ROSE WEASLEY

Ele estava vestido só com uma cueca Box cinza. Colocava sua calça de costas para mim, e se vira na minha direção enquanto colocava seu cinto, sorri maliciosamente e diz:

-Você praticamente me expulsa da cama e depois fica me olhando com essa cara de safada.

-Estou admirando a vista. Não é todo dia que posso apreciar esse seu belo traseiro.

Digo melosa.

-Não é todo dia porque você não quer.

Diz ele se jogando na cama e me beijando, suas mãos sempre espertas vão para minha cintura, sua boca ataca meu pescoço. (Esse filho da mãe sabe como me deixar louca)

-Meus pais vão chegar daqui a pouco.

Falo manhosa.

-Eu sei. -Diz ele me dando um selinho - Mas tenho que pegar minha camisa.

-Se é isso que tenho que fazer para você ir.

Falo entrando no jogo dele. Sem perder tempo ele puxa o lençol que estava me cobrindo e um a um vai desabotoando a única peça de roupa que me cobria: sua camisa.

...

-Merda Malfoy!

Digo dando um pulo da cama quando escuto baterem na porta. Scorpius se levanta depressa também e começamos os dois a nos vestimos rapidamente.

-Eu falei para você ir logo, mas nunca me escuta não é?

-Nunca me controlo quando se trata de você.

Diz ele com um sorriso meigo. Reviro os olhos com raiva, mas o sorriso que tenho no rosto me trai.

-Se tivesse ido naquela hora tinha saído pela porta da frente.

-Encaro qualquer escada de incêndio se for para ter alguns momentos a mais com você. E pelos seus gemidos acho que você gostou.

Eu ia dar uma resposta pra ele quando minha mãe grita: “Rose, querida nós entramos. Você está bem?”. “Sim, mãe. Estou descendo. Esperem mais um pouco, estou terminando de me vestir.”

Respondo desesperada. Só falta minha mãe entrar aqui também! Scorpius começa a rir do meu desespero.

-Você acha isso engraçado?

- Nós estamos parecendo dois adolescentes pegos no flagra transado no quarto dos pais.

-Sai logo daqui.

Falo tentando não rir. Só ele mesmo para me fazer rir nesses momentos.

-Só depois do meu beijo.

Diz me puxando pela cintura.

-Scorpius...

-Só um beijo. E vou. Só um.

Diz fazendo bico. E eu o beijo.

Como sempre, o beijo dele me incendeia, minhas mãos puxam os cabelos da nunca dele e ele me puxa para mais perto enquanto aprofunda o beijo...

Suspiro quando nos separamos.

-Amo você, Weasley.

-Amo você, Malfoy.

Ele desceu pelas escadas de incêndio e eu fiquei ali com um sorriso bobo no rosto. Só saí do transe quando minha mãe me chama novamente.

-Rose!

-Tô descendo.

Desço as escadas rapidamente e me deparo com minha mãe no pé da escada.

-Bom dia mamãe.

Falo a abraçando.

Meu pai estava no sofá conversando com o Tio Harry e a tia Gina

-Bom dia pai, tios.

-Bom dia meu anjo.

Meu pai fala me beijando.

-Porque tanta demora em sair do quarto?

Minha mãe pergunta desconfiada.

-Estava dormindo. Fiquei até tarde no hospital ontem.

Respondo rapidamente.

-Pensei que não tinha de plantão ontem.

Diz minha mãe.

-E não tinha, mas um dos meus pacientes piorou e fui chamada as presas. E eu pensei que só viria, a senhora e o papai.

-Seus tios incomodam você Rose? Porque se for o caso, vamos todos embora.

-Não é isso, pai. O Tio Harry e a tia Gina sabem muito bem que os amo, só não os esperava aqui.

-Pelo visto não espera nem a gente já que nem abriu a porta para entrarmos.

Acusou minha mãe.

-Eu estava dormindo. Não tenho culpa se meu paciente teve uma piora no seu estado.

Argumento já irritada. Minha mãe adorava implicar comigo.

-Ok, mas acredito que teve tempo de dar uma arrumada nesse apartamento.

Reviro os olhos.

