Nada é por Acaso escrita por Li_Cullen


Capítulo 9
Primeiro dia escolar, e confusões.


Notas iniciais do capítulo

Revisado.
Se deleitem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/66017/chapter/9

Bella Pov

 

Acordei com o despertador apitando e me azucrinando. Dei-lhe um soco certeiro porque hoje é primeiro dia de aula da semana e eu acordo com mau-humor.

Ops, acho que quebrei sem querer. Dei um sorriso amarelo para o nada.

 

Fui logo fazer a minha higiene matinal e tomar um banho, porque senão, do jeito que eu sou, vou acabar me atrasando.

Tomei um banho curto, porém relaxante. Fui pro quarto para me vestir para o meu primeiro dia de aula (o/).

 

Hoje, como era o meu primeiro dia de aula, resolvi seguir algumas dicas da Allie pra dar uma boa impressão. Não indo de um jeito muito... delinquente?

         Dei uma olhada no espelho e me auto-avaliei. O Look até que estava bom. Peguei a minha mochila e fui para a cozinha.

Chegando lá tomei um café da manhã bem rápido, pois não queria me atrasar no meu primeiro dia de aula. Carlisle me explicou como seria o ‘nosso’ dia-a-dia e é basicamente assim:

As 6:30 a limusine vem nos buscar para irmos para a escola, 6:35 ele sai de casa; caso algum de nós tenha aula vaga, liga pro motorista, para ele ir nos buscar. Carlisle só volta de noite, bem tarde, e quando ele tem plantão só volta no dia seguinte bem cedo, mas mesmo assim quando é depois de 13:00 da tarde ele volta de novo pro hospital. Eu e Edward saímos da escola quase todos os dias às 12:30, eu acho. Legal, vou ser motivo de fofocas, pois quem em sã consciência muda de escola no começo de março? Eu!

 

O meu dia não vai ser muito tumultuado. Mas o Do Edward vai, pois ele é o 'pegador'. Mas quer saber? Eu nem ligo, se ele gosta de ficar com qualquer uma é problema dele, eu vou fazer o que Alice disse.

Hoje durante todo o café Edward ficou calado, não sei se estava me ignorando, mas a única vez que ele olhou para mim, foi quando eu cheguei. Ele só assentiu com a cabeça como se desse um oi e eu também.

 

“Crianças, já são 6:30, a limusine já está lá fora, esperando vocês, bom dia e boa aula.” Disse Carlisle.

“Tchau Carlisle, obrigada por tudo!” Fui sincera.

“Ta vendo Edward? Você deveria ser assim também!” Disse Carlisle para Edward. Nesse momento Edward revirou os olhos e falou:

“Você vai ou não Isabella?”

“Vou Edwardizinho.” Frisei o Edwardizinho, porque eu sei que ele odeia o nome dele no diminutivo, do mesmo jeito que ele sabe que eu odeio que me chamem pelo nome inteiro.

 

Então fomos em direção à mesma limusine que foi me buscar no aeroporto. Entramos, então Edward fechou as janelas, pegou um controle pequeno e apertou um botão, o qual eu não consegui distinguir a cor. Depois disso um vidro esfumado (provavelmente uns 80%) se fechou, não podendo mais ver o motorista que ficava lá na frente. Então ele me olhou com um olhar sério e começou a falar:

“Olha aqui pirralha...”

“Pirralha é o teu rabo.” O interrompi.

“Olha aqui pirralha...” Ele fez outra vã tentativa de me chamar de pirralha e eu o interrompi novamente.

“Fala Edgayzinho!” E dei um sorriso vitorioso no final, quando percebi que ele ficou atônito.

“Olha aqui pirralha, pra sua sorte, eu não abuso de... pirralhas, senão eu te mostrava aqui e agora o Edgayzinho, ta legal?”

 “Olha aqui ‘querido’ se você me chama de pirralha, eu te chamo de Edgayzinho. Você quem pediu. E aliás, não tem nada aí que eu já não tenha visto!” Disse olhando pras minhas unhas fazendo descaso dele. Ele ficou tenso e atônito por um momento, depois sacudiu a cabeça, como se para espantar alguns pensamentos.

“Ta, eu não vou discutir isso com você, eu só queria lhe avisar uma coisa!”

“Fala.”

“Olha só, eu vou pedir só uma vez, na próxima eu não peço. Você nunca me viu, você não me conhece. Ta legal?”

