Ravenclaw & Slytherin escrita por Nightshade


Capítulo 1
Pela Perspectiva de Uma Corvinal


Notas iniciais do capítulo

Evelyn



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Meus pais me abraçavam, se despedindo de mim, antes que eu embarcasse no Expresso de Hogwarts. Estava indo cursar meu sexto ano.

Meus pais eram ambos Sangues Puro, o que quer dizer que em nossa família não havia ninguém que fosse trouxa. Mas não me entendam mal; meus pais não são preconceituosos, e nem eu sou, embora precisemos conviver com pessoas que são.

Meu pai, Adrien Rowling, trabalha no Ministério, ele é um Inominável. Ou seja, não sabemos o que ele faz; é secreto. Nós somos muito parecidos, sempre nos entendemos, embora em seus anos em Hogwarts ele tenha sido selecionado para a Sonserina, e eu, por minha vez, fui selecionada para a Corvinal, como minha mãe.

Minha mãe, Sophia Renald, era uma renomada estilista da moda bruxa. Por isso, muitas festas e eventos faziam parte de minha rotina durante as férias... quando meus pais permitiam que eu participasse, é claro. Ela havia sido da Corvinal.

– Se comporte, Evelyn. – mamãe recomendou.

– Ela sempre se comporta, Sophia. – papai acariciou meu cabelo – Minha princesinha.

Me despedi deles uma última vez e entrei no trem, procurando minha amiga, Lissa Fontainer. Lissa e eu nos tornamos amigas em nosso primeiro ano. Ela acabou sendo da Sonserina, mas isso não impediu que nos afastássemos. Ela era Sangue Puro, é claro, já que essa era a marca de sua casa, e ás vezes muito extrovertida; mas era incrível ver o como ela se portava com classe quando seus pais foram jantar em minha casa nas férias.

– Lyn, aqui! – vi Lissa acenando para mim da porta de um compartimento – Achei esse vazio e guardei para nós duas. – ela sorriu e me abraçou.

Lissa era de baixa estatura, com cabelos castanho avermelhados penteados elegantemente sobre os ombros e olhos âmbar brilhantes.

– Como foram suas férias, Lissa? – perguntei, uma vez que nos sentamos.

– Ah, tirando as vezes que saímos juntas, o mesmo... – ela franziu as sobrancelhas – Minha mãe... ela quer arranjar um casamento para mim.

Ergui meus olhos para Lissa. Aquilo era novidade.

Tudo bem que praticamente em todas as famílias Sangue Puro o casamento é arranjado, mas eu nunca imaginaria a sra. Fontainer querer que a filha tivesse um casamento arranjado, se o dela não havia sido.

– Isso não é uma absurdo? – Lissa se virou para mim, com ar indignado – Não é justo, Lyn, não é!

– Eu tenho certeza que ela vai mudar de ideia, Lissa. – tentei soar confiante em minhas palavras.

Sabia que Lissa deveria estar com medo, pois ela estava apaixonada pelo garoto mestiço de sua Casa. Severus Snape. James Potter e Sirius Black adoravam implicar com o garoto, o lançando azarações pelos corredores da escola ou gritando insultos. Eu não tinha nada contra Snape, mas ele andava com um certo grupo de rapazes que, segundo se falava, eram... inclinados para as Artes das Trevas.

– ... não é, Lyn? – eu estava tão distraída com meus pensamentos, que não havia notado Lissa mudando de assunto.

– Desculpe, - sorri – eu não prestei atenção. O que foi?

– Aquela Evans! Ela parece uma cenoura com aquele cabelo. – Lissa exclamou.

De certa forma, aquilo era ciúmes. Lily Evans era uma Nascida Trouxa da Grifinória, e, ao que parecia, já era muito amiga de Severus Snape desde antes de Hogwarts. Mas a amizade acabou no ano passado quando ele a chamou de Sangue Ruim.

De qualquer forma, eu tinha uma resposta para o comentário de minha amiga.

– Você também é ruiva. – a encarei – Por que está falando do cabelo da Lily?

– Mas o meu é CASTANHO AVERMELHADO! É elegante! É vermelho Sonserina! – a voz dela esganiçou.

Fiz uma careta. Vermelho Sonserina?

– Certo... – falei apenas, me encostando no assento, mas me levantei quando me lembrei que precisava fazer algo.

– O que foi, Lyn? – Lissa me encarou.

– Eu tenho que pegar meu lenço de seda com a Alana Stone. – respondi, me lembrando de minha colega da Corvinal – O emprestei a ela na semana passada.

– Ah... – ela se inclinou para procurar algo em sua bolsa.

Saí de nosso compartimento; agora como é que iria achar a Alana? Só olhando dentro de cada compartimento, e foi o que eu fiz, mas parecia que a garota estava se escondendo de mim.

Frustrada por ter andado tanto pelo trem e não ter a encontrado, me virei rapidamente para trás, para voltar ao meu compartimento, mas esbarrei em alguém e senti minha cabeça latejar.

– Me desculpe. – pedi.

– Tudo bem. – o garoto respondeu.

Cabelos escuros e compridos, olhos cinza azulados, rosto bonito... é claro. Eu havia esbarrado em Regulus Black, o mais novo dos Black, o irmão mais novo de Sirius. Mas, ao contrário de Sirius, que foi para a Grifinória, Regulus foi para a Sonserina. Assim como todos os membros da Mui Antiga e Nobre Casa dos Black.

Lancei um ultimo olhar para seu rosto e continuei andando, sem olhar para trás. Eu me sentia atraída por Regulus Black, precisava admitir... Mas eu não sabia se isso era bom ou não.


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