Remember me escrita por J S Dumont


Capítulo 6
Capitulo 5 - Mantendo a distância


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GENTE! Bom era para esse capitulo ter saido ontem, mas, tive imprevistos e só to conseguindo postar agora, na véspera do Natal, mas o importante é que saiu. E bem, como eu já tinha comentado esse será o ultimo capitulo do ano. Espero que gostem dele, e bem, não esqueçam de deixar comentários, vocês terão muitos dias para comentar, então, por favor, assim que lê de suas opiniões, será muito importante para mim e para o andamento da fic.

Bom, alguns comentaram achando que essa foi a razão de Katniss mudar, mas não, ainda não chegou o momento... Essa não é a briga final, que fique claro isso... :]

E antes de lerem o capitulo, eu quero deixar o link da minha nova fic do jogos vorazes, O Preço da Liberdade: https://fanfiction.com.br/historia/666595/OPrecodaLiberdade/

É isso, a fic RETORNARÁ no dia 07 de Janeiro, espero encontrar vocês aqui!!! E bem, tenham um FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO! Quero muitos comentários de natal, estarei esperando!



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Mantendo a distância

Peeta Mellark

Uma semana... Já fazia uma semana que Katniss Everdeen não falava comigo, sete dias, cento e sessenta e oito horas, sim, ela estava batendo o seu recorde e eu estava começando a desconfiar que realmente eu estava liberto.

Já havíamos discutido antes, e ela chegou a me deixar em paz por alguns dias, mas nunca havia durado tanto tempo, tá legal uma semana não parece ser muito, mas para Katniss com certeza era, porque no máximo que nossas brigas, ou melhor, as crises de magoa dela duraram foram três dias, e então essa estava sendo a mais longa, pois nas anteriores Katniss sempre voltava no final a me perseguir e falar comigo como se nada tivesse acontecido. Mas parecia que dessa vez ela havia se magoado de verdade, pois logo depois que ela saiu da ala hospitalar ela nunca mais me procurou, ás vezes no refeitório, nos corredores ou na sala de aula eu a pegava me observando, e algumas vezes eu notava que seus olhos estavam marejados, mas, logo que ela percebia que eu a olhava, ela desviava o olhar rapidamente e evitava me olhar de novo.

E claro, eu não podia aproveitar melhor da situação, pelo menos agora eu andava calmamente pela escola, sem precisar ficar com medo da grudenta me encontrar, podia comer todos os dias normalmente, sem pressa para nada e eu já estava começando a acostumar com a ideia de nunca mais falar com ela. Isso até no oitavo dia.

No oitavo dia de Katniss mantendo distancia, Thomas entrou rapidamente no dormitório, ele sorria para mim, parecendo que tinha uma boa noticia para me contar.

Thomas e eu dividíamos o mesmo dormitório, talvez por isso que acabamos se tornando tão amigos, às vezes era bom dividir o dormitório com ele, já outras vezes não tanto, principalmente quando ele roncava e quando deixava o quarto enfestado com cheiro de chulé.

— Cara, parece que a sorte voltou a sorrir para você... – Thomas disse, dando um tapa de leve no meu ombro, depois sentou em sua cama.

Eu o encarei com as sobrancelhas franzidas, eu não estava entendendo o que ele quis dizer com aquilo.

— Como assim? – perguntei.

— A espantalho, parece que ela arrumou outra vitima para perturbar, acho que você está livre amigo! – Thomas explicou, fazendo-me encará-lo com as sobrancelhas franzidas.

— De quem você está falando? – eu perguntei, não querendo acreditar muito no que ele estava dizendo.

— O Finnick Odair, por alguma razão os dois foram visto andando juntos hoje, o que é meio estranho, por que um cara igual a ele estaria fazendo perto de alguém como ela? – Thomas ficou meio pensativo.

Eu discordei com a cabeça, não acreditando muito no que Thomas havia acabado de me dizer. Por que o popular Finnick Odair estaria andando com a piada da escola? Isso era um tanto... Impossível.

— Você está zoando com a minha cara! – eu afirmei.

— Estou falando sério, alias, você mesmo poderá ver com os seus próprios olhos! – ele respondeu.

Novamente discordei com a cabeça, e ainda não acreditando em Thomas eu sai de dentro do dormitório, ele me seguiu rapidamente. Seguimos em direção ao refeitório, sentando-se á mesa que costumávamos sentar todos os dias. Era a que ficava exatamente no meio. Rapidamente os meus olhos foram percorrendo pelo refeitório, até parar em uma mesa, que só ficava duas a frente da que eu estava sentado.

