Pov's Alícia

Depois do jantar mais que animado fomos para os dormitórios. Lá as meninas ficaram me fazendo um monte de perguntas e foi um saco responder todas já que a maioria foi sobre o Paulo. Imaginei se ele também estaria em um interrogatório nesse momento.

Alícia: Que saco vadias, parem de fazer tantas perguntas, deixem um pouco para amanhã que eu quero dormir - falei me encostando na parede já que minha cama ficava encostada na mesma. Nosso quarto era diferente dos meninos, o deles era beliche e o nosso cama nomal por ter menos gente.

Val: É que é muita novidade para um dia só...

Majo: É. Primeiro você e o Paulo se perdem e só voltam no outro dia...

Carm: Depois a gente descobre que vocês se perderam por besteira e ainda se machucaram no processo...

Marga: E para fechar com chave de ouro você e o Paulo agora estão amigos.

Alícia: Não vejo o que tem de tão alarmante nisso. Ficamos " amigos " mais do jeito que somos vamos brigar mais que tudo então não vai mudar muita coisa - falei fazendo aspas em amigos.

Marce: Isso muda muita coisa porque vocês só se falavam por minha causa e agora estão se dando bem.

Alícia: Pera ai, estamos apenas conversando sem um querer matar o outro como antigamente, isso é bem diferente de estar nos dando bem é apenas um começo.

Val: Graças a Deus é um começo.

Alícia: E você não vem não Váleria. Que palhaçada foi aquela de ficar falando que eu e ele ficamos na floresta para não lavantar suspeitas? Se a gente tinha ficado? Você tem merda na cabeça é?!

Val: O que foi, não se pode mais falar não?! Eu quero que vocês dois fiquem juntos.

Alícia: E eu posso saber por que?

Val: Porque é raro você achar alguém bonito...

Alícia: Mentira. Eu acho muuuita gente bonita.

Val: Sim, acha famosos e pessoas que nem conhecemos. Eu estou falando de alguém próximo da gente e você achar ele bonito já é um avanço muito grande.

Alícia: Não começa Váleria. Não é porque eu achei ele bonito que eu vou me casar e ter filhos com ele.

Marga: Esqueceu o cachorro.

Alícia: Muito obrigada - falei revirando os olhos.

Val: Eu não disse isso mais queria que vocês dois ficassem juntos.

Alícia: Não vai rolar não Váleria e agora eu vou dormir porque eu estou mega cansada e não estou com paciência para isso não. Se alguém quiser perguntar alguma coisa deixa para amanhã, boa noite - falei me deitando e ouvi elas reclamando por ter que esperar para perguntar mais coisas.

Por mais que eu tentasse não estava conseguindo dormir por causa que as meninas faziam muito barulho, ficavam conversando ou simplesmente abrindo bolsas, sacolas ou celulares apitando, coisa chata.

Depois do que me pareceu um século finalmente elas dormiram e eu iria conseguir dormir também. Mais como a minha felicidade dura muito pouco logo o meu celular toca avisando que havia chegado uma mensagem. Ignorei, não iria ver nada agora queria apenas dormir. Meu celular tocou novamente e logo em seguida chegou mais uma mensagem. Mais que saco, pessoa mais irritante que não me deixa dormir.

Peguei meu celular que estava do meu lado irritada e li as mensagens que eram do Paulo: " Alícia vem aqui fora que eu preciso falar com você ", como se eu fosse, ele que esperasse até amanhã.

Então eu abri a segunda mensagem: " Vem logo caramba que eu quero dormir mais preciso falar com você ", " Vem logo porra! " Nossa que educado esse menino. Enquanto eu lia a terceira ele me mandou mais uma " Vem logo Gusman se não vou ai te buscar ", que garoto mais chato esse, que belo amigo eu fui arrumar.

Mandei uma mensagem avisando que já estava indo e me levantei e sai com todo cuidado para não acordar nenhuma das meninas. Quando finalmente sai do quarto olhei ao redor o procurando e o achei perto de uma árvore do lado da casa e fui até ele.

– O que quer Guerra? - perguntei quando cheguei perto dele.

– Conversar - falou simples me olhando me cima a baixo por causa do pijama.

– Para de olhar o mané - falei dando um tapa na cabeça dele que apenas riu.

– A culpa não é minha se você veio com esse pijama.

– Eu não iria me trocar só para olhar para a sua cara Guerra agora fala logo o que quer.

– Eu preciso conversar sério com você.

– Sério?! Eu jurava que você tinha me acordado a essa hora para brincarmos de amarelinha e ficarmos vendo pôneis coloridos - falei sarcástica e ele revirou os olhos.

– Eu não estou brincando Gusman.

– Então fala de uma vez Guerra.

– Por que você mentiu para todos dizendo que havia sido você a se perder quando nós dois sabemos que a culpa foi minha?

Eu então fiquei sem saber o que responder. Para falar a verdade nem eu mesma sabia o porque, na hora só me pareceu uma boa ideia e ele ficou tão assustado na hora que ela falou que iria voltar que falei a primeira coisa que me veio na cabeça e por sorte meu vô acreditou junto com todo mundo.

