À primeira vista escrita por Yasmin


Capítulo 15
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Notas iniciais do capítulo

Olha ela!!KKKK
Bom diaaa pessoas lindas..
Mais um capitulo para vocês!
Quero agradecer ao carinho dos lindos que estão favoritando a historia e comentando. Então vocês fantasminhas que gostam da historia, comentem, assim vocês deixam meu dia no trabalho mais alegre. Lá é super chato e tenso. E é nessa hora que consigo ler p que escrevem, deixando meu dia mais lindo. Há, tenho umas considerações nas notas finais.

Leiam lá tambem.

Beijao....



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Isca? Como farei isso? Não, eu não posso ajudar! Não depois do que passei! Ainda mais agora sabendo do que é capaz. Ela não sabe o medo que sinto desse homem.

 —Deve existir outra maneira? Não deve?—pergunto buscando outra alternativa

 —Ele é muito esperto, Katniss! Não deixa rastro. E o que deixou foi eficiente em exterminá-lo. Mas, você fez que perdesse o controle. Precisamos pará-lo. Você é jornalista não é?— pergunta e não sei qual a relevância disso—Pense nisso como um trabalho. Jornalismo investigativo é isso.

—Como faria isso?—pergunto com receio olhando para Peeta e, sinto que está prestes a explodir.

— Preciso que se aproxime dele! Diz que quer conversar, entende-lo.  Até conseguirmos alguma prova, indicio.. Em local público é claro e, nós te daremos cobertura.— não sei, ainda não estou convencida que posso participar disso. O medo pode me trair.

—Vocês só podem estar loucos? Ela não vai participar disso.—intervém Peeta, sua fala é ríspida dirigida a Cressida.  Mas, mantém seu olhar no meu.

—Você não está entendendo a gravidade Sr. Mellark. Ele não vai parar. Pessoas assim não param.  Como sei disso?  Você não sabe o tipo de gente que lido todo dia. Pensa que esse é meu caso mais difícil?  Se enganou. Há piores por ai. E sua noiva é esperta, vai se sair bem. Não viria aqui se não estivesse convicta disso.

— A Katniss não vai se envolver!— fala decidido. Como se a escolha fosse dele. Sou sua noiva, mas, isso não lhe  dá o direito de intervir assim nas minhas decisões.

—Eu ajudo! — digo olhando para os dois, Tenho bons motivos para fazer isso. Não é só pelo trabalho.

—Você o que? —pergunta irritado, sei que vai ter uma ataque, mas fazer isso é necessário.

—Disse que vou ajudar. Essa é minha decisão— Falo convicta. Ele me encara, penso que vai gritar, fazer um escândalo, mas pede educadamente, para Haymitch e Cressida, irem embora, com a promessa que ligaria para marcar outro horário para conversa.

—Não vou deixar que faça isso! — se senta do meu lado

—A decisão não é sua Peeta!— me olha desapontado e se levanta indo até a sacada.

—De quem é então? —volta a me fitar

—É minha! — olho no fundo dos seus olhos e continuo —Eu te amo Peeta, mas você não pode controlar minhas escolhas.

—Não estou te controlando, só quero abrir seus olhos. Se arriscar dessa maneira, só por um trabalho, não vale a pena. Ou, fazer isso só pra me contrariar para provar que é independente, não vai mudar minha opinião. Você não pode decidir isso sozinha. Sou o que nessa relação? Um enfeite? Se for pra ter uma relação assim, prefiro parar por aqui.

—Parar por aqui, Peeta? Vai me chantagear? — grito, por não acredito que esta ameaçando terminar comigo, por isso.

—Não é chantagem Katniss. Só não vou compactuar com isso. Você é a dona da razão não é? É auto suficiente não é? Te deixo livre, pra fazer  o que quiser. —passa as mãos pelo rosto, esta nervoso, ressentido e eu incrédula —Melhor cada um ir para seu lado, quanto ao Nick nada vai mudar, caso ainda queira ficar por perto.—olho para os lados, procuro algo para me apoiar, mas assim que me levanto, me sento novamente, minhas pernas estão bambas demais para andar com um pé só, funcionando. Me encolho no canto do sofá, lágrimas se formam nos meus olhos. Busco  no seu rosto algum indicio de sofrimento ou arrependimento, mas nada encontro, ele não me olha, fita algo acima da lareira artificial. Sua expressão é dura. Então é assim que sei quando esta decidido. 

