The love lives in the house next door escrita por MariGuedes


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Estou com mil ideias para essa fic. Espero que gostem dela tanto quanto eu estou amanda. EM Como Assim um Bebê?! Mesmo eu criando minha versão de como seria, ainda me restringia muito a história e os personagens não serem meus. Estou amando ter a Rue como personagem principal, uma que eu tenho desenvolvido a personalidade e espero que gostem dela tanto quanto eu.
Sem mais delongas, o segundo capítulo!



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Capitulo 1

POV Rue

O café da manhã é sempre agitado, especialmente hoje que acordamos cedo e temos tempo. Subo e me arrumo para a escola. Como estamos quase no verão e hoje está quente, ponho shorts e uma camiseta. Ponho um par de tênis de cano alto e desço correndo as escadas com a mochila como faço desde que aprendi a andar com firmeza.

Vamos os três para a entrada da Vila. Quando chegamos, Finn já está lá. Meu coração acelera e minhas mãos tremem levemente, então as coloco nos bolsos e sigo em sua direção.

–Menininha – ele diz quando me abraça.

Finn e eu somos melhores amigos desde que ele se mudou para o 12. Quando ele me viu, pela janela de sua casa, não pensou duas vezes antes de se esgueirar para brincar comigo no meu quintal. Diz minha mãe que ele não sabia qual era meu nome e me chamava de menininha. Eu fiquei muito enfezada, pus as mãos na cintura e disse “meu nome é Rue Mellark, bobo”. E como ele viu que me irritava, nunca parou. Mas hoje eu amo o apelido.

–Finn – sinto seu cheiro e quero morar em seus braços.

–Dá pra ser ou está difícil, casal? – ouço a voz de Candace.

Candy é a filha de Gale e Johanna. O comportamento é inteirinho da mãe, mas ela se parece muito com Gale.

–Você sabe que não tem nada a ver, Candy. Nós somos melhores amigos – ele passa o braço pelos meus ombros.

As palavras dele magoam e sinto uma leve vontade de chora, mas disfarço. Ter só sua amizade é melhor do que estraga-la com um sentimento não correspondio.

–Rue – Connor, filho dos meus padrinhos, vêm os meu encontro.

–Con – eu o abraço.

–Você fez aquele dever de física? Está impossível. E você arrasa em todas as matérias - Desvencilho-me de Finn e vou conversando com Connor todo o caminho até a escola.

Os gêmeos Connor e Patrick, foram adotados pelos meus padrinhos também na capital. Eles são lindos, pelo amor de Deus! Se eu não fosse apaixonada por Finn, com certeza eu seria por um deles. Gêmeos não idênticos, olhos verdes, cabelos castanhos. Porém um é mais alto e forte – Connor – e o outro é mais baixo e ligeiramente mais magro. Vem logo depois de Finn na lista de caras mais gatos do colégio do Distrito.

Para abrigar todas as crianças e adolescentes do 12 sem distinção, quando reconstruído, fizeram um colégio bem grande, de forma que todos são acomodados. Chelly está no ultimo ano. Eu, Finn e os gemêos no segundo. Milly no primeiro e Candy e Lis no oitavo ano. Omenia volta no fim do ano, formada em enfermagem. Vai ajudar na ONg da minha mãe e trabalhar no Hospital do distrito.

A construção de uma faculdade no distrito foi cogitada, mas ano após anos é adiada. A proposta atual é que as obras se iniciem em dois anos. Faculdades, só na Capital, nos distritos 1, 2, 3 e 5 por enquanto. No quatro, a previsão é que fique pronta em alguns meses e no 7 as obras começaram agora.

É totalmente irreal para mim que Chelly tenha que ir para outro Distrito ano que vem para fazer faculdade. Provavelmente o 4 que é onde nossa avó mora. Chelly é minha meçhor amiga, minha confidente e não consigo imaginar nossa casa sem ela.

As aulas se passam tranquilamente e as 15:30 somos liberados. Logo na saída, um garoto do terceiro ano vem conversar com ela. Minha irmã é a garota mais bonita que eu conheço. 1,70, cheia de curvas, cabelos ruivos e olhos verdes.

–Vai sair com ele? – pergunto assim que se aproxima.

–Vou. Vamos ao cinema na sexta. Mas não vai ser nada sério. Vou fazer engenharia no 4 ano que vem e não quero nenhum namorado me prendendo aqui.

–Acho que vou passar na padaria pra buscar algo para o lanche. Encontro vocês em casa.

–Ok. Não esquece dos pãezinhos de queijo da mamãe. Você sabe que ela ama.

–Não esqueço.

Começo a seguir o lado oposto ao de todos e Finn vem até mim.

–Onde você tá indo?

–Na padaria do meu pai pegar gordices.

–Acho que vou aproveitar pra comprar algumas coisas. E quero conversar com você, Menininha.

–Lá vêm, Finn. Coisa boa não é.

–Rue, - ele falou meu nome, não vai prestar mesmo – eu não quero que fique chateado comigo. Mas acho que eu estou gostando da Allyson. Sabe se eu tenho alguma chance com ela?

