Talvez Isso Seja um Novo Começo escrita por Capuccino


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Yey!
Bom, queria agradecer o apoio de todos vocês, que estão comentando, acompanhando, favoritando...
Nunca cheguei tão longe com uma fic... Pretendo fazer mais capítulos :)
Obrigada à todos ♥



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Maggie's POV

Acordei de manhã. Creio que fui a primeira.

Quando eu digo que acordei de manhã, significa que me levantei. Pois acordada eu já estava há muito tempo.

Fui até a varanda encontrar Daryl. Ele não parecia nem um pouco cansado e fumava um maço de cigarro.

–Dormiu bem, Srta. Rhee?- Ele brincou, sabendo que agora eu era casada com Glenn. A notícia se espalhou mais rápido que o vírus zumbi. Em resposta revirei os olhos.- Sonhou com o seu Coreano?

Meu meio sorriso desapareceu. Balancei a cabeça, tentando afastar as lembranças do pesadelo da noite passada.

–Se você considerar pesadelo uma coisa boa...- Retruquei. Fazia tempo que eu não acordava mal-humorada daquele jeito. Desde que conheci Glenn eu acordava feliz, disposta e bem-humorada.

Mas ele não estava ali para me fazer sorrir.

–Hey, não fique assim...-Ele colocou a mão no meu ombro.- Glenn é forte. Ele vai ficar vivo por você e pelo bebê.

–Você acha que é menino ou menina?

–Hmmm...-Ele olhou para minha barriga e em seguida pra mim.- Se eu fosse chutar eu diria que é um menino. As outras já acordaram?

–Não. Continuam dormindo.- Falei, vendo a sorte que elas tinham em conseguir dormir diante de tudo o que aconteceu.

–Diga a elas que se não acordarem agora mesmo eu vou até lá jogar um copo d'água nas duas.- Ele disse, me fazendo rir ao imaginar a cena.

–Ok, mas garanto que se fosse a Carol você mesmo acordaria.- Não me aguentei e falei rindo, tirando sarro dele.

Achei que ele fosse me xingar ou algo do tipo em resposta, mas ele só me encarou e balançou a cabeça negativamente, sorrindo. Daryl havia mudado um pouco. Talvez Carol tenha adoçado seu pequeno coraçãozinho de pedra.

Antes de eu adentrar na casa, Daryl disse, prolongando a conversa:

–Sabe, Glenn te ama pra caralho. Desde que ficamos na fazenda ele só sabe falar sobre você.- Corei e sorri, pensando nas coisas doces que ele já me falara.- Ele ficou falando comigo a semana inteira que queria te pedir em casamento, mas não tinha coragem de fazê-lo. Pelo o visto o Governador impulsionou ele para isso.- Ele sorrir de lado.

–Sabe, às vezes eu penso que Glenn acha que eu só estou com ele por falta de opção...Mas não é verdade. Eu só não tive a chance de conhecê-lo antes de tudo isso.- Suspirei.

–Por que você acha isso?- Ele arqueou uma sobrancelha.

–Glenn fala enquanto dorme.- Admiti, fazendo-nos rir igual a dois retardados.

–Eu lembro que na fazenda, pouco depois de ele ter se recuperado, eu peguei ele no flagra olhando suas fotos grudadas na geladeira. Ele ficava suspirando e analisando todas as fotos.- Daryl disse, sorrindo.- Quando ele me viu ele deu a desculpa de que estava apenas olhando o modelo da geladeira.- Ele balançou a cabeça.

Eu não sabia daquilo.

Que Glenn ficava olhando minhas fotos. Ele nunca havia me contado isso antes.

Resolvi ir até a casa acordar Andrea e Michonne.

–Hmmm...Daryl disse para vocês acordarem.- Falei, mas ninguém respondeu.

Revirei meu olhos, tive que apelar:

–Se vocês não acordarem Daryl vai jogar um copo d'água frio em cada uma.- Falei, dessa vez obtendo sucesso.