—Katniss! — diz agora me olhando.

— Eu já vou Peeta. Só preciso de cinco minutos.

—Sabe que não precisa ir Katniss.

—A não, vou ficar fazendo o que aqui? Acabou de terminar comigo, porque não cedi a sua chantagem.

—Não é chantagem Katniss. Só quero te proteger, não quero que se machuque.

—Pensa que não tenho medo de tudo isso? Claro que tenho. Mas, vou fazer isso porque quero minha vida de volta. Quero poder dirigir meu carro, andar sozinha sem parecer uma louca paranóica. Não vou ficar esperando ele aparecer de novo, quero virar essa pagina, da pra entender? Não dá né? — suspiro cansada, não vou ficar implorando por ele—Me desculpa se não sou uma princesa obediente.

—Você não tem que pedir desculpas por nada amor! Eu te amo! Te amo do jeito que  é!  Só quero que entenda, que a sua vida é minha vida! Que podemos virar essa pagina sem se envolver com isso! É loucura!

—Mas e aquelas mulheres Peeta? Ele vai continuar impune?  Você não entende? Como vou viver tranquila daqui pra frente sabendo que ele está solto e a qualquer momento vai fazer de novo e de novo! E eu não fiz nada para detê-lo?

—Eu sei! Sei de tudo isso! Eles não deviam ter vindo aqui e colocado a responsabilidade deles na sua cabeça!  Essa conversa que ele não vai fazer nada com você é balela.

—Vai ser diferente, não vou estar sozinha dessa vez! A polícia vai estar envolvida!

—O que? Você vai confiar neles de novo? Eu confiei e eles falharam, se não tivesse chegado a tempo! O que ele teria feito? Estuprado, matado? Quer passar por isso de novo?

—Aconteceu por que enganei os policiais, foi minha culpa. E Cressida...

—Cressida o cacete katniss. Se você conseguiu enganar aqueles idiotas, imagina o que aquele infeliz não pode fazer. E juro que se ficar insistindo nisso, vou apelar para sua família.  Conto tudo a eles e convenço a te levarem de volta para o Brasil. Prefiro te ter longe, que compactuar com isso. E agora sim é chantagem.— assim que encerra sua fala, vai para a cozinha, nem fugir para algum canto e ficar sozinha consigo fazer. Me empoleiro no sofá, e todos os momentos que vivi, desde minha chegada invadem meus pensamentos. Todos eles envolvem meu príncipe, Peeta e sua família.

—katniss! — volta, segura minhas mãos e se põe de joelho —Não quero controlar sua vida! Não  pense dessa forma! Só quero que entenda, o quão absurdo e perigoso é isso tudo. E se algo te acontecer? Como sua família vai ficar? Como Nick e eu vamos ficar? Principalmente ele! Você é a mãe dele! Por ele, katniss! Pense somente nele. — esta suplicando, também estou com medo.

—Mas é por ele também, Peeta!  Ele ameaçou o Nick. —digo lembrando da ameaça que fez.

—Ele não vai fazer nada! Não vou deixar que  se aproxime da nossa família!  Sei que falhei da primeira vez! Mas, nada nem ninguém vai me convencer de fazer algo diferente. Eu prometo! Só não posso correr esse risco de te perder! Você não tem ideia do medo que senti, ontem! Só vivi algo parecido, quando Jully ameaçou fazer o aborto. Então, esqueça isso. Vamos viver nossa vida! Eu, você é nosso filho! Por favor. —como posso ir contra esses argumentos?

—Tudo Bem! Não vou me envolver! Não vou fazer nada que prejudique nossa família!

—Promete que vai esquecer isso?

—Prometo!— Digo a ele, que me abraça com tanta força, parecendo quer me desmanchar em seus braços.