-Se eu tivesse arrumado, a senhora não teria como fazer seu passatempo favorito: Reclamar de como minhas coisas não estão perfeitas.

-Rose olha como fala com sua mãe.

Meu pai ralhou. E engulo em seco para não dar uma resposta para ele também.

-Não, deixa Ron. Eu só queria ajudar, mas não posso falar nada mesmo.

Minha mãe fala fazendo drama. E mais uma fez me seguro para não dar uma resposta mal educada.

-Vamos para a cozinha ajeitar as coisas que trouxemos para o café?

Tia Gina diz para evitar o inicio de uma briga.

As duas vão para a cozinha me deixando na sala de estar com meu pai e o tio Harry. Jogo-me no sofá, irritada. Incrível, não faz cinco minutos que minha estava aqui e eu já estava irritada.

-Relaxa Rose. Sua mãe só está querendo o melhor para você.

Tio Harry diz.

-Por favor, tio. O senhor sabe muito bem que ela gosta de implicar comigo. Mesmo que isso aqui tivesse brilhando ela ia achar alguma coisa. Ela sempre acha.

-Tá bom anjo, vamos deixar sua mãe para lá. Como anda o trabalho?

Meu pai pergunta. E fico algum tempo conversando com eles sobre alguns dos meus casos. “Essa é a minha garota”, meu pai fala orgulhoso quando conto como salvei a vida de um trouxa que deu um ataque na frente do hospital St. Mungus (Um dos que trabalho).

Vou ajudar na cozinha quando meu pai muda o papo para, nas palavras dele “filho da doninha”.

Scorpius era um empresário de sucesso que não se prendia em somente um ramo, mas em vários. Nos últimos meses ele estava empenhado na construção de uma nova loja no beco diagonal, uma concorrente para as Gemialidades Weasley, o que as olhos do meu pai só devia ser um desaforo.

-Precisam de ajuda?

Pergunto quando chego à cozinha.

Tia Gina estava ajeitando as comidas em cima da mesa e minha mãe estava de costas para mim, virada para o armário provavelmente pegando as louças.

-Não.

Responde a tia com um sorrisinho malicioso. A olho sem entender, até que minha mãe se vira e em suas mãos ela segura uma gravata.

Droga Malfoy!

-Rose Weasley me diga que se eu subir agora no seu quarto não darei de cara com o dono dessa gravata.

Diz ela irritada.

-A senhora não vai encontra-lo no meu quarto mãe... –E quando ela faz cara de aliviada concluo – até porque ele saiu pela escada de incêndio.

Normalmente eu não falaria isso, porem hoje não estava com paciência para minha mãe. Eu tinha planejado passar a manhã com Scorpius, mas ontem ela ligou dizendo que viria tomar café hoje. Não perguntou se eu tinha algum plano, nem nada. Passei duas semanas tentando reservar o dia de ontem e hoje pela manha para ele e minha mãe simplesmente estraga.

-Rose... Esse pelo menos é mais que um simples caso?

Ela pergunta esperançosa.

Coitada da minha mãe. Acho que ela acha que sou algum tipo de puta, mas também um único namorado meu que ela conheceu (e quando digo conheceu quero dizer que ela soube pelos meus primos) foi o Leon Kiaw, e isso no quinto ano de Hogwarts. Se ela soubesse que após o Leon só teve o Scorpius. E sempre terá só ele. Acho que ela se sentiria melhor achando que sou uma puta.

-Mãe, ele saiu pelas escadas de incêndio. O que a senhora acha?

-Já era para você está namorando no mínimo o seu futuro noivos. Já passou da etapa de ficar de casinhos.

Ela me recrimina.

-Eu tenho 24 anos, e não estou com presa para casar. Sinto muito mãe.

-A Lily vai se casar!

Ela diz como se isso fosse motivo para casar.

-Eu sei. Já dei os parabéns.

Ela tinha me chamado para o jantar em que ela contaria para a família, mas foi no fim de semana que eu e o Malfoy fugimos da cidade. Só quando cheguei que vi a mensagem.

-Espera, foi por isso que trouxe a tia Gina? Pra ela me convencer a namorar sério e me casar?

