A prometida do rei escrita por Vindalf


Capítulo 1
Capítulo 1




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Um imenso barulho soou dentro da cozinha de Bilbo Baggins. Foi um som tão alto que provavelmente poderia ser ouvido no vizinho mais próximo, a família Gamgee.

Verbena se virou para localizar a fonte do ruído: era um daqueles enormes corvos com mensagens para seu tio Bilbo. Ela já estava até acostumada com aves voando em Bag End. Era um diálogo intenso: vários deles iam e vinham praticamente todos os dias.

Depoos que eles entregavam suas mensagens, Verbena lhes dava água e petiscos. Pelo que seu tio dizia, os pobres pássaros voavam quase metade do mundo.

— Aqui está, Sr. Corvo. — Bena (como gostava de ser chamada) pôs uma terrina com água para deixar a ave beber. — Espero que goste. Pode descansar depois na caixa de correio, se quiser.

— Eu agradeço, pequeno hobbit — ele crocitou.

— Meu tio diz que sua raça é muito inteligente. Posso ver que ele não exagerou.

— Preciso esperar pela resposta de seu tio. Melhor aproveitar para descansar. Ele vai demorar?

Bena disse:

— Não sei. Ele está com Fortinbras Took, o novo Thain. Seu rei está negociando com ele.

— Rei Thorin não é meu rei — redarguiu o corvo, afofando as penas majestosamente. — Ele é o rei sob a montanha, o rei anão de Erebor.

A garota hobbit disse animadamente:

— Oh, eu sei tudo sobre ele! Meu tio Bilbo o ajudou a reconquistar sua montanha, e eles são bons amigos. Ele me contou muitas histórias sobre o rei.

— Minha espécie serve à Família Real de Erebor há muitos séculos.

— Puxa...

A porta se abriu e o tio de Verbena entrou. Olhou os dois e saudou:

— Olá, Bena. Oh, Sr. Corvo, que bom estar aqui.

Verbena explicou:

— Estávamos conversando, relaxando...

O corvo soou sarcástico ao dizer:

Eu tentava relaxar...

Bilbo disse:

— Bem, está com sorte. Tenho uma resposta para Erebor.

— Muito bem — A ave estufou o peito. — Dê-me a resposta.

O hobbit respondeu:

— Diga ao Rei Thorin que partiremos daqui a três semanas com uma caravana de mineiros das Montanhas Azuis.

— Entendido. — O corvo abaixou a cabeça, curvando-se. — Agradeço pelos petiscos e a hospitalidade, hobbits. Adeus.

Verbena desejou:

— Tenha uma viagem segura de volta para a montanha.

O corvo saiu pela janela, e a garota acompanhou seu voo pelos campos do Shire, suspirando:

— Oh, ele verá tantas coisas diferentes!... Gostaria de também poder vê-las.

Ela se virou e viu seu tio torcendo o nariz. Ele só fazia isso quando estava preocupado. Por isso ela quis saber:

— Tio, tem alguma coisa errada?

Ele deu um sorriso sem convicção e convidou:

— Vamos terminar de fazer o jantar, criança. Depois conversaremos.

Verbena fez como pedido, mas seu peito estava apertado. Ela não gostava de ver Tio Bilbo assim tão preocupado.

Ele só se abriu depois do jantar:

— Verbena, quando eu a adotei depois que sua tia morreu, prometi criar você como se fosse minha própria filha. Eu a amo muito, e você precisa saber que eu só quero o melhor para você. Você sabe disso, não sabe? Eu só quero o melhor para a minha garotinha.

A garota tinha os olhos arregalados e disse:

— Tio, está me assustando…

— Não precisa se assustar. Você tem visto que ultimamente muitos corvos da Montanha Solitária têm nos visitado. Parece que meu velho amigo, Rei Thorin, quer garantir uma nova rota de comércio com o Shire, agora que as estradas não oferecem mais perigo de salteadores. Ele quer comprar comida, grãos e carne, em troca de ouro, joias e outras riquezas que Erebor tem a oferecer. Ele é um rei poderoso, e o Thain acredita que o Shire pode se beneficiar muito com esta aliança.

