Dramione: Expected escrita por Anabella Salvatore


Capítulo 1
One


Notas iniciais do capítulo

Fic do desafio.
Boa leitura



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Todos os Weasleys estavam sentados na mesa, a qual havia sido enfeitiçada para que pudesse comportar todos. Aquele domingo possuía características de verão, sol azul, roupas frescas, limonadas e bolinhos, as senhoras que agora compartilhavam o sobrenome Weasley tinham se esforçado para garantir um dia animado para as crianças. E os senhores eram responsáveis por jogos e voos, até mesmo por estranhos consertos que surgiam de ultima hora, aquela casa poderia brilhar aos olhos deles, mas estava caindo aos pedaços e, de vez em quando, reformas eram necessárias. 

—Mamãe?- Chamou um menino ruivo se aproximando de uma senhora.

Todas estavam sentadas no quintal, o qual possuía cadeiras de sol e uma tenda, com mesas que garantiam acesso a comida. Elas descansavam. 

—Sim, meu amor. -Disse a mulher, carinhosamente, puxando o menino para seu colo. 

—Conta aquela história de novo.- Pediu, com os olhos brilhando de ansiedade.

Ronald ouvia tudo atentamente, sem ser percebido por eles.

—Que história? -perguntou confuso, afinal, contava diariamente inúmeras histórias as crianças. 

—Aquela, mamãe! -A mulher franzi-o o cenho.- Da sabe-tudo e da doninha!

O ar pareceu ter sido cortado ao meio no compasso em que o menino proferia aquelas palavras e um copo caia, denunciando  a presença de Ronald. 

—Depois, meu amor, depois.- Disse, captando o olhar do marido sobre si.

Logo o jantar chegou, Ronald não disse sequer uma palavras. Rose e Hugo acabaram dormindo na casa dos avos, enquanto seus pais, Ronald e Hermione, partiram para sua própria casa.

O que você disse?- Perguntou Ronald, irado, assim que entrou pela porta.

—Eu disse a verdade!- Defendeu-se.

—A verdade? Contar ao filho pequeno que não ama o pai é dizer a verdade desde quanto, você está enlouquecendo, Hermione?

—Eu não disse isso. -Exclamou, sentando-se no sofá e colocando as mãos na cabeça.

—Tem razão, você inventou uma historinha besta pensando que ele cairia, mas, eu vou lhe falar uma coisa Hermione, Hugo também é seu filho E ele não é burro, pelo contrario, é uma das crianças mais inteligentes que eu conheço.

—Ele só tem 10 anos Rony, mesmo com toda a inteligência, ele não entenderia... Como poderia? -Perguntou, sua voz carregava tons de dor.

O ruivo passou as mãos no cabelo nervoso e sentou no sofá, ao lado dela.

—Ele perguntou a mim se você não me amava. - Confessou.

Ela o olhou, surpresa.

—Ele o que?

—É... Saiu sem querer, mas ele falou. - Disse lembrando-se.

°

—Papai?- Chamou o menininho antes do pai desligar a luminária.

—Sim, Hugo.

—O senhor ama a mamãe?- Perguntou, o surpreendendo.

—Claro que amo. -Afirmou, com certeza.

—E ela te ama?

—Ama, meu filho, mas por que as perguntas?

—Ela me conta uma historinha toda noite e eu vejo os olhos dela brilharem toda vez que conta, ouvi a tia Gina dizer que isso significa amor.

Ronald respirou fundo.

—Não escute tudo que a sua tia diz.- Disse depois de alguns segundos.- Agora vá dormir, se sua mãe te encontrar acordado, vai sobrar para mim.

—Boa noite, papai. -Desejou sonolento. 

—Boa noite, Hugo. Durma bem.

°

—Por que ele perguntou isso? -Na sua voz havia medo. 

—Disse que seus olhos brilhavam muito quando contava uma historinha para ele. Penso constantemente se ele não estava certo, digo, você realmente me ama, Hermione?- Suspirou e olhou para os olhos da esposa.

—Você sabe que eu te amo, muito, você é o meu melhor amigo.

—E sou seu marido! Eu sou seu marido Hermione, quando vai lembrar-se disso? Quando vai tentar me amar como amou ele? Só tentar, tentar esquecer ele, tentar deixar de ama-lo, o tempo tá passando.

Aquelas palavras surtiram efeito nela, já que a mesma sentiu um fúria crescer dentro de si, raiva, ódio, decepção. Quem era aquele homem que lhe cobrava tanto?

—E você? Algum dia vai deixar de ama-la? Algum dia vai esquecer-se dela?- O ruivo permaneceu calado. -Eu sinto tanto por te dizer isso Rony, mas eu nunca vou deixar de ama-lo. - Assumiu. - O tempo pode passar, mas o amor não. Você sabe disso, pensa que eu não vejo quando olha aquela velha fotografia dela? Você a ama da mesma forma que eu ainda o amo. -Ela fitou aquelas orbites azuis. -Como pode me pedir tanto?