-Mais ou menos isso querida.

Diz a tia rindo.

-A Mione só está preocupada com você. É que da família Weasley você é a única que está ficando para trás. Até a Molly que é a mais nova já está quase noiva.

-Eu sei disso. Só que isso não me incentiva a achar um noivo.

-Na sua idade já estávamos casadas.

Minha mãe argumentou.

-Mas Mione nós conhecemos os rapazes em Hogwarts.

-O cara que eu dormi ontem estudou em Hogwarts comigo. Talvez eu deva dar uma segunda chance com ele. Se bem que ele não é tão legal assim.

Digo só para irritar minha mãe. Onde já viu chamar a tia Gina só para tentar convencer casar. Que chatice!

-Se ele não é tão legal assim porque passou a noite com ele?

Minha mãe pergunta brava.

-Porque eu só queria uma boa transa e nisso ele era bom.

Digo rindo da expressão da minha mãe. A tia Gina me olha com uma cara “não acredito que você disse isso”, mas sorria.

Ela tenta se controlar. Então ela contou até dez.

-Quem é ele?

Pergunta.

-Acredite. Você não vai querer saber.

-O que sua mãe não vai querer saber, docinho?

Diz meu pai entrando na cozinha junto com meu tio.

Minha mãe sorrateiramente coloca a gravata dentro do armário. Agradeço por isso, não estava afim dos ciúmes de meu pai tão cedo.

-Como anda minha procura por um noivo.

Respondo revirando os olhos. E sento-me à mesa. Pois a tia já começava a servir o café.

-Não sei por que sua mãe lhe “enche o saco” com isso. Prefiro que continue assim dando prioridade para o trabalho.

-Obrigada por me entender, papai.

-Não agradeça Rose. Ele só não quer é ver você com homem nenhum, isso sim.

Tia Harry explica. Sorrio.

-Não é porque ela não está noiva que não tenha homens na vida dela Ron.

Tia Gina diz. E papai se engasga com o suco.

-Como é?

Meu pai pergunta olhando para mim.

-Pai, eu só sou viciada em trabalho, não uma freira.

Respondo dando a ele uma crise de tosse.

-Mione!

-Nem venha. Agora pouco você estava defendendo ela. Eu ainda acho que ela não deve se focar tanto no trabalho.

-Quer saber? Quanto aos rapazes... Se mantenha casta até o casamento. Você tem que se focar mesmo é no seu trabalho, antes que o maldito Malfoy entre no seu ramo também.

-Ah não! Essa historia de novo não.

Tia Gina disse.

-O bastardo quer roubar nossa família. Desde sempre fomos à única, a única, loja de Logros no Beco Diagonal e agora ele quer abrir outra? Por favor!

-Não exagera pai. Concorrência é sempre bom.

Digo sem pensar.

-Como é? Você está do lado dele?

-Não estou do lado de ninguém. Só estou dizendo que uma competiçãozinha sempre faz bem. Se não houvesse outros médicos eu não tentaria sempre ser a melhor. Se não existissem outros aurores o tio Harry não batalharia para ser o melhor. Se não tivesse outras jogadores de quadribol a tia Gina não teria passado horas e horas treinando. Competição ajuda todo mundo.

-Como assim não está do lado de ninguém? Você e uma Weasley, ele um Malfoy. Você está do meu lado e pronto. Ora essa. “Não estou do lado de ninguém”!

-Pai, eu te amo, mas sinceramente não tenho paciência para essa rixa besta.

-Rose você enlouqueceu? Hermione! Acho que ela foi infectada por alguma doença.

-Fui mesmo. Contraí maturidade.

-É Ron, agradeça por ter o Hugo para manter viva a chama de ódio entre você e o Draco porque se depender da Rose essa rixa morre com você.

Tia Gina diz sorrindo.

Eu devia ter me calado. Devia ter o deixado chamar o Scorpius, mas não tinha que dizer o quanto era ridículo a briga por causa da loja.

E por não conseguir controlar minha boca tive que passar “duas horas” ouvindo toda historia da rixa entre Malfoy & Weasley. Briga que tinha começado com o nossos tataravós, e perdurava até hoje.