One last dance escrita por Olavih


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Escutei a música "one last dance" da banda R5, e ao descobrir que a letra foi feita pelo Ross, imediatamente essa one me veio a mente. Eu sou uma fã de Raura/Auslly e tentei colocar toda emoção possível nesse capítulo, então perdoe se ficou muito... Meloso. Uma boa leitura e comentem se achar que merece. O vídeo da música que a Laura vê na fanfic é o R5 - one last dance (live in London). Ouçam a música quando virem a frase "então a melodia começou". Dá mais emoção kk.



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Capítulo único — one last dance

Laura não deveria se decepcionar ao ver só Ridel à sua porta. Ela tentou conter a onda de frustração que tomou seu peito quando viu que a loira estava sozinha. Claro que estava feliz por vê-la. Fazia seis meses que sua amiga saíra para turnê e Laura sabia que apenas Skype não era o suficiente para suprir a saudade que sentia de Ridel. Mas para ser franca Laura esperava mais. Não só a loira, mas um loiro também, de olhos brilhantes e castanhos, um metro e oitenta e três de altura e cabelos organizadamente bagunçados. Ela esperava por Ross Lynch, mas ele não estava ali.

Claro que ele não apareceria. Não teria a cara de pau de fazê-lo depois do último encontro deles. Mesmo assim Laura sentiu sem coração chorar ao ver que ele não vinha vê-la. Talvez nem quisesse. Talvez estivesse com sua namorada, surfando na praia, contando a ela as coisas que fazia com seus irmãos quando eram crianças.

—LAURA! —A loira gritou, despertando Laura de seu torpor. A morena de olhos brilhantes acolheu sua amiga nos braços e elas trocaram suspiros aliviados. Como era bom um abraço de verdade onde podiam matar a saudade à vontade.

—RIDEL. — Laura gritou atrasada, pois elas já tinham se separado. Ridel aceitou o convite de Laura para entrar no apartamento. Ridel se sentou no sofá enquanto Laura buscava doritos para elas comerem. — Então, como foi à turnê?

—Foi incrível. O mundo é tão grande e incrível. Tinha fãs nossas em todos os lugares, gritando e pedindo autógrafos. Foi maravilhoso.

—Eu imagino. Estou tão feliz por você. — Laura colocou um punhado de doritos na boca. Ridel sorriu.

—Tenho novidades. — ela contou. Laura se aproximou mais, como as amigas fazem ao trocarem confidências. — beijei um cara na turnê! — contou e tapou o rosto com as mãos, em vergonha. Laura ficou boquiaberta.

—Mesmo? Conte-me tudo! — exigiu ela sorrindo.

—Foi numa tarde de autógrafos. Um garoto lindo veio falar com a gente e falou que era da equipe de produção da nossa tarde de autógrafos. E na hora eu senti que ele tava olhando muito para mim. Daí o Ross e o Rocker ficaram brincando com ele, falando que ele podia me pegar se quisesse e ele topou na hora, mesmo sendo brincadeira. Aí os meninos viraram para mim e eu pensei “porque não?”. Então ficamos. — ela falou sorrindo. Ridel se sentia radiante só de se lembrar do quão legal e estranho foi beijar. Ela não estava acostumada com a sensação do acariciar dos lábios, ou do nervosismo que há em beijar. E nem mesmo do prazer que havia no ato.

—Que incrível. Ross é um cupido mesmo. — Laura tentou falar o nome do seu amigo sem sentir tristeza. Falhou miseravelmente, mas não quis que Ridel visse isso. Continuou: — E aí, vocês saíram depois disso?

—Sim, umas duas vezes. Mas logo tivemos que viajar e nós só queríamos matar a carência. Os meninos se comportaram como verdadeiras meninas nesses momentos, sempre querendo saber os detalhes. Riker queria até postar no twitter. Eu que não deixei. Só Ellington que ficou mais na dele. Ele me cumprimentou e tudo, mas se manteve a distância. Nada de mais.

—Sei. — Laura sorriu, colocando mais doritos na boca. Ridel, que ia comendo o salgadinho também, interrompeu o ato ao perceber a ambiguidade na palavra de Laura.

—O que?

—Nada.

—Laura Marie Marano! Pode ir falando. — Ridel exigiu, sorrindo torto.

—Você sabe o que eu acho do Ratliff. — a morena colocou um monte de salgadinhos na boca. Ridel revirou os olhos.

