Opostos Perfeitos escrita por Eloá Gaspar


Capítulo 23
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Perdão meus amores! Perdão! Mas... Eu precisava desse hiatus para respirar. Meus dias andam agitados e eu não estou sabendo lidar com a vida adulta (saudades da época em que a minha única preocupação era escolher entre Toddy e Nescau :p) Porém, eu não desisti da fanfic, continuarei a escrever Opostos Perfeitos até o final (que está próximo).
Não me abandonem e eu não abandonarei vocês. ♥
Obs: JF fique calma, a fic vai ter um final direitinho e muito obrigada pela recomendação ♥



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Elsa despertou de mau humor, enterrou a cabeça no travesseiro como se não quisesse levantar, mas ela sabia bem que tinha que se levantar, seu dia de folga com certeza havia lhe garantindo uma pilha de trabalho que não poderia ser negligenciada. Contra a sua vontade, a Rainha se desfez das cobertas, se arrumou e foi para a sala de refeições tomar seu café da manhã, chegando lá não encontrou Asle e isso fez o seu coração apertar. Com toda certeza havia sido um erro brigar com Asle daquele jeito, mas a Rainha não conseguia deixar de se sentir responsável por Louis, que havia se tornado seu melhor amigo.

Depois do café da manhã, Elsa foi para seu gabinete em silêncio, passando toda manhã concentra em uma pilha de papéis, no inicio da tarde bateram em sua porta, o que fez com que a Rainha pensasse que era Gerda a chamando para almoçar, ou Louis pedindo para conversar, mas para sua felicidade era uma opção muito melhor.

— Atrapalho? - Asle questionou já entrando e fechando a porta atrás de si.

— Não. - Elsa respondeu levantando e se sentindo inquieta na presença do Príncipe.

— Eu acho que nós deveríamos conversar. - começou um pouco temeroso por uma nova discussão.

— Desculpa. - Elsa pediu involuntariamente.

— Como? - questionou um pouco surpreso, já que o papel de pedir desculpas normalmente era dele.

— Desculpa. Desculpa por ter brigado com você, principalmente por causa do Louis. - Elsa se importava muito com o guarda e não pensava em desistir de sua amizade com ele, mas ariscar o seu relacionamento com Asle estava fora de questão.

— Eu concordo. - sorriu vitorioso pela confissão da noiva.

— Não faça com que eu me arrependa de ter te pedido desculpas. - a Rainha comentou girando os olhos, fazendo Asle sorri de lado ir até ela.

— Pode deixar. Eu não vou fazer você se arrepender de ter pedido desculpas, muito pelo contrario. - sorriu de lado antes de agarra a Rainha pela cintura e enterrando a cabeça na curva do pescoço alvo distribuindo beijos pelo local.

— Estamos no meu gabinete. - Elsa sinalizou sentindo os beijos se espalharem até finalmente alcançar sua boca, como se fosse uma resposta ao seu comentário.

— Você quer que eu pare? - questionou em seu ouvido a mantendo colada ao seu corpo.

— Acho melhor trancar a porta. - falou vencida congelando a maçaneta com seu poder.

xxx

Louis acordou se sentido exausto como se uma manada de cavalos o tivesse atropelado, seu corpo estava dolorido, seus olhos inchados e vermelhos e sua garganta estava seca. O jovem rapaz não havia tido uma boa noite, havia dormido pouco e mesmo nesses curtos minutos pesadelos o tinham assombrado.

Louis sonhara com um lugar escuro, frio e úmido, onde as paredes de pedra pareciam se aproximar lentamente ao seu redor, no primeiro sonho as paredes além de se tornarem mais próximas chamavam por seu nome e no segundo sonho o chão se abria sob seus pés e uma nébula negra o envolvia, o puxando para o interior da terra.

Decidido a esquecer os pesadelos, Louis se levantou da cama, foi até o banheiro na tentativa de se torna mais apresentável e começou a andar pelo castelo a procura de algum serviço que o fizesse parecer mais útil e que fosse capaz de distraí-lo. Kai arrumou algumas tarefas para o jovem, que logo as concluiu e decidiu ir procurar por Elsa. Louis sabia que nunca teria o amor da Rainha como desejava, sabia que não suportava vê-la junto de Asle, mas seu desejo de estar perto dela era maior que qualquer coisa e naquele estado de completa fragilidade no qual ele se encontrava, precisava do carinho de Elsa.

De frente para porta do Gabinete Real, Louis se deteve, ele não sabia como aquilo podia doer tanto, mas doía. Antes de bater na porta do gabinete o jovem oficial conseguiu escutar através da grande porta os barulhos que viam do cômodo, eram risadas abafadas e até gemidos que Louis fez questão de forja em sua mente que não era nada do que parecia ser, mas mesmo com esse esforço de se iludir, Louis sabia do que se trava, ele sabia que Elsa estava lá dentro e sabia quem a acompanhava. Secando as lágrimas que começavam a escorre, o jovem oficial de alma sensível se afastou da porta sendo tomado novamente pela sensação de quando saiu da casa dos seus pais no seu dia de folga.