— Isso é ótimo! — exclamou Bena. — Então teremos anões passando por aqui?

Bilbo respondeu:

— Certamente que sim. Mas primeiro Thorin quer reforçar o acordo com uma aliança duradoura. Então o Thain pediu minha ajuda para – er, formar esse pacto com Erebor. — Ele desviou os olhos e sua voz quebrou. — Thorin pretende forjar esse pacto com um casamento, e o Thain me pediu para ajudá-lo a encontrar uma noiva perfeita.

Verbena arregalou os olhos, e ela sentiu o sangue fugir de seu rosto.

— Tio Bilbo... O que está tentando dizer?

— Thorin quer uma esposa do Shire, e eu sugeri sua prima Lobélia para o cargo. Desculpe-me por ter tomado a decisão sem nem perguntar se você queria se candidatar.

Verbena tinha sentimentos contraditórios. Não ter sido sequer consultada magoava, mas ela sabia que seu tio só pensava no melhor para ela. Além disso, Lobélia era mesmo a melhor opção: ela era muito mais feminina e provavelmente sabia tudo sobre política e realeza, de qualquer forma. Verbena ainda era uma moleca: gostava de pegar um livro e lê-lo no alto de uma árvore, suas pernas balançando no ar, longe dos priminhos pestinhas.

— Está brava comigo, Bena? — Bilbo parecia envergonhado. — Perdoe-me, criança, mas você ainda não passou pela maioridade, e além disso eu não achei que você fosse se casar por qualquer outra razão que não por amor.

Ela riu alto e comentou:

— Oh, tio, o senhor é um romântico. Claro que não estou brava. Aposto que Lobélia está exultante.

— Oh, sim, ela está. Os pais dela ficaram preocupados, mas sabe como Lobélia é quando quer uma coisa. Além disso, ela é maior de idade e eles não podem detê-la. Ela está se preparando para a viagem.

— Ela vai partir em breve?

— Saímos em três semanas.

Bena sentiu uma dor no coração. Bilbo ia também?

— Você vai com ela?

Nós vamos ela. Bena, você quer ir até Erebor, não? Você sempre disse que queria ir numa aventura.

A moça ficou chocada.

— Eu...? Ir até Erebor? É claro que eu quero! — Ela se lançou para abraçar Bilbo com força. — Obrigada, obrigada, Tio Bilbo!

Pela primeira vez, o hobbit sorriu, aliviado, e informou:

— Uma caravana de anões de Ered Luin está indo para Erebor em três semanas, e eles vão nos levar com eles. Se tudo der certo, devemos chegar lá no começo do inverno, portanto é melhor levar roupas de frio. Eu lembro que era bem gelado por lá.

Os olhos castanhos de Verbena pareciam brilhar de pura alegria.

— Pode me mostrar em seu mapa, tio, por favor?

— É claro, querida. Vamos arrumar a cozinha e depois vamos ver todos os mapas.

As semanas seguintes passaram bem rápido, com todas as preparações para a viagem. Lobélia fez Bena comprar roupas novas, “para que a futura rainha não fosse vista em companhia de maltrapilhos”. Bilbo também recomendou casacos novos e reforçados, pois os invernos eram bem frios no Norte.

A caravana de Ered Luin partiu com o trio de hobbits no fim do verão. Como provas de boa vontade do Shire, eles também levaram pôneis com uma grande carga de queijo, mel, grãos, a melhor farinha e todo o tipo de comida. Desta vez Bilbo tomou precauções antes de partir para sua aventura: ele pediu que seu bom amigo Hamfast Gamgee cuidasse de Bag End durante sua ausência e não deixasse nenhum de seus parentes entrar na casa.