—Eu já te falei mil vezes: somos só amigos. E fim. — ela falou rindo. Inevitavelmente Laura pensou em Ross e em como toda vez que era perguntada sobre a relação dos dois ela dava a mesma resposta, embora no fundo do seu coração ela soubesse que sentia mais que uma amizade pelo loiro.

—Arram. E eu acredito em papai Noel. — Elas riram.

—Tem novidades? — Ridel perguntou. Laura deu de ombros.

—Estou de férias, já tem uns dois meses. Então me concentrei na escola, sem garotos, nem problemas, só a velha matéria escolar me dando trabalho. — Laura sorriu como se estivesse feliz, mas ela só enganou a si mesma. Ridel conhecia bem a amiga para saber quais eram seus sorrisos verdadeiros e falsos.

—Sei. Você e o Gabe...

—Nem se minha vida dependesse disso. — Laura falou se lembrando do seu último namorado. E o motivo da briga dela com Ross. Ridel riu um pouco.

—Ele merecia umas boas pancadas.

—Sim, merecia. — elas ficaram em silêncio. Laura pegou o celular para olhar as horas, mas acabou sorrindo com sua foto de capa. Ela já a tinha visto um milhão de vezes, mas não conseguia evitar o sorriso bobo que se formava quando via ela nas costas de Ross e ele sorrindo para a câmera, inclinado por conta do peso. Ridel flagrou a cena e deixou escapar.

—Ele sentiu sua falta, sabia? — Laura congelou. Não sabia se queria falar sobre esse assunto.

—Não parece. Nem sequer ligou.

—Você bloqueou o número dele se lembra? Na verdade, o excluiu da sua vida. — Ridel a lembrou.

—Sim eu lembro, mas ele...

—Ele está com vergonha Lauris. Muita. Depois de tudo que ele falou...

—Para Ridels. Eu já me torturei de mais com isso. — Laura interrompeu quando sentiu que estava prestes a chorar. Ridel sabia da teimosia da amiga. Tinha que dar um jeito de unir aquele casal. Não era justo! Eles se amavam. Só precisavam de um empurrãozinho. Este que Ridel providenciaria agora.

—Então, só escuta isso. — Ridel tomou o celular da morena, rezando para a senha ser a mesma. Ela desbloqueou o celular com a senha que lembrava e pesquisou a música “One last dance — R5”. Antes de o vídeo começar a rodar, ela entregou o celular nas mãos de Laura.

—Foi ele quem fez essa música. Preste atenção nele no vídeo. Espero que isso possa mudar sua opinião sobre tudo. — então se levantou e depositou um beijo na testa de Laura que ainda estava paralisada. Antes que Laura percebesse, Ridel já havia saído. E então a melodia começou.

O dedilhado do violão era delicado. A voz de Ross entrou exatamente do mesmo modo. A letra acertou Laura como um soco: imprevisível, mas fatal. Parecia vinda do coração e Laura não aguentou. Lágrimas começaram a cair antes do refrão. O olhar perdido de Ross no vídeo só piorava tudo. Ele nem parecia lá. Seus cabelos bagunçados, do jeito que ele gostava de deixar quando ia tocar traziam uma aparência desleixada, mas sexy, exatamente o que encantava Laura. Os braços fortes dele estavam à mostra e sua boca fina se mexia com tristeza. Laura sentiu a saudade a sufocar.

Ross não era o único com o rosto triste. Aquela música parecia contagiar a todos; trazia uma melancolia na melodia. Se não tivesse letra, Laura afirmaria sem dúvidas que falaria da parte ruim do amor. No refrão ela fechou os olhos, sentindo a melodia bater em seu coração. Eles se uniram e ela se permitiu chorar. Todas as barreiras que tinha feito para impedir a dor, impedir que Ross se aproximasse do seu coração acabou só dela ver um simples vídeo. Como faria quando o visse pessoalmente?

A segunda parte começou e ela abriu os olhos. A câmera focava em Ross e ele não parecia perceber. “Said we'd be friends till the end; can we start again?” ao pronunciar essa frase Ross fechou os olhos e sorriu. E Laura entendeu o porquê. Ela se lembrava de quando eles se conheceram, no começo da série Austin & Ally. Ela estava no primeiro ano do ensino médio. Agora estava quase se formando. E eles prometeram que seriam amigos até o fim. Ela realmente queria começar tudo de novo. Mais lágrimas escorreram por seu rosto.

