No conforto da angustia escrita por Black


Capítulo 1
Capitulo unico


Notas iniciais do capítulo

Devido a pedidos de um fã encarecido, eu resolvi da uma conclusão a história do casal do jogo Skyrim. Espero que aproveitem a história.



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Era de manhã e a cabeça do Dragonborn doía muito, por um momento este não sabia o porque de seu corpo estar encharcado de sangue, mas logo que baixou seu olhar o motivo ficou bem claro.

Com a língua batizada no mel da luxuria, uma mulher de cabelos negros e de pele pálida como a neve fazia a trajetória de seu paladar a partir da parte inferior do corpo do homem até alcançar seu pescoço, onde por fim se sentou em seu abdômen e chupou a ponta de seus dedos de forma sensual.

-Tenho que admitir...essa é a primeira vez que me solto tanto!—Disse Serana com um pouco de empolgação em sua voz enquanto se espreguiçava.

-Sério?—Perguntou Bjorn ironicamente enquanto passava a mão em seu peito sentindo a marca que as presas da vampira deixava.

Esta por sua vez não fez mais do que da uma leve risada junto com um gracejo.

-Considere essas como mais algumas de suas cicatrizes, afinal pelo que eu soube, essa não é a tradição dos nórdicos? Quanto mais feridas um guerreiro tem, mais valoroso ele é?

-Sim...ainda mais depois de passar a noite toda enfrentando um monstro que quase me mata de prazer.

A mulher arqueou uma sombrancelha.

-Você não gostou?

E com essa questão levantada Bjorn a colocou por debaixo de si e respondeu.

-Eu não estou reclamando...—E assim recomeçaram os amassos e beijos, porém foram interrompidos quando um barulho estrondoso fora ouvido nas proximidades do castelo.

Curioso, Bjorn correu até a varanda do quarto e se deparou com uma frota de navios que tinham desenhadas em suas velas uma imagem de um urso coroado. Era os navios do rei de Skyrim, e este por sua vez, vinha liderando seu homens em seu próprio galeão.

Com o trincar de dentes, Bjorn deu um soco na mureta a qual apoiava seus braços deixando explícita sua raiva.

-Nunca achei que Ulfric viria pessoalmente...

-O que vamos fazer?—Perguntou Serana.

-Vou tentar falar com ele, fique aqui no castelo e não saia de jeito nenhum.—Dito isso, o Dovakhin se aprontou e vestiu sua armadura.

Um pouco mais tarde, Bjorn se encontrava na porta do castelo como se estivesse pronto para lutar enquanto observava a guarda de seu rei se aproximar ferozmente. As duas filas de homens vestidos com elmos de urso ficaram alinhadas de frente uma pra outra dando espaço para o seu líder passar, a medida que o rei passava entre eles estes batiam forte com o cabo de sua lança no chão e gritavam Urrah!

Ulfric analisou o castelo por inteiro até por fim olhar bem nos olhos do Dovakhin

-Então este enorme castelo foi o palco da grande batalha contra o tão famoso...senhor das trevas, o lorde Harkon?

-Aqui também será o palco onde o “grandioso” Ulfric irá morrer se ele não retirar suas tropas daqui e agora!

O rei diante de tal ameaça deixou explicita em sua face um semblante não muito amigável.

-É assim que se fala com um rei Dragonborn?! Por mais lendário que seja o nome que carregas, ainda sim, tu não esta acima da lei e EU sou a lei! Como um antigo e honrado companheiro de guerra, peço que entregue a vampira para mim e evitemos problemas.

-Me recuso!—Exclamou Bjorn firmemente.

Após um longo suspiro, e com um pesar na voz, Ulfric falou.

-Que os Deuses o acompanhem....—E assim este se retirou para o navio que o esperava na baia e se afastou junto com sua frota.

Aliviado achando que tudo ocorrerá bem, o Dragonborn entrou em no castelo onde se encontrou com Serana bem no salão e explicou a situação para ela.

-Isso quer dizer que eles vão nos deixar em paz?—Perguntou ela.

-Não sei...o Ulfric nunca fugiu em batalha a menos que tivesse uma carta na manga. Tenho um leve pressentimento de que isso não irá acabar tão cedo.—Falou Bjorn enquanto mantinha um olhar sério, que por sua vez fora desmanchado pelo toque feminino da vampira em seu rosto.

-Ei, vai ficar tudo bem, certo?—Falou ela enquanto fixava seus olhos avermelhados no Dovakhin.

-Que os deuses te ouçam...morceguinha.

Bjorn, caindo nos gracejos da mulher, agarrou esta pela cintura e a começou beija-la sem perceber que algo não muito agradável estava prestes a acontecer.

Das sombras, uma flecha saiu rasgando até atingir as costas da vampira, que por sua vez, deu um grunhido feroz de dor e desfaleceu nos braços do Dovakhin. Incrédulo, o Dragonborn olhou o ambiente que o cercava e se deparou com homens e mulheres trajando armaduras avermelhadas. Era os assassinos da Irmandade sombria.

Recuperada da dor que a flecha lhe proporcionou, Serana se dissipou em morcegos e partiu em direção ao inimigo mais próximo, onde, após alcança-lo, cravou suas garras em seu peito e arrancou seu coração na força bruta.

Bjorn por sua vez, lutava com três assassinos de uma vez só e após rebater e defender a lamina dos adversários diversas vezes, cortou a cabeça destes com um só golpe. Quando achou que rumo da batalha estava a seu favor, uma faca fora cravada em suas costas seguida de quatro flechas que fincaram em seu peito e assim caiu de joelhos enfraquecido.

Serana por sua vez girava e rodopiava em meio ao ar, desaparecendo e aparecendo em meio a um enxame de morcegos, porém, a medida que fazia seus movimentos, seu corpo foi se tornando mais pesado, afinal isso a desgastava, e quando ficou sem folego, um sujeito a pegou por trás e fincou em seu peito uma estaca de madeira fazendo-a cair inconsciente.

Vendo a cena de sua companheira cair morta em combate, o Dragonborn em furia tentou se levantar e combater os inimigos, mas o veneno das flechas paralisaram seus músculos e logo não demorou para que também desmaiasse.

Quando acordou, estava amarrado na proa de um navio, e a sua a sua frente, a cabeça de Serana se encontrava erguida na ponta de uma lança. Ulfric saiu do convés e se aproximou do Dragonborn e lhe deu um tapa consolador em seu ombro.

-Me perdoe velho amigo, mas sabe, a lei é clara, e você a desobedeceu.

E com essas palavras, uma onda de sentimentos invadiu seu coração. Tristeza, angustia, raiva, todas essas emoções negativas transbordavam em seu peito, e o que mais importunava o herói de Skyrim, é que de todas as coisas que ele protegeu, a que ele mais se importava, não conseguiu salvar.


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Notas finais do capítulo

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