You Are Dad! escrita por Vic Teani
Os dois ficaram se encarando por um momento, atônitos. Era difícil dizer qual dos dois estava mais surpreso.
- Você? – disseram os dois ao mesmo tempo.
Dean quase caiu da cadeira.
- Quem diria – disse Bela – Esse mundo é muito pequeno mesmo.
- Vocês se conhecem? – perguntou Jo.
- Claro – disse Bela – Eu conheci o Dean quando ele... – ela olhou para a prima, lembrando que ela não sabia sobre caçadores – Antes dele mudar de emprego.
- Ah, Bela, não foi ele que você chamou pra cuidar do Henry uma vez? – disse Amy.
- Sim – falou Bela.
- Meu deus – disse Amy – Como não reconheci ele das fotos de casamento que a Jo me mandou?
- Não acredito que você já conhecia o Dean – disse Jo – Você é uma péssima fisionomista, tinha até closes de nós dois nas fotos.
Dean observava aquela cena sem saber o que fazer. Não podia ser real. Bela estava em sua casa e era amiga de sua mulher.
- Então – disse Jo – É uma reunião de velhos amigos! – falou ela, sorrindo.
- Não tenho tanta certeza – resmungou Dean.
- Isso merece uma comemoração – disse Jo – Afinal, não é todo dia que algo assim acontece, não é?
- Definitivamente, não mesmo – falou Bela.
- Então, vamos sair para comemorar – disse Jo.
- Não – disse Amy – Pra que sair? Nós já alugamos um filme, podemos pedir uma pizza...
- Ótima idéia – disse Jo.
Dean ainda não acreditava no que estava vendo.
- Vamos sentar – disse Jo, apontando para as outras cadeiras vagas na mesa.
- Ah, Dean, onde está o seu irmão? – perguntou Amy.
- Ele está viajando – disse Dean – Lua de mel.
- Ah – disse Amy, parecendo um pouco desanimada.
- Então... – disse Dean – O que trás vocês duas a Lawrence?
- Eu estou de férias – disse Amy – E vim ver Jo, já que não nos víamos a muito tempo. Chamei Bela para vir comigo.
- Hum – murmurou Dean – E seu filho, Henry, não é?
- Ele está passando um tempo com o pai – disse ela – É, sou divorciada – acrescentou, sem cerimônia.
- Bom, então, quanto tempo vocês pretendem ficar por aqui? – perguntou Jo.
- Mais ou menos um mês – disse Amy – Talvez um mês e meio.
Ótimo. Cinco dias agüentando Ellen, e agora, um mês e meio agüentando Bela. Dean começou a sentir saudades de Ellen.
- Bom, então, vamos assistir o filme? – disse Jo, pegando o DVD.
Dean não conseguia imaginar Bela assistindo uma comédia romântica.
- Vamos – disseram as outras duas, se levantando das cadeiras.
- Dean, você não vem? – perguntou Jo.
- Ah, não, não vou assistir esse filme – disse ele.
- Vamos Dean – disse ela.
- Não – falou ele.
- Vamos lá – disse ela, e se aproximou dele sussurrando no seu ouvido – Ai eu faço o que você quiser hoje a noite.
Dean levantou da cadeira.
- Bom, não tenho o que fazer mesmo – disse ele.
Jo deu um sorriso de vitória.
- Bela – disse Jo – Você pede a pizza, eu e Amy vamos lá ajeitar a sala.
Jo e Amy saíram da cozinha, deixando Dean e Bela sozinhos.
- Então Dean – disse ela – Nunca te imaginei casado.
- E eu nunca imaginei que fosse ver você de novo – resmungou ele.
- Não seja antipático Dean – disse ela – Como Jo disse, é uma reunião de velhos amigos.
- Não seja cínica – disse ele – Você me procurou para roubar o que?
- Eu juro – disse ela – Foi só coincidência. Eu não sabia que você estaria aqui.
- Sei – disse o Winchester.
- Mas me diz Dean – falou a Talbot – por que deixou de ser um caçador?
- Não tenho que dar satisfações a você – disse ele – Mas foi por que Jo não queria. Sabe, com essa história de casamento, ela queria que eu arrumasse um emprego normal.
- Não entendo – disse ela – Eu acho caçadores tão interessantes – ela se aproximou do Winchester, tocando seu rosto – Tão mais sexy.
- Se não sair de perto de mim agora – disse ele – A próxima vez que nos encontramos você vai estar sob a mira da minha arma.
- Ah, sério? – falou ela, se afastando – Vou colocar essa na lista de ameaças de morte que você já me fez.
Dean pegou uma faca que estava na pia quando Bela se virou para pegar o telefone.