– E para que isso te interessa?

– Talvez porque era para eu estar em casa agora recebendo uma bela bronca dos meus pais e não aqui conversando com você. Porque aparentemente a menina que me odiava e que só brigava comigo resolveu ser minha amiga e no mesmo dia mentir sobre algo que ela não fez apenas para me ajudar. Está bom para você ou quer mais? - perguntou irritado. Por que diabos esse menino está irritado?

– Eu te ajudei porque eu percebi que embora você não adimitisse você gosta daqui e eu acho que você merecia ficar um pouco mais, por isso falei para ele que havia sido eu assim a diretora não te mandaria de volta e eu sendo neta do dono ela não iria me mandar de volta também.

– Tem certeza de que é só isso Gusnan? Perguntou me encarando.

– Isso o que Guerra? - perguntei sem entender.

– Tem certeza que é só por isso que você me ajudou? - perguntou chegando mais perto de mim e parando bem na minha frente.

– Lógico que eu tenho, você tá bem Guerra? Por qual outro motivo eu te ajudaria? - perguntei cruzando os braços.

– Não sei, deixa eu pensar - falou fingindo pensar - Talvez porque você goste de mim.

Quando ele falou isso eu comecei a rir. Meu Deus, eu comecei a falar decentemente com ele hoje e ele já acha que eu estou gostando dele?

– Não seja estúpido menino, eu não gosto de você. Te ajudei apenas para você não ir embora.

– Porque você me queria por perto. E sabe porque? Porque você gosta de mim - falou com um sorriso debochado no rosto me encarando.

– Não fale besteiras Guerra, se eu soubesse que você iria falar essas palhaçadas teria te deixado ir embora.

– Não teria nada Gusman.

– Você enlouqueceu néh?! - perguntei irritada encarando ele que estava bem na minha frente.

– Eu não, você que é mentirosa.

– Mentirosa? Eu? Você que é um idiota por pensar uma coisa dessas.

– E você é irritante por não perceber isso.

– E você é um retardado por achar que eu algum dia vou querer isso - falei apontando para ele

– E você é uma besta por não querer isso - falou apontando para ele mesmo - saiba que muitas querem aquilo que você não quer - falou e isso me irritou mais ainda.

– Escuta aqui Guerra, se você quiser ficar com elas eu não dou a minina para isso, por mim você pode fuder com a vadia que te quer... - eu falava completamente irritada com ele e teria teria continuado se ele não tivesse me feito parar com um beijo.

Ele simplesmente me puxou para mais perto e juntou nossos lábios. Eu fiquei surpresa, não esperava por isso, esperava uma briga como sempre faziamos mais dessa vez ele resolveu mudar e não me deu o roteiro. Eu no começo não quis o beijo e tentei empurrar ele mais ele era mais forte que eu me segurou pela cintura e depois de alguns segundos de resistência eu acabei cedendo o beijo e correspondi passando os meus braços pelo pescoço dele o puxando para mais perto de mim e senti ele sorrir durante o beijo.

Eu não sabia onde estava com a cabeça maia estava gostando do beijo. Ele me beijava de uma maneira rápida e intensa e eu correspondia do mesmo jeito. Ele então me encostou na árvore e continuou com a mão na minha cintura e eu ainda o puxava para mais perto de mim, como se isso fosso possível.

Ele beijava tão bem que eu não queria parar tão cedo mais em um momento se consciência me lembrei que era o Guerra que eu estava beijando e que estavamos brigando e não deveriamos estar nos beijando. Empurrei ele parando o beijo e ele como não esperava por isso foi fácilmente afastado.

– Merda Guerra por que fez isso? - perguntei o encarando e ele sorria para mim.

– Porque Gusman você não parava de falar.

– E isso é motivo para sair me beijando por acaso?

– É sim e nem tente me falar que não porque eu sei que você gostou Alícia, até correspondeu - falou chegando mais perto de mim, provavelmente iria mw beijar novamente mais eu não iria deixar dessa vez.

– Vai a merda Guerra - falei empurrando ele para o lado e comecei a andar de volta para a casa.

– Não adianta fugir Alícia, você gostou - falou mais alto para que ouvisse.

– Vai para a Puta que pariu Guerra - falei me virando para ele e mostrando o meu lindo dedo do meio para ele e voltei a andar até os dormitórios e ele ficou lá.

Entrei com o maior cuidado possível para que nenhuma das meninas acordasse e me deitei na cama. Eu estava completamente furiosa com o Guerra. Mais que merda, estavamos começando a nos dar bem nas palavras das meninas e ele vai e estraga tudo assim.

Mais também não pudia negar que havia gostado do beijo e era isso que me deixava mais irritada. Por que eu tinha que ceder? Eu fui uma idiota mesmo.
Eu estava tão confusa e não podia falar com ninguém sobre isso então decidi dormir já que era a melhor coisa que eu faria no momento. Então com essa mistura de irritação e incerteza eu dormi.