A Escolhida escrita por Pharah


Capítulo 30
Trinta


Notas iniciais do capítulo

É meio surreal pensar que essa fanfic em três anos e dois dias. E só agora estou no capítulo 30 HAHAH. E é com esse pensamento que, em menos de 24h, trouxe mais um pra vocês. Nem sempre terei tempo e criatividade pra escrever rápido assim, mas estou aproveitando que o bloqueio não vem e estava sem provas na faculdade ♥

Já vou avisando que o início do capítulo vai dar uma confusão mental HAHA



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Uchiha Sasuke

Era ascendente: vinte e oito de outubro de 1523, Quarta-feira.

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Itachi me olha, achando divertido toda essa situação. Situação em que se fosse minha, penso que ficaria desesperado. Mas ele é o primogênito, sabe como se portar em situações difíceis. E eu me orgulho em ter um irmão assim.


— Mal posso esperar. — ele ironiza, fazendo Naruto rir. — Que tipo de homem não gostaria de ter mais de vinte mulheres disputando sua atenção?


Sei que ele não pensa assim. Está apenas fazendo graça para ver Naruto rindo e eu irritado. Mas não darei esse gostinho ao meu irmão.


— Humpf. — resmungo, incomodado. — Seja mais razoável.


— Tenho vários planos para essa situação. — ele nos conta, rindo. — Mas antes de tudo, precisamos averiguar a enfermidade do nosso pai, Sasuke.


Concordo com ele. Sua doença estava agindo com muita rapidez, e isso certamente não é normal.


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Chatas. Algumas convencidas, outras atiradas. Não sei como Itachi está aguentando toda essa situação. Mas antes que eu o pergunte o motivo disso, ele me apresenta diretamente uma delas. Para a minha surpresa, eles já se conheciam. Itachi confessa que não tem sentimento romântico algum pela garota, e ela afirma o mesmo, achando graça, assim como ele. Por que ela está aqui, afinal?


— Eu sempre quis que vocês dois se conhecessem. — Itachi confessa, feliz. — Sakura é minha amiga e acho que vocês dariam bons amigos, também.


Olho para a garota com os cabelos cor de rosa, cético. Ela parecia animada, sorridente e muito diferente de mim. Como seríamos amigos? Não gosto muito da história dos dois. O companheirismo se assemelha ao meu e o dele, ainda que seja mais distante, e isso me deixa, por Deus, aciumado. Que Itachi nunca perceba isso.


Infelizmente passamos mais tempo juntos do que eu imaginaria. Ou felizmente. Sakura demonstrou ser sim uma boa pessoa, apesar de todo o meu ciúme escondido. Também tem um ótimo respeito com o meu irmão e o ajuda na escolha para garotas. E em troca, apesar de não ter sido algo combinado, eu tenho ensinado ela a ler.


Algumas coisas, ainda em que linhas diferentes, não mudam. Existem rebeldes. E eles querem o melhor para o seu distrito. Quando descubro isso, decido agir sozinho, para o desespero de Itachi e meu pai. Os dois estão ocupados demais com a doença e a burocracia do reino inteiro. Sakura e Naruto se prontificam para ir comigo, ainda que eu não tenha pedido isso de nenhum dos dois.


Embora não seja Itachi ou Fugaku, os rebeldes aceitam a minha aparição, pois sou um Uchiha. Sakura me ajuda muito com a conversa, pelo seu conhecimento de tempos difíceis e por ser muito inteligente. Nunca fico tão admirado com uma garota. No final das contas, o encontro deu certo, ainda que a vertente radical tenha quase me matado. Eu tinha dois aliados importantes ao meu lado, e eles me salvaram.


Enquanto estou acamado, Sakura confessa que fez o impossível para eu não ser morto por um rebelde novo. E ela conseguira. Me conta com lágrimas nos olhos e um sorriso orgulhoso de si. Eu devo a minha vida a ela.


— Sakura, obrigado. — é o que eu falo.


Poucas palavras, mas muito sentimento. Ela apenas sorri para mim, tentando dar um abraço sem que me machuque pela injúria grave nas costas.


— Eu apenas estou feliz por você estar vivo. É o que importa, Sasuke-kun.


E com isso, eu entendo tudo. Itachi talvez seja mais inteligente do que pensa, ou tenha simplesmente apostado em algo que deu certo no final. Eu e Sakura ficamos muito próximos e apesar de toda a minha cautela, a garota abriu todas as barreiras até se instalar em um lugar especial em meu coração. É bonita, inteligente, carismática e tantos adjetivos que não sei colocar nesse momento. Embora nunca fosse admitir isso de boca para fora. Tudo que eu admitiria, com certa timidez, era que eu gostaria de me casar com ela.


Acordo assustado com o sonho. Se Itachi estivesse vivo, de fato, tudo poderia ser diferente. E eu teria mais força para lidar com tudo isso. Mas antes que consiga pensar mais sobre o sonho, adormeço novamente. E quando acordo de novo, não me lembro mais dele.


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Fico muito surpreso por ter conseguido dormir, depois de tudo o que havia acontecido entre Sakura e mim. Talvez a quantidade de problemas e falta de tempo para tudo tenha ajudado muito nisso. 


Só que eu preferiria que isso não tivesse acontecido. Porque agora eu sinto que nossa ligação está ainda maior que antes e eu jamais irei conseguir cortá-la, mesmo que tenha alguma garota melhor que ela para o trono do reino. Eu sou uma pessoa racional, não emocional. Mas os sentimentos são maiores do que a minha própria sanidade. E não sei lidar com isso. Sakura é inteligente. Mas muitas também podem ser, além de terem um conhecimento prévio melhor e até mesmo alguma experiência. Se ela não conseguir ser a melhor entre as garotas, seria um problema. Para ambos, já que eu sofreria, assim como ela iria sofrer. Seria infeliz sem ela.


