I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 8
Quer apostar?


Notas iniciais do capítulo

Olá...

PS: Sugiro atenção ao ler esse capítulo, pois o flashback que acontece nele, é depois da conversa entre Tommy e Charlie, que ocorre lá no capítulo seis. Pelo fato do capítulo anterior (sete) ter sido um especial, não postei esse antes dele. Quis escrever algo diferente, e saiu dessa forma! Espero que gostem.

Desculpe se houver erros de ortografia.

Boa leitura! ❤



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Narrado por Charlie

Passei o dia todo segurando vela, vela não, um castiçal por causa da Jas e do Cody. – Eu entendo que eles estejam, sei lá, apaixonados, mas se agarrar no meu quarto?! Se bem que foi engraçado.– Assim que Jas foi embora eu continuei largada no sofá trocando a TV de canal sem parar. Estava entediada e Cody iria demorar, eu tenho certeza. Minha mãe estava no trabalho, então eu me encontrava sozinha, mudando os canais da televisão sem parar.

Não sei porque comecei a pensar em Tommy, enquanto mudava os canais, só aconteceu. Eu pensei em todas as vezes que ele me humilhou, nas brincadeiras sem graça, na vez que eu achei que ele iria me beijar, e que ao invés disso me disse coisas horríveis. Desliguei a TV, e joguei o controle em cima do sofá, descontando nele a raiva que eu sentia de mim. Eu não fazia ideia do que estava sentindo, mas eu tinha certeza que eu odiava Tommy. Fui até a cozinha ver se tinha alguma coisa pra comer, e não achei nada que me interessante, então voltei para sala e levei um susto ao ver Tommy deitado no sofá.

— O que você está fazendo aqui? – garoto folgado! Entra não toca a campainha, e já vai se deitando no meu sofá. Eu queria muito ignora-lo, mas não dava!

— Eu to deitado, não está vendo?! – sentia a ironia na voz dele.

— Meu Deus, me dê paciência! –  falei respirando fundo. – porque se der força, eu mato! – ele me olhou e deu um sorriso cínico, que eu particularmente odeio. – Fala logo, o que você quer?

— Sabe Charlie... – ele me lançou um olhar que eu não consegui decifrar – essa é uma pergunta que eu também tenho me feito a um tempo...

— É? – perguntei sem interesse – já descobriu a resposta?

— Ainda não. – seus olhos me analisavam.

— O que você veio fazer aqui? – perguntei cruzando os braços.

— Falar com Cody. – ele respondeu se espreguiçando, no meu sofá.

— Pena que ele não está em casa! – falei sorrindo, deixando bem claro a minha felicidade. – então parece que você vai ter que ir embora. – fui até a porta e abri para ele sair.

— É sério isso? – me perguntou rindo. Ele levantou do sofá e veio até mim, ficando próximo, colocou uma das mãos na porta para segura-la. Aproximou o seu rosto do meu – e se eu não quiser? – ele deu aquele sorriso cafajeste – o que você vai fazer?

— Eu vou para o meu quarto, trancar a porta e fingi que você não existe! – eu dei um sorriso falso.

— Igual você sempre tanta fazer? – ele mantinha seu sorriso cafajeste no rosto.

— É, exatamente igual! – olhei séria para ele.

— Então você vai ter que se esforçar mais. – disse dando uma gargalhada. Eu fiquei com raiva e bati a porta com muita força, fazendo-o calar a boca.

— Não se preocupe, eu vou me esforçar muito mais! – me mantive séria. – porque eu não aguento mais você, suas provocações e as constantes humilhações! – ele me olhou surpreso. – se eu pudesse eu te desconheceria, mas como eu infelizmente não posso, eu vou optar por ignorar sua existência insignificante! – depois de tudo o que eu falei, sai dali e fui para o meu quarto, me tranquei lá e não estava a fim de sair. Eu não entendia o porque falei tudo aquilo, só saiu.

