou perguntando. Se eu precisar, posso passar para a agressividade em segundos. Acredite em mim, você não quer me ver agressivo.

—Eu posso dizer o mesmo sobre mim. – meu irmão me olhava como se eu fosse louca. O sorriso do loiro perde um pouco do sarcasmo. Ele parecia que estava se divertindo comigo.

—Que tal o seguinte: eu te faço uma pergunta, você me faz uma pergunta. Nós dois conseguiremos informações do outro. – pondero por alguns momentos.

—Fechado.

—Ótimo. – ele cruza os braços – O que realmente estavam fazendo aqui?

—Uma investigação.

—Que tipo de investigação?

—Creio que seja a minha vez. – ele trinca o maxilar, claramente se arrependendo de ter proposto isso – Quem está no comando aqui?

—Eu. – o loiro se aproxima um passo de nós – Que tipo de investigação.

—Do tipo que investiga algo. – Pietro pende a cabeça, provavelmente pensando no quão louca eu sou. O loiro abre a boca para protestar, mas, imaginando o que ele diria, eu me adianto – Antes que reclame, não é minha culpa e você não sabe formular uma pergunta do jeito certo. Qual é o seu nome?

—Clint Barton. – ele se aproxima mais um passo. Como a sala em que estávamos era pequena, isso significou que ele estava a poucos centímetros de mim. Ele me empurra pelo ombro, mas me segura ao mesmo tempo, de modo que a cadeira ficasse inclinada. Se ele soltasse, eu cairia no chão – O que estavam investigando?

—A morte de nossos pais. – Pietro não estava gostando nem um pouco da aproximação do cara – Por que estão guardando os destroços do prédio aqui?

—É confidencial. – não vou mentir: essa resposta me deixou frustrada – Por que estão investigando a morte de seus pais?

—É confidencial. – minha voz pingava deboche ao rebater. Ele suspira e fala:

—Algo nos destroços está emitindo uma fonte de energia desconhecida. Achávamos que ao retirar tudo do local original poderíamos descobrir o que é a fonte, mas ela veio com os destroços.

—Achamos que os mísseis que atingiram o prédio foram lançados com esse exato propósito.

—Por quê?

—É a minha vez. – ele cerra os dentes novamente. A cadeira inclina mais um pouco e o aperto dele em meu ombro começa a doer – Conseguiram identificar a origem da fonte?

—Sim. Por que acham que os mísseis atingiram o prédio de propósito.

—Eles atingiram um ponto específico no prédio. Uma falha no projeto. Um disparo acidental não teria essa precisão. – ele inclina a cabeça, ponderando a minha resposta – Qual é a origem da fonte?

—Dois medalhões. Como descobriu sobre a falha no projeto?

—Pesquisando. Se vocês sabem qual é a fonte, por que não a movem para um laboratório ou algo do tipo?

—Ninguém consegue se aproximar. Sabe me explicar o motivo de o segundo míssil ter demorado tanto para detonar?

—Não. Como assim “ninguém consegue se aproximar”?

—Se alguém chega a menos de cinco metros das coisas é propulsionado para longe. Os poucos que conseguiram chegar utilizando a força bruta e equipamento especial não conseguiam movê-los. O quão longe chegou na sua investigação?

—Além do que eu já disse eu descobri a origem de lançamento dos mísseis e algo, no mínimo, interessante sobre os mísseis. – eu finalmente me lembro de onde conheço essa tal SHIELD - O que acha de uma parceria?

—As únicas parcerias que a SHIELD realiza são com outros órgãos do governo. O que foi a coisa interessante sobre os mísseis que encontrou?

—Algo que pode ser a explicação do porquê de ninguém conseguir se aproximar dos tais medalhões. Vou perguntar mais uma vez: o que acha de uma parceria?

—Minha resposta ainda é a mesma. Por que está tão interessada em uma parceria? – me concentro e sinto a, agora familiar, fumacinha escarlate saindo da ponta de meus dedos.

As cordas que prendiam minhas mãos se soltam e eu agarro o braço dele que me impedia de cair com a cadeira. Ele tentame dar um soco com o braço livre, mas eu desvio, caindo para trás no processo e puxando-o comigo. Na fração de segundo que leva para ele me imobilizar, eu consegui soltar as mãos de Pietro também. Ele se desamarra e puxa o tal Clint de cima de mim.

De novo: “Quando foi que ele ficou tão forte?”

Eles começam a lutar. Bem mais ou menos. Clint tentava socar meu irmão, mas ele sempre desviava. Eu pego a cadeira na qual Pietro estava sentado e, aproveitando que Clint estava de costas, acerto a cadeira na cabeça dele, fazendo-o cair no chão, atordoado, mas não inconsciente. Encaro meu irmão e imediatamente corremos para fora da sala. Por algum milagre não havia nenhum guarda na porta. Corremos por alguns corredores, a maioria vazia – os poucos guardas com os quais nos deparávamos acabavam apagando por causa de meus poderes ou dos socos de Pietro – até que chegamos onde queríamos estar desde o início: o local onde os destroços estavam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Soooo? What do you guys think?
Gente, fiquem à vontade para nos mandar suas teorias! A cada capítulo estamos mais perto da verdade e, pelas teorias que e mandaram no privado, vocês estão pegando as pistas direitinho!
Obrigada por lerem! Kisses!
~Lady Romanogers



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Histories of a Maximoff" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.