“Com certeza, pelo menos assim, eu me livro de você, sabia que você parece ser bipolar?”

“Hein? Eu bipolar? Por que?”

“Bom, quando eu cheguei, eu percebi que você me deu uma cantada, e agora, você me ignora, nem me fala ‘bom dia’, e agora quer mandar em mim, como se fosse algo meu. Querido, eu só estou na sua casa porque eu sou obrigada, ta legal? Lá em Forks eu posso não ter riqueza e garotos aos meus pés, mas eu tenho amizades verdadeiras e gente que me ama de verdade e me aceita e não fica me desprezando, seu riquinho mimado.” Terminei apontando para o colar que Jacob me deu. Mandei na lata mesmo! Quer saber? Eu quero mais é que ele se dane! Nesse momento o interfone ao meu lado tocou e eu atendi.

“Sim?”

“Chegamos senhorita!”

“Obrigada.”

 

Saí da limusine deixando ele embasbacado e com cara de pensativo dentro do carro. Mas antes de fechar a porta eu disse:

“E também acho melhor você não chegar perto de mim, pois não quero pessoas metidas a besta e asquerosas por perto e dizendo que me conhecem!” Fechei a porta do carro na cara dele, sem dar chance dele responder à minha ‘ameaça’.

 

Depois que me virei percebi como a escola era grande, parecia mais uma empresa, mas ninguém usava um uniforme, a roupa era a caráter. Era grande, tinha direito a quadra de vôlei, futebol americano, quadra de tênis, um enorme pátio externo e muitas outras coisas que eu não pude ver, pois estavam ao fundo do colégio. Chegando à entrada, percebi que inspetores estavam a minha espera, eles me informaram onde era a minha sala e a minha turma, era o 1° B. Quando eu estava passando pelo corredor que dava na minha sala percebi que Edward passou por mim me ignorando. Ele quer jogar? Vamos jogar!

 

Por onde eu passava, os garotos viravam a cabeça e me olhavam, uns até com as namoradas faziam o mesmo. Passei por onde o Ed estava a conversar com um amigo, perto dos armários.

Na hora em que ia passando, sem querer, o amigo dele fez um sinal com a mão, fazendo com que os livros que eu recebi na diretoria caíssem todos no chão.

"Oh, me desculpa." Ele disse.

"Não foi nada." Eu o ajudei a catar as coisas, quando nós subimos, nossos olhares se conectaram. Até que ele não era tão feio assim.

"Uaau." Ele disse.

 

Olhei para o lado e vi uma cena... Agradável. Edward Cullen, com o rosto vermelho, socando o armário mais próximo e saindo em passos largos.

"Obrigada." Agradeci ao carinha.

"Meu nome é James."

"Bella." Me apresentei. Fui andando pelo corredor, ainda atraindo olhares para mim.

 

Entrei na sala. A minha primeira aula era de História, com o professor Joseph, era o que constava no papel. Quando eu cheguei a bagunça era geral, todos gritavam, jogavam papéis uns nos outros, se xingavam e subiam nas carteiras. De repente, enquanto eu estou andando até o fundo, onde eu pretendia me sentar, a sala fica em silêncio e todo mundo senta, provavelmente o professor tinha chegado. Toda a sala tinha que se sentar em dupla, mas na verdade eu queria sentar sozinha, todos iam escolhendo seus pares do jeito que quisessem. Sentei-me em uma carteia no fundão.

Enquanto estava me ajeitando chega uma pessoa, eu nem olhei para cima para ver quem era, quando escuto a pessoa dizer:

“Posso me sentar aqui com você?” Era um garoto.

 

Quando olho para cima, me deparo com um pedaço de mal caminho, duas vezes menos gostoso que tal alguém, mas mesmo assim lindo.

 

Ele era alto, loiro, alto, com os olhos verdes, boca vermelha, extremamente convidativa, com todos dentes impecavelmente enfileirados e brancos, muito brancos. Eu não sei se foi impressão minha, mas eu vi uma daquelas estrelinhas brilhando no meio dos dentes dele, como se fosse naqueles comercias de pasta de dente. É, acho que to ficando louca mesmo. Ele estava muito bem vestido, com um All Star básico, uma calça escura e uma camiseta, não era baby-look, mas era bem bonita e deixava ele com um ar mais... Deus Grego?

