Quem É Essa Garota? escrita por NerdCrazzy


Capítulo 12
Cheia de nada, mas estava cheia.


Notas iniciais do capítulo

Oie! Demorei? Um pouco, mas vocês não sabem o que é ter um bloquei criativo daqueles (ou talvez saibam..)
Eu notei que os comentários diminuíram drasticamente ;u; Vocês me abandonaram?
Eu dediquei esse capítulo a uma garota muito divosa, que recomendou essa fanfic. Girl Writer, essa é pra você!
Tenho uns anúncios pra fazer, o primeiro é o seguinte: Tem um poeminha nesse capítulo, que pode ser um pouquinho pesado, e pode desagradar quem é impressionável, que tirei de uma pagina no Facebook chamada 'Ideias e Pensamentos' - eu só curto página sentimental, caramba! (sei que vocês vão ler do mesmo jeito). O outro, só nas notas finais pra saber.
Mais uma coisinha: MEU DEUS! 37 ACOMPANHAMENTOS! E eu quando comecei a fanfic achei que ninguém iria ler..
Beijos, e boa leitura.



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A semana estava praticamente se arrastando, e ainda era quarta feira. Jessie não aguentava mais, e já nem sabia mais qual era a aula que estava tendo no momento. A semana era basicamente uma grande revisão, com um plantão de dúvidas que funcionava basicamente em ficar na sala do professor de alguma matéria, estudando, e, caso tivesse alguma dúvida, perguntasse. E ela não tinha nenhuma dificuldade em nenhuma das matérias, e já sabia praticamente todo o conteúdo dos cadernos e apostilas que vira no ultimo semestre, então, porque não podia apenas ficar em casa, revisando de tempos em tempos? Afinal, ainda faltavam duas semanas até o inicio das avaliações finais, ou seja, teria essa e mais duas semanas para estudar.

A morena voltou à realidade, se dando conta de quem acabara de entrar na sala. Jacqueline. Fingiu não ter visto,e voltou sua atenção ao caderno de história, simulando estar fazendo anotações, enquanto apenas desenhava um rosto qualquer. Mas nada adiantou, a loira sentou-se na carteira  detrás da morena, e ao passar, deixou um bilhete “cair” estrategicamente em cima da carteira de Jessie, que desdobrou curiosa.

“Jessie! Jessie! Jessie! Preciso falar com você. Por favoooor, me encontra no pátio na hora do intervalo.

Jac.”

Dobrou o pequeno pedaço de papel, e o guardou no bolso do casaco que estava vestindo, voltando sua atenção novamente aos rabiscos que estava fazendo, e que por fim, viraram o rosto de Armin. Jessie não sabia exatamente como aquilo acontecera, mas gostou do resultado e resolveu que depois iria finalizar e treinar a pintura.

O sinal tocou depois de longa meia hora, e a morena rapidamente juntou seus materiais e se dirigiu ao pátio, onde ela iria mesmo se Jac não tivesse a chamado, sentou-se no banco debaixo da árvore, ao Lado de Lysandre, que geralmente ficava ali com seu bloco de notas, escrevendo, Jessie cumprimentou o heterocromático e resolveu escrever também, coisa que ela fazia de tempos em tempos, quando sentia-se perturbada, triste, ou até mesmo solitária, era como uma via de escape. Gostava de fazer isso, mesmo que não demonstrasse, e não tinha coisa mais rara do que ver Jessie escrevendo em público.

— Você também escreve? — foi pega de surpresa pela pergunta do platinado ao seu lado, a morena assentiu com a cabeça e sorriu. — Um dia desses a gente pode fazer uma troca, eu te mostro algo que eu escrevi, e você me mostra algo que escreveu, o que acha?

— Ah.. Sei lá. Acho que você não vai gostar das coisas que eu escrevo. — respondeu a morena, mas Lysandre foi insistente.

— E  por que eu não gostaria?

— Eu não escrevo poemas bonitos, eles geralmente são perturbadores, se é que posso chamá-los de poemas. Eu acho que não existe apenas a parte bonita da vida, e já tem gente demais escrevendo sobre isso, então, tento ir além disso. Entende? — o platinado assentiu.

A conversa quase continuou, se não fosse uma loira de cabelos compridos e olhos castanhos a interrompê-los, cumprimentando Lysandre e sentando-se ao lado de Jessie, que nem sabia que três pessoas caberiam naquele banco.  Jacqueline logo começou a fazer um discurso de desculpas,  o qual a morena aceitou sem mais, já que os momentos em que Jac admitia estar errada eram pouquíssimos.

— Está escrevendo, Jess? Que raridade! — a loira comentou, e a morena apenas deu de ombros, pensando no que escrever. Só que mais uma vez, foi interrompida. — Depois lê aquele poema lá pra mim? O que tem o nome como algo Ideias e mais alguma coisa..

— Ideias e pensamentos?  Qual parte? — perguntou. —  Ah tanto faz, depois.

— A segunda parte. Por favor! Por favor!  Por favorzinho! Por favooooor! — a loira continuou assim por alguns minutos, amorena continuou ignorando, até que Tyler apareceu, e confuso, sentou-se no chão ao lado das duas, ouvindo música enquanto lia algum livro sobre mitologia, e Lysandre, mesmo parecendo alheio a conversa, prestava atenção em cada palavra, na espera de conseguir decifrar o jeito misterioso da garota de pontas azuladas e o que tanto havia naquele suposto poema, pra loira querer tanto ouvi-lo.

Logo Iris apareceu, chamou Lysandre e  Jessie ao grêmio, parecia que algo como reunião de turma estava acontecendo, e vendo a decepção nos olhos dos irmãos da morena, que provavelmente também não aguentavam mais os plantões de dúvidas repetitivos e cansativos, falou que não tinha problema se eles fossem junto, então todos seguiram ao local da pequena reunião, e a essa altura, a morena já tinha desistido de escrever qualquer coisa, tendo em vista que não conseguiria.

