A Vingança II escrita por mazu


Capítulo 2
Sucesso.


Notas iniciais do capítulo

Então, taí mais um capítulo. Desculpem a demora, semana de prova fica uma loucura as coisas por aqui ;-; mas é isso ai, aproveitem.



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*Hoje em dia*

–HIROSHI... HIROOOSHI.
–AHHHH! O que foi? -Pergunto assustado enquanto levanto a cabeça.
–Acorda meu filho, o povo tá esperando.
Mary, a maquiadora, acende as luzes da salinha e eu levanto da mesa desajeitadamente.
–Eu... Eu... Não estava dormindo, só estava descansando os olhos.
–Ah ta, eu fingo que acredito... Espera aí que eu vou pegar o seu casaco.
–Tá bom.
Ela sai da sala e eu me encosto em uma das paredes.
...
–HIROOOSHI!
Me assusto de novo e abro os olhos, eu estava dormindo encostado na parede.
–Você tem dormido à noite? -Mary pergunta enquanto me entrega o casaco.
–Nem um pouco, muito trabalho.
–Cuidado, Hiroshi. Isso é perigoso, você tem que descansar.
–Confia em mim, eu sei o que estou fazendo.
Visto o casaco e saio da sala. Vou andando pelo corredor e cumprimento todos os funcionários que passam por mim. Quando chego no final do corredor há uma porta, eu a abro e dou de cara com uma escuridão assustadora, mas logo começo a escutar várias pessoas conversando e segundos depois uma contagem regressiva.
–5, 4, 3...
Fecho a porta, ando um pouco e depois paro. Quando a contagem chega ao zero várias pessoas começam a gritar e as luzes se acendem. Eu estou parado exatamente no meio do palco, quando aquela imensidade de pessoas me veêm começam a gritar mais desesperadamente, eu não aguento e começo a rir.
–BEM-VINDOS MEUS AMADOS E BARULHENTOS RED LIGHTS. -Grito e a barulheira aumenta mais.
Zack entra correndo no palco tentando não ser percebido (o que não deu certo e arrancou muitas risadas da platéia) e me entrega o microfone que esqueci de pegar.
O ligo e aos poucos a multidão vai se calando até um silêncio mortal tomar conta daquele teatro.
–Então pessoas, agora tá bem melhor. Bom, eu gostaria muito de agradecer a todos vocês, que tiraram alguns minutos dos seus dias para virem aqui me ouvir falar. Quero agradecer por terem tornado "O Último Coração Pulsante" um sucesso de vendas... Gente, eu fiquei perplexo quando 30 minutos depois que as vendas começaram o George me ligou falando que tinha esgotado tudo, vocês são íncriveis. E outra... Gostaria muito de comunicar uma coisa que fiquei sabendo ontem... Red Lights... Vocês estão preparados?
–SIIIIIIIIM.
–Então eu vou contar... Nós conseguimos, estamos concorrendo no Global Awards como Melhor Fandom, Melhor Escritor do Ano e Livro do Ano.
Depois que anuncio a gritaria volta e eu fico rindo, de felicidade e até porque acho engraçada a histeria dos fãs. Depois que o teatro fica em silêncio eu começo a ficar andando pelo palco enquanto falo.
–Então... Não sei se vocês estão sabendo mas a Editora White Dragon, minha editora no caso, está organizando uma promoção bem legal. Quem ganhar vai fazer uma viagem até Los Angeles para ver de perto as gravações do filme do meu primeiro livro, "O Assassino de Hideville", e quem ganhar vai ter um acompanhante muito irado, conseguem adivinhar quem é? -Pergunto e dou um sorriso gigante, fazendo a histeria do pessoal voltar.
–As reações de vocês são as melhores... Ai ai, vocês são íncriveis. Enfim, isso era tudo que eu tinha pra dizer, muito obrigado mesmo e aguardem uns minutos que eu já venho pra sessão de autógrafos, ok?
–OK.
Volto pra perto da porta, a abro, entro e fecho a porta. Meu sorriso desaparece e eu me permito bocejar, ainda tenho muito trabalho pela frente.
(...)
Chego em casa por volta das 23:30 da noite. Cansado, com fome e tenho certeza que arrumei uma tendinite no pulso.
Fecho a porta devagarzinho para não acordar ninguém mas quando me viro Ryo está parado no meio da sala, me olhando.
–Oi papai.
Ele vem correndo e me dá um abraço.
Eu solto as minhas bolsas, ignoro a dor no braço e pego ele no colo.
–Oi filho, porque está acordado a essa hora?
–Não consegui dormir e também eu estava com saudade de você.
–Ah, agora você pode dormir, eu tô aqui.
Abraço ele e a Victoria aparece na sala, ela está com a cara amassada (provavelmente estava dormindo) e o cabelo bagunçado, mas mesmo assim continua linda.
–Oi, querido.
–Oi... Desculpa o atra...
–Não precisa, eu entendo.
–Que bom. Eu vou botar esse moleque aqui pra dormir.
Faço um carinho na cabeça do Ryo e começo a levá-lo pro quarto.
Quando chegamos eu o coloco na cama, dou um beijo de boa noite, apago as luzes e saio. Espero um pouco pra saber se a Victoria já voltou a dormir, não escuto passos então vou em direção ao meu escritório. Fecho a porta, tiro o casaco, o jogo no sofá e sento na minha mesa.
Abro o notebook começo a trabalhar, respondo e-mails, escrevo um pouco do meu novo livro e assim vai...
Quando são umas 2 da manhã a Victoria entra no meu escritório.
–Hiroshi, desliga isso. Vem dormir.
–Não posso.
–Pode sim, deixa isso pra amanhã. Desliga e vem deitar.
–Victoria não posso, estou ocupado.
–É aí que está problema...
–Não vai me dizer que você vai...
–Você tá sempre ocupado, nunca tem tempo pra nada. Tem 4 dias que você não dorme direito, eu percebo suas olheiras, eu escuto seus bocejos. Seu filho queria passear nas últimas férias, mas não pôde porque o pai está ocupado, tive que ir na festa da empresa sozinha porque você estava ocupado, sempre, sempre ocupado.
–Victoria pelo amor de Deus, eu não quero me estressar...
–É isso que você vai me dizer? Que não quer se estressar? Você é covarde! Você foge dos problemas. Mas não tem como Hiroshi, eles sempre voltam pra você. Mude antes que seja tarde demais.
Ela sai do escritório antes que eu pudesse dizer qualquer coisa em minha defesa. Respiro fundo.
–Eu não vou me estressar... Não vou.
Pego o telefone e ligo para o Shinji.
–Você sabe que horas são? -Ele pergunta assim que atende.
–Sei, vem pra minha casa agora.
–Hum? Porque?
–Porque eu to mandando.
–Hiroshi, eu tô ocupado.
–Dane-se, vem logo.
Encerro a chamada e volto ao trabalho.