 

“Sim.” Respondi timidamente, achando que ele queria sentar-se ao meu lado só porque não tinha mais lugares vagos, mas ao olhar para os lados, percebi a quantidade de cadeiras sobrando. Mas por que raios esse deus grego veio sentar-se justo ao meu lado?

“Olá, sou David, David Houst.” Ele estendeu a mão para mim. Por que o professor não chama logo a nossa atenção?

“Olá, Isabella Swan. Bella, por favor.” Estendi a minha mão e nos cumprimentamos.

“Seu nome faz jus à você.” Ele disse, era impressão minha ou eu já tinha escutado isso outra vez?

“Obrigada.” Disse colocando o rosto entre as mãos. Ele riu.

“Não ri de mim.” Murmurei dengosa, e acho que funcionou.

“Tudo bem, é que é engraçado.” E parou o acesso de riso.

A aula passou tranquilamente. Era muito bom ficar perto de David, ele era legal, gentil, gente boa e tudo mais, diferente de alguém que eu conheço, e que mora na mesma casa que eu. Depois da primeira aula eu fui conferir meus horários, então eu e ele percebemos que tínhamos todas as aulas juntos menos biologia, pois ele fazia a normal e eu a avançada. Acho que esse ano não vai ser tão ruim. Quando estávamos na segunda aula, o David pediu pra sair um pouco e a professora deixou. Enquanto eu estava lendo um texto, uma garota chegou e começou a falar comigo.

“Com licença, Bella não é?” Olhei para garota e respondi o mais simpaticamente possível.

“Sim. E você?” Indaguei.

“Raquel.”

 

Depois de um tempo conversando percebi que David não tinha chegado ainda, então ela me perguntou:

“Escuta Bella, o que o David Houst estava falando com você?” Pelo jeito David deveria ser popular. Na verdade eu não queria popularidade, eu não sou desse tipo, mas se eu tiver um amigo popular e ele seja legal, não vejo problemas em ser amiga dele.

“Ah... Nada, estávamos conversando amenidades.” Eu disse.

“Caramba, menina, você não tem a menor noção. Ele é o segundo garoto mais popular e cobiçado de toda essa ‘pequena’ escola. Tipo, se você ficar com ele ganha um passe para a popularidade infinita, e olha que ele nunca chegou perto de qualquer menina novata, ele sempre as esnoba. E a última vez que ele ficou com uma novata foi na 6ª série!”

“Ah sabe, Raquel, eu não vim pra cá a procura de popularidade, e sim de amigos de verdade.” Disse mostrando o meu colar que ganhei de presente do meu querido Jacob.

“Mas você não precisa querer querida, é só ser amiga dele!”

“Eu acho que já sou sabe, temos todas as aulas juntos, menos a de biologia. Nós temos bastante papo e gostamos de ficar perto um do outro.” Disse contente.

“Isso tem outro nome, e não é amizade.” Ela disse.

 

HEIN?

 

“Como assim?” Perguntei.

“Amor.” Falou simplesmente.

“Você surfa na maionese Raquel.” Caímos na gargalhada.

 

Quando acabou o nosso acesso de riso o David chegou. Ebaaa.

 

HEIN?

 

Por que mesmo que eu fiquei feliz? Nem sei.

 

“Com licença.” Disse David para Raquel.

“Toda.” Ela respondeu piscando pra mim em seguida. Boba.

“Oi.” Ele disse.

“Oi.” Respondi.

“O que a Raquel queria?”

“Amizade.” Eu disse simplesmente.

“Ta bom, fala sério Bella. O que ela queria?”

“Ela estava falando de você.”

“O que?”

“Hei, calma, ela só estava me falando umas coisas sobre você.”

“Tipo?”

“Tipo que você é popular, que a última vez que você ficou com uma novata foi na 6° série e que depois disso elas nunca viram você chegar tão perto de uma como agora e conversar. Fiiim.”

“Elas falam demais pro meu gosto.”

“Ah qual é David, deixa disso, você é legal e eu quero ser sua amiga, se você quiser é claro.”

“Como? Mas claro que eu quero, me dá um abraço!”

O abracei, e ele levantou e me girou no ar segurando a minha cintura, e até gostei. Eu gostei do David em completo na verdade, quem sabe ele me faça esquecer certo alguém.