Embora as moças ficassem num vagão coberto da caravana, Bena ficava muito tempo fora dela, conversando com os anões, seus olhos curiosos olhando a paisagem. Lobélia costumava ralhar com ela:

— Venha para dentro, Bena. Por que você se mistura com essa gentinha?

Bena explicou:

— Mas, prima, eles são tão gentis por nos levarem com eles. Imagine como seria se tivéssemos que viajar sozinhos. Olha que perigo.

— Eu sei, mas...— Ela abaixou a voz. — Eles são mineradores. Não parecem ser respeitáveis.

Verbena lembrou à prima:

— Eles só são gente simples, e você vai ser a rainha deste povo; deveria tentar conhecê-los melhor. Além disso, meu tio me disse que mineração é uma atividade bem respeitada entre anões. Eles extraem as riquezas da terra, lembra? São eles que cavam o ouro e as joias das quais você tanto gosta.

Lobélia prometeu, arrogante:

— Quando eu me tornar rainha, deixarei o rei meu marido lidar com eles.

— Eles serão seu povo, Lobélia — repetiu Verbena. — Deveria ao menos tentar falar com eles.

Ela gemeu baixinho, antes de dizer, com relutância:

— Talvez mais tarde.

Mas esse “mais tarde” nunca chegava.

Durante a maior parte da viagem, Lobélia tentou falar com Verbena sobre a vida na corte e como se comportar perto da realeza. Se Bena alguma vez teve dúvidas de que Lobélia era talhada para o serviço, elas se desfizeram totalmente. Mas ainda havia muitas perguntas sobre os costumes dos anões, e elas não tinham meios de obter respostas, pois os anões da caravana não eram muito de se abrir. Elas certamente saberiam as respostas quando chegassem a Erebor.

Contudo, outras raças não faziam tanto mistério de seus costumes, e Verbena ficou encantada (embora um pouco assustada) com a raça dos homens. Eles eram tão altos! A presença de hobbits numa caravana de anões atraiu alguma curiosidade, e Bilbo disse apenas que eles estavam lhes dando uma carona até o Norte, onde eles tinham amigos.

Se por um lado os anões não eram amigáveis ou abertos como Verbena gostaria, por outro eles provaram ser muito protetores. Isso ficou claro quando o grupo entrou na antiga floresta de Greenwood, domínio dos elfos. Bilbo fez as negociações para que eles atravessassem o território do Rei Thranduil. Os anões recomendaram firmemente que as moças permanecessem dentro do vagão e não deixassem os elfos as virem. “Não se pode confiar num elfo!”, disseram.

A despeito das recomendações, Verbena espiou os arredores por entre as lonas do vagão coberto. Naquela única espiadela, a moça ficou maravilhada. Pois elfos eram graciosos, esguios, esbeltos, belos e muito, muito diferentes das outras raças que ela conhecera até ali. Um dos elfos, um rapaz louro alto de olhos cinza que conversava com Bilbo, olhou direto para ela, curioso. Bena sorriu para ele, porque o jovem era muito bonito e fascinante para ela. Bilbo percebeu a interação e acenou para ela. Mas tudo durou pouco, porque Lobélia fechou a lona, brigando:

— O que pensa que está fazendo?!

Verbena respondeu:

— Só dei uma olhadinha, não foi nada sério. Eu nunca tinha visto um elfo antes! Eles são muito bonitos.

— Nossos anfitriões dizem que não podemos confiar neles. Quem diz que eles não poderiam capturar donzelas e escravizá-las?

— Tio Bilbo já teve negócios com elfos antes, e disse que eles estão do lado de tudo que é bom e decente.

Lobélia insistiu:

— Ainda assim, você deveria ser mais respeitável.

Verbena decidiu que não valia a pena discutir com a prima. Então, ela deixou aquilo passar, mas não desistiu de observar as maravilhas de sua jornada, por mais que Lobélia pedisse.

