A Darkland Tale escrita por DarrenShanLover


Capítulo 7
CHESHIRE FOREST


Notas iniciais do capítulo

Mil desculpas por ficar tanto tempo assim sem postar!!! Foi meio que uma mistura de tudo, falta de inspiração, falta de tempo, mas, enfim, finalmente o cap. 7 está postado, é pequeno, mas, mesmo assim, espero que gostem ♥



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         Eu não sabia para onde estava correndo, mas eu não podia parar. O tempo parecia não passar, e eu também não estava ficando cansada ou sem fôlego. Quem me dera se me sentisse assim nas aulas de educação física ou quando precisava fazer exercícios.

         O ar estava parado, não havia brisa. Os postes com lampiões ainda iluminavam o caminho. A estradinha estava cercada por arbustos e árvores dos dois lados, uma cerca de ferro separava os blocos de pedra que ladrilhavam o chão da vegetação.

         Eu não me atrevia a olhar, à medida que meu olhar adentrava na floresta mais obscura ela parecia. Não havia barulhos, não havia movimentos, não havia nada. Só as árvores me encarando.

         E tudo aquilo só fazia o aviso de Dormouse mais sinistro.

         Dormouse... Mad Hatter... O rapaz sem nome...

         Eles já deviam estar bem longe, não é? Eu não sabia há quanto tempo estava correndo, mas já tinha atravessado curvas fechadas, mudanças repentinas no caminho...  E por que eu continuava correndo?

         A Lua estava ainda alto no céu, jogando um brilho amarelado no caminho á frente. Eu precisava achar uma saída de Wonderland. Cada coisa ou pessoa que eu encontrei no caminho até agora só se mostrou mais sinistra do que a anterior...

         Parei de correr repentinamente.

         Era seguro continuar? O que me garantia que não haveria uma peça mais perigosa do tabuleiro sinistro que era Wonderland, lá, na próxima curva, me esperando?

         Esse pensamento fez um calafrio terrível descer a minha espinha. “Está ferrada! Hahahaha!!! Ela... ela sabe! Virá atrás de você!!!”. As palavras da garota ainda ecoavam na minha cabeça, como se tivessem sido marcadas a ferro quente...

         É, eu não tinha garantia...

         Balancei a cabeça violentamente para retirar aqueles pensamentos da minha mente. Eu não podia fraquejar... Afinal de contas, aquilo poderia ser um sonho não é? Não é?     

         Sangue escorreu do corte que eu tinha acabado de reabrir na testa... O corte que a marionete havia feito. E estava latejando.

         Não... não era um sonho...

         Mas, mesmo assim, eu não podia desistir...

         Recomecei a caminhar seguindo o caminho de pedras. Desta vez, mais calma e numa passada mais curta. Bem lá na frente o caminho parecia dar uma curva fechada para a esquerda, bem na curva havia um ponto de iluminação.

         A curva parecia longe, porém, a alcancei em menos de um minuto.

         O novo caminho que se seguia era interrompido por um outro portão de ferro. Não tão pomposo quanto o que anunciava as fronteiras de Wonderland, mas, também, não era um portãozinho qualquer.

         “Cheshire Forest” era o que estava escrito.

         O caminho de pedras continuava, porém não havia mais nada o demarcando. Agora, aquela estradinha era uma trilha, uma trilha no meio da “Floresta de Cheshire”, como parecia ser chamada.

         Não se ouvia nada, não se sentia nada. Entretanto, a floresta não era assim tão fechada e, lá adiante, erguia-se um poste com um lampião.

         Hesitei em continuar a caminhar.

         O que me esperaria naquela floresta? Mas... Não podia voltar para trás... Não vi nenhum desvio do caminho, e, é claro, não voltaria para aquela festa maluca de des-aniversário.

         Inspirei profundamente, buscando um pouco de coragem. Sentei-me no chão frio para clarear as idéias.

         Tudo bem, eu pensei. Eu precisava achar uma saída dali, e ficar com medo não iria me ajudar em nada. Afinal quais eram as chances de alguma coisa me acontecer num intervalo de... ok, eu não tinha noção de tempo. Não era possível que outra marionete aparecesse, ou que “ela” do aviso de Dormouse estivesse me esperando do outro lado daquele portão...

        Como um reflexo, imaginei coisas terríveis espreitando nas àrvores, escondidas nos arbustos. Levantei-me e chacoalhei a cabeça pela segunda vez, espantando imagens medonhas. Caramba, aquilo não estava ajudando.

         Moral da história: organizar os pensamentos nunca ajuda em absolutamente nada.

          Bom, a única opção que eu tinha era continuar em frente. Prendi a respiração e dei o primeiro passo dentro da floresta.

         O ar que me cercou tinha uma atmosfera diferente da de antes. Uma coisa meio mística que não era exatamente assustadora, nem convidativa. Eu sentia que aquela floresta era incrível, mas eu sabia que havia algo que não estava se encaixando. Sabe quando acontece algo tão bom que você acha que alguma coisa está errada pois é muito bom para ser verdade?      É mais ou menos por aí.

         Não hesitei em dar o segundo passo, nem em dar um terceiro. As àrvores, hora baixas e hora altas me cercavam dos dois lados. Borboletas cortavam o ar à minha volta e a terra macia parecia abrir caminho para meus pés.

         Sem dúvida, era uma floresta linda, mas... muito linda para ser verdade.

         Nem por um segundo eu me deixei levar pela beleza daquilo tudo. Mesmo sendo incrível, meus olhos corriam da direita para a esquerda, do céu até o chão, em busca de algo suspeito ou algo perigoso. Por que, naqueles poucos minutos que eu passei em Wonderland, eu já havia aprendido que nada é o que parece.

         A trilha, então, se abriu em quatro caminhos, com uma arvore diferente do lado direito de cada um. Droga, qual deles eu devia seguir?

         O da ponta direita continuava em linha reta, ao seu lado, parecia dar uma curva para a direita e se cruzar com o da ponta direita. A trilha da ponta esquerda fazia uma curva para a esquerda e parecia que, a partir dali, começava a seguir uma colina. E, finalmente, o do meio, assim como o da ponta esquerda, seguia reto. 

         - Era só o que me faltava! – eu disse, enquanto sentava no chão em frente às novas trilhas. – Ficar perdida...

         - Huhuhuhu...      

         Um arrepio correu minha espinha ao ouvir aquela risada. Ah, não! De novo não! Não havia acontecido uma coisa muito boa da última coisa que eu ouvi uma risada dessas.

         Mas...

         Dessa vez não era uma risada infantil. Era uma risada masculina, de um garoto com mais ou menos a mesma idade que eu. Levantei-me, cautelosa, e disse:

         - Quem... quem está ai?

         Podia não ser uma marionete mas eu não queria correr nenhum risco. Minha mão deslizou em direção para o relógio no bolso do casaco... De repente, ouvi um baque surdo atrás de mim.

         - Está perdida? – uma voz sussurrou perto do meu ouvido.


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Notas finais do capítulo

E então? Oque acharam? REVIEWSSS!!!!!



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