— Esta como fome? —confirmo com a cabeça, mas, na verdade sei que nada vai passar no meu estômago agora. Só quero refletir na minha decisão de não ajudar. Ele vai para cozinha, enquanto permaneço no mesmo lugar, fico pensando se essa é a escolha certa, ou, que devo me convencer de que esta é a escolha certa. O meu lado controlador, diz que meu quase ex- noivo está coberto de razão, mas, meu outro lado quer ajudar e, saber que posso fazer alguma coisa, mas estou me excluindo dessa matemática, parece não ser eu mesma. Infelizmente não  consigo agir diferente. Queria tanto mergulhar nas palavras de Peeta. Pensar só nele, no Nick.

—Não adiantou nada o que eu disse, não foi? — vinte minutos depois, volta colocando uma bandeja de coisas deliciosas na mesa de centro e, meu estômago reage como se tivesse vida própria.

—Prometi que não iria me envolver e vou cumprir! Mas, ainda estou com aquelas garotas na cabeça, não é algo que posso ignorar assim, do dia pra noite! —falo tentando alcançar um pão de queijo — Que horas o Nick vai chegar, estou com saudades! —mudo de assunto tentando arquivar esse historia. Porém, minha estratégia, parece não surtir efeito. Continua pensativo e nem toca na comida.

—Daqui a pouco! — responde sem nenhum entusiasmo, tento captar algo no seu rosto, mas nada.

—Ele sentiu sua falta! — o puxo para mais perto, deito com minha cabeça no seu colo, enquanto brinca com meu cabelo. —Tentou me morder várias vezes, ficava o tempo todo me provocando, mas não consegui retribuir com mordidas, só com beijos. Mas não era isso que ele queria. Vai ficar feliz em te ver! —falo dos dias que esteve fora e Nick tentou brincar comigo da forma que ele e o pai se tratam, mas, não consegui judiar dele como Peeta faz.

— Sentiu? — Nick é um assunto que indiscutivelmente faz o momento mais sombrio de minha vida ser esquecido por hora.

—Muita e, eu também! — chego mais perto e lhe roubo um beijo. Roubo não, inegavelmente seus beijos são meus mesmo, mas logo me lembro, que ameaçou terminar comigo  —Porque disse aquelas coisas? Ia terminar comigo Peeta?—tento sair dos seus braços, mas me impede.

—Claro que não! Só estava ganhando tempo. Até te convencer.—eu devia socar a cara dele.

—E se não me convencesse, o que ia fazer?

—Gosta da África? Era pra lá que iríamos. Achou que ia abrir mão de você fácil assim? Eu te amo minha princesa indomável, não vou te deixar nem que me peça, o dia que isso acontecer, vou fazer você me amar de novo, nem que seja na marra. — se declara depositando beijos por todo meu rosto.

 Terminamos o café, ele me leva para o quarto e o dispenso com ajuda no banho, para ganhar tempo na arrumação da cozinha, pois com o banquete que fez, tenho certeza que fez uma enorme bagunça, e como estou inútil. Não quero atrapalhá-lo ainda mais.

— Tranquilizou sua mãe? —sai do banheiro, enxugado os cabelos. Como meu celular foi destruído, minha mãe enlouqueceu Melissa. E ontem  a tarde, ela foi para Jersey conhecer a cidade e aproveitar seus últimos dias no país. Então passou o número do celular de Peeta. E até eu explicar, o que aconteceu, omitindo é claro as piores partes para que ficasse mais calma, levou tempo e muita paciência, sem contar os lindos palavrões que dirigiu a minha pessoa, e pode ter certeza, que pra ter chegado neste ponto, ela deve estar me amando 10% a menos nesse momento.

—Desculpa. Ela pensa que ainda sou criança, sabe? Te xingou muito?—pergunto torcendo para que isso não tenha acontecido, não quero que fique com má impressão da minha mãe.

—Não, foi bem simpática, sua mãe fala o Inglês do Obama!—sempre digo a ele, que o presidente Obama é o único americano que consigo entender perfeitamente, não que eu já tenha falado com ele pessoalmente, mas, sempre vejo seus pronunciamentos na TV.  Já os demais como ele, gostam de abreviar, tanto na fala como a escrita, me deixando perdida as vezes.

—Ela é professora de línguas, por isso fala tão bem! E que bom que não te xingou, por que a mim, foi até minha última geração!

