Minn Dýrr escrita por Isamu H Ikeda


Capítulo 1
Minha Querida


Notas iniciais do capítulo

* Hello! Voltei rapidinho apenas para postar uma one-shot que quis fazer desde que Soul of Gold acabou.

* Assim que teve a primeira troca de diálogos entre Frodi e Lyfia eu disse "ele gosta dela". AHSHSAHSUAHSUHAUS E NÉ QUE É VERDADE? Acho que o que mais me envolve neles é o fato de que é mais um amor não correspondido que temos em Saint Seiya. Mas isso é o que me faz achar interessante trabalhar com personagens assim.

* Bom, não sei se estou falando como um ser humano normal... Dormi muito mal por causa de um trabalho de faculdade UHASUASASHU Então vou fazer um lanchinho, arrumar a cama e ir descansar.

*Espero que gostem da fic, quero trabalhar com eles de novo futuramente.

* Boa Leitura.



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Amor é uma emoção que julguei nunca possuir. De fato, achava que não passava de uma fraqueza mundana que me desvirtuaria de meus propósitos. Mas a verdade era que eu já tinha uma... Uma fraqueza que todo homem tem e que só percebe quando é tarde demais. E isso era nada mais, nada menos do que o meu maldito orgulho.

Orgulho tolo. Orgulho sensível. Orgulho maldoso. Essa foi a minha ruína.

Por quê? Porque foi justamente o amor que eu tanto temia que me manteve firme nas horas de angustia e dúvidas. Eu fiz tudo pensando no bem dela... Mesmo que minhas ações mostrassem, totalmente, o contrário. Não queria que ela tivesse conhecimento desse sentimento tão delicado. Não queria que ela soubesse que eu a amava em mais absoluto segredo.

Em terras tão gélidas e escuras, onde o sol, dificilmente, surge e permanece junto aos seus saudosos raios que nos aquecem e no meio de tanto contraste entre a pobreza e a riqueza... Em tanta disciplina e liberdade... Por que um guerreiro como eu se daria ao luxo de se apaixonar por uma mulher? E não qualquer mulher, mas logo a minha amiga de infância?

Atrapalhada como um filhote de rena recém-nascido, de voz meiga e doce como a de uma criança, com cabelos azuis como o céu, pele cor de neve e olhos de flor. Prestativa, alegre... E talvez, a única pessoa que eu, verdadeiramente, permiti que ficasse ao meu lado independente do momento que fosse. A única que me entendia. Por mais que eu não falasse uma palavra sequer, você compreendia o que eu sentia. Todas as vezes.

Se eu estivesse com raiva de mim mesmo por ter falhado ou por ter esquecido de algo. Se estivesse com fome e ignorando os barulhos incessantes de meu estômago para não perder um minuto sequer de treino, ou quando estava triste e decepcionado com meus erros irrelevantes, me julgando um lixo de aprendiz de soldado... Você estava lá.

Inclusive eu procurava a sua companhia, propositalmente, apesar de um jeito estúpido, desajeitado e bruto. Sei que devo ter passado como mal educado para você, ou até mesmo um filho único mimado de uma família rica que te acolheu.

Eu devo ter te magoado várias vezes, não é?

Não era como se, na época, eu não gostasse de você no início. Nunca tive uma irmã e o máximo de contato feminino que obtive era com minha mãe e algumas empregadas da casa. Nunca levei jeito para conversar com garotas...

Foi aí que você me disse que era para eu te ver como um garoto, por que talvez a minha timidez infantil não fosse mais um obstáculo. Lembro que olhei bem para o seu rosto, bastante confuso. Você riu e eu continuei sem entender nada. E depois de alguns segundos, comecei a rir também. Quem sabe, posso dizer que fora de fato amor à primeira vista. Sim... Um amor puro e inocente que só foi evoluindo conforme íamos crescendo.

E quando enfim me dei conta disso, já era tarde demais. Como pude ser tão idiota?