–Tá, já tô me levantando.- Andrea retrucou, franzindo a testa.- Nem com o mundo destruído se pode acordar tarde.

–Que saco.- Michonne reclamou.- Por que tão cedo?

Sorri. Era engraçado vê-las mal-humoradas. Pareciam duas adolescentes reclamando.

–Vamos para a Alexandria, lembram?

–Alexandria pode muito bem esperar.- Andrea grunhiu, mergulhando novamente a cabeça no travesseiro.

–Vamos lá gente...-Tentei convencer, quase perdendo a paciência. Estava louca para chamar Daryl. Estava me sentindo igual ao meu pai quando eu e Beth ficávamos lamentando acordar cedo.- Colaborem...

–Eu estou grávida. Exijo dormir por mais uma hora pelo o menos.- Michonne sussurrou, se espreguiçando.

–Vamos fazer uma votação e...- Andrea ia dizendo, mas foi costada por Daryl.

–Não vai ter porra nenhuma de votação.- Ele disse, ríspido. - Vamos logo.

Elas obedeceram, sem reclamar. Ambas conheciam Daryl e sabiam que ele era capaz de desperdiçar água só para fazê-las levantarem.

Fomos seguindo a trilha. E estrada era feita de pedrinhas de cascalho e nossos passos faziam um barulho irritante que sabe se lá como não atraiu mordedores.

Glenn's POV

Maggie. Maggie. Maggie.

Onde Maggie estava? Ela estava sozinha? Será que estava viva? Será o nosso bebê estava em segurança?

Perguntas e mais perguntas sem resposta nasciam em minha cabeça. Eu só queria saber disso.

Depois de conversas com Carl, este foi se deitar junto com os outros. Fiquei madrugando e quando me dei conta o sol já estava nascendo.

Imaginei se Maggie estivesse comigo, ao meu lado.

Ela acharia a vista tão bonita quanto eu. Ela me beijaria diante de tal cena e ficaríamos trocando palavras doces até um de nós ficar sem ideia e interromper o outro com um beijo.

Mas claro que isso não aconteceria. A possibilidade era mínima.

Eu precisava encontrá-la. Eu prometi ficar ao seu lado até o bebê nascer, para ajudá-la a aguentar a dor....Mas eu não estava com ela. O bebê estava com aproximadamente três meses e algumas semanas, e tivermos sorte, ele não nascerá prematuro.

Tirei a foto de Maggie, que ainda permanecia em meu bolso.

Ela era linda, bonita, radiante.

Às vezes eu tinha a cruel dúvida pessimista se ela não estava comigo apenas porque eu era o último homem disponível.

Odiava pensar dessa maneira. Eu não gostava de pensar dessa maneira.

–Glenn, sabe...

Beth apareceu atrás de mim e me deu um susto, mas assim que notei que não se tratava de um errante sorri, tristonho.

–Ah, Bom dia Beth.- Falei para a Greene mais nova.

–Hmm...Bom dia.- Ela fez uma leve pausa.- Você sabe que minha irmã te ama muito, não é?

Fiquei em silêncio, pois eu não fazia ideia de que Maggie falava sobre nosso relacionamento com sua irmã. Me senti tolo e lembrei que minhas irmãs faziam isso e me excluíam da conversa. Me dizendo que era assunto de mulher e que eu não deveria escutar.

–Ela já deve ter namorado caras melhores...- Murmurei, pensando na possibilidade de ela ter um namorado antes disso acontecer.

–Não. Maggie realmente te ama. E não é por falta de opção.- Ela disse, sussurrando.- E você foi o único namorado dela que prestou, pra ser sincera.- Ela revirou os olhos.- Os outros eram muito babacas com ela. Faziam ela sofrer à toa.

Acenei com a cabeça positivamente.

–Você vai ser tia.- Sorri, pois sabia que Beth adorava crianças.

