A Seleção do Herdeiro escrita por Anninha


Capítulo 2
1- Os formulários de inscrição da Seleção


Notas iniciais do capítulo

Oieeee
1 capitulo oficial em!!!
Espero que gostem!A partir daqui, a história inteira é narrada pela personagem principal, a Helena.



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1-Os formulários de inscrição da Seleção:

Acordei com a carícia delicada dos raios solares.E com o choro estridente e incessante de um dos gêmeos.Ao abrir um dos olhos para espiar ao meu redor, percebi que deixei as cortinas abertas novamente.Me levantei rapidamente da cama, afastando as pesadas cobertas com as pernas e andei para o quarto dos meus fofuchos/irmãos.

Caminhei até o berço de Melina e ao ver os olhos cheios de lágrimas e o rosto todo vermelho, meu coração se apertou e eu a peguei no colo.Enquanto a ninava, cantarolei uma música em seu ouvido e como o esperado, ela se acalmou e agarrou meus cabelos ruivos.Toby logo acordou e gritou para mim, me fazendo sorrir e o agarrar de dentro do berço.Desliguei a babá eletrônica e antes de sair do quarto deles, abri a janela para deixar o ar puro entrar.

Assim que cheguei na cozinha, coloquei os dois na cadeirinha e liguei a TV no desenho.Liguei o fogão e deixei as mamadeiras para esquentar em uma panela com água dentro.Cocei os olhos e Olhei as horas, tinha bastante tempo para me arrumar.Retirei os ingredientes da panqueca de dentro da geladeira e fui acordar Lívia.

Lívia é a filha de uns amigos dos meus pais.Estava passando uma temporada aqui em casa antes das aulas começarem e ela ter de voltar a escola.Era uma farra só com essa menina e eu a queria longe muitas vezes, mas já estava a tempos marcado esses dois meses com ela morando aqui.Os pais delas iriam viajar e pediram aos meus pais que ela ficasse conosco.Isso foi a 10 meses.E ela veio, mesmo com a morte da mamãe e do papai.

Meus pais foram assassinados a oito meses atrás.O suposto acidente de carro deles, foi causado pela falha do funcionamento do breque.Na realidade, cortaram os fios e quando meu pai tentou brecar, não funcionou e o carro capotou e explodiu, levando a morte de ambos.Depois de muitas investigações, descobri que rebeldes e um dos melhores amigos de minha mãe eram os responsáveis pelo crime, tudo por raiva das consequências causadas pela retiração das Castas.

As Castas, ou divisões sociais, eram divididas em 8.A Um era a realeza, o clero.A Dois era celebridades, os famosos.A Três era a Elite, educadores e etc.A Quatro era a de fazendeiros, chefes e assim vai.A Cinco era a de músicos, artistas.A Seis era a de serventes, governantas e alguns a mais.A Sete era a de trabalhadores braçais, como jardineiros e pedreiros.A Oito era a de pessoas fora da lei, de deficientes, sem-tetos.E com a eliminação delas, veio a raiva.Se com as Castas já havia pessoas com raiva, imagina sem elas?

Se elas ainda existissem, eu e os três últimos Lork seriam Três.Meu pai era um Três porque seus pais eram professores.Minha mãe era uma Dois pois a irmã dela era uma modelo e ela mesma também era uma modelo.Ela tinha 15 quando conheceu meu pai, que tinha 18.Eles se envolveram e ela ficou grávida.Meus avós odiaram e a expulsaram de casa.Meu pai, como já tinha seu próprio comércio na época, casou com ela para que não fosse rebaixada a Oito.E viveram felizes, comigo a tiracolo.

Meus pais eram sócios e juntos, tinham o Empire of Lork’s.É uma empresa que ajudava e ainda ajuda pessoas com situações financeiras mais decadentes a sustarem a família.Era o seguinte:

Com o dinheiro da herança dos meus avós paternos, meus pais contrataram empreiteiros e arquitetos para construírem, ao todo, 23 prédios de 10 andares cada com 5 apartamentos por andar.Quem quisesse melhorar de vida, procurava meus pais, os investidores e patrocinadores e após um curto processo, iria morar em um dos apartamentos e iria arranjar um emprego.Havia vinte e três prédios, um em cada província.Ainda faltava 12, mas estamos em processo de negociação.Alguns decidiam ficar com o apartamento, outros iam embora para arrumar o próprio lar.E é assim até hoje.Estamos até mesmo expandindo!

Porém com a morte dos meus pais, tudo passava para o meu nome.Ou seja, virei a CEO* do Empire of Lork’s e passei a criar meus irmãos.Tinha ajuda, mas do mesmo jeito preferia fazer tudo eu mesma.Odiava depender dos outros.

Abri a porta do quarto de hóspedes e arregalei os olhos, assustada.Eu não acredito que essa cretina trouxe um idiota para dentro da minha casa.Trinquei os dentes e cutuquei os dois com força.Eles acordaram na hora, gemendo de dor.

—Helena...e-eu juro que não é o que você está pensando!- Lívia sussurrou apavorada, sentando-se na cama e tirando os fios morenos e agora sebosos do rosto.Eu a encarei cética e o menino pulou da cama, se trocando rapidamente.