Se passaram exatamente dez minutos, quando alguém começou a esmurrar minha porta. – Primeiro eu achei que fosse Cody, mas ele não é violento, minha mãe estava fora de cogitação. Então só sobrava uma pessoa…

— Charlie! – Tommy gritou. – abre essa porta!

— Não abro! – gritei de volta – Vai embora!

— Não vou! – ele falou mais baixo. – eu preciso… – ouvi sua respiração pesada. – preciso falar com você...

— Acontece que eu não quero falar com você! – menti, eu queria, sei que não devo querer, mas eu qurria. – Vai embora!

— Charlie… – sua voz saiu baixa – por favor! – Tommy me pedindo por favor?! Eu engoli em seco, não sabia o que fazer. Então só fiquei em silêncio – me desculpa… – ele puxou o ar e soltou, a única coisa que eu fazia era ficar em silêncio. – desculpa por ter falado com você daquela forma, por ter te chamado de vazia. – ele suspirou – E pelas outras coisas horríveis… eu só... – ele fez uma pausa – Sinto muito! – eu encostei na porta e me deixei escorregar até o chão, eu não estava chorando, um nó se formou na minha garganta. Eu só não sabia o que fazer. Devo ter ficado assim por minutos, e resolvi abrir a porta, na esperança dele ainda estar lá. Mas não tinha mais ninguém.

Narrado por Tommy

Flash Back

“– Você é o problema! – ela respondeu me olhando. – eu tenho que ir… – E ela foi, caminhando apressada pelos corredores, segurando seus livros nas mãos, sem olhar pra trás.

— É cara! – levei um susto ao ver Noah saindo de um dos corredores. – parece que nem todas as garotas caem ao seus pés afinal...! – ele disse começando a rir. Suas palavras me irritavam.

— Como assim? – indaguei irritado. – qualquer uma iria me querer!

— Tem certeza? – ele perguntou olhando em direção onde Charlie estava a poucos minutos.

— Mas é claro que eu tenho! – ele estava me irritando. – que garota não iria me querer?

— Charlie. – ele deu uma gargalhada – aposto que ela não iria querer você. – continuou rindo, como se fosse tudo uma grande piada.

— Eu aposto o contrário – até parece, mesmo sendo a Charlie, ela é uma garota.

— Aposto essa moeda de 25 centavos que ela não vai querer! – ele tirou do bolso – Quer apostar?

— Noah, você vai perder! – disse com convicção.

— Apostado então? – ele me perguntou com uma sobrancelha levantada – você tem um mês pra conseguir pegar ela. – não iria deixar ele me desafiar assim. Eu consigo ficar com qualquer uma que eu quiser. – e é pegar pra valer, me entende? – confirmei com a cabeça – se você perder, eu conto pra ela, e pra escola toda. – ele me lançou um olhar perverso – se você ganhar, o prazer de humilhar ela, será todo seu. – ele entendeu a mão para mim apertar. – apostado? – eu peguei na sua mão.

— Apostado! – eu sei que estava indo longe demais. Mas ia ser divertido.

— Lembre-se... – eu o encarei. – um mês, não mais que isso e você não pode voltar atrás!"

Fim do Flash Back

(...)

Comecei a pensar no que eu tinha feito. Sei que é errado, e se Cody descobri? Ele nunca mais vai falar comigo. Mas eu tinha que ir até o fim, vou cumprir a aposta e impedir que Noah conte, e Cody e nem ninguém vai saber. Como essa besteira vai ser muito grande, decidir ir na casa da Charlie e pedir desculpas por tudo. Já que ela nunca vai me perdoar mesmo, mas não estou me importando muito com isso. É só uma aposta, só mais uma coisa que eu vou fazer com ela.

Isso não vai passar de uma aposta, nada além!


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Notas finais do capítulo

Seu comentário é importante para mim!! ❤

Até o próximo...

Beijos ❤



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