Ao chegarem ao grêmio, Nathaniel anunciou que conseguira convencer a diretora que não precisariam mais ficar naquele plantão tedioso pelo resto das duas semanas, mas eles não poderiam sair da escola, ou mesmo matar aula.  Jessie suspirou aliviada, e a pequena reuniãozinha foi ganhando forma, por incrível que pareça, a sala, não muito cheia, estava lá. Resolveram que passariam essas semanas como uma pequena “folga”, palavras ditas da própria diretora, já que a sala no geral tinha notas ótimas. Jacqueline e Tyler sentiam-se como intrusos ali, e Melody disse que falaria com a diretora, para saber se os dois poderiam ser uma exceção à regra e ficarem com o povo do segundo ano, enquanto a reunião continuava. Decidiram então que a turma se encontraria em horário de aula no porão,e já que ainda haveria mais 4 aulas após o intervalo, esperariam a ajudante do representante para anunciarem a decisão.

Já no porão, Castiel levou sua guitarra, e as garotas se encontraram num canto qualquer, com uma rádio à pilhas de Alexy, e começaram a conversar, com Tyler ali, dividindo os fones de ouvido com Jessie, que resolvera mais uma vez tentar escrever alguma coisa, e fora interrompida miseravelmente, dessa vez por Rosalya que perguntara o que estava fazendo, e Jacqueline que                 explicara  que a irmã mais velha escrevia poemas um tanto quanto... Suicidas. Agora, eram duas pessoas a encher-lhe a paciência pra ler um deles.

— Que saber? Leiam. — disse a morena que jogou o pequeno caderninho às mãos da loira, que reclamou alguma coisa.

— É mais legal quando você lê!

— Também quero ouvir você recitando, deve ser divino. — concordou a platinada.

— Virem-se!

— Faz mal se as outras pessoas escutarem, Jess? — perguntou Rosalya.

— Não, eu nem ligo pra isso. — dito isso, a morena enfiou a cara em um livro.

Rosalya pedira a Lysandre para ler em voz alta, enquanto Jessie praticamente dormia em cima do livro, sua cabeça estava cheia. Cheia de nada, mas estava cheia.

Lysandre logo começou a ler, com muito sentimento, por acaso:

“ Lembra do garoto de quem você gostava? Ele está internado numa clinica para viciados. A culpa foi tão grande que não aguentou e se iniciou no mundo das drogas. Ele gostava de você, mas não quis ficar contigo por vergonha. Sua melhor amiga, aquela que chorou e gritou no seu velório, se corta todas as noites. Seu melhor amigo perdeu o sono e tem que tomar remédios fortes para conseguir dormir apenas três horas por noite. Os dois se sentem imensamente culpados por não terem conseguido te ajudar. Se sentem inúteis.  O seu quarto ainda está lá. A carta ainda em cima da cama. Sua mãe não teve coragem de lê-la. Ela ainda consegue ver você estirada ali, sem vida. Vai até sua cama, se senta e chora. Pega seu travesseiro e sente sue cheiro. Chora ainda mais. Então ela pega a carta, agora meio velha, devido ao tempo em que ficou presa naquele quarto. Ela vê as letras borradas, deduz que são por causa de lágrimas, e nisso está certa. Toma coragem, e lê suas ultimas palavras. Mais lágrimas caem sobre o papel. Ela tenta te entender. Mas não consegue. Ela nota que todos erraram com relação a você. Principalmente ela, que não percebeu tudo o que estava acontecendo contigo. Ela não consegue parar de chorar. Mas faz o que você pediu na carta. Segue em frente. Um ano se passou, e as coisas não mudaram muito. A depressão de sua mãe se foi. Sua melhor amiga não pega em uma lamina há meses. Seu melhor amigo dorme bem agora. A cidade ainda não se esqueceu do seu suicídio, mas ninguém mais comenta. As coisas parecem bem agora. Apenas parecem. Na mente daqueles que se importavam, tudo isso ainda não parece real. É um ano sem você. É um ano de tristeza. Um ano de lágrimas. Visitam seu tumulo e deixam flores. Eles sentem sua falta. E sempre vão sentir. Jamais se esquecerão de você. Infelizmente você partiu ao invés de esperar as mudanças acontecerem. Eles tiveram que te perder pra dar valor. Enquanto você sofria em silencio, eles fingiam não se importar com nada, mesmo se importando muito. Erro seu. Mas erro deles também.”

Um silêncio constrangedor se espalhou pelo porão. Todos estavam prestando atenção naquele poema?Jessie estava errada, Lysandre gostara do poema.


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Notas finais do capítulo

Entãããão... O que acharam do capítulo? Comentem! Opinem! Vou adorar ler e responder todo mundo. Vocês não fazem ideia de como me desanima ver os comentários diminuindo desse jeito, e eu até demoro mais pra postar, já que são vocês que me inspiram ;u;
Eu comecei outra fanfic, acho que vou mudar o nome, a capa e a sinopse, porque eu tive uma ideia muito boa - no meu ponto de vista -, e parece que não chamou a atenção de ninguém. ;u; Gente, é baseada na minha vida (em parte), e pelo jeito devem estar achando ela clichê.
Aqui o link, pra quem quiser dar uma olhada: https://fanfiction.com.br/historia/691319/The_Guys_Of_My_Life/
Bem, gente, é isso. Vou parar de prometer prazos, porque aí que eu fico sem criatividade mesmo. Vou tentar postar com mais frequência, só digo isso.
Um beijão! E vejam se comentam, hein!



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