°

° Passado °

°

O inverno chegou castigando Hogwarts, os alunos não saiam do castelo com medo, as árvores estavam congeladas, tal como o lago da Lula Gigante, que, coitada, ninguém sabia como aguentava.

Era o palco perfeito para uma tragédia, mas aconteceu o contrário... Um milagre.

—Weasley volte aqui!- Gritava Pansy correndo atrás do namorado, é isso mesmo, namorado, os anos foram passando e inexplicavelmente esses dois se aproximaram, criando um rebuliço no castelo e uma série de apostas.

—Você não me pega. - Gritou o ruivo, provocando-a.

—Quem era para tá correndo era eu!- Reclamou, mas logo começou a rir e a correr para pegar o namorado. 

—Como pode me pedir para tentar esquece-lo? –Continuou Hermione sentindo seus olhos se encherem de lagrimas. - Sabendo de todo o que passamos, ele era seu amigo Rony.

—Não me esqueci disso. -Afirmou, entre dentes.

—Sim, você se esqueceu!- Acusou, entre lagrimas. -Deixou comentários tomarem de conta da sua mente, deixou-se envenenar pela sociedade... O que está fazendo, Rony?

 

O namoro de Rony e Pansy marcou o fim da guerra Grifinorios e Sonserinos, ambos os lados pareciam ter encontrado uma maneira de viver em paz e uma boa amizade começou a ser criada, a briga histórica chegara ao fim.

—HARRY POTTER, VENHA AQUI!

—Calma, amor. - Falou o moreno mansinho.

Namoros começaram a acontecer, Harry Potter e Astoria Greengrass foram um dos assuntos da escola por meses até descobrirem uma fofoca maior.

Hermione Granger e Draco Malfoy namorando.

Esse virou, de fato, a fofoca do ano, "o ex-comensal com a sabe-tudo, heroina de guerra, juntos".

—Resolveram assumir?

—Do que está falando?- Perguntou Hermione a Blás.

—O namoro de vocês, oras!

Antes que Hermione pode-se dizer algo Draco chegou com um sorriso nos lábios e simplesmente falou:

—Sinto muito, amor, descobriram.

 

—Não, eu não deixei.

Hermione que andava de um lado para o outro parou e o olhou.

—Você se esqueceu?-Perguntou num suspiro, cheio de significados.

 

O tempo foi passando, Hogwarts acabou e, felizmente, o tempo de alegria também estava destinado a chegar ao fim. Era uma manhã nublada, Hermione estava na cozinha da sua casa esperando Draco retornar de mais uma missão, quando Harry chegou atordoado.

—O que aconteceu, Harry?- Perguntou antes do moreno poder dizer qualquer coisa.

—Eu sinto muito, Mione, sinto muito... Eu... Eu sinto... Tanto...

—Harry... O que aconteceu?- Perguntou com o coração apertado.

—Ele morreu!

—Quem morreu?- Ela já chorava.

—Draco, Hermione. -Disse nem sussurro, sentindo-se o pior dos homens aos ver tamanha dor nos olhos da irmã.- Draco morreu, estávamos há procura dos comensais que fugiram e... - Desespero, Harry Potter estava desesperado.- Aparatamos num beco... Era uma armadilha... Eles o pegaram e falavam que um traidor deveria pagar. Tentei ajuda-lo, mas...-Grossas lagrimas começaram a descer pelo rosto dele. - Aconteceu algo e eu só acordei, horas depois, no chão, com o corpo do Draco do meu lado, sem vida.

Hermione nem percebeu que caiu aos prantos, sentiu os joelhos cederem e um forte choro tomar de conta de si, junto com uma dor... Que, por Merlin ela nunca queria sentir aquela dor, nunca mais.

No dia seguinte aconteceu o enterro. Muitos amigos compareceram, a mãe de Draco, Pansy, Rony, Harry (que estava mais que acabado, para ele era como se tivessem lançado uma maldição imperdoável, sem fim.), Astoria tentava manter o marido em pé, Gina e Blás... Todos aos prantos, mas ninguém naquele cemitério estava pior que Hermione, se Harry sentia-se enfeitiçado por a maldição cruciatos, Hermione estava morrendo.

—Senhores, por favor, se despeçam do senhor Malfoy é chegada a hora, temos que o enterrar.

Assim que ouviu essas palavras Hermione começou a gritar, ela pedia, suplicava que não deixassem fazer isso com Draco, com ela, afinal como ela viveria sem ele? Como seria sua vida sem ele? Como seria acordar todos os dias e não ver aqueles olhos azuis acinzentados? Viver sem escuta-lo pronunciar palavras de amor e sacanagem, sem os seus sussurros... Ela não queria descobrir!