—Não quero saber.E você mocinho, pode ficar quietinho aí!- rosnei irritada, puxando o menino pela gola da camisa preta.Mas nem a pau que ele iria sair dali sem que conversássemos.- Quero você trocada em 5 minutos e sem vestígios de qualquer coisa que tenha acontecido aqui.- Olhei seriamente para Lívia e ela assentiu rapidamente e começou a se arrumar.-Você vem comigo!- empurrei o menino para fora do quarto e fechei a porta.Enquanto isso, Connor abria a do quarto dele.-Direto para a cozinha, pode se sentar lá quietinho!- mandei autoritária e o menino foi, se cagando de medo, mas foi.

—Bom dia Lena.- meu irmãozinho de oito anos me deu um beijo na bochecha e foi direto para a cozinha enquanto bocejava e coçava os olhos.Sorri boba e fui para a cozinha.O menino estava sentado ao lado dos gêmeos enquanto fitava a TV com uma cara de idiota.Connor se sentou ao lado dele naturalmente e não abriu o bico.Peguei as mamadeiras de dentro da panela e as balancei.

—Pronto crianças.- falei com uma voz de criança, a mesma que adoradores de crianças e animais falam, e deixei que os dois tomassem sozinhos.Me virei pro fogão e comecei a fazer as panquecas.Duas para mim, Connor, o menino e Lívia.Eu não cozinhava tanto assim antes da morte dos meus pais, mas agora era necessário.Connor e os gêmeos não podiam comer congelados.-Afinal, quantos anos você tem?- perguntei olhando para a nuca do menino.Ele me olhou e ao ver meu olhar sério, engoliu em seco.

—18, Srta Lork.- larguei a colher e a panela chocada sob o fogão.

—Você ao menos gosta dela?- perguntei irritada.Ela tinha 16 anos e é bom ela me agradecer depois, melhor eu ter a pego no flagra do que os pais dela.

—E-eu amo ela.- ele sussurrou envergonhado e baixou a cabeça.

—Menos mal.- murmurei e voltei a fazer as panquecas.Quando as coloquei na travessa maior já prontas, Lívia apareceu com calças jeans, camisa branca de manga cumprida e maquiada, as 8 da manhã.Comemos em um silêncio constrangedor, constrangedor porque eu ficava olhando de um pro outro apenas para provocar.-Então, eu não perguntei, qual o seu nome?- perguntei com um sorriso de canto.O menino me olhou e pigarreou, limpando a boca da calda de chocolate.

—Kingsman, Gerald Kingsman.- Franzi a testa confusa.

—Mas você não é de Midston?- perguntei e fiquei mais confusa quando ele assentiu.

—Meus pais são de lá, na verdade.Vim morar aqui sozinho para cursar a universidade, Srta Lork.Conheci a Srta Pattintom no meu primeiro dia aqui.Foi amor à primeira vista.- ok, admito que ele foi fofo, mas nada justifica o quão cretino ele foi ao entrar na casa dos outros para desonrar uma das moradoras.

—Entendo.- murmurei e limpei a boca, colocando os garfos cruzados sobre o prato.-Lívia, você vai me ajudar no banho dos gêmeos.Gerald, você cuida do Connor.- e sem abrir alguma brecha para ele falar algo, me levantei, peguei Toby da cadeirinha e fui em direção ao banheiro do quarto dos gêmeos.

Dei banho no Toby enquanto Lívia dava em Melina.Ela não abriu o bico e eu também não.Sabia que ela estava brava comigo, mas quando ela falasse, iria estourar.Separei a roupa dos gêmeos e coloquei uma fralda no meu gordinho.Passei a camisa branca pelo seu pescoço e coloquei o macacão azul.Deixei-o sem tênis por hora e observei Lívia sorrir para Melina enquanto prendia o macacão vermelho em seu corpo.Logo voltei a olhar para Toby, que tentava engatinhar para longe.

—Desculpa.- ela disse e eu a Olhei abismada no ato, surpresa com seu tom ameno e nada bravo.-Sei que não deveria ter trazido ele para cá, foi impulso.E Lena, eu amo ele!- ela choramingou e eu bufei.Era uma relação complicada.Ele estava na faculdade, ela ainda estava no segundo ano.Os pais dela iriam enlouquecer.Os pais dele, talvez irão gostar dela, mas iriam aprovar realmente depois que ela ingressasse na universidade.-Fala alguma coisa!- ela pediu batendo o pé de nervosismo.

—O chame para jantar hoje aqui, e veremos.- Sorri para ela e ela sorriu de volta, animada.-Faça um favor?Mande Connor vir tomar banho.Vou tomar o meu.Vocês dois tem o tempo de eu estar pronta.- disse autoritária e ela assentiu e saiu do quarto dos gêmeos com eles no colo.