 

Tocou o sinal então David disse:

“Olha Bella, eu vou ali e já volto. Preciso fazer uma ligação. Vejo você no refeitório, certo?”

“Claro!”

 

Raquel e outras garotas, cujos nomes eram Jade, Cloe e Suzan se aproximaram e começaram a cochichar depois que o professor e o David saíram da sala.

“Qual o motivo do cochicho?” Perguntei para elas, pois eu já as tinha conhecido quando eu estava conversando com a Raquel.

“Qual o motivo? Você me pergunta qual o motivo? Caramba, o David te abraçou amiga, TE ABRAÇOU E TE RODOPIOU NO AR!” Depois disso elas começaram a gritar histericamente.

 

Saímos da sala e fomos conversando amenidades, nós estávamos na última sala da última aula antes do intervalo.

Então comecei a pensar em uma coisa e resolvi perguntar:

“Garotas, já que o David é o 2° mais lindo e popular, quem é o primeiro?” Elas se olharam entre si e riram baixinho.

Houve uma aglomeração, a porta do terceiro C estava sendo aberta e todos pararam. De lá surgiu um grupinho de alunos. 

 

CACETE.

 

Como eu não tinha sacado antes?

É claro que o mais popular era aquele maldito riquinho idiota e imbecil.

 

“Está passando por seus olhos a maior criação de Deus...” Informou Jade. Olhando para ele e sorrindo, ele nem percebia.

“A coisa mais gostosa que o mundo já viu...” Disse Cloe mordendo o lábio.

“O magnânimo...” Disse Raquel.

“Edward.” Completou Suzan suspirando.

Como se eu não soubesse, pensei comigo mesma. Isso porque elas não o viram só de short, todo molhado e...

 

TÁPAREI

 

Ele passou por mim e fingiu que não me viu. Que bom, assim é melhor.

“Você não vai fazer um comentário?” Perguntou Raquel. Respirei fundo e respondi:

“Eu moro na casa dele, é isso.” Nesse momento as meninas ficaram empalidecidas.

“Você mora com aquele Deus da beleza? Explica isso.”

“É que eu aprontei uma na escola de onde morava e fui expulsa. Tinha que ir pra outro lugar e o pai dele é o melhor amigo do meu pai desde a infância, aí meu pai me mandou pra casa dele.”

“Nossa, como você é sortuda garota!”

         “Acho ele metido à besta e não sabe dar valor às reais amizades!”

“Você tá de onda, Edward é o cara mais lindo e desejado dessa escola, ele manda aqui.”

“Não sabia que ele era tão popular.”

“Bella, posso te chamar assim?”

“Sim, pode”

“Ele é o melhor jogador de futebol, presidente do grêmio, lindo, rico, charmoso e as meninas dizem que é um terror na cama. Pena que irá se formar esse ano.” Dito isso, Raquel e as outras três suspiraram tristes.

 

“O David vem aí.” Raquel avisou, então todas se ajeitaram na mesa para dar uma boa impressão pra ele. Ri com essa atitude.

Então alguém tampou a minha visão e me perguntou:

“Você ganha um abraço se me disser quem é.”

A essa altura todos estavam nos observando, principalmente a ala feminina que devia estar se queimando de raiva, então respondi:

“O meu mais novo melhor amigo?”

“E a sua resposta está... Certa. Tem o direito a um abraço!” Levantei-me, pulei nele e me abracei junto a ele e disse:

“Você é demais.”

“Coitado de mim.” Ele sussurrou no meu ouvido. Então ele me rodopiou.

De repente ficou um silêncio em todo o pátio e todos estavam olhando para a entrada principal. Quando vejo. Quem será que estava lá? Edward. E ele estava com uma expressão séria e vermelho de raiva. Então ele veio andando até nós e encarou o David, que o encarou da mesma forma, cheio de ódio. Todos olhavam, e os ‘amigos’ de Edward estavam atrás dele, parecendo aquelas gangues de filmes. Então Edward disse:

“O que ele quer com você Bella?”

“Quem é você?” Me fingi de cínica na cara lisa, ele mesmo disse:

Você nunca me viu, você não me conhece. Ta legal?

“O que ele quer com você Bella?” Ele repetiu a pergunta.

“Ele é o meu mais novo amigo!” Disse contente me agarrando no braço de David.

“Amigo é o cacete!”