Gina e Astoria correndo para amparar a amiga, Pansy até tentou, mas não tinha forças, se Harry tinha Hermione como irmã, Pansy Weasley carregava Draco em seu peito e, afirmava com certeza, o laço de irmandade que os unia. .

E o tempo foi passando assim. Dois meses seguira correndo, destruindo Hermione a cada amanhecer, até que ela descobriu Draco não tinha a deixado, pelo menos não por completo, ela estava gravida!

Deixando a natureza seguir seu curso natural Rose nasceu, uma menininha linda com os olhos e os cabelos do pai, entretanto o cabelo mudaria com o tempo, garantindo a presença do DNA da mãe, se tornara castanho, só que liso e com as pontas aloiradas. Hermione finalmente estava se recuperando, teria que o fazer, Rose precisava dela. Passaram-se 5 anos, cada família tinha crescido, Rony e Pansy tiveram o pequeno Hugo- de 1 ano, Harry e Astoria tiveram James Sirius e Alvo Severo, Gina e Blásio tinham um lindo menino que deram o nome de Thomas.

 

—Do que eu me esqueci agora?

—Lembra-se quando eu perdi Draco?- Perguntou, tentando conter as lagrimas. - Você me pediu para ter calma que o mundo não tinha acabado, para ter paciência que a dor iria acabar sumindo, para ser forte e ter fé que as coisas iriam acabar bem e... Que eu superaria.

—Sim, foi o que eu lhe disse. 

—Por que então? Por que mentiu para mim? Por que você quis me tornar forte novamente quando eu só precisava ser fraca, quando eu precisava ter aprendido e ter sentido a dor. POR QUE VOCÊ FOI TÃO ESTUPIDO AO ME DAR UM CONSELHO QUE NEM VOCÊ CONSEGUIU SEGUIR? –Gritou nervosa, revoltada e... Magoada.

 

Todo parecia está bem novamente, mas parece que quando tudo começa a ficar bem vem algo para destruir a constante.

Um carro desgovernado, uma mãe tentando salvar o filho de 1 ano e meio. Basicamente, foi assim que o mundo pareceu ter se desmoronado novamente. E um nome na sepultura estava escrito para provar.

Pansy Weasley.

Melhor esposa, mãe e amiga.

 

—SABE DO QUE VOCÊ ESQUECEU? VOCÊ ESQUECEU-SE DE COMO ERAMOS FELIZES, ESQUECEU-SE DE COMO É SER AMADO E AMAR, ESQUECEU-SE DE COMO SE RI DE VERDADE, DO QUE SIGNIFICA UMA TARDE FELIZ, VOCÊ ESQUECEU DE VIVER, RONY! SÓ SABE EXISTIR.

—COMO QUER QUE EU VIVA? –Perguntou/Gritou, derrotado. - A ÚNICA MULHER QUE EU AMEI NÃO ESTÁ AQUI! ELA SE FOI, ME DEIXOU E... EU NÃO SEI VIVER SEM ELA, NÃO SEI COMO É RESPIRAR, RIR, GRITAR, CORRER, NADA EU VIVIA COM ELA, ERAMOS UM SÓ E ENTÃO... Quando ela se foi me levou junto. – Disse por fim num sussurro.

Hermione correu para abraçar o amigo, ela foi o porto para ele depois da perda de Pansy, ambos eram jovens e com filhos para criar, resolveram se casar para se ajudar, mas nunca se entregaram um ao outro, cada um já tinha seu dono, sua cara metade.

—Tudo bem. Desculpe Rony, eu não posso ama-lo como um marido, eu já tive um marido e ele se foi e você já teve uma esposa. Algum dia os veremos novamente, até lá vamos cuidar do que eles nós deixaram. Hugo será meu filho pelo resto da vida e Rose a sua e... Quando sentir falta da Pansy basta olhar para os olhos de Hugo, ela estará neles, eu olho sempre para os da minha Rose e toda vez que olho é como se ele me disse-se que está me esperando... Em um lugar calmo, cheio de paz, um ambiente propicio para o amor, com todos lá.

 

Quando Hugo Alexandre Weasley e Rose Vênus Malfoy crescessem irião ouvir a história dos seus pais e pediriam aos céus para poder viver um amor daquele.

 

 

Hermione se aproximou de Hugo e começou a contar:

Era uma vez um jovem príncipe que se apaixonou por uma princesa, juntos eles viveram um grande amor, só que o príncipe acabou partindo e levando metade da princesa com ele... E ele esperou pela a outra metade, para que juntos seguissem em paz. -Ela suspirou, vendo os olhos do menino ruivo se fecharem.—Ela também estava a espera dele. 


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Notas finais do capítulo

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