Vocês não têm ideia do quão gostoso é tomar banho de água quente.Claro que me entristece saber que nem todos têm esse direito, mas enquanto eu o tiver, vou aproveitá-lo ao máximo.Depois de estar devidamente pronta para o trabalho, com uma camiseta de manga cumprida branca, um terninho cinza acompanhada de uma saia da mesma cor, e a contra-gosto, saltos altos, adentrei a sala de casa seriamente.

—Gerald, você vai querer carona para sua casa, ou para a faculdade?- perguntei a ele enquanto terminava de arrumar a mala de Melina e Toby.

—Nenhum dos dois, Srta Lork, vou embora a pé mesmo.- ele disse acanhado.

—Negativo.Casa ou faculdade?- perguntei novamente, agarrando as chaves do carro e Melina no colo.

—Ahn, faculdade então.- murmurou ele acanhado e eu sorri um pouco.

—Ótimo.Vamos Connor.Lívia, leve Toby sim?Não esqueceu nada não é?- perguntei vendo a mala dela em seus ombros.Ela negou com a cabeça e pegou Toby no colo.Gerald teve a decência de se oferecer para levar as malas e eu dei a mala dos gêmeos e a minha pasta junto.

Colocamos as coisas e as crianças no carro e eu entrei no motorista.Deixei Gerald na faculdade e eu, as crianças e Lívia fomos direto para a empresa.Hoje o dia seria agitado.Teria três reuniões, duas com investidores e uma com novos possíveis investidores da Alemanha, da França e da Itália.Eu realmente não estava tão afim de ter essas reuniões, mas é a vida.

Não fiquei tão supresa ao ver que em frente à porta da empresa havia fotógrafos e entrevistadores.Eles barravam a garagem e eu dei uma buzinada calma para eles saírem da frente, enquanto os mesmos grudavam feito loucos no carro.Como eles não ajudaram muito, avancei um pouco com o carro.Eles saíram da frente e eu avancei para dentro da garagem com uma velocidade impressionante.

—Minha nossa, que gente chata!- Lívia reclamou enquanto pulava do carro depois de eu estacionar em uma das vagas no subsolo.Ri baixinho e desci do carro.

—Bom dia Helena, bom dia Lívia.- uma voz feminina soou perto dos elevadores e eu sorri, olhando para minha secretária perfeita e minha tia de consideração.Melinda Milton era a mais de 10 anos a secretária pessoal dos meus pais.Com seus cabelos morenos, olhos castanhos claros e uma coragem e competência avassaladoras, tia Melinda me salvava de poucas e boas.Além de ser maravilhosa, era mandona de mais.-Bom dia meu gostoso!- ela sorriu mais do que alegre quando Connor pulou do carro e correu em sua direção.Ela o encheu de beijos e abraços enquanto eu pegava o carrinho duplo dos gêmeos do porta-malas.

—Você não acha que o mima de mais?- Lívia perguntou a morena enquanto colocava Toby em um dos assentos do carrinho.Fiz o mesmo com Melina e fechei as portas de trás.

—Claro que não!Mas eu posso, ele é meu afilhado.- ela sorriu mais abertamente e eu e Lívia reviramos os olhos.

—Connor, sua mochila querido.- Sorri para o pequeno, estendendo sua mochila a ele.Lívia pegou a dela e tia Melinda fez o favor de levar a dos gêmeos.Peguei minha pasta e fechei o porta-malas, e depois tranquei o carro.-Para o elevador!- exclamei animada e todos nós rimos, enquanto eu empurrava o carrinho duplo para o elevador.Após entramos, apertei o botão número 29, local onde ficava a antiga sala da mamãe e que eu passei a usar.

A empresa, como qualquer outra, era dividida em seções.RH, financeiro, construções, obtenção e distribuição de alimentos, obtenção distribuição de vestimentas incluindo a seção de higiene.Todas tinham um chefe, que mesmo não sendo a obrigação deles, me atualizavam toda a semana de como as coisas estavam indo.Essa era a obrigação do gerente geral, mas como eu não gostava muito dela, que trazia os relatórios apenas no fim do mês, meio que obrigava atualizações a cada semana.Era melhor.

—Esqueci de avisar.Mandaram a correspondência da sua casa para cá de novo.- avisou tia Melinda e eu neguei com a cabeça, um tanto irritada.-Advinha o que chegou?- ela perguntou ficando animada.Sorri um pouco.

—Os brinquedos que eu comprei a 1 mês atrás?- perguntei esperançosa.Ela fez uma cara de quem comeu e não gostou.

—A ficha de inscrição da Seleção.- ela disse animada enquanto Lívia murmurava.Murchei e revirei os olhos.

—E eu com isso?Não é como se eu fosse me inscrever mesmo.- Sorri em sua direção e seu olhar sério e maldoso me fez franzir a testa.

—Ah, você vai sim!- mandou ela e eu nem respondi, saindo do elevador.Mas não vou mesmo!


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Notas finais do capítulo

E então?Como vamos indo até agora???
Gente, sério, espero que vocês curtam e que também a fic seja tão boa quanto a última versão.Sei que vocês gostavam dela, mas sei lá, sentia a necessidade de mudá-la.
*CEO- Diretor Geral, de maior posição de hierarquia na operação de uma empresa.



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