Estamos na porta da padaria. Não o respondo, só entro e vou direto para o escritório do meu pai. Ele me sorri e diz que posso levar o que quiser. Saio com uma sacola com pães, doces e os pães de minha mãe.

–Você não me respondeu – ele diz, correndo para me alcançar, já que ia deixa-lo para trás.

–É claro que tem. Não tem uma garota no colégio com quem você não tem chances.

–Claro que tem!

–Não seja bobo! Nenhuma resiste a sua voz de sedutor.

–Você resiste.

Ele não sabe o quanto está enganado. Vez ou outra, de brincadeira, ele fala sussurrando no meu ouvido e eu tremo na base feito gelatina. Definitivamente não resisto nem um pouco aos seus encantos.

Finn faz jus a beleza do pai. Alguns meses trás fui dar uma olhada na biblioteca, atrás de livros para um trabalho, quando vi uma foto do pai dele. O mais bonito tributo. E Finn não foge nada.

–Finn, eu não vou ajudar você a partir o coração dela como fez com todas as outras. Não conte comigo.

Vou para casa sem me despedir. Geralmente nunca perderia a chance de abraça-lo. Mas estou tão triste que me obrigo a ignorá-lo. Deixo as coisas e subo direto para o quarto de Chelly.

Minha irmã é a única pessoa que sabe o que eu sinto. Não contei a mais ninguém com medo de que ele soubesse. Allyson é uma das minhas melhores amigas. Até pensei em contar que sou loucamente apaixonada por Finn, mas acabei deixando um segredo entre irmãs.

–Chelly – digo entrando rápido no quarto – Eu definitivamente odeio Finnick Odair.

–O que ele fez agora?

–O que ele fez?! O que ele fez?! – digo já elevando a voz – Ele simplesmente está afim da Allyson!

–Mentira!

–É verdade – eu me jogo na cama – Chelly, o que eu faço? Por que ele não me vê?

–Bom, levando em conta a minha experiência, devo dizer que você deveria dar uma ignorada nele. Ser menos disponível. Seja mais amiga dos gêmeos. Saia com uns garotos. Você é linda, Rue. Não vai ficar apodrecendo sozinha esperando o Finn.

Chelly é simplesmente linda. Já eu não me acho lá essas coisas. Tenho 1,72, cabelos castanhos e os olhos azuis que puxei do meu pai. Quase sem curvas e parecida com quase toadas as garotas do Distrito, com exceção dos olhos.

Não que eu nunca tenha saído com ninguém. Ano passado, sai com Thruman, um garoto da minha sala. Muito bonitinho até. Saímos algumas vezes, mas não seu certo por que sempre que eu estava com ele, queria Finn em seu lugar.

–Chelly, não é tão simples...

–O mundo não é perfeito, Rue. E se ele nunca se ligar que você, essa garota linda é apaixonada por ele, o que você vai fazer? Morrer solteira e virgem? Por favor, Rue. Você tem 17 anos, saia com uns meninos. Soube que o Troy da minha turma está interessado em você – eu coro levemente – posso dar uma ajudinha. Se você quiser, claro.

–Hum... – penso longamente nos prós e contras – Se o Finn não me vê como mulher, então ele que se exploda. Pode fazer a sua mágica, Chelly, mas vou conversar com ele primeiro, dona apressadinha.

–Vai dar tudo certo – ela se anima, se levantando já bolando planos – Ele vem com um pessoal da turma aqui em casa fazer um trabalho. Só fique na sala que eu vou dar meu jeito, irmãzinha.

–Estou só vendo, Chelly.

–Confia em mim.

–Reunião do clube das meninas e nem me chamaram? - minha mãe surge na porta sem fazer barulho. Anos caçando a tornaram mestre em andar sem fazer barulho.

–Só uma conversa entre irmãs, mãe – eu digo.

–Tão cedo em casa. As vezes chega só a noite.

–O pessoal da ONG praticamente me expulsou. Disseram que era para eu descansar – ela diz com desdém – Já viram coisa mais sem cabimento? Até parece que estou doente.

–Eles se preocupam com você.

–É, eu sei. Estava pensando em fazer o jantar.

Eu e Chelly trocamos um olhar. Minha mãe tem muitas qualidades, mas cozinhar não é uma delas. Um dia desses ela tentou fazer uma lasanha e nunca comi nada com gosto tão ruim. Mas para não magoá-la, fingi que gostei.

–Papai não deve demorar – eu digo.

–O bebê está com fome – ela diz passando a mão na barriga – Mas vou esperar. Sei que eu cozinho terrivelmente mal. Acho que vou pedir para o pai de vocês deixar comida reserva no freezer. Nunca se sabe quando essa draguinha vai sentir fome, né bebê?

–O bebê, sei... – seguro o riso.

–Obvio que é o bebê. Eu não como isso tudo.

–Nãaaaaao! – eu e Chelly rimos.

–Vocês! – ela ri conosco.

–Trouxe algumas coisas da padaria depois da escola. Peguei os pãezinhos.

–Os que queijo? – seus olhos brilham – Acho que pra ele está bom.