- Você não vai fazer isso – disse ela.
Dean largou a faca na mesa.
- Bom garoto – disse Bela. Ela sabia que tinha Dean em suas mãos.
Jo estava levando os pratos para cozinha. Bela e Amy tinham saído logo depois do filme. Dean tentava entender de todas as maneiras por que elas riam daquele filme, mas não conseguiu ver graça nenhuma.
Ele levantou do sofá e foi para o quarto.
Pegou o telefone sem fio e deitou na cama, cansado.
Ele começou a discar o numero do celular de Sam.
- Fora de área – resmungou ele, pegando um pedaço de papel na gaveta da cômoda e discando o numero do quarto do hotel onde Sam estava.
A noite em Paris estava fria. A neve caia calmamente, e o sol brilhava por trás das nuvens.
Mas em um quarto de hotel o clima estava bem mais quente.
Dois corpos nus se tocavam, se completavam, se tornavam um.
O lençol vermelho acompanhava os movimentos realizados pelo casal.
Nada poderia tira-los daquele momento, estavam completamente entregues um ao outro. Nem mesmo o telefone que tocava insistentemente parecia ser ouvido por eles.
- Que merda – disse Dean, desligando o telefone – Quando eu preciso, ele não atende.
- Ligando para o Sam? – perguntou Jo, entrando no quarto.
- Tentando – falou Dean.
- Bom – disse ela – Acho que você vai ter que dar um tempinho disso.
Jo tirou sua blusa, mostrando um sutiã preto.
Dean se levantou e foi até ela. Se beijaram, e as mãos de Dean percorriam ansiosas o corpo de Jo.
Logo, os dois já estavam nus, e Dean não queria esperar nem mais um momento.
Seus corpos se uniram, e apesar da distancia, o clima no quarto em Paris e em Lawrence era o mesmo.
Dean acordou e percebeu que Jo não estava ao seu lado. O cheiro de café vindo da cozinha ajudou-o a acordar.
Ele se levantou da cama e vestiu apenas um short que pegou no armário.
Desceu as escadas e entrou na cozinha, viu Jo na frente da cafeteira.
- Bom dia – disse ele, se aproximando de seu mulher e lhe dando um beijo no pescoço.
- Bom dia – respondeu ela – O café ainda vai demorar um pouco para ficar pronto.
Dean sentou em uma das cadeiras da mesa.
- Ah, Dean, hoje eu tenho uma consulta com o médico de tarde – disse ela.
- Por que? – perguntou ele, preocupado – O que houve?
- Deixa de ser bobo – disse ela – É só um exame de rotina.
- Ah – disse Dean, se acalmando.
- Por falar nisso – disse Jo – Ontem a prima da Amy esqueceu o celular dela aqui – falou Jo pegando o aparelho prateado perto da bancada da pia – Ela vai passar de tarde para pegar.
- Hum... – resmungou o Winchester. O dia mal havia começado e já vinham más noticias.
Jo havia saído a meia hora, e ainda não havia nem sinal de Bela. Dean rezava para que ela não aparecesse.
Mas alguns minutos depois, a campainha tocou.
Dean levantou resmungando meia dúzia de palavrões e pegou vestiu sua camisa.
Abriu a porta e viu a mulher parada ali.
- Nossa Dean – disse Bela – você está com uma cara péssima.
- Acredite, o crédito disse é todo seu – falou ele.
- Nossa, então, eu consigo mesmo mexer com você não é? – falou ela, entrando.
- Não começa – disse ele, de mau humor – Só pega seu celular e vai embora.
- Onde está seu senso de humor Dean? – perguntou ela.
- Em algum lugar bem longe de você – respondeu ele, entrando na cozinha e voltando com o celular da Talbot.
Ela pegou o celular e o guardou na bolsa.
- Pronto, agora, pode ir – disse Dean.
- O que é isso? – disse ela – Não nem me oferecer um café?
- Não – disse ele.
- Você é muito mal educado, sabia? – disse ela.
- E você é muito chata – falou ele – Agora, da pra ir embora antes que eu mesmo te jogue na rua?
- Certo, certo, estou indo – disse ela – Mas não é por causa dessa sua ameaça não, tenho outras coisas mais importantes para fazer. O que é uma pena, por que adoraria ficar olhando pra você, seu rosto fica tão bonitinho quando está com raiva – ela falou rindo.
- Bela – falou ele – Pelo amor de deus, não quero confusão hoje, então será que você poderia, por favor...
Num instante, toda a situação mudou. Um rápido movimento dela, as palavras dele desapareceram no ar, dois rostos próximos.
Bela encostou seus lábios nos de Dean.
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