A sensação que vinha à tona quando ouvia sua voz ou via sua silhueta, mesmo de longe. O palpitar incessante em meu peito quando você se aproximava. Sinais sutis no começo, mas que foram aumentando e se tornando cada vez mais e mais presentes. Parecia que tinha borboletas em meu estômago, que o reviravam de todos os jeitos.

Não sei dizer, exatamente, como percebi o que sentia por você. A culpa deve ser dessa sua personalidade, tão forte e determinada. Brigávamos quase sempre.

Não parecia, mas eu gostava de receber as suas broncas. Em determinados momentos você tomava conta de mim, melhor até que do que minha própria mãe. Isso sempre foi tão presente em ti. Sempre cuidando, sempre se preocupando... Sempre sendo boa com todos, por mais que não fossem com você.

Queria que fosses menos cabeça dura. Assim não se meteria em tantos problemas, tanta encrenca... Tanto perigo.

Queria também que as coisas não estivessem como estão atualmente. Porém, tenho que seguir e cumprir meu dever. Mesmo que agora você seja considerada uma rebelde, não permitirei que outro vá ao seu encalço. Não sei o que seriam capazes de fazer a ti e muito embora eu possa estar parecendo um carrasco, ou até mesmo um traidor aos seus olhos, que tanto gosto, estou tentando te proteger...

Lyfia, você ainda é tola e muito ingênua. Por que não consegue mais perceber? Por que não me notas mais? Antes bastava um simples olhar meu que você me entendia... Então por que continua fugindo?

Pior... Por que uniu-se a um estrangeiro inimigo?

Não quero que te machuquem. Não quero que toquem em um fio de cabelo seu... Contudo não sei mais o que fazer para não contrariar ninguém... Nem minha crença, nem meu dever. Minha consciência pesa, e muito. Estou confuso, tão confuso que hesito falar, ou apenas esqueço o que pensei. Exatamente, como um idiota.

Eu queria poder te dizer as mais belas e doces palavras todos os dias e todas as noites. Queria poder pegar em sua mão e acariciá-la e senti-la com a minha todo o seu calor. Essa mesma mão que cuidou de mim quando precisei... Ah, Lyfia! Como eu queria poder ter esse carinho de novo. Mas não ouso dizer isso em voz alta. Não posso. Ao mesmo tempo que quero lhe dizer, não o quero. Não sei o que você pensaria de mim. Não a essa altura, estando nós dois em lados diferentes.

Somos como estranhos agora. Eles não sabem o quanto és importante para mim. Se soubessem... Creio que usariam isso como um método de extorsão, ou...

Não, não quero imaginar.

O que eu quero proteger não é somente Asgard, nem seus habitantes. É mais. Muito mais. É você. Garantir que você tenha alimentos a que comer, roupas para se vestir e se aquecer e um lugar para chamar de lar. Quero proteger o seu futuro, estando eu nele ou não...

Estou desesperado...! Por fora mantenho minha postura, passando inclusive por soberbo. Mas por dentro estou quebrado... Penso muito em desistir de tudo e correr até você, implorar perdão e desejar que tudo possa ser como antigamente. Contudo, a realidade é, completamente, outra... É cruel.

Tenho um dever a cumprir e, infelizmente, você está no caminho... O que posso fazer para que não saias machucada disso tudo, Lyfia?

Enquanto procuro por uma solução, não tenho escolha... Não muita. Estamos em guerra com esses estranhos em nome de Asgard, em nome de um futuro promissor para nosso País... É o que diz o Senhor Andreas.

Se tudo continuar como está agora... Nem eu serei capaz de te proteger de, absolutamente, nada. Nada mesmo! E tenho medo disso...

Medo de te perder para sempre.


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Notas finais do capítulo

* Minn Dyrr = My dear, Minha querida na língua antiga que os vkings falavam. Créditos ao meu irmão :c

* Bjs ♥



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