—Viu, quem mandou ser desnaturada! Cinco dias sem ligar Katniss? — se finge chocado.

—Isso por sua culpa, fiquei estressada, não estava afim de conversar com ninguém! —me olha malicioso e sei que lá vem bomba.

—Ainda está zangada? Conheço nove posições que acabam com hormônio, que gera o estresse, mas com esse pé quebrado vamos conseguir fazer no máximo quatro, o que acha?— fica por cima de mim e coloca a mão no vão da minha coxa.

—Só quatro? Tenho certeza que consigo fazer as nove. Meu pé não vai atrapalhar em nada! — o provoco passando as mãos no seu tórax, mordo seu maxilar e sussurro  —Porém, agora não posso. —o empurro tirando o de cima de mim.

—Por que, vai em algum lugar?— volta a ficar por cima e prende meus braços acima da minha cabeça.

—Eu não, mas você vai! Tenho uma lista de tarefas a sua espera!—ignora minha fala e se dedica ao meu colo e faço todo controle possível, para não cair nos seus encantos —Para Peeta, sua mãe já deve estar a caminho, vou morrer de vergonha se chegar e te achar todo suado em cima de mim.

—A porta está trancada. Vai amor estou com saudade do seu corpo.— Por que não? Já ouvi dizer, que sexo matinal libera o hormônio do amor, dando uma sensação de bem estar físico e emocional, e depois do que passei ontem, tudo que quero é me sentir bem e amada.

—O que foi? Parece um bobo sorrindo dessa maneira, sabia? —termino de colocar meu vestido, enquanto ele arruma a cama.

—Nada demais! Vai ficar aqui no quarto? —nego com a cabeça, me coloca no seu colo e nos guia para a sala.

—Nossa até que enfim saíram desse quarto! —me assusto quando escuto a voz de Madge e fico pálida quando vejo que não é a única. A família toda está na sala, parece até que estão aqui a bastante tempo. — Estamos aqui a meia hora, Já íamos chamá-los, depois que os barulhos estranhos pararam.— meia hora? Posso enfiar minha cara onde agora?

— Boa dia família, como vocês estão, Katniss e eu estamos bem, obrigado por perguntar Madge! Como vocês entraram? — percebendo minha vergonha, Peeta muda de assunto e me coloca em uma poltrona.

—Greasy! —responde Annie, rindo de minha vermelhidão.

—Cadê o Nick? — falo assim que me sento!

—Esta no berço, dormiu no carro.— responde Finnick e estranho, já é quase onze da manhã e depois que acorda é bem difícil dormir rapidamente —Estava febril, então mamãe deu o remédio e dormiu de novo.

—Cunhadinha, trouxe para você! — Madge,  me entrega muletas na cor rosa, parece que adivinhou, pois já tinha dito para Peeta que ia precisar de uma —Vivo torcendo o pé nas aulas. Vai te ajudar a não ficar tão dependente do grudento ai, mas se quiser bater nele de vez em quando, ajuda. Faço isso com o Gale sempre! — rio de sua fala e agradeço.

—Obrigada Madge! Vai ser bem útil, tanto para me locomover, quanto para socar no seu irmão quando me irritar. Muito obrigada mesmo! —falo olhando bem para o Peeta, que engole em seco e todos na sala riem.

Enquanto Peeta embala em uma conversa  com os irmãos, caminho na minha lentidão até o quarto de Nick. O vejo sereno, toco sua pele e fico aliviada que a febre já esteja passando

—A febre baixou? —diz o pai entrando no quarto

—Sim! —ele o pega no berço

—Acorda Papai! — diz  conversando e beijando meu príncipe, que acorda confuso, mas rapidamente reconhece seu quarto. Os dois se abraçam e se beijam, ainda não houve tempo para as mordidas. Acho linda a interação entre os dois. Logo me junto a equação, e me sinto completa por estarmos os três novamente juntos. A tarde, passa lentamente, a família de Peeta, só partem no escurecer.  Antes, é claro de me bombardear com inúmeras perguntas sobre o  ocorrido. O que me deixou um pouco constrangida e envergonhada por estar dando tanto trabalho. Não que seja minha culpa aquele maníaco me perseguir. A verdade é que não estou acostumada com tantos holofotes, tantos cuidados.