 

Foi tudo muito rápido e quando eu percebi, tinha um dos amigos do Ed me segurando, outro segurando o David e o Ed o espancando. Na hora em que eu vi uma gota de sangue escorrer pelo canto da boca do meu amigo, eu percebi o quão absurdo Edward era, ele não tinha amigos de verdade e queria ferir os meus. Como eu sou boa de briga, e forte na medida do possível, eu pisei no pé do garoto que me segurava e quando ele me soltou dei um chute bem no meio das pernas dele, o que o fez cair no chão gemendo de dor. Tirei meu sapato e fui correndo em direção ao Edward e dei uma voadora caprichada nele, o que o fez cair no chão bem longe do David, o amigo dele que estava segurando o próprio o soltou e veio ajudar o Ed, mas o outro que me segurava anteriormente o chamou então eu aproveitei a minha oportunidade de dar um corretivo nele, porque ele não pode bater em mulheres.

“Você. Nunca. Mais. Mexa. Comigo. Nem. Com. Meus. Amigos. Muito. Menos. David. Ouviu?!” Pontuei cada palavra com um soco no rosto dele. No exato momento em que eu terminei de dar a minha lição de moral uma pessoa mais forte que a anterior me tirou de cima do Edward. Então ele levantou e disse:

“Garota você me paga!” E veio correndo em minha direção. Mas um de seus amigos, o segurou.

“Fica frio cara, ela é uma mulher.”

“Não querido, pode deixar se ele quer bater, bate, pode bater, mas me mate também porque se eu levantar do chão, eu não garanto que você sobreviva.” Retruquei recolocando meus sapatos.

“Olha aqui garota...” Falou Edward. “Por que você me bateu sua perturbada?”

 

HEIN?

PERTURBADA?

 

“Você pergunta por que? Você é um frio, grosso, imbecil, idiota delinquente. Você bateu no meu mais novo melhor amigo. Só porque você não tem, não quer dizer que você vá conseguir acabar com os meus. Eu sei lutar, e isso foi só uma amostra do que eu sei fazer.”

“Olha aqui garota, nós nos odiamos e você mora na minha casa, então eu não acho bom que você fique por aí andando com ele, porque garanto que ele não vai ficar com o nariz inteiro.”

“Olha aqui seu Cullen imbecil, você fica na tua ta legal? Eu ando com quem eu quiser e eu juro, eu juro que se você encostar um dedo sequer no David, você vai pagar caro, muito caro.” Disse e saí deixando ele envergonhado por ter apanhado de uma mulher e por ser humilhado também.

“Vamos David, eu vou te levar num pronto-socorro.” Disse pro David, que a essa altura já estava bem machucado. Mas antes eu me virei pro Cullen nojento.

“E mais uma coisa seu Cullen covarde, seu pai vai saber disso, pois eu acho que ele não merece passar uma vergonha dessas, você nem sequer tem a moral de bater nele sem precisar que outros o segurem, fica esperto, você não me quer como amiga? Vai ter como inimiga então, vai ser muito pior pra você, mas foi você quem pediu.”

 

Saí com o David se apoiando no meu ombro, pois ele estava muito fraco.

Chamei um táxi e falei pro motorista nos levar ao pronto-socorro mais próximo, o mais rápido possível.

Chegando lá, deixei ele sentando em um banco e fui até a recepção. Fiz uma ficha rápido, e passados 5 minutos o chamaram, eu perguntei se podia ir junto e o médico deixou. Ele fez uns curativos, limpou todos os machucados e por fim, passou um remédio para dores musculares, caso ele sentisse. Na saída, fomos até uma farmácia e compramos o tal remédio. A essa altura ele já conseguia andar um pouco, mas ainda mancando.

 

Quando estávamos esperando o táxi eu comecei.

“Olha David, me desculpa mesmo, eu não sabia que vocês se odiavam, mas eu já deixei ele avisado, se ele vier com esse lance de covardia ele vai se arrepender. E o pior é que eu vou ter que aturá-lo em casa, mas... você está bem?”

“Olha, Bells, eu fiquei tão surpreso quanto você, ele nunca tinha agido comigo dessa forma, mas eu estou bem, eu não queria que você fosse inimiga dele como você mesmo disse, pois vocês moram na mesma casa, mas eu adorei o lance de você ter batido nele daquele jeito, mais parecia que você era uma lutadora.” Falou ele entusiasmado.