A verdade era que, depois dos elfos, eles passaram por mais duas cidades dos homens, mas não havia nada assim tão notável nelas — e isso mesmo depois que o rei de Valle em pessoa, chamado Bard, recebeu-os em audiência especial, pois ele era amigo do Tio Bilbo. Vinte anos parecia uma eternidade para Verbena, pois esse era o tempo em que ela estava com seu tio, desde que a Tia Ruth morrera. Mas parecia que esse tempo era menor para pessoas mais velhas, pensou ela, impressionada com a calorosa recepção que seu tio teve do Rei de Valle.

E então, finalmente, eles chegaram a Erebor.

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A montanha era gigantesca. Essa foi a primeira palavra que veio à mente de Bena quando ela se viu cara a cara com a Montanha Solitária. Já estava frio, porque a noite estava chegando naquela época invernal. Ela deveria ter posto calças mais quentes, pensou quando desceu da carroça.

Eles já estavam dentro da montanha, e havia um grande movimento de pessoas abraçando os parentes recém-chegados na caravana, e alguns deles davam fortes batidas nas testas uns dos outros, aliás, de maneira muito enfática. Bena tremeu ao ver aquilo, mas seu tio disse que era uma maneira anã tradicional para parentes e entes queridos.

Bena olhou em volta, e Erebor lhe pareceu ainda mais bonito do que ela imaginara. Não um buraco escuro dentro da montanha, mas um lugar cheio de luz e vida, com escadas que se cruzavam em um ambiente de puro granito verde. Era uma mistura estranha e harmônica de opulência e discrição. Lobélia estava abismada ao se dar conta de quantos lampiões eram feitos de cristal puro, transparente, fazendo todo o ambiente resplandecer.

Então uma voz se ergueu:

— Bilbo!

Tio Bilbo respondeu:

— Balin! Aqui!

Bilbo se dirigiu a um anão de barba branca bipartida abaixo da cintura, cujo sorriso era amplo e caloroso. O anão abriu os braços, saudando:

— Mestre Baggins, bem-vindo to Erebor.

Eles se abraçaram calorosamente. O anão disse:

— Espero que tenham ido bem de viagem.

Bilbo respondeu:

— Muito bem, meu amigo. Balin, deixe-me apresentar minhas primas Lobélia — ela fez uma mesura — e Verbena.

O velho anão curvou-se para as duas moças.

— Estou a seu serviço, senhoras. O Rei Thorin estaria aqui para lhe dar as boas-vindas em pessoa, mas ele foi irrevogavelmente detido numa emergência. Ele me pediu que desse suas mais profundas desculpas.

Bilbo disse, amistosamente:

— Bem, eu estou ansioso para rever meu amigo.

Balin sorriu e disse, animadamente:

— É uma pena que tenham perdido a comemoração do Dia de Durin há duas semanas – foi uma grande festividade! É quando celebramos também a volta de nosso povo à montanha. Mas eu suponho que agora prefiram descansar depois de viagem tão longa. Deixem-me mostrar seus aposentos. — Ele gesticulou para dois guardas virem até eles. — Fratir, Vatir, por favor ajudem nossos convidados com suas bagagens.

Os dois anões pegaram seus pertences (mais da metade dos quais pertenciam a Lobélia) e eles subiram as escadas até os aposentos. Na verdade, era um conjunto de três quartos, todos conectados por uma sala comum. Parecia bem confortável, aconchegante devido às lareiras acesas, e nada extravagante, apesar das finas sedas nas camas. Balin sorriu para eles de maneira diplomática:

— Espero que tudo esteja a seu agrado.

Lobélia garantiu:

— É maravilhoso, Lord Balin, obrigada.

Ele disse:

— Agora vou deixar que se refaçam e mandar refeições para vocês. Amanhã alguém virá buscá-los para o desjejum com Lady Dís e os príncipes. O rei planeja dar uma recepção formal à sua prometida amanhã.