Quando Ross escancarou a boca quase formando um sorriso, Laura conseguiu sorrir. Ela se lembrava de uma velha mania dele, de disfarçar um bocejo com um sorriso. Ali ele não estava bocejando, mas ela se lembrou disso. E cada vez mais sentia necessidade em vê-lo. Agora não era questão de querer. Não se tratava das vontades de Laura. Tratava-se de necessidade. Ele era tão necessário na vida dela quanto o oxigênio. Sem Ross, Laura arquejava em busca de ar.

Ross cantarolou tristonho. Sua voz era de choro. A câmera mudava os focos, mas Laura quase não via. Quando mostrava o loiro novamente, a morena segurava seu celular com mais firmeza, porque suas mãos tremiam. Ele abraçou a guitarra e ela se agarrou a almofada. Era doloroso ouvir sua voz, mas Laura tornou-se masoquista. Ross terminou a música com os olhos fechados e Ridel agradeceu. Laura chorou. Incessantemente. Como uma criança sem doce. Como mães separadas de seus filhos. Tipo namoradas que perdem seus namorados na guerra. As palavras da música ainda soavam em sua mente: eu só preciso de uma última dança com você.

—E você a terá. — Laura sussurrou.

***

Ross sentiu saudade da Califórnia. A brisa suave, o clima de verão insistente, o sorriso contagiante das pessoas e a sensação da areia tocando seus pés. Ele estava em uma parte da praia mais afastada da multidão, onde ele podia compor sozinho. Vinha ali sempre que queria músicas leves e tranquilas, algo alegre que colocasse sorriso nas pessoas e despertasse vibrações boas. Talvez porque gostava de ver as pessoas sorrirem. Talvez porque ele mesmo precisava sorrir.

Fechou os olhos tentando evitar a lembrança, mas já era tarde. Ele não conseguia bloquear o dia da briga de sua cabeça. Era incrível como se esquecia de tudo, mas nunca passava um dia sem pensar no dia que foi o cara mais burro da face da Terra. Ross permitiu que o flashback começasse:

—Ross tenho que te contar uma coisa! — Laura estava toda animada, porém Lynch sentia hesitação de sua parte. Parecia nervosa enquanto o arrastava pela mão para um lugar longe dos ouvidos de qualquer um.

—Tudo bem, acho que aqui já estamos seguros. Fale.

—Bem, er... Hum... — Marano coçou a nuca e abaixou o olhar. Mau sinal...

—Fala logo mulher. — todo esse mistério deixava Ross se agonizando de curiosidade. Laura soltou uma risada nervosa.

—O Gavin e eu...

—O caipira e você... — Ross não era de falar mal das pessoas, nem sequer achava caipira um bom xingamento. Mas não suportava aquele cara; e desde que aprendera que ele odiava que o chamassem de caipira, Ross decidiu que esse seria o apelido ideal.

—Nós dormimos juntos.

—Tipo na mesma casa? — Ross não queria chegar mais fundo, mas ele sabia o que Laura quis dizer. Suas pernas amoleceram enquanto seus punhos cerravam.

—É na mesma casa.

—Mas você quer dizer no mesmo quarto?

—Sim Ross, como iríamos dormir juntos em quartos separados? —Laura às vezes perdia a paciência com o amigo.

—Na mes...

—NÓS FIZEMOS SEXO OK? — Laura gritou sem pensar e só depois notou o quão rude ela fora. Tapou a boca com as duas mãos enquanto esperava temerosa pela reação do amigo. Ross parecia ter perdido o chão. Ele se sentou no banco próximo, agradecendo aos céus por ter algo em que se apoiava se não ele cairia sem dúvida. Ele não aceitava, sequer entendia o que Laura queria dizer. Não queria, não podia... Mas assim que a imagem de Laura e Gavin passou pela sua cabeça ele se levantou de supetão já com os punhos cerrados e um grito na garganta.

—VOCÊ O QUE?

—Não foi planejado. — Laura falou mais baixo, como uma criança se dirige aos pais no momento da briga.

—Então vocês não usaram camisinha? — Ross sentia o sangue sair de seu rosto.

—Usamos claro que usamos. — a morena se sentia constrangida. Não falava sobre esse assunto nem com a mãe. Com Ross então parecia mil vezes pior.

—Pelo menos isso. Como pôde Laura? — Ross não a deixou responder. Metralhou as palavras sem pensar, a raiva sendo seu combustível. Todo linguajar que ele nunca usava na frente de Laura estava sendo usado agora. — abrir as pernas para aquele caipirinha imbecil, estúpido. Eu esperava mais de você. Sempre pagando de boa moça e agora aceita transar assim, só porque estavam num momento mais quente? — ele se segurou para não falar tesão.