E então eu os encontrei. Os dois estavam sozinhos, sentados a mesa, frente a frente um do outro, ele falava algo para ela e segundos depois ela começou a rir sem parar, eu encarei aquela cena, completamente perplexo. Katniss parecia estar... Feliz. Sim, isso mesmo, feliz. Não estava mais com aquela cara de enterro e com os olhos marejados, ela não estava mais triste. Será mesmo que ela havia me esquecido?

— Eu não te disse... – Thomas comentou, mas eu sequer o olhei. Não conseguia desgrudar os olhos daquela cena.

— Ótimo! – eu disse fechando os meus punhos. – Quem sabe assim ela me deixe em paz para sempre, se eu tiver bastante sorte os dois começam a namorar, se casam e vão ter um monte filhotes feios e retardados feito os dois... – eu levantei-me, decidido a sair do refeitório.

— Você não vai comer? – eu escutei Thomas perguntar.

— Eu estou sem fome! – respondi, antes de sair do refeitório, sem sequer voltar a olhar para trás.

Segui para meu dormitório, fechei a porta com força e joguei-me em minha cama, comecei a pensar enquanto encarava o teto. E então todos os meses que fui perseguido por Katniss começaram a surgir na minha mente, sim em todos aqueles meses ela parecia realmente estar obcecada por mim, mas se o que ela sentisse por mim fosse realmente verdade, se fosse mesmo amor, ela não iria me esquecer tão rápido. Toda aquela boa vontade dela, todas as vezes em que ela demonstrava gostar de mim, tudo era mentira. E naquele momento eu tive a certeza de uma coisa. Katniss Everdeen não é a pessoa que imaginei que fosse.

E aquele grude de Katniss e Finnick se arrastou durante as aulas, pelo menos foi o que constatei em todas as aulas que tive com os dois, em todas elas, eles se sentaram no fundo da sala e quando podiam conversavam discretamente, notei que Katniss ás vezes sorria para ele e ele também correspondia o sorriso para ela, mesmo que os dois mantivessem uma distancia razoável um do outro, era impossível não notar que tinha algo acontecendo ali. E ainda, eu não era o único que encarava os dois, a metade das garotas da torcida também encarava, todos pareciam curiosos, afinal, era esquisito ver Katniss e Finnick pertos um do outro, se eu não tivesse vendo com os próprios olhos, eu não acreditaria. Não mesmo.

Bufei e voltei a olhar para frente, tentando evitar olhar para os dois novamente, mas não passou nem meia hora eu já estava os olhando novamente, parecia algo involuntário. Fiquei observando as expressões de Katniss, tentando perceber se em algum momento ela olhava em minha direção. Mas não, em nenhuma das aulas vi os olhos dela em minha direção. Senti-me invisível.

Quando terminaram as aulas eu dei graças a Deus, eu estava com pouca paciência para encará-los, fui para meu dormitório, deitei em minha cama e encarei o teto novamente, nem sei quanto tempo fiquei pensativo. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, a única teoria que eu tinha em relação aquilo tudo é de que Katniss escutou a minha conversa com Thomas e deve estar com raiva de mim. Mas em que momento Finnick entrou na história? Até ontem eu não sabia que os dois eram amigos.

Suspirei, virei para o lado e tentei não pensar nesse assunto, mas não passou nem vinte minutos a imagem dos dois já estavam em minha mente, atormentando-me, peguei o travesseiro e enfiei em meu rosto, perguntando-me em pensamentos qual é o meu problema? Eu não devia estar pensando nisso, estava mais do que na cara que Finnick é a nova vitima dela e eu poderia me considerar uma pessoa liberta. Eu tinha que estar pulando de alegria e não me perturbando pensando nos dois.

— Eu não sei o que passa na cabeça de certas pessoas... – Thomas começou a falar logo que abriu a porta do dormitório, tirei o travesseiro do rosto e olhei para ele, vendo que ele se aproximava de mim completamente indignado. – O Finnick e a coisa feia ficam por ai andando juntos sem nenhuma discrição, eu não sei como ele não tem vergonha... Ele parece nem perceber que todo mundo está olhando estranho para ele!

— Finnick é um panaca! – resmunguei, voltando a olhar para o teto. – E ela é uma mentirosa e falsa! – acrescentei.

— Como? – Thomas me olhou, completamente confuso.