Dias se passam e eu tenho ficado em casa! Ir para redação é muita função, então entrei em um consenso  com meu chefe para trabalhar aqui mesmo, só irei lá em casos excepcionais. O meu dia é preenchido com um pouco de trabalho, cuidados com o Nick e consciência pesada. Depois que Peeta informou a Cressida e Haymith, que decidi não ajudar , eles não voltaram a insistir. Porém minha consciência me acusa dê covarde o tempo todo. Todos os dias depois que Peeta vai para trabalho, peço a Greasy para comprar todos os jornais que existem na cidade ou então busco nas mídias digitais algo parecido com os homicídios das garotas. Fico aliviada por não achar nada.

Mesmo em casa não dispenso a ajuda de Greasy. Nick, está a cada dia mais esperto. Já anda praticamente sozinho e parece um papagaio, repetindo de modo desajeitado tudo que falamos. Na verdade não tenho trabalhado muito, só quando está dormindo, até tento ficar no meu apartamento, mas parece que sente minha presença e chora manhoso porque sabe que vou ceder. Peeta diz, que estou o acostumando mal cedendo assim aos seus caprichos. Mas não penso assim, o que já gerou atrito entre nós dois. E juro que dessa vez não tive culpa. Acontece que ele chega cansado da empresa em não tem tanta paciência para as manhas do filho e, sempre que está assim, repreende o menino elevando a voz. Nick guarda essas coisas, só esquece horas depois ou no dia seguinte!  Fica sentido, negando as brincadeiras com o pai. Então recorre a mim, e como quer andar pra lá e pra cá, mas não consigo por conta do pé, chora nervoso que chega a ficar vermelho de raiva. Nessa hora Peeta tenta pega-lo, mas, como ainda está magoado, recusa o contato. Parece até um adulto, mas só vai fazer um ano. Aí meu noivo joga a culpa pra cima de mim, dizendo que está aprendendo a ser birrento igual a mim. Dormiu cedo emburrado/enciumado comigo e Nick, me fazendo morrer de rir.

Acordo com o barulho do liquidificar, imagino ser Peeta, fazendo o café.  Apesar estar bastante  cansado, não posso reclamar dele de jeito nenhum. Está mais atencioso, romântico e mais lindo do que nunca com seu novo corte de cabelo. Faz minhas vontades e não vontades, chega a me sufocar com tanto zelo, me deixando mal acostumada e absurdamente apaixonada.

Levanto com dificuldade, faço minha higiene e vou para cozinha. Nick está com a cabecinha deitada no ombro do pai, ainda bastante sonolento.

—Bom dia! —me aproximo e beijo os dois —Vejo que se acertaram!

—Bom dia! É porque está com fome! Um interesseiro!

—Não sou não papai! — digo imitando a voz do meu bebê, ele sorri e pula para meu colo. —O que está cheirando tão bem, assim? — sinto um cheiro maravilhoso vindo do forno.

—Croissant!

—Uau, foi por isso que aceitei ser sua noiva! Mudei de ideia, vamos nos casar semana que vem!

—Acordou engraçadinha hoje! Viu algum passarinho verde! — se senta ao meu lado, entrega uma xícara de café que cheira muito bem e a mamadeira do meu príncipe, que pega rapidamente e suga desastrado como sempre.

—Não! Mas acordei feliz! —falo a verdade, acordei plenamente feliz. Sinto que meu dia vai ser perfeito, sem tensão, sem nada para interferir.

—Estou relacionado a essa felicidade?

—Com certeza! — Beijo seus lábios —Tem muito a ver com essa felicidade. Obrigada por cuidar de mim. Sei que chega cansado, e além do Nick, tem a mim para cuidar. Sei também que não sou fácil, um pouco teimosa...

—Um pouco? — interrompe minha fala

—Sim, um pouco — enfatizo a minha e completo —Mas, juro que vou te recompensar por tudo. Prometo! — ele encosta sua testa na minha e diz:

—Faço isso, porque te amo! Desculpa se tenho descontado nos dois. Vou melhorar isso. —me sinto uma boba, tola, perdida por esse homem. —  Mas, como vai me recompensar?