— Louis. - e novamente ele escutou a voz que o havia chamado no mesmo dia da sua folga.

— Não a ninguém aqui. Isso é coisa da minha cabeça. - falou consigo enquanto sacudia a cabeça tentando afastar a voz.

— Louis. - o sussurro persistiu.

— Me deixa em paz. - ele rugiu correndo em direção ao pátio do castelo como se fugisse de um inimigo imaginário.

— Louis.

— O que você quer? - gritou para o pátio vazio sem forças para resistir.

— Venha. - a voz oculta mudou a fala.

— Pra onde? - perguntou como uma criança assustada.

— Venha. - repetiu.

— Pra onde? - questionou novamente confuso.

— Venha. - sem mais perguntas, Louis começou a andar em direção a voz, saindo dos arredores do castelo sem olhar para trás, como se estivesse completamente hipnotizado.

Louis já estava diante das grandes montanhas e continuava andar em direção ao leste, escutando a voz se tornar cada vez mais alta e clara.

— Venha! - a voz praticamente gritou dentro do cérebro de Louis o fazendo parar repentinamente e sacudir a cabeça com força tentando suportar a perturbação.

— Louis. - outra voz chamou pelo rapaz, agora uma voz próxima e externa.

— Oi? - o oficial questionou confuso com uma expressão abatida encarrando um soldado do leste a sua frente.

— Louis, você está bem? Veio nos entregar algum comunicado?

— Não… Eu preciso ir até as montanhas mais distantes do reino. - responde de forma mecânica.

— Você não pode. - o soldado informou.

— Por que não? - Louis praticamente rosnou sentido uma raiva que não parecia vir dele.

— A Rainha Elsa proibiu que qualquer pessoa vá até lá, os únicos autorizados a atravessar a barreira é a Rainha e o tal Príncipe do Fogo. - explicou apontando para um local a uns 200m dali, onde havia um aglomerado de soldados e uma cerca.

— Por que isso? - o jovem perturbado questionou agora mais calmo percebendo que seria incapaz de passar pelo bloqueio.

— Ninguém sabe ao certo, mas dizem que existe uma grande força oculta na caverna mais escura do reino.

— Entendo. - respondeu simplesmente se afastando sem olhar para o soldado que lhe respondera.

xxx

— Elsa! - a voz de Anna entrou abafada pela porta do Gabinete Real, fazendo com que a Rainha e Asle se despedissem do mundo particular que eles haviam criado e voltassem para o mundo real.

— Já vai, Anna! - Elsa respondeu afastando Asle e arrumando o seu vestido e cabelo as pressas.

— Você não tem noção de como fica linda assim, corada e morrendo de vergonha pela possibilidade de Anna descobrir o que estávamos fazendo aqui. - o Príncipe provocou terminado de arrumar suas roupas.

— Eu te amo, mas não me provoque. - rebateu lançando seu olhar gélido que causava arrepios, irritação e desejo no jovem estrangeiro.

— Não me provoque você, Majestade. - o olhar flamejante também se fez presente, mas Elsa não podia lidar com isso agora, não com sua irmã na porta.

— Termine de se arrumar. - ordenou jogando a farda real em seu peito e se direcionando para porta.

— Você sabe o que esse olhar e esse tom fazem comigo, não sabe? - falou a segurando pela cintura antes que chegasse a porta.

— Asle, por favor! Anna está na porta. - respondeu tentando ser mais firme o possível.

— Eu amo esse seu jeito mandão, seu olhar gélido, essa postura autoritária. Eu te amo por completo. Eu te amo. - Asle pronunciou cada palavra com olhos fixos nos de Elsa transmitindo a Rainha todo seu amor e admiração.

Elsa se esqueceu completamente de Anna e entrelaçou os dedos frios aos cabelos negros do amado e o beijou com intensidade e carinho, era um beijo lento e cheio do profundo amor que os unia.

— Elsa! - Anna gritou mais uma vez fazendo a Rainha voltar a raciocinar.

— Eu também te amo, mas tenho que atender minha irmã. - Elsa se soltou dos braços do amado e descongelou a porta, mas antes de conseguir colocar a mão na maçaneta Anna escancarou a porta do gabinete.

— O que está acontecendo? Por que demorou tanto? Asle? Agora eu entendi tudo. - Anna falou de pressa tirando suas próprias conclusões, conclusões essas que não tinham nada de equivocadas.

— Não é isso que você está pensando. - Elsa tentou contorna a situação envergonhada.

— Com certeza é isso que eu estou pensando. - Anna respondeu sem rodeios com um olhar divertido, mas ao mesmo tempo carregava uma breve repreensão.

— Nós já estamos indo almoçar. - Asle informou tentando fazer com que Anna fosse embora.

— Eu amo vocês juntos, sei que vão se casar em breve, mas Elsa é a Rainha e deve preservar sua imagem.

Anna censurou sem abandonar o sorriso divertido e indo até a irmã fechando os primeiros botões do vestido que ainda estavam abertos, fazendo com que Elsa morresse de vergonha.

— Espero vocês na sala de refeições. - informou a ruiva se retirando da sala.


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Notas finais do capítulo

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