Ela sai do quarto e eu me deito na cama de olhos fechados. Sem querer, imagino Finn e Ally juntos. De mãos dadas e segredinhos. Beijos entre as aulas. Todas as coisas que eu sonhei para nós dois. Sinto as lágrimas nos olhos, mas pisco para afastá-las

–Vou tomar banho. Ainda estou com as roupas da escola.

–Vou fazer isso também.

De banho tomado, ouço a voz de meu pai e o cheiro de comida e sou atraída imediatamente para o andar debaixo.

–Que cheiro bom... – digo.

–Fiz macarrão pra gente. Sua mãe, digo, o bebê não estava aguentando de fome.

–Está com o cheiro ótimo – Chelly diz.

Durante o jantar conversamos sobre o nosso dia e sempre é um momento descontraído.

–Amanhã, depois que eu sair da padaria e a mamãe sair da ONG, vamos numa consulta com a medica do bebê e talvez a gente demore. Vou deixar alguma comida congelada pra vocês.

–Ah, já ia esquecendo – Chelly diz – Alguns amigos meus podem vir aqui em casa depois do colégio.

–Pode – meu pai diz – Mas vou pedir para o Haymitch ou a Annie virem aqui de vez em quando.

Não somos crianças, pai – ela diz, rolando levemente os olhos.

–Eu sei. Exatamente por isso que me preocupo. Adolescentes sozinhos em casa não dão certo.

–Como quiser – Chelly diz – Mas eles vão dizer que não fizemos nada de errado.

–Falando em adolescentes – Lis começa – Estava pensando em fazer uma festa no meu aniversário.

–De que tipo de festa estamos falando? – minha mãe olha desconfiada.

–Poucas pessoas – ele diz pegando uma garfada de macarrão – Só umas 130.

–130?! – minha mãe se choca – Você só tem 13 anos.

–Vou fazer 14 – ele se defende

–Ainda é muito novo pra isso – minha mãe olhou séria para ele.

–Mas mãe...

–Eu e seu pai vamos pensar – Lis fez sinal de que ia comemorar – Mas nada de fazer planos de antecipação.

–Tudo bem – ele suspirou resignado.

Enquanto eu era a mais tímida dos irmãos, Chelly era bem mais sociável que eu. Mas ela não se equipara ao Lis. Esse garoto faz amizade com plantas, paredes e quadros. Engraçado até dizer chega, fazia qualquer clima ruim se tornar algo bom. Até mesmo quando Buttercup morreu e todos ficamos triste. Minha mãe mais do que todos. Papai explicou que ele era a maior lembrança que ela tinha da minha tia. Nós o enterramos no quintal, com uma pequena lápide escrito “RIP Buttercup, o gato horrível mais amado da história”.

Aqui em casa todos temos um chamado Aparelho de Mensagens Instantâneas. Extremamente caro, basicamente só a família dos Vitoriosos e do prefeito tem o que apelidamos carinhosamente de AMI, cortesia do governo no natal do ano passado. Estranhei muito, mas era uma forma bastante eficaz de nos comunicarmos não importa aonde.

Depois do jantar e de algum tempo na cozinha, arrumando as coisas e rindo das palhaçadas de Lis, acabei indo cedo para a cama, afinal havia acordado muito cedo. Como todos os dias, quando fecho os olhos, penso em Finn. Em como seria se ele me puxasse pela cintura para mais perto. Em como seria beijá-lo. Escaneio-me mentalmente, em busca do que falta em mim para chamar sua atenção. No meio desse processo, eu acabo dormindo.

O relógio marca 3:17 da manhã quando eu acordo com os gritos. Sei que são de minha mãe. Imediatamente me levanto e sigo para o quarto deles. A cama deles foi feita sob medida para ser grande o bastante para caber os três filhos e me pergunto como faremos quando o bebê nascer.

Ver o rosto de minha mãe banhado em lágrimas e marcado pelo terror causado pelos pesadelos me doem o coração. Katniss Mellark é a mulher mais forte que já conheci, mas até as pessoas mais fortes e corajosas tem suas fraquezas. Não digo nada, sei que palavras não são necessárias. Me aninho em minha mãe e dou um beijo em sua bochecha.

Quando pequenos, eu e meus irmãos corríamos para pegar o lugar cobiçado: ao lado da mamãe, sem correr o risco de cair da cama. E geralmente a ordem era: papai, mamãe, eu, Chelly e Lis, que por ser o menor, sempre chegava depois.

Mas dessa vez ele chega antes de Chelly. Ambos beijam nossa mãe e se deitam. Quando eu era bem pequena, também tinha pesadelos decorrentes. O médico que me assistia disse que poderiam ser reflexos do tempo na Capital. Eu sonhava com luzes extremamente fortes, muita dor e uma risada masculina gutural e que aterrorizava muito. Em alguns minutos, cedo e caio no sono.


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Notas finais do capítulo

Então é isso, meus amores. Me digam nos comentários o que acharam do capítulo. Todo e qualquer comentário me faria muuuuuuito feliz.
Mil beijos ;*



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