Ela sorriu de volta, dizendo:

–Eu vou ser a melhor tia que essa criança poderia ter.- Ela fez um pausa.-...E vou cuidar dela pra quando você e Maggie quiserem ter momentos íntimos.- Ela riu.

Acabei rindo, envergonhado.

–Sabe, quando você se importa com alguém...Se machucar faz parte do pacote. Vai dar tudo certo, ela e os outros devem estar salvos em alguma casa ou algo do tipo.

–Yeah... Bem, vamos para a Alexandria?

–Vamos.- Ela sorriu. Beth era tipo uma irmã pra mim, uma irmã adotiva.

Andrea's POV

Caminhávamos devagar.

Eu realmente não compreendia o animo de Maggie. Quer dizer, se eu tivesse um cara que me amasse igual Maggie tem...Acho que eu também estaria assim. O amor jovem dos dois era uma inspiração de que mesmo com o mundo totalmente devastado...Eles conseguem achar espaço para se amar.

Esses meus pensamentos foram interrompidos quando eu escutei um barulho vindo da floresta. Parei de andar.

–Hey, vocês ouviram isso?- Questionei.

Todos me olharam com dúvida, como se eu estivesse alucinando.

–Deve ter sido impressão.- Daryl disse, suspirando.

–Não! De maneira alguma! Eu ouvi alguma coisa, eram passos e vinham dali.

–Deve ser algum desmiolado preso em armadilhas para caçador. Acontece direto...- Daryl falou, mas continuei insistindo.

–Mas se fossem errantes os passos seriam acompanhados de gemidos.- Falei, e meu argumento estava certo.

–Ok, vamos verificar...-Ele revirou os olhos.- Saco, você e sua teimosia.

Dei de ombros. Daryl era muito resmungão.

Ele apontava sua besta para o lugar enquanto se aproximava. Nós três ficamos apontando para aquela direção, caso algo atacasse Daryl de surpresa.

Ele adentrou na floresta.

Minutos agonizantes se passaram. Nem sinal dele.

Quando começamos a ficar preocupadas, Daryl apareceu da floresta, sorrindo.

–A loira tava certa.

Entreolhei Mitch e Maggie. Ambas faziam a mesma expressão confusa que eu.

Atrás de Daryl apareceu Rick, seguidamente de Aaron, Hershel e Tara.

–Pai?- Maggie perguntou, retórica. Estava chorando e sorrindo.

Hershel abriu um sorriso enorme e abraçou sua filha.

–Você viu Glenn, Beth?- Maggie perguntou ao pai, com esperança.- Carol?

O ancião desmanchou na hora seu sorriso radiante.

–Não, sinto muito.

Maggie abaixou os olhos, mas isso não significava que seu marido estava morto.

–Hey, isso não significa que Glenn ou Beth estejam mortos.- Tentei consolar.

Rick abraçou Michonne. Eles se abraçaram forte e depois se beijaram, sorridentes.

–Carl. Vocês viram Carl?- Rick perguntou, preocupado.- Ou Judith?

Balancei a cabeça negativamente, lamentando.

–Droga, droga...- Rick colocou as duas mãos na cabeça, parecia que ia surtar igual a quando Lori faleceu.

–Calma, talvez Beth, Carl, Sophia, Maggie e Judith estejam juntos...- Daryl falou, mas não parecia acreditar em suas próprias palavras.

–Tudo é possível, até mesmo mortos andarem...-Hershel disse.

–Estávamos indo para Alexandria.- Aaron disse.- Parece ser uma comunidade segura...

–Nós também.- Daryl disse, com sua voz rouca.

A conversa estava boa, mas ouvimos gritos não tão distantes.

Fomos correndo para lá. Os gritos eram familiares... Eles eram semelhantes aos de Beth Greene.


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Notas finais do capítulo

Yey! Mais um capítulo!
Deem sugestões, elogios, críticas...
Bjs da Tia Capuccino!