Bilbo disse:

— Estou ansioso para rever toda a companhia, Balin.

— Oh, juntaremos os 13 de Erebor especialmente para você, Mestre Baggins. Agora descansem bem. Se precisarem de alguma coisa, é só solicitar.

— Obrigado.

Balin saiu, e assim que a porta bateu, Verbena notou que seu tio estava torcendo o nariz. — Tio, tem algo errado?

— É o que estou me perguntando — disse ele. — Não posso deixar de imaginar o que seria tão importante para impedir Thorin de receber sua futura esposa.

Verbena tentou abrir a boca para minimizar as preocupações do tio, mas Lobélia aproveitou para dizer, visivelmente aborrecida:

— Era o que eu também imaginava! Ele deveria ter vindo nos saudar!

— Tio Bilbo sempre disse que o rei era um bom homem, e coloca as necessidades de seu povo acima das dele — lembrou Verbena. — Talez ele esteja ocupado com coisas importantes, coisas de rei.

Bilbo disse:

— Vamos saber disso amanhã, quando o encontrarmos. Agora peguem suas coisas e vamos desfazer as malas.

Lobélia pediu:

— Bena, venha me ajudar.

As moças foram para o quarto de Lobélia, e Verbena pôs-se a ajudar a prima. A mais nova indagou:

— Então, o que achou de seu novo lar?

Lobélia repetiu:

— Novo lar?

Bena explicou:

— Ora, se você vai ser a rainha, você vai viver aqui, não é? Este é o seu novo lar.

Lobélia deu de ombros:

— Não sei. Meio escuro, acho.

— Bom, é uma montanha, o que espera? Mas eu acho que é fantástico. As lamparinas enchem as salas de luz dourada. É como uma suavidade em toda essa rocha dura.

— Você é mesmo louca por uma poesia — brincou Lobélia. — Anões não são poetas. — Ela observou Bena retirar um traje ricamente bordado. — Tome cuidado com esse vestido. Tia Mirabella teve muito trabalho para bordar as mangas.

Com desdém, Bena respondeu:

— Eu estou tomando cuidado. E também tenho certeza de que os anões têm ao menos um poeta.

Lobélia mudou de assunto, perguntando baixinho:

— Bena? Você viu como Lord Balin é velho?

A garota respondeu:

— É difícil deixar de ver todo aquele cabelo branco.

— Você acha que o Rei Thorin é tão velho quanto Balin? Velho como enrugado, desdentado, surdo e que usa uma bengala para andar? Ele tem mais de 200 anos! Eu não quero me casar com um velho gagá!

Verbena deu de ombros e lembrou:

— Meu tio disse que os anões envelhecem de modo diferente, e que aos 200 anos o rei não é muito velho. Apesar disso, eu acho difícil acreditar que ele não tenha ao menos uns cabelos brancos. Mas isso não quer dizer que ele seja surdo ou desdentado, prima.

— Oh, puxa — Lobélia suspirou, desanimada. — Mas o que importa? O casamento é apenas uma aliança política.

Bena tentou animá-la:

— Tio Bilbo disse que ele é um bom homem. Talvez, com o tempo, você pode gostar dele.

— Acha mesmo?

— É claro! E quem sabe você até possa amá-lo um dia.

— Você é tão romântica, Bena.

— Eu só quero que você seja feliz, prima. Se o rei for mesmo um bom homem, eu tenho certeza de que vocês dois serão bons amigos. Eu gostaria que meu marido fosse um amigo, um companheiro.

Lobélia deu uma risada.

— Realmente, acho que você não nunca se casará por outra razão que não amor.

— E achou certo, minha prima. A vida é curta demais para se contentar com menos.

— A menos que eu seja rainha. Aí vai valer a pena.

— Espero que sim. Bem, estou cansada. Boa noite, Lobélia.

— Boa noite, Bena.


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