—Como quiser! — respondo sedutora e rio do seu modo desesperado em me beijar! Pergunto como duas pessoas podem se amar tanto em tão pouco tempo? É normal isso? Quer dizer, como três pessoas podem se amar tanto assim? Incluo Nick, nesse triângulo, assim que sinto suas mãos empurrando o rosto do pai para longe do meu.

—Até que horas vocês dois vão ficar nessa folia?— pergunto porque já passa das 10 da manhã e ainda estão na banheira e temos tantos lugares a ir.

—Já vamos sair Mamãe!

 Volto para o quarto, pego minha agenda e estudo os lugares que precisamos ir. Peeta não foi para o trabalho. Pois ainda precisamos comprar algumas coisas para a festa de aniversario do meu príncipe, que será amanhã à tarde. Devido à minha dificuldade em me locomover, Effie fez questão de cuidar da maioria dos detalhes, apesar que Peeta eu tivemos que freia-la, quanto a grandiosidade da festa. Pois se déssemos carta branca teria promovido o evento do ano. Mas, assim como eu, Peeta também não quer expor Nick dessa maneira. Então será na casa da Avó que tem espaço suficiente, para uma reunião familiar.Os convidados serão compostos pela família e amigos mais próximos e quando soube disso me deu um nervoso, vou conhecer seus tios, avós e tudo mais. Então proibi Melissa de voltar para o Brasil, queria ela comigo, como representante da minha família.

—Você está linda com essa trança, mas, não gostei dessa saia! Muita curta Katniss.  O que aquele moleque estava falando pra você? — estávamos no shopping e, enquanto esperava Peeta, terminar a conversa com um conhecido que esbarrou por lá. Um garoto super fofo, puxou assunto comigo. Então respondo as suas indagações:

—Obrigada pelo elogio amor, minha saia está no comprimento perfeito e o Brian estava perguntando  o que fiz para conseguir a bota ortopédica.— é claro que não disse a verdade. Cai, simplesmente cai.  Digo isso para todos os curiosos que perguntam.

— Brian? — parece incomodado com a proximidade que o garoto estava e por eu ainda lembrar o nome dele. —Sei muito bem com que ele estava preocupado, tenho certeza que não é com seu pé. — cômico ele estar com ciúmes de um garoto de no máximo quinze anos.

— Há Peeta, não começa com loucura!  Se o Brian, tiver quinze anos é muito. Nem deve pensar em mulher ainda. O máximo que deve fazer é ficar sonhando com as lideres de torcida. — acha graça de minha fala, rindo alto fazendo Nick acompanhá-lo. —Qual a graça?—pergunto

—Há amor, que mundo você vive? Nessa idade ele já é um profissional. Lembro muito bem da minha época, tenho certeza que faz mais, além de sonhar. — responde passando a mão na minha perna.

— Só porque você era um depravado, não quer dizer que todos sejam!— defendo o garoto e retiro sua mão boba de mim —E diz logo onde está nos levando? — não reconheço o local, estamos afastados do centro da cidade. As ruas são largas, com longas arvores nos canteiros, parece um bairro residencial de luxo, bem diferente da selva de pedra onde moramos.

—Estamos chegando curiosa! — me olha sorrindo, sei que está aprontando algo, anda por alguns quarteirões —Chegamos! — diz estacionando em frente a uma casa branca dois andares. A grama cobre toda sua área externa e, um pinheiro seco enfeita a entrada, iguais as casas dos filmes que já assisti.

— Quem mora aqui? — pergunto enquanto ele pega meu príncipe na cadeirinha e depois me ajuda com as muletas.

—Ninguém, por enquanto! —tira as chaves do bolso e sim, vou ter uma síncope. Se por fora, achei perfeita. Olhando por dentro, fico deslumbrada com a riqueza nos detalhes. Na sala possui uma lareira e lustres de cristal. A cozinha é mais que demais, possui um balcão central, todo em mármore brasileiro. Nos fundos, consigo ver a piscina pelas enormes portas de vidros. Vejo também um espaço cercado com uma caixa de areia, escorregador e balanço. Sim a uma casa de cachorro. —Não dá para criar três filhos e um cachorro naquele apartamento! — tira as muletas da minha mão, senta em uma cadeira que não sei de onde saiu e me puxa para seu colo. —Gostou? Se quiser podemos olhar outras. —pergunta em um certa expectativa.