Umas meia hora depois meu telefone toca, é o Shinji.
–Vem abrir a merda da porta que eu tô congelando.
Ele diz e desliga. Saio do meu escritório e abro a porta pra ele.
–Só você pra me fazer sair da casa as 2 da manhã.
–Você veio mesmo... Achei que você ia me ignorar.
–Claro que não, eu sou teu amigo. Me chamou, tô aqui e eu também sei que quando você me chama assim deu ruim.
–Pois é... Vem pro escritório.
Fecho a porta e nós vamos até o escritório. Entramos e eu fecho a porta.
–E aí, me conte o que houve.
–Eu e... Que cheiro é esse?
–Cheiro?
–É... Perfume... De mulher? -Encaro o Shinji.
–Ah na pressa eu acabei passando um dos perfumes da minha irmã que ela esqueceu lá em casa.
–Perfume? Pra vir na minha casa, às duas da manhã? Olha, se você estiver tentando me seduzir sabe muito bem que sou casado e...
–Para de locura, homem.
–Então porque?... SEU PESCOÇO, DEIXA EU VER.
–Não vai ver nada, se afasta.
–Deixa. Eu. Ver.
Por fim, ele para de se afastar e eu vejo uma mancha enorme de batom em seu pescoço.
–Ahhh então era com isso que o senhor estava ocupado...
–Não enche.
–Mas e aí? Quem era?
–Tudo que você precisa saber é que não era a Erin...
–Poxa cara, você precisa falar logo com ela!
–Você me chamou aqui pra falar da minha vida amorosa ou pra conversar de boa e me dar uma cachaça pra eu beber?
–É, tem razão, desculpa.
Vou até um armário, pego uma garrafa de whisky e entrego pra ele. Shinji se senta em uma poltrona e começa a beber enquanto eu volto a trabalhar e reclamo da vida. Sempre é assim, quando eu preciso ele vem me ajudar, e é melhor que muitos psicólogos.
(...)

–... É muita coisa, muita responsabilidade... Talvez se eu soubesse que seria assim teria terminado a faculdade.
–Eu entendo, é uma merda isso de ser famoso. Eu era um modelo um pouco conhecido e já era um saco, o que tinha de mulher me assediando na rua... Não é brinquedo não.
–Imagino... Você acha que agora sua vida de ator está te causando menos assédio?
–Sim, um pouco. Mas não adianta muito porque de vez em quando tenho que aceitar papéis onde sou o bonitão do filme.
–Nossa... Quanta tristeza e...
Meu celular toca e eu atendo.
–FALA HIROSHI. -O Ren grita do outro lado da linha.
–Oi... Sabe que horas são?
–Sei mas você não tava dormindo... Eu sei disso.
–Aff, tá. Fala logo o que você quer.
–Ficar doidão.
–Olha amigo, esse não é meu departamento... Talvez se você chegar alí no beco...
–NÃO! Não é esse tipo de doidão. Eu quero festa, comemorar. Meu casamento, e também A SUA INDICAÇÃO NAQUELE PRÊMIO LOUCÃO LÁ. É amigo, eu tô sabendo. Suas Red Lights estão concorrendo contra os meus LD's.
–Sério?! Então que vença o melhor... E sim, eu topo a parte da festa.
–Beleza, vou falar com os outros. Até amanhã.
–Até, seu louco.
Ele desliga e eu encaro o Shinji.
–Acho que vamos em uma festa de arromba.
Digo e ele abre um sorriso enorme.

Continua...


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