—Ei, calma a boca mocinho. Gavin foi o maior amor comigo. Ele até falou eu te amo...

—Ah que ótimo, e te trouxe café da manhã na cama eu suponho? — Laura permaneceu de cabeça baixa. A raiva de Ross estava no ápice, explodindo toda na cara de Laura. Ela não esperava uma reação tão negativa. — ele só quer transar com você Laura, não vê isso? E você caiu feito uma idiota.

—Para Ross. — Laura trincou os dentes. Esse era seu problema em sentir raiva: ela começava a chorar. Ross estava de costas para ela, despejando todo seu veneno sem dó.

—E você agiu feito uma vagabunda aceitando que ele a levasse para a cama com menos de dois meses de namoro. Ele só quer transa e você ainda age como uma vadia particular pronta para...

—CHEGA ROSS SHOR LYNCH! — Laura gritou. Ross calou-se e se virou. Ele encontrou lágrimas escorrendo por seus olhos e sabia que era sua culpa. Mal sabia ele que aquela imagem não sairia de sua mente nunca mais.

—Laura eu não...

—Saia daqui. Vai embora, eu não quero te ver nunca mais.

—Laura, por favor...

—VAI EMBORA DAQUI. — ela gritou já de costas para ele. Ross agradeceu o modo como ela estava assim ela não o veria chorar. E o loiro se afastou sabendo que tinha feito o pior erro de sua vida.

Ross abriu os olhos, sentindo as lágrimas os queimarem. Ele se lembrou dos óculos e permitiu que algumas gotas caíssem. Logo as enxugou e encarou o papel branco a sua frente. Não conseguia escrever nada, nem mesmo em seu lugar favorito. A única coisa que escrevera fora one last dance e ainda assim teve que ser verdadeiro consigo mesmo para ter coragem o suficiente para fazer a música. Não era fácil se abrir assim. Ele não se sentia pronto para cantar aquela música. Porém bastou Rocker por os olhos nela e ele insistiu que deveriam gravar. Apesar de todo o sucesso que a música virou Ross ainda desejava tê-la mantido só para si.

Pensou em Laura. Em seus grandes olhos castanhos brilhantes de empolgação. Em seu humor alegre logo as sete da manhã, virtude rara e a que ele mais apreciava. As fotos engraçadas que eles tiravam e a falta de vergonha que ela tinha em pagar mico. Ela suportava todas as criancices de Ross e ele amava isso nela. Mas o que ele mais amava era seu sorriso. Os dentes perfeitamente alinhados, a alegria que eles traziam. E subitamente Ross sentiu uma música vindo.

***

Lá estava Ross no balcão onde tudo começou. Era quase um celeiro, uma grande construção, mas adaptada para ser um lugar para ensaiar. Seu pai tinha colocado paredes a prova de som para que pudessem tocar sem atrapalhar os vizinhos. Era um grande espaço aberto, com um piso de madeira e paredes que os meninos mesmos coloriram. Ross se lembrava com alegria daquele dia. Eles brincaram com tinta como se estivessem em um paintball radical, jogando na parede ao som alto de uma playlist que todos gostavam. Foi um dia muito inesquecível.

Ross ainda carregava o violão e o caderno onde tinha uma música nova que mostraria para Rocky. Ele gostara da letra. E com os toques mágicos de Rocky com certeza ficaria excelente. Era animada e Ross se surpreendeu quando a viu pronta. Não conseguia acreditar que tinha feito algo mais alegre. Talvez porque pensou nas coisas boas de Laura.

Já era à noite e Ross se viu obrigado a acender a luz quando adentrou ao salão e fechou a porta. Guiado pela luz do celular ele foi diretamente onde sabia que encontraria o padrão e ligou todas as luzes. Quando se virou levou um susto tão grande que quase teve um infarto. No meio do salão com um vestido simples florido, cabelos castanhos escuros soltos e meio cacheados, sapatos altos e simples e um sorriso atraente estavam Laura parecendo feliz em vê-lo.

Ross não sabia se ria se trincava os dentes a fim de segurar o choro, se ficava paralisado ou se corria para toma-la nos braços. Ele optou por digerir a informação, tomar nota dos detalhes da amiga. Laura estava diferente do que ele se lembrava. Mais confiante de quando ele a deixou. Ela não tinha lágrimas nos olhos como lembrava e ele sorriu. O primeiro sorriso sincero em meses. Ele se aproximou dela cada vez mais rápido e ela apenas esperou. Ross não sabia qual seria sua reação se ele a abraçasse, mas ele não resistiria.