—Esta falando sério Peeta? — lembro de nossas conversas na madrugada, que ficamos idealizando nosso futuro. E em uma dessas noites ele mencionou a quantidade de filhos que quer ter, mais um animal de estimação. Quanto a casa, praticamente a descrevi para ele, que guardou na  memória e saiu a procura.  

—Sei que não gosta de nada extravagante, então, essa foi a mais simples que encontrei.— rio de sua modéstia, porque essa casa é tudo, menos simples.

—Simples? —pergunto debochada— Essa casa deve ser uma fortuna, mas amei, e Nick também.— olho para ele e o vejo, com os olhos brilhando para a piscina. Ficamos mais algumas horas conhecendo a parte superior e só conseguimos ir de vez, depois que Peeta entrou na água com nosso peixinho. No caminho discutimos sobre a compra da casa. Ele não aceitou de jeito nenhum minha ajuda com o valor. Mas, combinamos que a mobília e decoração serão por minha conta.

Chegamos em casa tarde da noite, com meu príncipe já sonolento. Isso porque passamos, no Buffet contratado para acertar os últimos detalhes de sua festa. Mesmo cansada ainda não consigo dormir! Peeta também não, com a claridade da luz do banheiro  que ilumina o quarto, vejo seus longos cílios se movendo.

—Não vou conseguir dormir, está muito longe. — Nick esta dormindo entre a gente esparramado na nossa cama, fazendo que cada um fique longe um do outro.

—Só hoje!  Amanhã é o dia dele! —Já tentamos a todo custo que fique no berço, mas é inútil.

—Vou dar um jeito nisso agora!—penso que vai levá-lo para o quarto. Porém  o puxa com delicadeza para o seu lugar na cama, mas antes, faz barreiras com almofadas e Edredons para evitar uma queda.

—Chega mais pra lá!—   deita me puxando para si —Agora sim! — rio de sua manobra

—Você é um grude sabia? — assim que fecho a boca, Nick rola próximo a mim, ficando bem colado, jogando suas perninhas e braços em minha volta! —Vocês dois, aliás!— Beijo seus lábios e durmo agarrada aos meus dois príncipes.

Acordo escutando risos, batidas de palma e uma cantoria — Você dois poderiam fazer menos barulho, por favor! — finjo estar brava

—Mamãe acordou rabugenta! —diz Peeta, beijando meu rosto.

 Estico meu corpo para pegar o celular no criado mudo, ainda não passa das sete da manhã. Nick pula para meu colo e começamos com nossos carinhos diários. O aperto, beijo, inalo seu cheirinho de bebe. E, como hoje é uma data especial sou mais intensa, quero que ele sinta todo amor que habita em mim. A exatamente um ano nascia meu amor, o meu lindo. Menininho feliz de sorriso fácil e encantador, surpreendentemente esperto, expressivo, inteligente, sociável e lindo! Não estive com ele todos os dias de sua vida, mas, gosto de pensar que nesse período ele estava sendo moldado para mim e, eu para ele. Isso me faz acreditar que o destino exista mesmo, que talvez as coincidências são reais, porque nos encontramos de forma completamente inesperada na vida um do outro. Quando nos vimos, foi amor à primeira vista, só não sabia como classificar esse sentimento. Mas, agora sei, sou sua mãe. Mãe de coração, corpo e alma, aquela que ele poderá contar para o resto da vida.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Gente estamos no 15 capitulo, metade da fic..... O que vocês estão achando?
Sempre peço comentários, porque gosto de interagir com vocês.

Mas, agora tenho um pedido novo. Que tal uma recomendação? Gostaria de saber como se sentem em relação a historia. Então quem puder, recomendar, vai me deixar feliz e mais rápida para escrever ... kkkkkk .....

Adiantamento dos tópicos, próximo capitulo
—Niver de Nick
— Delly aprontando
— Mãe de .....

Comentem bastante.

Recomendações serão bem vindas.

Bjs..

Bom sabado!