– E você está bem Cath? Sente falta do Warrick não?

– E como sinto. – Finalmente ela me abraçou e conseguiu chorar aquilo que deveria estar preso há algum tempo dentro dela, algo que ela deve ter desabafado somente com seu travesseiro.

– Meu amor. – Disse animada chegar ao quarto, Catherine já havia ido, e as crianças dormiam na sala. Ele que estava quase pegando no sono deu um pulo sobre a cama.

– Oi. – Falou em um susto.

– Vamos dar uma de cupido. Os meninos e as meninas estão com problemas. – Sorri.

Logo expliquei a ele tudo que estava acontecendo, por vários momentos parecia que ele estava mais interessado com seu sono do que com os problemas, mas eu o entendia também estava exausta. Dormimos mal a noite.

– Sar, não acho que seja prudente nós nos meteremos nisto.

– Por que não? – Fiz “aquele” olhar, o olhar que Gil não resistiria e que até o gato de botas do Shrek iria invejar.

– Sara, nem vem. Isso é problema deles, eles têm que se resolverem. Sozinhos. – Enfatizou.

– Assim como você vez? – Falei cínica. – Gil, nós não estaríamos juntos sem a interferência deles, e eu acho que devemos isso a eles, principalmente a Catherine.

– Sara, eu não sei.

Então comecei a tirar minha roupa e a deixar espalhada pelo quarto. Ele parou de falar e começou a me observar, sabia que o faria, e me aproveitaria disso.

– Façamos o seguinte, você me ajuda a ajudar eles, e eu te ajudo neste momento.

– Isso é golpe baixo.

– Eu sei. – Mordi meu lábio inferior. – Mas é uma oferta única, é pegar ou largar. – Pisquei.

– E se eu recusar?

– Você irá me ver colocar aquela camisola lilás com rendas, sem nenhuma roupa íntima por baixo, deitar nessa cama ao lado de seu pau duro, estando completamente molhada e pronta para te receber. E vai ter que dormir assim. – Falei o mais sedutora que consegui, e com um sorriso malicioso nos lábios.

– Você não seria capaz disso.

– De que meu amor? – Tirei por fim a última peça de roupa, Gil sempre esteve longe de ser um macho dominante por mais que eu fantasiasse isso, ele nunca soube mandar, e ele gostava de estar submisso a mim, sabia que não me atacaria, embora estivesse rezando por isto.

– De me seduzir só para conseguir o que quer.

– E como seria. – Disse convicta, passando pelo lado da cama e me abaixando para pegar minha camisola na mala que estava no chão.