“Na verdade... Eu já fiz um curso de uma luta qualquer. Eu sei me defender bem, bem melhor que aquele Cullen idiota.”

 

O táxi chegou.

“Vamos?” Ele perguntou.

“Claro.”

O caminho de volta pra escola foi calmo. Conversamos amenidades.

Ai que saco, nem estava acreditando que o David me convenceu a ir de volta pra escola. Quando saímos para ir para o pronto-socorro estava no começo do almoço. Agora devem estar na penúltima aula, mas eu não posso ficar faltando toda hora. Além do mais, meus materiais estão lá naquela droga.

 

Quando chegamos, constatamos que as aulas tinham voltado ao normal.

Fomos para a nossa próxima aula. O professor tinha saído, então a bagunça estava geral. Quando eu e David entramos, ficou tudo silencioso. Bufei e fui me sentar ao lado de Raquel, já que a salas estavam divididas em duplas, David teve que se sentar ao lado de Suzan. Estava um silêncio, mas quando nós nos sentamos, começou a bagunça de novo.

Então Raquel começou a falar:

“Garota! O que aconteceu no almoço? O que aquela garota fez com a Bella? O que foi aquilo? Você bateu no Edward Cullen e esculachou ele como se fosse um lixo!”

“Ele é um lixo!” Retruquei.

“Eu acho que você não devia ter feito isso!”

“Por que?” Nessa hora o professor entrou na sala como se estivesse procurando alguém, quando me avistou ele disse:

“Senhorita Swan e Senhor Houst, o diretor está esperando vocês na diretoria.” Dei de ombros e levantei, na mesma hora em que o David levantou também, então fomos calados até a diretoria. Quando abrimos a porta me surpreendi, vi o Cullen, um garoto parecendo um armário e um outro com um cabelo bonito e olhos azuis. Estavam os três sentados com a cabeça baixa.

“Senhorita Isabella e senhor Houst...”

 

LÁ VEM MERDA!

 

“Sim?” Respondemos em uníssono.

“Os senhores que estão ali sentados...” Ele apontou para o local onde os malditos estavam. “Esperavam a chegada de vocês para cada um dar a sua visão do acontecimento no refeitório. Por favor, queiram se sentar. Vamos começar com o senhor Cullen. E sem interrupções por favor.”

 

Eu não queria ouvir o lado de ninguém, eu só fui ali porque eu fui obrigada. Quando chegasse a hora certa eu contaria tudo o que sabia. Eu e o David fomos os últimos, mas o Cullen e seus amigos não foram liberados para sair. Quando chegou a minha vez o diretor falou:

“Por favor senhorita Isabella, sente-se aqui...” Ele me apontou a cadeira em frente a sua mesa. “E agora me conte, o que aconteceu no pátio?”

“É pra falar tudo?”

“Sim senhorita.”

“Tá. Hoje eu saí da sala de aula junto com as minha colegas de classe e nós fomos até o refeitório. Lá nós estávamos lanchando e conversando amenidades. Alguém tapou a minha visão, aí a pessoa, no caso o David, disse: “Você ganha um abraço se me disser quem é.” Então eu acertei dizendo: “O meu mais novo melhor amigo?”. Ele me deu um abraço e me rodopiou. De repente ficou um silêncio em todo o refeitório, então lá estava o Cullen e esses dois aí.  Quando o Cullen chegou perto, perguntou pra mim: “O que ele queria com você Bella?”. E como eu não devo satisfações pra ninguém eu só disse que o David era o meu mais novo melhor amigo. Então ele disse: “Amigo é o cacete!”. Aí esse menino de olho azul me segurou por trás para eu não interferir na ‘briga’. E aquele armário segurou o David, enquanto o Cullen o espancava. Então como meu amigo já estava fraco, eu fui me defender, pisei no pé do de olho azul e dei uma voadora no Cullen. Enquanto isso o armário tinha soltado o David pra socorrer o menino que eu pisei no pé e então eu bati no Cullen, pra descontar o que ele fez no David, e depois ele ainda queria me bater, se não fosse pelo amigo dele tê-lo segurado, eu estaria machucada também. Depois eu levei o David de táxi para o pronto-socorro mais próximo e lá cuidaram dele. E é só.” Eu disse tudo de uma vez.

“E você confirma que mora junto com o Cullen, senhorita Swan?”