—Laura. — ele sussurrou antes de toma-la em seus braços. Ele a abraçou como deveria fazer nas cenas de Austin & Ally: um abraço apertado, onde ele afundava seu rosto em seus cabelos macios e cheirosos. Apertou-a tão forte e sentiu a melhor sensação do mundo quando viu que ela retribuía na mesma intensidade. Toda a saudade e incerteza estavam acabadas.

—Senti tanta saudade. — ela murmurou inspirando o cheiro da colônia de Ross. Ele também se embriagava com o perfume que ela usava. Era o mesmo que ele se lembrava. Ross afundou os dedos no corpo de Laura. Não se cansava de abraça-la. Ele quis chorar, mas lembrou de que nunca fazia isso em público então se conteve. Não conseguia acreditar que ela estava tranquila com ele mesmo depois...

—Laura espere! — ele a soltou de repente. A menina o encarou com os olhos confusos. Ross se ajoelhou. — eu te peço... Não, eu te imploro que, por favor, me perdoe. Eu fui um completo idiota, egoísta, estúpido, grosso, ridículo e todos os xingamentos que você pode imaginar quando gritei com você. Não queria ter feito aquilo, mas eu estava com tanto ciúme. Estava assim desde que Gavin entrou na sua vida e te conquistou e isso me matou por que... — ele hesitou. Entretanto já estava com tanta coragem que resolveu falar. — porque eu queria ter tido essa honra. Porque estou apaixonado por você. Tanto que não consigo mais conter isso. E quando eu te magoei...

—Está perdoado. — ela falou simplesmente. Ross franziu as sobrancelhas.

—O que?

—Eu disse que está perdoado. — ela sorriu e Ross derreteu como uma garota vendo filmes românticos. Ela pegou sua mão e o fez se levantar. — agora pare de drama, porque não há câmeras por aqui. — a morena riu e Ross a acompanhou. Não imaginou que seria tão fácil, mas não iria interromper aquele momento. Se ele estava sonhando então aproveitaria o máximo.

—Eu também senti saudade. — Ross falou lembrando-se do que ela falara mais cedo. Ele se aproximou e beijou a testa dela, saboreando o simples ato. Então olhou ao redor. Havia um aparelho de som com um CD por cima há alguns metros de onde o cantor estava. Laura sorriu notando o que ele olhava.

—Surpresa. Ouvi aquela sua música: one last dance. — Ross sentiu o coração congelar. — e resolvi atender o seu pedido. — ela falou sorrindo. Ross sorriu também, mas meio tristonho. Ele cantou que queria uma última dança. Será que Laura só queria um momento? Não importa. Continuou apreciando o momento.

—Vai me dar uma última dança?

—Não. Te darei a primeira de muitas. — ela falou. Segundos depois estava colocando o cd para tocar. E retornou. Ross sorriu e colocou uma mão em sua cintura, enquanto a outra segurou firme a mão de Laura.

A música começou e Ross seguia a coreografia que seu coração mandava. Ele rodava Laura por todo o salão entrando em sincronia com a música. Laura por diversas vezes fazia os passos de olhos fechados apreciando a sensação que a mão quente de Ross provocava nela.

A liberdade que a dança provoca percorria o corpo dos dois de modo que os passos ficavam mais leves e verdadeiros. Ross a girava nos tempos certos da música e Laura sorria com a criatividade que ele tinha. Eles se divertiram dançando a música e quando esta terminou, Ross finalizou do jeito que Laura mais apreciava: com ele a deitando de modo que todo o peso dela estava em seus braços. Laura riu enquanto ele tentava fazer uma cara sexy.

Ao se encararem o desejo falou mais alto que a razão. Não existia mais mundo. O ar não parecia importante mais. Quando Ross notou, seus lábios já estavam no dela. E ele administrava o beijo com intensidade. Ross, sem desgrudar os lábios dos lábios de Laura a colocou em pé novamente e um verdadeiro beijo começou. Os braços dele estavam em sua cintura, empurrando-a para cima. Laura entendeu o recado deu o impulso necessário para que suas penas fossem para o quadril de Ross. Eles continuaram por um bom tempo matando saudade um do outro e viram que juntos e somente juntos eles ficavam completos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!



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