E é com esse pensamento que chamo todas as garotas que não têm nenhuma chance de conquistar o meu respeito intelectual, já que isso é o necessário para virar a  próxima rainha.


Hinata e  Hanabi não estão na lista, pois não posso diacartar os Hyuga rápido assim, ainda que eu não vá me casar com nenhuma delas. Kin, Shion, Tayuya e Mei. Elas não tinham muito interesse em reinar, como se eu fosse o único a ter esse fardo. Konoha não é um país assim, e eu jamais gostaria que se tornasse um lugar onde apenas um da realeza tivesse poder. Mando chamar todas elas no mesmo dia, hoje, para que eu pudesse dispensá-las. Logo quando elas chegam, um guarda me informa que Ino está com uma infecção um pouco complicada e não poderá sair de seu quarto. Decido deixá-la ainda no castelo, para que tenha uma recuperação digna. E só assim irei decidir mandá-la para a casa.


Kim é a primeira que chamo. Ela não parece desconfiar de nada, além de estar muito satisfeita de ter sido chamada. Coloca suas madeixas negras por detrás das orelhas e morde os lábios, indo em minha direção.


— Já estava com saudades, Alteza. — ela diz de uma forma pretensiosa.


Quando fica na minha frente, Kin tenta retirar a nossa distância e me beijar, como havia feito na primeira vez, mas estou com consciência o suficiente para negar. Fora que olhos verdes teimam aparecer nos meus pensamentos. Eu olho para ela tentando ficar o mais frio possível e consigo, pois sou assim e fui treinado a fazer isso com maestria por ninguém menos que o rei.


— Kin, há um motivo para ter sido chamada aqui hoje. — conto a ela, e a garota parece encolher-se. — Quero que volte ao seu distrito. Não tens o que é necessário para governar Konoha.


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Tayuya e Shion não lidaram com a derrota de uma forma digna. A dos cabelos vermelhos havia um orgulho tão forte quanto o meu, e quando a contei que iria embora, ela praticamente cospe as palavras em minha direção.


— Nunca gostei muito de você mesmo. Infeliz será a garota que for escolhida.


É claro que havia me incomodado, e se eu não fosse da realeza provavelmente iria xingar muito. Mas ainda que tenha faltado com o meu respeito, decido fazer o que deixaria ela na maior raiva.


— Vou fazer questão de mandar dez guardas e te escoltarem até a prisão de seu distrito. Ferir os direitos dos Uchiha é querer ser punida. Irá ficar por uma semana, e farei questão que todos saibam de sua má educação.


A garota quase urra de raiva. Vejo seus olhos queimarem em minha direção, mas apenas dou um sorriso sarcástico a ela. Não iria deixar a garota passar problemas na prisão, mas que fique de reflexão por uma semana lá dentro.


Shion não teve essa reação, mas chorou tanto que fiquei sem jeito. Seus olhos incharam e seu rosto fica muito vermelho enquanto ela soluça e implora que eu mude de ideia.


— Por favor, eu posso te fazer feliz!


— Quero a felicidade do reino, a minha não é a mais importante.


Já Mei me olha com compreensão quando eu digo para voltar a sua casa. Ela sorri, entendendo.


— Seria difícil ser rainha quando não nasci em Konoha, mas no país do Som.


Concordo com ela. A garota é inteligente, e não tem a índole do rei cobra, mas passaria uma impressão muito errada do país. E eu não queria isso para Konoha.


— Se fosse de qualquer outro lugar você teria uma chance.


— Eu entendo. O país do Som é muito... Bem, vossa alteza sabe. E infelizmente ou não, a realeza deve se importar com opiniões.


Isso é verdade. O que prova que Mei é, de fato, muito inteligente. Mas não há espaço para pensamentos de que Konoha irá fazer uma aliança com o país de Orochimaru. Não mesmo.


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— Então porque não chamou as Hyuga também? — Naruto parece ansioso pela minha resposta, quando conto a ele sobre as garotas que não estão na "disputa".


Respiro fundo, procurando paciência onde não tenho. Se Naruto estivesse prestando atenção às aulas de Minato, seu pai, sobre a nobreza, ele saberia o motivo.


— Os Hyuga são muito poderosos, Naruto. Mais do que qualquer família no mundo inteiro. É a única que tem muito poder em qualquer lugar. Parecem onipresentes, e isso assusta qualquer um.


— Mais um motivo para não dar poderes? Ei, eu não tenho medo da Hinata. — ele diz.


Hinata é inofensiva se comparada com qualquer outro Hyuga, de fato. Mas Naruto não entendeu o ponto.


— Meu medo não é as duas. Ambas não tem interesse no trono. O problema é ofender Hiashi, o líder do clã.


Naruto babulcia algo, mas não presto muita atenção. Fico lembrando de Hanabi dizendo que gostaria de destruir os Hyuga, sua própria família. Isso seria bem visto para muitas pessoas, mas uma coisa difícil. E por qual motivo faria isso?


— Ei! — exclama Naruto. — Ouviu o que eu disse?


— Não.


Naruto parece bastante acanhado, coisa nada mais, nada menos do que muito bizarra. Ele coça o queixo enquanto olha para baixo.


— Sasuke — ele começa, constrangido. — você ficaria, tipo, irritado... — a sua demora começa a me incomodar. — Se eu cortejasse a Hinata?


Olho pra ele, espantado. Nunca imaginaria um casal dos dois, mas por que não? Acalmaria Hiashi ter uma filha perto do castelo.


— Faça o que quiser.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem. Beijoss ♥ comentários me animam a escrever einn * aquela indireta *



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