“Sim, confirmo.”

“Olha senhorita, a sua explicação foi a mais convincente, nos provando que aqueles três estão errados. Mas regras são regras, então vou ter que mandar todos vocês para a detenção. Alguma manifestação?”

“Não senhor, eu só achei meio injusto.” Eu resmunguei.

“Senhorita Swan, eu não posso fazer nada, regras são regras.”

“Mas toda regra tem a sua exceção, certo? E nessa história toda, eu e o David fomos vítimas, eu só ataquei para defender a mim e a meu amigo.” Ele pareceu pensar por um certo tempo então determinou:

“Eu não vou poder livrar você e seu amigo da detenção...” Fiquei triste e abaixei a minha cabeça. “Mas eu posso diminuir a detenção de vocês dois pela metade.”

“Sério?”

“Sim.” Eu olhei para trás para ver a reação de David e ele estava alegre, enquanto o Cullen revirava os olhos.

“Obrigada e... diretor, já posso ir?”

“Sim, vocês todos estão dispensados. Em relação à detenção, são todas as segundas, quartas e sextas, a partir da semana que vem, tudo bem?”

“Sim, obrigada.”

“De nada. Senhorita Swan...”

“Sim?”

“Já que nós resolvemos o caso aqui na escola, tinha como a senhorita não comunicar nada ao pai do senhor Cullen? É porque ele já tem várias passagens aqui na diretoria, e o senhor Carlisle não gostaria de vir aqui novamente.” Olhei pro Cullen, que ainda estava com a cabeça baixa, parecendo aqueles bandidos que são pegos em flagrante e quando vão fazer entrevistas abaixam o rosto.

“Sim.”

Quando eu disse isso, o Cullen levantou a cabeça, olhando-me com incredulidade.

“Sendo assim, podem se retirar, por favor.”

 

Nós saímos da sala, eu ia sozinha, na frente, enquanto David ia mais atrás, falando alguma coisa com o Cullen, quando de repente este me chamou.

“Bella...” Virei-me e respondi ao chamado.

“Sim?”

“Por que você não vai contar para o meu pai?”

“Sabe ‘Senhor Cullen’, essa que você aprontou foi forte, e seu pai com certeza ia te dar um belo de um castigo. Mas sabe por que EU não vou contar? Porque EU quero te dar o castigo, pra você aprender a não mexer comigo nem com meus amigos, sabe por quê? Mexeu com amigo meu, se fodeu.”

“Ah não Swan, eu não quero ser seu inimigo!”

“Ah não?”

“Não!”

“Então por que você bateu no David covardemente?” Ele pareceu pensar por uns instantes então disse:

“Eu...  e-eu não sei.”

“Ah não sabe? Pois então pense duas vezes antes de agir e não aja duas vezes antes de pensar!” Saí e deixei um Cullen embasbacado, pois já é a segunda vez em que eu esculacho com ele hoje.

 

Quando eu estava chegando até a sala, David conseguiu me acompanhar. Perguntei ao professor que estava na sala:

“Podemos entrar?”

“Senhorita Swan e senhor Houst?”

“Sim.”

“O diretor mandou eu liberar vocês. E me faça um favor?”

“Sim?”

“Vá ao 3° C e avise o Cullen, o Volturi e o Tucson que eles também estão liberados.”

“Sim, o senhor pode anotar os nomes para mim?”

“Claro.” Então ele foi até a sua mesa e anotou os nomes e me entregou dizendo:

“Por favor, peguem as suas coisas.” Eu e o David fomos até nossas respectivas mesas, pegamos nossas coisas e saímos. Então perguntei para David:

“Você vai no 3° C comigo?”

“Sim, vou te fazer companhia.”

“Obrigada.”

“De nada.”

 

Chegamos ao tal 3° C.

Bati na porta enquanto lia o papel que me entregaram.

Quando o professor abriu a porta perguntou-me:

“O que deseja?”

“O diretor mandou liberar os senhores Edward Cullen, Alec Volturi e Emmet Tucson.”

“Por favor senhores, recolham suas coisas e se retirem por favor.”

“Obrigada professor.” Eu disse.

“De nada.”

 

Quando eu ia me retirando da frente da porta da sala eu escutei.

“Espera Bella.” Era o Ed.

“Espera David.” Pedi a ele, que ia na frente.

Foi quando o Edward apareceu na porta, então David disse pra mim.

“Só por você.”

Edward fechou a cara, e seu grupinho também. Sinceramente, não sei por que eles disputam tanto essa coisa de popularidade.

Só então reparei em Edward.

           OH MEU DEUS

O PAI DELE VAI ME MATAR!

 

“Ah meu Deus, Edward, isso tudo foi eu?”

“Sim, foi.”

“Oh meu Deus, Edward, eu sinto muito, me desculpe.” Eu parei e abaixei a cabeça, me xingando mentalmente por causa de tantos socos.

Eles estavam andando, então todos pararam. Edward veio até mim, levantou o meu queixo e disse:

“Não se preocupe, eu vou melhorar.”

“Me desculpe.”

“Mesmo que a senhorita não mereça, está desculpada, porque além do mais, nós moramos na mesma casa.” Disse com um sorriso no final. Agora foi a vez de David fechar a cara.

“Me desculpe.” Repeti mais uma vez.

“Tudo bem, agora vamos? Ainda preciso ligar para a limusine. Pra você ir para casa.”

“E você não vai?”

“Bom, se eu for para casa, meu pai vai saber o que aconteceu. E sinceramente, ele vai me dar um castigo e eu não estou nem um pouco afim de levar um. Por isso eu vou pra casa de uma de minhas gatas.”

“Fala sério, eca, você é muito machista e repugnante e galinha.” Mandei na lata.

“Mas é assim que elas gostam.” Ele disse. Convencido!

“Vai, ô ‘senhor gostosão’, me passa o número do motorista, anda.”

“Toma.” Ele me deu um papel, onde tinha o número.

“Obrigada e tchau.”

“Orra e vai dispensando assim mesmo na lata?”

“Você não tem compromissos mais importantes do que cuidar de uma ‘pentelha’, como você  mesmo diz, Edgayzinho?”

“Claro Isabella. Tchau. Durma com os anjos e sonhe comigo.”

“Por que eu sonharia?”

“Porque eu sou lindo.”

“Mas você é frio... Vem cá, você não cansa de ser esculachado por mim tantas vezes num dia só não?”

“Sabe... é novidade EU ser esculachado por uma MULHER, porque normalmente, elas caem aos meus pés.”

“Você é tão convencido que dá nojo.”

“Dá nojo mas você gosta que eu sei.”

“Só se for no próximo milênio. Você é muito... Convencido.”

“Sabe, é bem melhor ser assim, do que ser uma pessoa, sem sal.” Ao falar isso olhou para David, que ainda estava com a cara fechada.

Então fui até David, segurei em seu braço e disse:

“Sabe Edward, você é tão egoísta que você só pensa no seu bem estar. Você se ama tanto, que nem dá uma chance pro seu coração amar outra pessoa ou ao menos ter amizades verdadeiras. Sabe, isso não é bom para um ser humano. Isso te faz mal, te mata aos poucos, lentamente, e você  não percebe. Se você  tivesse mais amigos, ou então uma pessoa que você  amasse de verdade, você conseguiria ser menos frio, arrogante, repugnante, egoísta, você  daria mais valor a vida. Mas você não sabe sentir na pele o verdadeiro significado da palavra “Amizade” nem de “Eu te amo”. Mas quando você  descobrir os reais significados, você  vai saber do que eu estou falando.” Acho que pela 3ª ou 4ª vez hoje, eu dou uma lição de moral nele, pra ver se ele acorda pra vida.

 

David me acompanhou até a limusine em silêncio. Mas era um silêncio bom, dava pra pensar. Então chegando na porta da limusine ele disse:

“Obrigado por tudo.”

“De nada.”

“Tchau.”

“Tchau David.”

E entrei no “carro” e fui pra casa, exausta. Hoje o dia teve muitas novidades, surpresas e tudo mais. Preciso descansar pelo menos, senão amanhã não vou ter pique nem pra me levantar.

 

O resto do dia passou rapidamente. De tarde eu dei um cochilo, acordei era noite, pedi para as empregadas fazerem algo pra eu comer. Jantei quando eram uma 21:15. Carlisle chegou, eu dei boa noite pra ele e avisei que o Ed não viria por “assuntos pessoais”, e pelo visto ele acreditou na desculpa esfarrapada.

 

Então fui dormir, pois amanhã tem aula. Saco.

 

 

~~xx~~

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!