Reino Esquecido escrita por Beato


Capítulo 1
Capítulo 1 – O Despertar




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Uma mesa, 4 cadeiras e três pessoas. Katrina estava sentada ao lado de seu irmão, Loki, e em frente a sua mãe, Teodora. Katrina era ruiva e tinha olhos azuis estava prestes a completar 15 anos, Loki era parecido com ela, mas não tinha seus olhos azuis, os dele eram castanhos. Teodora era uma mulher rude, sempre queria sair por cima, tinha cabelos negros e olhos mais negros ainda, alguns no vilarejo a chamavam de Bruxa.

– Mãe – Katrina respirava fundo, prendia a respiração por ter a atenção da mãe, e falava. – Eu quero enfrentar a floresta.

– Você ta louca? – Teodora respondia sem nem pensar. – Você é ridicula, nunca que iria ser a escolhida. Fora isso, já estamos há 5 gerações sem ninguém no poder. Nem sabemos se essa lenda ainda existe, ou se algum dia foi real.

– Mas mãe... – Katrina falava amavelmente, não queria discutir com a mãe, mas não queria abandonar seu sonho tão cedo. – Eu tenho fé que conseguirei, por que a senhora não pode ter também?

– Porque você é so uma pirralha que foi mimada demais! – Teodora dizia friamente. – Não importa o que diga, você não vai.

Katrina terminou sua janta em silêncio e foi para seu quarto, ela queria muito chorar. Foi quando seu irmão entrou no quarto.

– Katri? – Loki dizia sentando ao seu lado – Eu acredito em você.

– Meu querido, eu sei que você sim. – Katrina dizia fazendo cafuné em seu irmão. – Mas fico triste porque mamãe não.

– Ta tudo bem Katri. – Loki dizia para ela segurando sua mão. – Eu sei que um dia você vai virar a Rainha e vamos melhorar de vida.

– Com certeza! – Katri abraçava seu irmão com um sorriso no rosto. Ele de fato era a melhor coisa na vida dela.

-- X --

– MÃÃE! – gritava Minerva histericamente – A Cecília pegou minha maquiagem denovo!

– Minerva, meu amor, você pode parar de gritar por tudo? – Marina largou a panela que estava mexendo no fogo e foi até sua filha de 6 anos. – Ceci, amor, eu já não disse pra não mexer nas coisas da sua irmã?

– Mas mãe, ela nunca me deixa brincar com ela! – Ceci dizia cabisbaixa e devolvia os objetos para a mãe.

– Mesmo assim querida. – Marina dizia calmamente enquanto devolviam as coisas para Minerva, que por sua vez voltava para seu quarto. – Se não é seu, você não pode simplesmente pegar. Promete pra mim que não fará mais isso?

Ceci ficava cabisbaixa, não queria encarar sua mãe, odiava deixá-la chatiada. – Sim...

-- X --

Katrina saia para observar a lua, ou pelo menos essa foi sua desculpa, na verdade ela so queria olhar para a floresta que se estendia a sua frente. O vilarejo era um lugar humilde, calmo e pacífico, até mesmo a noite os moradores exerciam suas funções normalmente. Havia uma barraca de frutas, carne, ovos, leite, das mais variadas possíveis. A jovem caminhava até a entrada da floresta, onde havia um banco, la ela se sentava. Seus cabelos ao vento sacudiam violentamente, seus olhos estavam molhados de tanta tristeza que havia em seu coração por tudo que sua mãe havia lhe dito. Não demorou muito até que a primeira lágrima caiu, seguida de uma torrente incontrolável.

Enquanto suas lágrimas escorriam algo chamou sua atenção, rapidamente ela se virou para a direita. Ela viu uma garota um pouco mais nova que a encarava, a menina possuia cabelo prateado um pouco a baixo do ombro, seus olhos eram esverdeados. Katrina estava indignada com tamanha beleza em uma menina tão pequena, quando menos esperava a menina se aproximou. Por um momento pensou que a menina passaria reto por ela, mas muito pelo contrário, a pequena caminhou até estar na frente de Katrina e então a abraçou. Os segundos seguintes que sucederam o gesto deixaram a ruiva sem raciocinar direito, até ouvir a fina voz da menina.

– Não chore. – Ceci dizia amavelmente. – Eu não sei porque você está triste, mas mamãe diz que um abraço anima qualquer um! – Ceci a soltava se afastando um pouco, mas ainda perto o suficiente para segurar o rosto de Katrina. – Você é linda! Não desperdice sua beleza chorando.

Katrina olhava diretamente nos olhos de Ceci, aqueles olhos amáveis e inocentes que toda criança tem. Rapidamente lembrou de seu irmão, Loki. As palavras de Ceci so fizeram com que ela tivesse mais certeza do que nunca, que deveria enfrentar a floresta. Porque era por causa da felicidade dessas crianças que elas queria ser a rainha. Ela queria ser a luz de esperança de cada criança do reino.

– Obrigada. – Katrina dizia pegando as mãos de Ceci nas suas. – Eu não vou mais chorar.

Ceci sorria ao ouvir aquilo e em seguida ia embora, mas não sem antes acenar para ruiva.


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