— É, se ela gostasse de mim como dizia gostar, não já teria me trocado por outro cara tão rápido assim... – respondi, notando que meu tom de voz saiu mais irritado do que deveria.

— Perai, você não tá com... – Thomas iniciou, mas rapidamente o cortei.

— Nem termine a frase, é lógico que não, nunca na minha vida, eu sentiria ciúmes daquele dragão! – respondi e depois levantei-me da cama.

— Aonde você vai? – ele me perguntou, enquanto eu me aproximava da porta.

— Dar uma volta! – respondi, sem voltar a olhar para ele, sai do quarto e fechei a porta com força. Em seguida coloquei as mãos no bolso e comecei a caminhar sem saber o certo para onde eu iria.

Enquanto caminhava pelos corredores, sem nenhuma direção, eu tentava não pensar em nada, tentei cantar uma musica idiota que surgiu em minha cabeça, mas acabei desistindo ao esquecer o refrão, parei próximo aos armários, e encostei-me na parede, enquanto pensava. A maldita da Katniss veio na minha mente, a duvida da relação dela com o Finnick estava incomodando mais do que deveria incomodar. Quando dei por mim, meus pés já estavam seguindo em direção ao dormitório dela.

É, era um ato insensato de minha parte, nunca em sã consciência eu deveria ir ao quarto da maluca da Katniss, ainda mais depois do que aconteceu quando Mia flagrou nós dois nos abraçando, mas quando dei por mim já estava batendo na porta do quarto dela e mesmo que quisesse embora eu não conseguiria, meus pés não desgrudavam do chão.

Por sorte foi ela que abriu a porta, e quando me viu pude perceber pelo seu semblante que ela estava completamente surpresa com a minha presença.

Ela ainda estava uniformizada, e pude notar pelo seu aspecto que ela estava bastante cansada.

— P-Peeta... – ela gaguejou. – O que faz aqui?

— Er... Bem... Er... – eu comecei a gaguejar e me senti um completo otário por isso. – É que eu, eu, bem, eu li o livro e queria agradecer, ele é muito bom... – inventei, é era mentira, ele estava no fundo do baú que tinha no meu dormitório, mas naquele momento era a única desculpa que havia passado pela minha cabeça.

— Ah é? – ela arqueou as sobrancelhas, meio desconfiada. – E que parte você mais gostou?

— Bom, é, não tem parte especifica, na verdade eu gostei do livro inteiro! – respondi.

— Aham... – ela fez, depois cruzou os braços. – Fala a verdade você não leu nenhuma linha! – ela disse, e eu não consegui responder nada, eu não tinha que falar e já estava me arrependendo profundamente de ter vindo ao quarto dela. – Para que você veio até aqui mentir para mim?

— É que... É que... Você nunca mais falou comigo e... – eu dizia até ela me interromper.

— E por que eu falaria? – ela perguntou, e eu encarei-a meio confuso.

— Como? – perguntei.

— Não somos amigos! – ela respondeu e antes de eu poder pensar em dizer qualquer coisa, ela fechou a porta bem na minha cara.

— Seu idiota! – eu me xinguei enquanto dava um soco na parede ao lado da porta, em seguida encostei-me nela e cruzei os braços, bufando de raiva. O que deu em mim? Para que fui fazer esse papel ridículo? Discordando com a cabeça me afastei, falando para mim mesmo que não iria nunca mais procurar Katniss Everdeen.

Voltei para o meu quarto, abrindo a porta com força, ainda irritado joguei- me na cama, cruzei os braços, bufei e comecei a encarar o teto, sem nem dar o trabalho de olhar para Thomas, mas eu imaginava que ele deveria estar me olhando com aquela cara de idiota dele.

— Aconteceu alguma coisa? – escutei ele perguntar.

— Não, não aconteceu nada, eu estou ótimo! – respondi de forma grosseira, e então virei para o lado, cobrindo-me com o lençol, fechei os olhos e tentei pensar em qualquer coisa que não fosse Katniss.

Isso porque naquele exato momento, eu estava completamente certo de duas coisas:

A primeira eu nunca mais na minha vida procuraria Katniss Everdeen, eu nunca mais faria a idiotice que fiz hoje.

E a segunda: eu odiava Katniss Everdeen mais do que qualquer outra pessoa no universo e se ela não quisesse nunca mais falar comigo só iria me fazer um favor.

E então eu prometi para mim mesmo isso três vezes, antes de adormecer.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Iai o que acharam da atitude de Peeta? Deixem seus comentários! E MAIS UMA VEZ UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO!